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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

1 dia na Malásia e lua-de-mel arruinada

Já estamos de volta em Londres, e de facto ainda deveríamos estar na nossa lua-de-mel até este fim-de-semana. E não, não tivemos nenhum problema com o coronavirus. Percorremos as 12 horas de avião até Kuala Lumpur apenas para concluir que o passaporte do meu Inglês apenas tinha 4.5 meses de validade restantes e que são necessários 6 meses para poder entrar no país. Caiu-nos tudo! 

 

Ao princípio ainda nos disseram que se conseguíssemos ter um cidadão da Malásia a vir servir de nosso credor, que nos deixavam entrar no país, mas depois de telefonar a todos os nossos possíveis contactos locais e eventualmente termos conseguido que alguém aceita-se, afinal disseram-nos que já não aceitavam o credor. Decidimos então que eu ia sair do aeroporto para poder ir à embaixada no dia seguinte tentar tratar do assunto com a produção de um documento de viagem de urgência. 

 

Durante todo o tempo em que tivemos a tentar resolver o assunto entre os agentes da imigração e os telefonemas que fizemos, conseguimos manter a calma e o sangue frio, mas foi quando cheguei ao quarto do nosso hotel e vi lá uma fatia de bolo com 'happy honeymoon' escrito que deixei de me conseguir conter. Foi uma sensação de vazio, de perda e de aperto tão grande, que não consigo bem explicar. Estava ali, no destino escolhido, para a nossa viagem de lua-de-mel de que estávamos ansiosos à espera à tanto tempo, e estava sozinha. 

 

Descobrimos no dia seguinte que o documento de urgência que a embaixada podia oferecer, também não ia permitir a entrada no país pela imigração da Malásia. Por isso não tivemos outra solução senão voltar para casa. 

 

A British Airways sentiu-se responsável por nos ter deixado viajar sem a validade no passaporte necessária por isso trouxeram-nos de volta nessa mesma noite. Se eles tivessem mesmo não nos ter deixado viajar, ainda teríamos tido tempo para pedir um passaporte de urgência e viajar uns 3 ou 4 dias mais tarde para ainda conseguir aproveitar a maioria da viagem planeada. Mas tendo perdido o tempo na viagem já não nos pareceu dar o tempo suficiente/força de vontade para passar por todo aquele stress de forma a voltar o mais depressa possível. 

 

OK, agora sabendo o que sabemos, claro que ficamos com aquela sensação de que deveríamos ter verificado tudo relativo ao passaporte antes, mas como não fazíamos ideia de que os 6 meses eram necessários, tal não nos passou pela cabeça. Tínhamos marcado a viagem através de uma agência que nos tinha pedido cópias dos passaportes para verificar (e foram palavras deles) que os passaportes estavam em ordem para podermos viajar, mas não nos disseram nada de que não estavam em ordem! E agora claro que estão a querer fugir à responsabilidade por trás de uns termos e condições legais para os quais tínhamos que clicar em 3 links antes de os poder ler, onde estava escrito que é da responsabilidade dos passageiros verificar a validade dos passaportes. Bem, nós verificamos. Estavam ambos válidos. Como é suposto sabermos a situação de que necessitam estar válidos por 6 meses se nunca ouvimos falar nisso antes? 

 

Enfim, foi o que aconteceu. Fiquei ainda a aproveitar um dia em Kuala Lumpur, fiz uma excursão que já tínhamos planeada e aproveitei um pouco da piscina do hotel antes de voltar para Londres. Ao chegarmos, de estarmos tão chateados/tristes com a situação, fomos passar o fim-de-semana a um hotel no sul de Inglaterra, só para ainda aproveitarmos um bocadinho do que supostamente seriam uns dias deliciosos de lua-de-mel. Foi agradável, e demos uns passeios no campo bonitos apesar do frio da Inglaterra, mas claro que ainda nos custa toda esta situação. Ainda queremos fazer uma lua-de-mel, mesmo que seja de pequena duração, mas agora também com este surto do coronavirus torna-se mais complicado saber para onde poderemos marcar viagem, sem que venha a vir cancelada porque não se sabe como a situação se vai desenvolver nos próximos tempos. 

