Lembram-se dos meus primeiros posts quando falei sobre a iniciação do processo de comprar casa em Londres a partir de finais de 2020? Podem lê-los aqui:
No total, o processo de compra de casa foi longo! Começamos entusiasmados e vimos 63 casas desde o início do processo a 17 de Outubro de 2020 até meados de Abril de 2021, quando verificámos, que vender o meu apartamento não ia ser tão fácil quanto esperava, como indiquei no post Parte V. Nessa altura, parámos a nossa procura de casa e parámos também a tentativa de vender o apartamento até que as coisas com as medidas que tinham que ser feitas no apartamento avançassem.
Voltei a colocar o apartamento à venda em Setembro de 2021 quando já tinha a situação mais resolvida, e recebi uma oferta da primeira pessoa que o visitou nessa altura, que felizmente avançou para a frente e entreguei as chaves do meu apartamento à nova dona a 25 de Março de 2022.
Quando recebemos a oferta no apartamento recomeçamos a procura de casa, mas desta vez já sabíamos melhor o que queríamos na próxima casa, por isso só visitamos aquelas que tinham mesmo potencial, e desde essa altura até ao dia 5 de Fevereiro de 2022 vimos mais 16 casas. Desta segunda ronda de visitas a casas também verificámos que os preços das casas tinham subido cerca de 10% do valor que tinham no ano anterior quando iniciámos a procura! Os preços começaram a ficar ridículos e estávamos a ver que se não conseguíssemos encontrar nada rapidamente, iríamos que ter que começar a procura noutras zonas de Londres. O problema que parece haver de momento é que, talvez um efeito da pandemia, há de momento muitas mais pessoas a querer comprar casas com mais espaço, mas as pessoas que vivem em casas grandes, mesmo quando já não precisam delas, não querem vender para evitar os grandes custos com mudança tais como o imposto do Stamp Duty. Não existe qualquer incentivo financeiro para que pessoas mudem para propriedades mais pequenas por isso elas não o fazem. Resultado - a oferta de casas é pequena, e a procura é muito elevada, logo os preços sobrem a níveis disparatados.
Fizemos outra oferta na casa #79. Sete outras pessoas fizeram uma oferta para a mesma casa, mas a vendedora queria vender apenas a compradores que estivessem 'chain free', o que reduziu a sua escolha a dois compradores - nós (a tal venda do apartamento foi sem dúvida importante) e um outro casal que podia pagar em dinheiro. Apesar de termos feito uma oferta superior, como a vendedora queria fazer uma venda o mais rapidamente possível, escolheu os outros que podiam pagar a dinheiro e que, portanto, ofereciam menos risco do que nós que ainda tínhamos que ter o empréstimo bancário resolvido. Lá perdemos essa casa, e voltámos a continuar a pesquisa. Duas semanas depois, e passada a visita a mais 6 casas, recebi uma chamada do agente da tal casa #79 a dizer que os outros compradores decidiram voltar atrás com a compra porque outra casa que eles queriam mais tinha voltado ao mercado, e como tal, a casa era nossa se quiséssemos!
Começou então finalmente a burocracia de compra com todas as papeladas e afins que se tem que resolver. Encontrávamo-nos na base de uma cadeia entre 5 compradores e vendedores, ou seja, estávamos numa grande 'chain', em que todos tinham que acordar a fazer a finalização da venda no mesmo dia para que todos pudessem mudar de casa nessa altura. Ora essa era portanto, a razão pela qual a nossa vendedora queria mesmo vender a alguém que não estivesse numa 'chain' porque não a queria aumentar ainda mais. E com 5 pessoas na 'chain' já havia uma grande probabilidade para que alguma coisa corresse mal no processo, e bastava uma pessoa no meio mudar de ideias ou não poder efectuar a compra para a cadeia toda cair e ter-se que começar de início novamente.
