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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Comer fora para ajudar a economia #EatOutToHelpOut

A partir de amanhã, e de segunda a quarta-feira, durante o mês de Agosto, o governo está a patrocionar o esquema 'Eat Out To Help Out', uma iniciativa para levar mais pessoas a comer em restaurantes ao proporcionar 50% de desconto na comida, até ao desconto total de £10 por pessoa. Desde que os restaurantes abriram, têm visto muitas menos pessoas passar pelas suas portas do que em tempos anteriores à pandemia, e isso está a ser preocupante para se conseguir manter a sobrevivência de muitos restaurantes. O esquema está disponível pelo Reino Unido e, para encontrar os restaurantes participantes mais próximos da vossa zona de residência, podem pesquisá-los a partir do site oficial do Governo

 

Este esquema, no entanto, tem encontrado muitas opiniões divergentes, e se estiverem interessados para ler as grandes discussões sobre o assunto, basta pesquisar por #EatOutToHelpOut no Twitter.

 

Porque é que as pessoas não estão contentes por receber 50% de desconto em restaurantes? Existem duas razões principais:

  • Ao encorajar as pessoas a ir comer em restaurantes, estão a encorajar à socialização e, consequentemente, á possibilidade de distribuição do Covid19.
  • Anunciaram este esquema na mesma semana em que anunciaram outro esquema em que estão a encorajar as pessoas a viver uma vida mais saudável para reduzir os níveis de obesidade, mas no esquema #EatOutToHelpOut, restaurantes de takeaway como o MacDonald's também estão no esquema, e como tal, surgem dois interesses contraditórios.

Quanto à primeira razão, devo dizer que já comi fora desde que os restaurantes abriram e, pelo menos nos locais onde fui, não me senti em risco de contrair o virús por outra pessoa que lá estivesse. Primeiro porque fui a locais muito espaçosos ou com terraço, mas principalmente porque os restaurantes tinham medidas de distanciamento, pelo que teria sido muito difícil essa transmição. Como tal, a não ser que os restaurantes em que decidam ir, não tenham quaisquer medidas de precaução estabelecidas, em princípio, não estarão a fomentar a contaminação. 

 

Quanto à segunda razão, já concordo mais com os comentários negativos porque, o Governo simplesmente não devia ter deixado qualquer estabelecimento tomar partido desta iniciativa. Acho que faz sentido proporcionar este esquema principalmente a restaurantes e cafés independentes que se encontrem mais em risco de sobrevivência do que propriamente a restaurantes de cadeia que têm imenso investimento e recursos para sobreviver, principalmente quando esses restaurantes vendem comida contrária a uma outra iniciativa que o Governo lança em simultâneo, como foi o caso. No entanto, também percebo que esses restaurantes de cadeia também enpregam muitas pessoas, e que o Governo está a tentar reduzir o número de negócios falhados e, consequentemente reduzir o número de desempregados. Se bem que o MacDonald's provavelmente não precisa de incentivos de desconto. 

 

De qualquer forma, devo dizer que fiquei muito satisfeita por ver a variedade de restaurantes e cafés que encontrei no esquema e sem dúvida que vou querer aproveitar o desconto para ir a restaurantes independentes da minha zona. 

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Fonte da foto: Maybe Tech

A moda dos pratos pequenos nos restaurantes

Esta coisa dos restaurantes hipster que andam por aí agora stressa-me um bocado - porquê? Porque todos servem pratos pequenos! 

 

Empregado - "Bem-vindos! Já alguma vez vieram ao nosso restaurante?" 

Nós - "Não, é a primeira vez."

Empregado - "Então deixem-me explicar como funciona o menu no nosso restaurante - os pratos são pequenos, ideais para partilhar. Nós aconselhamos 5 pratos por cada 2 pessoas."

 

Pois amigo, está bem! Posso ainda não ter vindo a este restaurante, mas já fui a outros 50 restaurantes onde a lenga-lenga é sempre a mesma. Claro que são 5 pratos por cada 2 pessoas para se degustar bem a variedade da cozinha de excelência do chef! O problema, amigo, é que cada prato ronda as £8, ou seja, saio daqui a pagar £40 sem contar com bebida nenhuma. Depois, obviamente que os vinhos são do melhor vintage que há, ou um Argentino Malbec ou um Riesling da Áustria, porque obviamente quanto mais reconhecido em termos de qualidade ou menos comum for melhor, para se poder cobrar um preço exorbitante pela coisa.  

 

É que não há paciência! Sim, OK, eu posso tentar evitar estes restaurantes e ir aos restaurantes que têm uns pratos de um tamanho como deve de ser, mas sinceramente não são assim tantos. Ou se vai a uma pizzaria, ou hamburgueria onde se tem uma dose decente, ou então, são pratos pequenos para partilhar. Faz saudades daqueles restaurantes em Portugal onde se tem que pedir uma meia-dose porque a dose é grande demais. Isso por cá nunca acontece. Se fosse pedir a meia-dose de um prato por cá, em vez de receber um prato com 3 mexilhões, recebia um prato com mexilhão e meio 

 

Até os restaurantes Tugas mais recentes que há por cá são cheios de pieguices dos pratos pequenos - "- Já alguma vez vieram cá? Aqui servimos Petiscos à moda Portuguesa, que são pratos pequenos, perfeitos para partilharem. Aconselhamos 5 por cada duas pessoas..."

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Portugal em foco na TimeOut Londres

Hoje ao abrir a TimeOut deparo-me com uma secção dedicada à Londres Portuguesa.