 

Devo concordar que este início de 2020 não tem sido propriamente dos mais fáceis. Mas o que fazer? Não vale a pena chorar pelo leite derramado. Há que continuar em frente, tentar esquecer o que aconteceu, evitar pensar no que perdemos, e continuar com a vida em frente. Afinal, são apenas férias. Ninguém adoeceu, não houve problemas maiores e conseguimos estar uns dias juntos num hotel agradável de qualquer forma. OK, perder aqueles dias de lua-de-mel foi chato, sentimo-nos uns idiotas por não ter pensado no assunto, mas temos que engolir o sapo e continuar em frente.

Ficam umas fotos do meu 1 dia em Kuala Lumpur. 

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E do fim-de-semana pelo sul de Inglaterra, na zona de Littlehampton e Amberley que é cheia de casas rurais bonitas como as que estão em baixo.

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E o destino da nossa lua-de-mel é...

Malásia! 

Quase 7 meses depois do facto, finalmente vamos partir para a nossa lua-de-mel. OK, nós fizemos uma 'micro lua-de-mel' de fim-de-semana prolongado em Brugges após o nosso casamento oficial em Londres, e fizemos uma 'mini lua-de-mel' de 5 dias no Alentejo logo após o casamento simbólico/festa oficial em Sintra, mas ainda faltava termos uma lua-de-mel.  Daquelas luas-de-mel com tudo a que os noivos têm direito com mais tempo para descobrir novos locais, passar muito tempo juntos e descansar também muito para sentirmos mesmo fora do nosso dia-a-dia e dedicarmos a nós próprios. 

 

Só não estávamos a contar que durante a altura da nossa tão desejada viagem de lua-de-mel estivesse a haver um surto de coronavirus Covid-19 na Ásia. Tem-nos mantido mais calmos com a viagem o facto de na Malásia a situação ter estado relativamente controlada ao que parece. Até ao momento a Malásia tem 29 casos de pessoas identificadas com o vírus mas 22 dessas pessoas já recuperaram e não há casos de fatalidades. Na zona onde vamos passar a maior parte do tempo no Borneo, as autoridades não permitem a entrada de ninguém que tenha visitado a China recentemente e, nessa zona ainda não se verificaram quaisquer casos, por isso parece que a probabilidade de entrarmos em contacto com alguém que tenha o vírus seja pequena. De qualquer forma, levamos as máscaras para o avião, e vamos ter cuidado para usar desinfectantes etc. 

 

Para além do Covid-19, para nos preparar-mos para a Malásia, compramos repelentes de insectos fortes para usarmos principalmente na zona florestal que vamos visitar, tomar algumas vacinas contra doenças que têm algum risco na Malásia e preparar certas roupas compridas mas frescas, devido aos insectos e também por respeito à cultura local que segue, maioritariamente a religião muçulmana. 

 

Apesar de todos os preparativos e cuidados a ter, mal posso esperar pela nossa viagem. Já há muito que estamos ansiosos pela nossa pequena aventura pela Malásia e vai começar já amanhã! Como tal, o meu próximo post será apenas quando voltar, mas se tiverem interessados em ver algumas imagens da viagem, planeio partilhar locais interessantes que encontrar pelo caminho on Instagram

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Orangotago em Sabah, Malásia

Viagem por Marrocos

Ainda não tinha deixado aqui a experiência da nossa viagem a Marrocos, após o susto do dentista, por isso aqui ficam as minhas impressões:

  • Foi extremamente interessante de, apenas a 3.5h de Londres me encontrar de repente num mundo tão diferente ao da Europa Ocidental. Desde a cultura, a arquitectura, a língua, os hábitos, a comida, a forma de lidar com turistas, as paisagens, tudo é tão diferente. E da minha experiência essa diferença tem partes tanto positivas como negativas.