E como não podia deixar de ser, claro que houveram problemas! Uma das pessoas não estava a conseguir ter a aprovação do banco para o empréstimo da casa, o que começou a adiar o processo. Enquanto todos não estivéssemos alinhados e com os fundos organizados, a troca de contratos não seria possível e, enquanto não houvesse troca de contratos, tudo podia cair e ficávamos sem a casa. Essa é uma das grandes diferenças entre o processo de compra e venda do Reino Unido e o processo de Portugal ou da maioria dos outros países, é que por cá, o processo de compra pode cair passados meses de se estar no processo, quando se estiver quase no final da troca de contratos. Até à troca de contratos, que geralmente não se faz antes de 3 meses da data da oferta ter sido feito, ninguém tem que colocar depósito nenhum e portanto, podem decidir voltar atrás se assim o entenderem. Isso claro que torna tudo mais complicado, mas passado os problemas e atrasos que tivemos na nossa cadeia, na segunda semana de Junho conseguimos fazer a troca de contratos e, nesta passada quinta-feira recebemos as chaves da nossa nova casa!
Foram 21 meses, 85 casas no total visitadas, e stress e dores de cabeça pelo meio, mas finalmente o processo está finalizado! E vamos voltar a viver em Hackney como queríamos.
Acabámos por comprar uma casa que precisa de uma redecoração total, por isso ainda não nos podemos mudar para já, mas vai começar esta semana a experiência do processo de modernização da casa.
Todos sabemos que o ambiente que nos envolve durante o dia-a-dia é importante para a forma como nos sentimos, mas tornou-se mais importante ainda num ano como este, que temos estado no mesmo ambiente durante o dia, todos os dias.
Apesar de ter apenhas um quarto, eu gosto muito do meu apartamento. Adoro a forma como o decorei com pequenos detalhes, cores e estilos que me fazem sentir bem e contente por estar junto a coisas bonitas. Durante estes anos que tenho estado a viver aqui, o meu apartamento apresenta-se como aquele local de calma e relaxe onde sabe bem chegar ao final do dia, fechar a porta, e deixar para trás qualquer stress que tenha decorrido durante o dia.
Este ano, no entanto, as coisas estão diferentes. O meu apartamento deixou de ser o local de santuário onde volto ao final do dia para relaxar, e transformou-se no local onde passo o meu tempo permanentemente. Durante o primeiro lockdown, talvez não o tenha sentido tanto porque estava sem trabalhar, portanto, sempre variava mais a minha localização entre os poucos espaços do apartamento, e também fazia passeios mais frequentes. Mas agora, que estamos a passar pelo segundo lockdown as coisas são diferentes. Acordo no meu quarto, e passo o dia sentada a trabalhar no meu quarto, também conhecido como 'o meu escritório'. Ainda mais como o trabalho tem sido intenso, mal tenho tido tempo de parar para almoçar, e tenho estado em média a trabalhar até às 20h. Portanto, restam-me cerca de 3 a 4 horas entre a cozinha e a sala para estar noutro ambiente até ser hora de dormir e voltar ao quarto novamente. E a intensidade de estar neste mesmo espaço continuamente está a demonstrar os seus efeitos. Comecei a sentir uma certa claustrofobia por este mesmo ambiente constante, e o meu Inglês concorda. Como tal, decidimos que chegou o tempo de fazer uma mudança.
Ao contrário do que estão a fazer muitas pessoas, nós não pensamos ir mudar para uma casa grande no campo, mas apenas queremos uma casa maior não muito longe da zona onde vivemos actualmente. Definitivamente a próxima casa tem que oferecer a possibilidade para ambos trabalharmos de casa, sem nenhum ter que estar a trabalhar no quarto. Essa separação é crucial, mesmo que seja para uma zona no quarto ao lado, mas preciso de sentir qualquer diferença. Espero que também não tenha que trabalhar de casa permanentemente durante muito mais tempo, mas como acredito que a vida de trabalho se vai tornar muito mais nómada depois deste ano, quero ter a possibilidade de trabalhar de casa numa zona separada do quarto.
Como tal, já começamos a nossa procura e vimos algumas casas. Acho que para já, vimos cerca de 15 casas, e dentro delas, consideramos a hipótese de fazer uma oferta em duas delas. Mas ambas tinham desvantagens que acabaram por ter mais peso quando começamos a pensar melhor no assunto e desistimos da ideia em ambos os casos. Digamos que não tem sido propriamente fácil. Tem havido sempre qualquer coisa que não é certa na casa, e é importante dar ouvidos há nossa intuição, que não queremos acabar por nos arrepender por nenhuma decisão repentina.
Depois ainda teremos que também vender o apartamento actual que, por ser em 'shared ownership' o meu contrato não me permiti alugar. E tenho o problema de não ter o certificado EWS1 para este edificio, mas essa é outra história que posso contar noutro post. Mas para já queremos tentar encontrar a propriedade certa para onde nos mudarmos e depois trato da situação da venda desta. Só espero conseguir encontrar a tal nova propriedade mais cedo do que mais tarde.