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  • Ficámos muito contentes por não ter pernoitado dentro da Medina de Marrakech como tínhamos inicialmente pensado porque simplesmente aquela Medina era uma confusão grande demais  e acho que não ia apreciar estar ali no meio da Medina a noite toda. 

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  • Conduzem todos como loucos naquela cidade. Não há respeito pelos sinais vermelhos, andam de motorizada por todo o lado, passando à frente dos carros e das pessoas sem qualquer cuidado, e os tubos de escape deixam sair todo o fumo da combustão do petróleo, pelo que o cheiro na ar em Marrakech é de constante poluição.

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  • Parece existir este acordo entre os homens de Marrakech que devem direccionar os turistas para ir ver a zona onde a pele é tratada para ser depois transformada em malas, e outros artigos de pele. Isto porque vários nos fizeram parar no meio da Medina a dizer que tínhamos que lá ir ver o festival da pele que era tão bonito, e de tanto comentário que lá fomos, seguindo um deles. Resultado, acabámos por ter que pagar uma grande de uma gorjeta que não era negociável, num momento em que estávamos rodeados de locais, e sem muito oportunidade para sair dali calmamente sem lhes dar o dinheiro que pediam. Não foram agressivos, mas também não fos fizeram sentir confortáveis. Claro que pensávamos dar uma gorjeta, mas a gorjeta deveria ser o preço que nós decidimos, não o preço que eles decidem.

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  • Basicamente os locais de interesse turístico tais como a Medina, os palácios e os jardins Majorel eram bonitos e interessantes, mas chateou-me o facto de estar constantemente a ser chamada a parar para comprar qualquer coisa que alguém quer vender. Isso adicionado à confusão de pessoas e scooters e a poluição no ar, transforma o passeio um pouco exaustante. 

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  • As Montanhas Atlas valem a pena visitar - desde as paisagens à possibilidade de visitar algumas das aldeias berberes e ficar a conhecer um pouco mais sobre a cultura local. 

De forma geral gostei mas não fiquei com vontade de voltar em breve para ir conhecer as outras cidades. 

4 dias em Tampa

Esta semana passada tive o 'Sales Kick Off' da empresa em Tampa, na Flórida, onde juntámos o pessoal de vendas, alguns da equipa de marketing, produto e executivos de todos os escritórios pela primeira vez. 

Cheguei no sábado à noite, para poder aproveitar o dia de Domingo e fazer um bocadinho de turismo já que nunca tinha estado na Flórida. 

Foram estas as minhas impressões da cidade:

  • Tampa, como muitas outras cidades dos EUA é feita a pensar na circulação de automóveis, com grandes estradas pelo meio de toda a cidade, e poucas zonas no centro agradáveis para andar. 

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  • O caminho ao longo do rio é a zona mais agradável para se passear, e a única onde encontrei várias pessoas a passear. Mesmo assim, apesar da cidade contar com mais de 3 milhões de pessoas, viam-se poucas pessoas na rua de forma geral.

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  • O Museu de Arte de Tampa não é muito grande mas tinha duas exposições excelentes. Uma delas, 'love is calling' de Yayoi Kusama, esgotou em poucos dias quando esteve em Londres e, mesmo para quem tinha marcado bilhete tinha que ficar na fila. Em Tampa, foi só comprar bilhete e entrar.

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  • Encontrei duas zonas para comida e lazer que parecem estar na moda visto que eram as zonas que mais pessoas tinham. Uma era a Sparkman Wharf localizada numa das pontas do percurso pedestre ao longo do rio, e a outra, o Armature Works, estava localizada na outra ponta do percurso, junto a um pequeno parque, onde haviam placas a avisar para termos cuidado com os crocodilos 

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  • Tampa é a base de alguns parques temáticos, incluíndo Busch Gardens, onde tive a oportunidade de ir na última tarde da minha estadia. Basicamente um parque cheio de montanhas russas de todos os tipos. 

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De forma geral, Tampa em si, não tem muito para visitar, mas é reconhecida pelas bonitas praias que tem nas redondezas, incluíndo 'Clearwater beach' e o estilo de vida ao ar-livre dadas as boas temperaturas ao longo de todo o ano. 