De repente, este ano, vejo-me numa situação em que uma grande quantidade de amigos próximos decidiram sair de Londres. Assim, mais ou menos de repente, e com saídas próximas umas das outras.
Primeira - uma amiga que vivia próximo de mim e, com quem costumávamos nos encontrar frequentemente, deixou Londres para ir viver com o namorado na zona de Bristol, por voltas de Julho.
Segunda - outra amiga voltou para Stratford upon Avon em Setembro para viver com os pais durante uns tempos até conseguir poupar dinheiro para comprar uma casa por essa zona.
Terceira - outra amiga conseguiu ser transferida com a empresa para Sydney na Austrália, para onde vai a partir de Janeiro, mas entretanto tem até lá uma licença do trabalho e decidiu ir viajar para a Ásia, onde está desde finais de Setembro. Volta em Dezembro, fica cá umas 3 semanas, e depois vai-se embora de vez para a Austrália.
Quarta - Uma das minhas amigas mais próximas estáva farta do trabalho dela, e sempre teve a vontade de ir viajar pelo mundo, por isso pediu uma licença sem vencimento e foi também para a Ásia em inícios de Outubro durante 6 meses.
Quinta - Uma outra amiga conseguiu entrar num Doutoramento numa universidade em Manchester, e vai morar para lá em Janeiro.
Sexta - Esta, que também é uma amiga próxima, não saiu de Londres mas mudou-se a semana passada da zona onde moro para Croydon, bem no sul de Londres, o que inevitavelmente vai fazer com que não vá ser tão fácil encontrarmo-nos frequentemente.
Uff!! Acho que já chega, não chega? Isto deixa-me triste, com tanta mudança repentina de tantas amigas a mudarem-se da zona. Faz-me lembrar outras alturas da minha vida em Londres em que me tive de despedir de amigos. Houve uma altura em que, todos os anos me despedia de alguém, mas não me lembro de haver uma situação em que tantas pessoas se tenham mudado tão repentinamente. Acho que é uma das situações inevitáveis das relações criadas em Londres. Há muitos que não querem ter a vida da cidade por toda a vida e, mais tarde ou mais cedo, decidem tomar a grande decisão da saída final. Mas inevitavelmente, afecta-me sempre um pouco (outras vezes afecta muito, mas depois passa e começa-se outra vez, conhece-se novas pessoas, continua-se com a vida para a frente). Aqui no blog já tinha falado sobre despedidas em 2008, 2009, e 2010. Entretanto fiquei uns anos com os amigos mais estáveis, e agora, olha, lá vão eles outra vez.
Vão 2 anos que me mudei para esta casa. Em celebração, fiz uma refeição completa de 3 pratos, abri o Prosecco e enviei uma mensagem congratulatória ao grupo de Facebook que tenho com os meus vizinhos do prédio, visto que, na sua larga maioria, terão todos se mudado para os respectivos apartamentos na mesma altura que eu, já que o edifício era novo, e que saiba, ainda ninguém vendeu o seu apartamento. Acho que eles apreciaram a mensagem positiva já que, é um facto, que cada vez que comunicamos através do grupo, é geralmente para nos queixarmos de algum problema que a associação que trata do edifício ainda não resolveu. Mas problemas à parte, estamos num edifício bem localizado, onde podemos ir a pé para imensas zonas muito interessantes, e o apartamento possibilita o espaço e condições necessárias para me sentir confortável. Não há razões para me queixar. OK, talvez não me importasse se não tivesse que ver o apartamento dos vizinhos do edifício oposto ao meu, e por isso conhecer um pouco mais deles do que aquilo que gostaria, mas tudo bem. Já estou habituada.
Aqui fica em celebração de mais um ano nesta casa.
Cada um de nós que optou por viver no estrangeiro representa a imagem do nosso país com as pessoas do nosso país de destino, e transmitirmos uma boa imagem de nós próprios reflecte na imagem que eles têm do país, e consequentemente na imagem que vão ter de outras pessoas provenientes do nosso país. Além disso, ao estarmos noutro país é importante sentirmos que temos os mesmos direitos e oportunidades que outros residentes. Com isso em mente e considerando outros factores que nos poderão afectar tais como o Brexit no Reino Unido, aqui ficam as minhas sugestões de 5 atitudes que seriam positivas para todos tomarmos, incluindo eu, em 2018:
Ter mais confiança em vós próprios: Aumentar os níveis de confiança como indivíduos e cidadãos na sociedade em que residem é essencial para conseguirem alcançar os vossos objectivos e sentirem-se bem. Todos nós temos direitos às mesmas oportunidades que qualquer um nacional do Reino Unido, mas é necessário que essa certeza seja transmitida na forma como interagimos com as pessoas no dia-a-dia. Eu sei que é mais fácil escrever que fazer, mas existem muitos livros de 'self-improvement' e artigos na Internet, ou aulas de mindfulness, que podem ser um bom ponto de partida por onde começar.
Expandir os relacionamentos: Muitos emigrantes que conheço, principalmente aqueles que vieram acompanhados, fizeram pouco ou nenhum esforço para expandir os seus horizontes para conhecer novas pessoas passados os primeiros meses, e deixam-se ficar no mesmo grupo inicial que conheceram, muitas vezes que pode ser maioritariamente constituído por pessoas da mesma nacionalidade. Em 2018 expandam os seus horizontes e façam para sair da rotina, para sair da bolha do grupo seguro de amigos. Só assim vão poder ter novas experiências, lidar mais com outras culturas, principalmente com a cultura Britânica, e até conhecerem-se melhor a vós próprios, porque é quando nos colocamos em situações menos confortáveis que descobrimos melhor a capacidade que temos dentro de nós próprios de lidar com situações novas e sociais onde não tenhamos estado antes. Já escrevi vários posts sobre ideias que podem fazer em Londres para socializar e conhecer novas pessoas. Podem ler esses posts sobre actividades desportivas, musicais, meetups e internations nos respectivos links.
Repensem a vossa carreira: Parem um bocadinho e escrevam num papel uma lista extensiva de todas as coisas positivas e outra lista das coisas negativas que a vossa situação actual vos traz. E qual o resultado? Qual é a lista maior/que tem maior peso no vosso bem estar e felicidade? Noutra folha escrevam o que mais gostavam de fazer se pudessem escolher qualquer coisa? E agora olhando para a situação actual e o que mais gostariam de fazer, estão no bom caminho para alcançarem isso? Se sim, quais são os próximos passos que têm que fazer para o alcançar? Se não, o que é que têm de mudar? Façam este exercício num papel e vão ver que vão descobrir alguma coisa em que ainda não tinham pensado antes ou com que não estavam a contar. E passem a dedicar o ano de 2018 a actuar no que acharem melhor para vocês.
Promovam o vosso país: Saíram de Portugal porque acharam que não tinham lá as oportunidades que queriam? Gostariam de ver melhorias no vosso país de origem quer para poderem voltar, quer para que as pessoas que lá estão tenham uma melhoria na qualidade de vida? Nós não podemos ter muito controlo sobre as medidas que os nosso políticos tomam, mas uma área que tem afectado muito positivamente o nosso país este ano tem sido a quantidade de turismo que aumentou consideravelmente e, com ele, a área da hospitalidade, da produção nacional de produtos de consumo de qualidade, e da infra-estrutura do país também melhorou significativamente. Assim sendo, uma forma de ajudarmos o nosso país, é promovendo-o. Ao falarmos das coisas que o nosso país tem de melhor sempre que nos perguntem sobre ele, estamos a ajudar a transmitir uma imagem positiva do país, e incentivar o turismo, que consequentemente melhora a nossa economia e a qualidade de vida dos trabalhadores.
Organizem a vossa papelada: Está estimado que o Brexit vai ficar definido e entrado em vigor em Abril de 2019. O futuro dos cidadãos da UE que cá vivem continua incerto, mas é altamente provável que sejam estabelecidos controlos sobre quem vai ter direito para ficar cá a viver e quem não vai ter, que isso seja relacionado com o tempo em que estão a viver no país, ou o facto de estarem a contribuir para os impostos etc. Não há qualquer certeza ao nível das regras para a definição de quem pode ficar, mas o certo é que vão haver regras, e para tal vai ser necessário ter documentos que comprovem que se enquadrem nessas regras. Como tal, guardem toda a papelada que vos ajude a provar a vossa residência no país (tais como cartas do banco, contas da água, council tax, etc.); a vossa remuneração (pay slips); o pagamento de impostos (P45, P60; etc); provas de terem qualquer tipo de seguro; etc. Não sabemos o que vai ser necessário, mas mais vale ter a mais que a menos. Vão organizando toda a papelada ao longo do ano num mesmo dossier ou gaveta para fácil acesso para quando precisarem.