Mais um ano em Londres em revista

Ao aproximar-nos do final do ano, é inevitável querer fazer um balanço do ano que passou, do que gostámos, do que não gostámos, do que nos marcou, do que queremos melhorar para o ano seguinte,... Este foi o meu:

 

Trabalho: Comecei o ano com uma promoção. Foi das promoções mais entusiasmantes e mais assustadoras que já recebi. Não veio sem os seus problemas - houve uma pessoa que não gostou nada e me fez a vida negra durante uns tempos; comecei a trabalhar com outras novas pessoas com quem aprendi mais; ao ter mais responsabilidade aprendi que quando há problemas a culpa deve ser assumida por mim, quando há prezas, devem ser passadas para a equipa; aprendi mais sobre psicologia e como lidar com pessoas diferentes; aprendi que há limites para energisar os outros quando eles não querem ser energisados; aprendi a importância de me reunir com diferentes pessoas mesmo que seja uma perca de tempo, para dar visibilidade do que fazemos a pessoas mais sénior que eu. Em 2019 já sei que vão haver mais mudanças e ainda não sei se vou gostar delas ou se não, mas o importante é que quero manter a minha energia, dedicação e paixão por aquilo que faço. Se isso deixar de se concretizar eu sei que será tempo de mudar.

 

Amizades: Fiz muito poucas amizades novas este ano. Consigo contar uma ou duas, o que é uma grande diferença do que eu costumava fazer em anos anteriores. Acho que estou na fase em que gosto mais de passar tempo de qualidade com os amigos que tenho do que estar sempre a tentar aumentar o meu grupo de amizades que já é relativamente estável. Digo relativamente porque de repente este ano muitos amigos saíram ou planearam sair de Londres, o que me deixou triste. A ver como a vida se vai desenvolver no ramo de amizades para o próximo ano.

 

 
 
 
 
 
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Adorei passear pelo #Porto hoje. Vista do terraço #portocruz em #vilanovadegaia #gaia #tugaemferias #tuganoporto #feriasporto

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Viagens: Fiz duas grandes viagens este ano - para o Oeste da Austrália para ir a um casamento no início do ano, e às Ilhas Maurícias mais para o fim do ano. Aproveitei também para visitar o Porto por alturas da Páscoa que já lá não ia há muito, e adorei a visita. Depois tive várias pequenas viagens com o trabalho, mas sem dúvida que as mais marcantes foram estas três. Ainda não tenho planos de viagens para 2019 para além de várias visitas a Portugal.

 

Verão: O verão em Londres este ano foi estupendo. Um dos melhores verões em termos de temperatura desde que vivo em Londres, e isso reflectiu-se na alegria das pessoas no dia-a-dia. Alguns momentos vão fazer-me lembrar deste verão, principalmente o Queen's Yard Summer Party em Hackney Wick que foi um dia excelente passado com amigos num ambiente de festa ao ar-livre; o ambiente durante o Mundial de futebol de que falei aqui e aqui; os passeios de bicicleta, e os festivais de verão onde fui.

 

Novos locais que descobri: Os leitores do blog habituais já sabem que adoro descobrir novos locais, e felizmente, em Londres, novos locais é coisa que nunca falta. Estes foram aqueles que visitei pela primeira vez este ano e que gostei para lá querer voltar - Peckham Levels (efectivamente fui a uma festa num escritório nos andares do Peckham Levels, portanto apenas passei pelos bares a caminho da festa, mas gostei do que vi); os Nomadic Community Gardens em Brick Lane que descobri um dia em que estava a passear pela zona; Grow, um bar e café nas margens do canal em Hackney Wick que conta com inúmeros eventos de música ao vivo, nomeadamente jazz, bossa nova, reggae e outros estilos, que decorrem ao longo de todo o ano;  Coal Drop Yard, a nova zona comercial junto a Granary Square que, para mim, fez com que Kings Cross se tenha transformado num novo destino para compras, o que prefiro muito mais do que ir ao Centro de Londres por ser mais calma e agradável. Este ano também fui a 4 restaurantes adicionais do nosso A-Z dos Restaurantes que já ando a fazer com o namorado à dois anos em que tentamos visitar um restaurante diferente para cada letra do alfabeto. Ainda só estamos na letra H, porque há sempre alguma letra que é complicada. Por exemplo, para a letra H, queríamos ir comer comida Húngara, mas neste momento só há um restaurante Húngaro em Londres que fica em New Cross e demorou uns tempos para lá ir. Este ano fomos a restaurantes do Equador, França, Grécia, e Hungria. Se continuarmos com esta média de 4 restaurantes por ano, ainda nos vai faltar uns anitos até conseguirmos chegar à letra Z da nossa #voltaaosrestaurantes.

 

Amor: Em termos de amor a coisa anda bem. Tão bem, que este ano, o Inglês fez-me um daqueles momentos à filme, durante um pôr-do-sol quando estávamos nas Ilhas Maurícias, para me pedir em casamento. Resultado, vamos ter casório para 2019 e desde então tenho andado de um lado para o outro a tentar perceber os vários detalhes de organizar um casamento que são mais que muitos. Desde a burocracia, à organização e aos convidados, isto de organizar casamento não é assim tão simples quanto pensava. Mas também ainda estou no início dos preparativos e acho que ainda vou ter muito que falar sobre este assunto em 2019. 

 

Desejos de uma entrada em grande e óptimo ano de 2019 para todos os leitores do Tuga em Londres!

 

 

Mini férias em Maiorca

Devo dizer, que fiquei positivamente surpreendida pela ilha de Maiorca. Em finais de Setembro, a temperatura esteve excelente, o ambiente da cidade de Palma era tão animado como outros locais turísticos em pleno verão, mas sem sentir que houvessem demasiadas pessoas. 

 

Fiquei os primeiros dias no nordeste da ilha, perto de Alcúdia e Pollença. Ambas as localidades eram muito giras, cheias de carácter, com um centro de vila antigo e bem conservado. Sem dúvida não são a zona de festa de Maiorca, mas antes uma zona onde é muito agradável passear, aproveitar a praia e os bons restaurantes. 

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 Praia de Pollença

 

A estadia com as minhas amigas na vila que alugámos, foi fantástica - acordar, tomar um bom pequeno-almoço, passar algum tempo na espreguiçadeira a ler livros ou a conversar, e fazer o ocasional passeio ou visita à praia. Soube tão bem ter esse tempo de descanso! OK, pensando bem no assunto, passámos um dia e meio na piscina, um dia na praia e outro dia em passeio em Palma de Maiorca, e depois foi a viagem de volta. Foram poucos dias mas quando se está num ambiente diferente a fazer actividades completamente distintas das do meu dia-a-dia, até parece que passei lá mais tempo do que efectivamente passei. 

 

Depois a cidade de Palma de Maiorca, também achei muito mais interessante do que aquilo que imaginava. Estava a contar com uma cidade pequena, cheia de stands para turistas e bares à beira da praia e pouco mais. Mas não. A cidade tem imensa história, um centro da cidade antigo muito giro, cheio de ruazinhas por onde dá para nos perdermos um pouco. É uma cidade colorida e animada, e sem dúvida que fiquei com muita vontade de voltar com mais tempo para ver mais da cidade, visto que desta vez só lá tive uma tarde e poucas horas na última manhã. 

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Palma de Mallorca

 

O melhor ainda é que Palma de Maiorca fica a cerca de 2.5h de distância de Londres por isso também dá para ir facilmente para um fim-de-semana prolongado. 

 

Gostei e recomendo!

Um fim-de-semana em Lisboa

Já fui e já voltei. Passou a fugir.