Com Brexit ou sem Brexit, a cidade de Londres continua a ser tão multicultural como sempre desde que vivo cá, e isso também se reflecte nas actividades que decorrem na cidade cada mês. Este mês desde exposições de artistas do Oriente a aulas de Espanhol, a influência que outras culturas têm em Londres é evidente.
Do Ho Suh O que é? Exposição de arte de Sul Koreano que viveu entre algumas das cidades mais cosmopolitas do mundo e, retrata a experiência da sua trajectória na vida através desta exibição colorida de quartos e caminhos. Quando? De 7 de Fevereiro a 18 de Março. Quanto? Não consigo encontrar informação sobre bilhetes pelo que imagino que seja entrada gratuita. Onde? Victoria Miro Gallery, Hoxton
Transcending Boundaries O que é? Exposição dos artistas de Tokyo TeamLab, de instalações de arte imersivas onde se apresenta uma fusão de arte digital. Quando? De 7 de Fevereiro a 11 de Março. Quanto? Gratuito. Onde? Pace Gallery, Mayfair
Ano Novo Chinês no Museu O que é? Para quem perdeu as celebrações do ano novo Chinês no início do mês, ainda vai poder apreciar as festividades a decorrer no próximo sábado, no museu da criança, que celebra a variedade a diversidade desta grande celebração Chinesa. Quando? 11 de Fevereiro. Quanto? Entrada Gratuita. Onde? Museum of Childhood, Bethnal Green.
Stupid Cupid Anti-Valentine Pub Crawl O que é? para quem não ser saber do da dos namorados, mas gostava de fazer novos amigos, o funzing está a organizar um pub crawl com a temática anti dia dos namorados, pelos bares de Shoreditch no próximo sábado à noite. Quando? 11 de Fevereiro. Quanto? £12 e o bilhete incluí entrada em todos os bares e numa discoteca e conta com um shot gratuito em cada bar.
Noite de Filme Espanhol O que é? A noite conta com apresentação do filme Espanhol, visualização de curtas metragens e acaba com uma aula de Espanhol gratuita num ambiente social. Quando? 15 de Fevereiro. Quanto? £8.
Festival de Gin O que é? Um festival onde podem apreciar alguns dos melhores sabores de gin, enquanto que ouvem seminários sobre o processamento da bebida ou apreciam o entretenimento musical. Quando? de 17 a 19 de Fevereiro. Quanto? £16 Onde? Tobacco Dock, Wapping
LDN Talks @ NightO que é? Um novo conceito de TedX Talks mais acessíveis à maioria e com regularidade de frequência. Cada noite conta com 10 apresentações. No caso da noite do link, a temática vai ser a actividade paranormal. Quando? 15 de Fevereiro. Quanto? £10. Onde? Shoreditch.
Tenho alguns amigos que se queixam da vida sedentária que levam em Londres. Culpam o seu dia-a-dia no trabalho sentados a uma secretária, as longas horas de trabalho, e a comodidade de viverem perto de transportes públicos que faz com quem não andem muito entre o caminho de casa e trabalho. Eu a esses comentários respondo-lhes - “só não levas uma vida mais activa porque não queres.”
E isso porque, eu também tenho um emprego onde passo a maior parte do tempo sentada, e também vivo perto de transportes que me poderiam levar ao trabalho sem quase ter que andar, mas escolho não o fazer. Todos sabemos a importância de levar uma vida activa, não só para o corpo mas também para a mente, por isso é de nossa responsabilidade fazer para que isso aconteça. No meu caso eu já troquei os transportes públicos pela bicicleta à mais de 3 anos, e fez no mês passado de Outubro exactamente 10 anos que abri a minha inscrição no ginásio e nunca o deixei de frequentar. Claro que há semanas que já falharam, mas volto sempre ao ritmo. E como sei que geralmente tenho que trabalhar até tarde, o meu horário de ginásio decorre de manhã antes do trabalho. Depois sempre que posso vou dar passeios, ando bastante e vou dançar, quer seja para fazer o meu hobby de dança swing ou simplesmente dançar numa saída à noite.