 

Assim que cheguei ao aeroporto da Portela no sábado de manhã, os meus pais estavam lá para me ir buscar. O destino, desta vez não era a casa onde cresci, mas a aldeia onde o meu pai cresceu no Alentejo. Desde que estão reformados, os meus pais passam o tempo entre a zona de Lisboa, o Alentejo, e a  Estremadura (onde a minha mãe cresceu). Desta vez, era fim-de-semana de festa na aldeia do meu pai, na zona de Montemor-o-Novo, e os meus pais já tinham planeado lá ir antes de saberem (e eu saber) que ía a Portugal este fim-de-semana. Por isso não quiz que mudassem os planos por mim. Como tal, fomos à festa da aldeia

 

Era a festa das Tasquinhas, e emvolve que qualquer pessoa da aldeia possa candidatar-se a ter uma tasquinha na festa onde possa vender uma variedade de comida, bebida ou artesanato. Só havia um dos stands que efectivamente vendia artesanato, sob a forma de pulseiras. De resto, o pessoal só qqueria mesmo saber dos comes e bebes. Haviam carnes grelhadas, fritas, omeletes, empadas, muitos doces incluíndo Sericaia e outros doces Alentejanos e Portugueses de forma geral. Os pratos eram de tamanho petisco, mas vendiam-se apenas a €3.50 cada um. E quanto às sobremesas, eram fatias mesmo grandes de bolo a €1 cada uma. Nem sei como fazia qualquer dinheiro àqueles preços, mas concerteza que a intenção não era lucrar, mas sim cobrir os custos e ajudar a fazer aquele evento acontecer, o que me pareceu muito agradável. É que nem pensar encontrar uma festa em Londres, onde os comerciantes estejam só a cobrar o custo de produção e pouco mais. Nem pensar! Mas claro está, os custos de vida de Londres comparados com os custos de vida de uma aldeia no Alentejo, também não são bem os mesmos. Imagino qie muitos emigrantes como eu, quando fazem estas viagens e deparam-se com a diferença de preços, pensam duas vezes se querem voltar para o seu país de acolhimento. OK, eu não tive que pensar no assunto porque adoro Londres muito para além do que a diferença de custos de vida possam justificar, mas de qualquer forma, imagino que quem não esteja tão decidido acerca da localidade para onde emigrou, repense duas e três vezes se vale a pena toda a distância. 

 

Para além da festa da aldeia que também contou com muita dança pimba como não podia deixar de ser, e eu lá no meio a dançar até partir a sandália (literalmente), aproveitei também para descansar, para ler e para pôr a conversa em dia com a família. Quem segue o Instagram do @tugaemlondres terá visto um pouco mais da animação nos posts.

 

Foi um bom fim-de-semana a ajudou a reenergisar as forças para o dia-a-dia. 

 

Visita a Lisboa de última hora

Hoje acordei cheia de saudades. Saudades dos meus pais, da minha família, de Lisboa, de Portugal. O facto é que, pela primeira vez, desde que estou em Londres, que não marquei férias para ir a Lisboa no verão. O plano era ir só em alturas da Web Summit, já que vou lá em Novembro. Má ideia! Eu não quero passar tanto tempo longe. Olhei para o meu calendário, e sinceramente tenho algo combinado a fazer nos próximos fins-de-semana, todos os fins-de-semana até meados de Outubro!! Não existe um único fim-de-semana pelo meio onde não tenha nada planeado. nenhum, à excepção deste próximo fim-de-semana que está para vir. 

 

Fui ver vôos para este fim-de-semana e devo dizer que não estão nada baratos - ir para Lisboa num fim-de-semana em época alta, não é própriamente a escolha de fim-de-semana mais inteligente para fazer uma visita a Lisboa. Mas também quando fôr em Novembro não vou pagar viagem e, já desde a Páscoa que lá não vou, por isso achei que valia a pena pagar o extra. E acabei de marcar! Yeah! Estou contente, vou a Lisboa este fim-de-semana :-) 

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Uma semana em Berlim

Esta semana passada estive por Berlim em trabalho. Tinha uma conferência na quinta e sexta, por isso aproveitei para ficar lá a semana toda e passar o tempo com a equipa do escritório de Berlim. Cheguei no Domingo ao final do dia, mas como estava um fim de tarde solarengo, não quiz deixar de aproveitar. Lembrava-me que Berlim é muito bom em termos dos muitos bares de praia no rio, por isso pesquisei por um que tivesse wifi para poder levar o portátil e preparar um pouco do trabalho que ía ter nessa semana. 