Essas são as formas como principalmente me vou mantendo activa, mas existem muitas mais opções, por isso, para quem viva demasiado longe do trabalho para ir de bicicleta ou que não goste do ginásio, ficam mais algumas ideias, que permitem também conhecer novas pessoas:
Running clubs - existem muitos grupos para correr. Alguns são gratuitos como o park run ou estes apresentados pelo Londonist e outros são pagos para ajudar a manter o clube, mas geralmente é através de grupos pagos onde os membros tendem a ser mais regulares visto que se comprometeram a ir. Existem também grupos para diferentes níveis de experiência, portanto mesmo que ainda nunca tenham feito uma corrida de 5k, existem grupos onde os outros membros também ainda nunca a fizeram, o que ajuda bastante quando se corre com pessoas que têm o mesmo nível que vocês. Encontrem aqui uma listagem dos muitos clubes de corrida em Londres.
Desportos de equipa - quer prefiram futebol, andebol, voleibol, basquetebol, dodgeball, hóquei ou outros desportos, existam grupos para todos esses desportos, quer sejam eles grupos masculinos, femininos ou mistos. Muitos desses grupos podem encontrar em sites como o gumtree, ou até no faceboook. Pesquisem pelo nome do desporto que pretendem e a vossa zona preferida.
Danças - aprender uma nova dança é não só uma boa forma de se manterem mais activos como, sem duvida oferece boas oportunidades de fazer novos amigos. É necessário ir regularmente e ficar após as aulas para praticar a dança de forma a criar um grupo de amigos dentro dos alunos, mas sem duvida que resulta bem. Existem inúmeros locais e tipos de dança a que se podem dedicar. Ficam alguns exemplos:
Clubes de bicicleta - costumam encontrar-se para fazer percursos de bicicleta de distância média a longa, dependendo do dia de semana e geralmente terminam o percurso num pub. Vejam London Cycling Clubs
Natação - nem sempre são organizados em grupos mas se forem regularmente nadar a uma piscina irão começar também a conhecer as pessoas que frequentam essa piscina regularmente
Patinagem em linha - para quem gosta de patinagem em linha, todas as semanas no Hyde Park encontra-se um grupo de pessoas que percorre as ruas de Londres em patins. Todas as semanas os percursos são diferentes e as ruas escolhidas são selecionadas com cuidado para evitar o trânsito principal. No final estes passeios também terminam num pub.
Têm outras ideias que vos permitem manter activos ou recomendacoes de bons grupos a que pertençam ou tenham pertencido? Por favor indiquem nos comentários.
Hoje estava um dia lindíssimo por isso aproveitei para ir visitar uma parte de Londres, por onde já tinha passado várias vezes e visto que tinha aparência de ser uma zona interessante para passear, mas onde ainda nunca tinha estado - o Lea Valley.
O Lee Valley é muito extenso e vai desde Londres até Essex e Hertfordshire. Hoje fui para a zona do Lee Valey que fica junto a Clapton, a Nordeste de Londres, na zona 3 do metro de Londres (se bem que não há estações de metro ali perto). Apesar de ainda ser relativamente central a Londres, faz-nos sentir como se tivessemos no campo porque é estendido por kilómetros de arvoredo, o rio, canais e parques.
Existe um site dedicado ao Lee Valey, que incluí vários passeios, e foi lá que também encontrei o de hoje. Optei por um de 5 Milhas (= 8 kilómetros) que começou na junção do Lea River com a Lea Bridge Road. De lá, andei ao longo do Rio Lea até chegar a Springfield Park, dei a volta e passeio por um reservatório natural mais a norte, andando até Hackney Marshes, e voltando depois pelo lado sul do rio de volta até Lea Bridge Road. O passeio escolhido era chamado 'Filtering Back in Time', e devo dizer que vale mesmo muito a pena. Por isso para quem apetece dar um passeio na natureza mas que não queira ir para muito longe, esta é uma óptima opção. O caminho percorrido tem uma combinação de zonas selvagens e outras cuidadas, amplos campos, percursos históricos e passam até por esculturas de artistas também.
Para chegarem lá, o caminho mais fácil será irem de comboio até à estação de Clapton, Hackney Downs ou Hackney Central e a partir daí apanharem um autocarro que vá para Lea Bridge Road. Ficam algumas fotos do passeio:
Na semana passada estive em Berlim. Tinha uma conferência durante a semana por isso aproveitei e fui logo no sábado para fazer um pouco de turismo durante o fim-de-semana. No primeiro dia andei de um lado para o outro e fiquei um pouco frustrada porque fartei-me de andar e vi apenas uma pequena parte de Kreuzberg. Eu sabia que a zona tem muitos locais interessantes, mas o que me apercebi é que, sem saber ao certo do que estou à procura, é muito difícil conseguir identificar os tais locais.
Então no domingo, optei por fazer um passeio guiado que, por um lado, pensei ao início que talvez fosse um pouco turístico demais, mas afinal adorei e foi a melhor decisão que tomei. Visitei e fiquei a conhecer coisas que de outra forma não saberia. Foi um passeio intitulado "Berlim Moderno" onde nos levaram a ver as zonas mais interessantes com arte de rua, falaram-nos sobre os artistas e a história da zona, fiquei a saber muito mais sobre Berlim e alguns factos interessantes dos quais não fazia ideia.
Isso fez-me pesquisar por opções de passeios guiados por Londres que imagino que também venham a ser igualmente úteis para quem passe por Londres em turismo ou que viva cá e queira ver uma nova perspectiva da cidade.
Encontrei uma companhia que faz passeios variados em Português por ter sido fundada por um Brasileiro. São os passeios do Guri em Londres e têm óptimas reviews no TripAdvisor. As opções de passeios incluem:
- Pub Crawl Histórico: Passam por 15 pubs, parando em quatro deles (ou cinco, no inverno) pra beber, olhar o pub por dentro e conversar. A diferença é que mistura muita história desde o Grande Incêndio até a Segunda Guerra Mundial.
- Let's Rock!: O tour do rock britânico! Passam por locais relacionados com a história do rock britânico nos bairros do Soho e Camden Town e um pouco de Covent Garden. É mais voltado para a década de 60, mas também fala sobre bandas mais recentes como Oasis e Amy Winehouse.
- Beatles Tour: Quem pensa que Londres não tem muita história do quarteto de Liverpool está enganado. A banda mudou-se pra Londres por volta de 1964/65 e existem muitos locais em Londres que ficaram marcados na história com a presença dos Beatles.
- Harry Potter Tour: Neste passeio fala-se de locais que inspiraram a autora a escrever a série, passa-se por locais onde foram efetuadas filmagens e por vários pontos de interesse turístico pelo caminho.
Depois de voltas e revoltas com a situação do novo apartamento, finalmente o contrato está assinado por ambas as partes, o que significa que, em princípio, o apartamento vai ser meu
É super entusiasmante, mas agora a parte chata é que ainda não sei quando me vou poder mudar e, aliás, apenas o vou saber 10 dias antes da data da troca de chaves. Isso significa que vou ter 10 dias para encontrar alguém que me substitue na casa actual, fazer as malas e tudo mais. A data estimada será por volta de Julho ou Agosto, o que também significa que vai ser complicado planear férias de verão por Portugal porque tenho receio de ir e calhar exatamente na semana em que eu recebo a notificação da mudança.
Idealmente iria encontrar alguém para ficar com o meu quarto atual que tenha a flexibilidade de mudar com uma notificação de 10 dias, mas bem sei que é complicado. De qualquer forma, aqui fica o alerta de que vou ter o meu quarto para alugar, caso alguém tenha planos de mudar-se para uma zona sossegada e residencial de Hackney a alguns minutos do overground na zona 2. O quarto é médio/grande, a casa é muito gira e é partilhada com mais duas pessoas - um Português e um Holandês, ambos com uma idade média de 33 anos e bem sei que preferiam alguém com idade semelhante, homem ou mulher. São ambos extremamente simpáticos e respeitadores, damo-nos todos bem e a casa tem uma grande sala, cozinha separada, 1 casa de banho partilhada pelos três e um jardim espaçoso ideal para BBQs. A casa é alugada por uma agência que requer referências dos anteriores senhorios dos últimos 3 anos (no Reino Unido) e do trabalho, por isso será necessário que a pessoa que me vá substituir possa apresentar essas referências. A rua também é super agradável e fica uma foto em baixo. Se alguém estiver interessado, tiver flexibilidade na data de mudança e corresponder ao critério indicado em cima - idade e referências - por favor enviem-me um email e eu mando mais informações.