 

Fui parar ao Sage Beach em Kreuzberg - bons cocktails, com bom ambiente mas sem estar demasiado cheio de gente, confortável para lá estar sozinha a trabalhar durante um bocado. Gostei!

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Tinha pesquisado previamente por cafés/bares que ficassem abertos até tarde na zona, e um dos mais recomendados foi o Café Luzia, que ficava não muito longe do Sage. Então lá fui com o objectivo de jantar por lá, mas afinal, não tinham menus para jantar. Só fazem café e bolo durante o dia, e passa para bar durante a noite. Mas lá recomendaram-me o restaurante Santa Maria do outro lado da rua, e lá fui. Muito boa recomendação! Não só a comida era excelente, como a decoração era gira, e era também confortável para lá estar sozinha a jantar, com as suas mesas pequeninas e grandes janelas para dar para ver a vida passar pela rua. 

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Nos dias seguintes, só pude aproveitar Berlim um pouco ao final do dia, e na noite que tive livre tentei ir visitar uma galeria, que, como qualquer outro lado em Berlim, fica altamente longe do metro mais próximo. Nessa noite também foi a única noite que decidiu chover em força, por isso tive que correr no meio duma zona onde não havia qualquer abrigo, para conseguir chegar a esta galeria que queria ver, sem estar completamente encharcada. E quando finalmente chego lá - estava fechada! Uma hora mais cedo do que o que dizia no website e do que estava indicado na porta. Obrigadinha! 

 

A conferência em si foi interessante, e adoro o edifício escolhido - The Haus der Kulturen der Welt. A arquitectura deste edifício não passa indiferente a ninguém e, sendo localizada nas margens do Rio Spree, cria um ambiente muito agradável para quem por lá passa.

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Na noite de sexta-feira, houve um jantar organizado para algumas pessoas da conferência no edifício dedicado às exposições de carros do grupo Volkswagen, chamado DRIVE. Foi interessante, por estarmos a jantar rodeados de automóveis que não se vêm normalmente pelas ruas. Quem segue o Tuga em Londres no Instagram, terá visto o vídeo que tirei do interior nas Instagram Stories. . 

 

Tinha o meu avião marcado pelas 9:30h do dia seguinte, mas a cliente que estava comigo disse que lhe tinham recomendado um bar/discoteca muito bom a ir em Berlim. Resultado? Acabei por dormir pouco mais de 2 horas nessa noite, e ela dormiu menos ainda que o seu voo ainda era mais cedo que o meu, mas valeu a pena. 

 

Adoro Berlim! Se não fosse o facto das distâncias serem sempre tão grandes entre qualquer sítio onde se queira ir, e a cidade fosse mais simpática para andar, estaria indecisa se me deveria mudar para lá.

 

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Dois dias no Porto

Foi muito pouco tempo mas, durante esta minha curta visita ao Porto deste fim-de-semana, deu para passear pelas zonas principais e ficar com um cheirinho da cultura local do Porto. Novamente, muito obrigada à Isa, à Cabeça no Ar, à Andreia Ferreira, aos outros leitoresanónimos do blog e também à @susana__martins no Instagram que me deram óptimas dicas que utilizei durante a viagem. Para quem segue o @tugaemlondres no Instagram terá visto nas 'stories' por onde me aventurei, mas de forma geral, foram assim os meus dias por lá:

 

Dia 1:

  • Ao chegar, gostei tanto do airbnb que tinha marcado que quase não me apetecia sair para a rua chuvosa. Localizado no topo de um edifício recentemente renovado, o apartamento tinha uma decoração moderna e de bom gosto, com imensas janelas, inclusivé uma vista para os Clérigos da janela do quarto. Mais barato que um hotel razoável, e muito mais agradável e espaçoso que um quarto de hotel. Vale a pena na vossa próxima viagem pesquisar por apartamentos no airbnb que, sem dúvida, que se encontra umas pérolas por lá. 
  • O passeio do primeiro dia começou por São Bento, passando pela Rua das Flores e parando lá para uma Francesinha na Cantina 32. Muito bom!! Fiquei com imensa vontade de experimentar os outros pratos que tinham por lá também que tinham um aspecto de chorar por mais, mas queria mesmo ir para a Francesinha que achava que não ía encontrar nos restaurantes que tinha marcado para a noite. Valeu bem a pena que era deliciosa. 
  • O passeio continuou pela Ribeira e tive de passar a Ponte D. Luís muito rapidamente para fugir à chuva. Eventualmente do lado de lá, a chuva abrandou até parar. Tive pena de não conseguir ter feito um visita a nenhuma das caves porque ou não estavam abertas no feríado ou porque estavam esgotadas para visitas esse dia, mas ainda aproveitei uma prova de vinhos do Porto no Porto Cruz, seguido de uma visita ao terraço, para aproveitar os raios de sol que, entretanto, apareceram. 
  • Nessa noite, o restaurante escolhida foi o Porta 4, e devo dizer que foi a experiência em termos de restaurante, de que gostei de mais durante a estadia. Tal como a 'cabeça no ar' tinha indicado, o restaurante é mesmo muito pequenino, com apenas 5 mesas, mas o facto é que, isso o tornava super charmoso, e o dono era extremamente simpático, e fez-nos sentir como se tivesses em casa dele a jantar com amigos. O menú era de petiscos de cozinha moderna, de bom valor e deliciosos. Gostei muito.
  • A noite foi mesmo na Rua Cândido de Reis, onde fomos a um dos bares antes de recolher.

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Dia 2:

  • No segundo dia tinha todas as boas intenções de ir à Livraria Lello logo de manhã, mas assim que lá cheguei já estava uma fila que descia a rua toda e dava a volta à esquina!!!  Mas o pessoal está maluco? Eu até percebo que a livraria seja bonita e que os fãns do Harry Potter gostem de visitar um dos lugares que inspiraram a autora dos livros, mas vá lá ter paciência! Um bocadinho de fila, tipo esperar 5 ou vá, 10 minutos, ainda ía, mas aquela fila tinha pelo menos 1 hora de espera, se não mais. Escusado será dizer que não a visitei. 
  • Tentei ir à parte do brunch no Brick Clérigos, mas descobri que afinal só abre pelas 13h e como tal não iria dar para brunch. Assim sendo decidi ir andar para o lado da Rua da Conceição porque queria ir à loja Mercado 48, e passei pelo Diplomata que me pareceu ter bom aspecto, mas tinha uma fila que saía para a rua por isso não pareceu valer a pena. Acabei por ir tomar o pequeno almoço ao Café Progresso, mas achei um bocadinho decepcionante porque tinham um menú muito normal e reduzido à escolha entre pastelaria ou pequenos almoços com ovos tipo omelete ou semelhante. 
  • Depois do pequeno-almoço andei um pouco à nora pelas ruas a tentar encontrar lojas interessantes onde conseguisse encontrar um presente de anos para a minha mãe, mas nem me lembrei de ir à Rua de Santa Catarina. Então acabei por não visitar nem essa zona nem o Mercado do Bolhão, de que tive pena, mas só me lembrei mais tarde. 
  • Voltando para a zona da Ribeira, apanhámos o eléctrico no. 1 até à Foz e o passeio da tarde foi por ali. Achei muito giro passear por lá, ainda mais porque o mar estava bravo o que fazia uma vista impressionante ao bater por trás do farol. Não cheguei a descobrir mais coisas de interesse por ali aparte do passeio marítimo, mas aproveitei uma das esplanadas à beira-mar que era muito gira.
  • Nessa noite o jantar foi no Museu d'Ávó de que também gostámos em termos de decoração e comida, seguido das Galerias de Paris.

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Foi muito agradável mas soube a pouco. Para a próxima o Museu de Serralves está na lista.