 

Todas as semanas a TimeOut apresenta uma página dedicada a uma das 270 comunidades representativas em Londres. Esta semana foi a vez de Portugal e claro que não posso deixar de partilhar. Acho que para quem vive em Londres à alguns meses conhece ou já ouviu falar dos restaurantes e pastelarias indicadas nesta secção, e também sabe que a zona de Stockwell é conhecida como 'Little Portugal'.

 

O que eu não sabia é que o 'fish & chips' tinha sido inventado por judeus Portugueses!?! Bem, segundo a BBC os Portugueses judeus trouxeram o peixe frito a Inglaterra, mas não inventaram o prato. O Daily Mail concorda, mas o Wikipedia não especifica a origem. De qualquer forma, é um novo facto interessante. 

 

A TimeOut procura sempre entrevistar um nacional do país em foco que tenha alguma relação com a comunidade em questão, e no caso de Portugal, entrevistaram a Ana Có que é uma das fundadoras do The Little Portugal Project sobre o qual já tinha falado noutro post

Aqui fica o post da TimeOut:

Portuguese London TimeOut

 (clicar na imagem para ver a imagem aumentada)

 

A volta aos restaurantes do mundo em Londres: 'A' de América do Norte

Hoje fui à festa de despedida de uma amiga que, ao fim de 15 anos a viver em Londres, decidiu voltar para a Suécia para viver com o seu namorado, também Sueco, em Estocolmo. Quando lá estava, conheci um casal amigo dela muito simpático que nos falou de uma ideia que tiveram recentemente - a de ir a restaurantes com comida inspirada por um país cujo nome começa por uma letra do alfabeto por essa ordem. Ou seja, eles começarem pelo G, ao ir a um restaurante da Geórgia e acabaram na letra F, ao ir a um restaurante Francês. Para algumas das letras foi muito fácil de encontrar restaurantes na zona onde moram, mas para outros tantos, tiveram que visitar novas partes de Londres onde nunca antes tinham estado. Demoraram 18 meses a percorrer restaurantes de países correspondentes a todas as letras do alfabeto, excepto a um restaurante de um país iniciado com a letra Z (tentaram duas vezes ir a um restaurante do Zimbabwe, mas das duas vezes estava fechado e não encontraram outro), mas adoraram a experiência e recomendaram-na. 

 

Eu adorei a ideia e, nem foi tarde nem foi cedo, fui esta noite ao primeiro restaurante da 'Volta aos restaurantes do Mundo' a começar pela letra 'A' correspondente à América do Norte (o que neste caso estamos a pensar nos Estados Unidos da América. Bem sabemos que 'América do Norte' não é o nome do país, mas OK, apetecia-nos comida Americana. E tínhamos um voucher de desconto para o restaurante em questão. Por isso, começamos o 'jogo' por moldar as regras já um bocadinho e considerar a cozinha Americana, como a nossa selecção para o restaurante da letra 'A'. 

 

O restaurante seleccionado foi o BIRD, um restaurante de galinha frita com temática norte Americana, localizado em Shoreditch. A entrada foram asas de galinha fritas e o meu prato principal foram pernas de galinha fritas com batatas fritas. (Eu sei, foi uma refeição altamente saudável ). Mas soube bem. Começa assim 'A Volta aos Restaurantes do Mundo em Londres'. A ver quanto tempo vai demorar experimentar os 26 restaurantes correspondentes a todas as letras do alfabeto. 

 

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E fica mais uma recomendação de restaurante Português

Depois de ter escrito o post sobre Restaurantes Portugueses em Londres que dá gosto visitar, um dos leitores fez referência ao Bar Douro em London Bridge, que me deixou muito curiosa. Ora não foi tarde, nem foi cedo. fui logo lá hoje à noite. Gostei bastante. Com ambiente simpático, que combina o tradicional e o moderno, o Bar Douro, é um óptimo local para ir tomar uma bebida e comer uns petiscos depois do trabalho. Localizado numa das arcadas debaixo da linha do comboio e, junto à Flat Iron Square, onde aos fins-de-semana, se enche de carrinhas de Street Food, e pessoas que ali vão almoçar ou jantar com amigos. 

 

Partilhei com uma amiga uns croquetes de Alheira que tinham aquele sabor da Alheira mesmo intenso e delicioso; uns rolinhos de borrego; um pratinho de Bacalhau à Brás e Gambas com Alho. No final, ainda experimentei a minha sobremesa e a das minhas amigas, e tanto o Bolo de Laranja com marmelada e requeijão, o pastel de nata com gelado de canela, e a Baba de Camelo, estavam óptimos!

 

Com isso tudo, e ao partilhar pão e uma garrafa de vinho entre 4, a conta final ficou em £30 o que não foi mau. 

Recomendado!

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Experiências culinárias

Ultimamente tenho andado com vontade de ter novas experiências culinárias. Então, no início do mês marquei o meu primeiro supper club. Ficou marcado para Abril porque esta coisa dos supper clubs torna-se altamente popular e, podendo acomodar um número restrito de pessoas, não é comum conseguir-se marcar um supper club para uma data próxima. Vou a um em casa da cozinheira, portanto, será altamente privado. Por um lado parece-me um pouco estranho, mas por outro tenho curiosidade para experimentar um supper club numa casa residencial. Vamos ser 12 pessoas estranhas, em casa de uma pessoa estranha, sentados em volta de uma mesa, num ambiente intímo propício para despertar conversa entre as váras pessoas no jantar. Os comentários de quem já lá foi são muito bons e, como tal, achei por bem, lá ir também.

 

Escolhi o Club Lola em Brixton devido à data, mas haviam vários outros supper clubs onde fiquei com vontade de ir, incluíndo:

White Room Supper Club: localizado num apartamento privado num edifício que oferece vistas para Londres.

 

Monograph: Supper club de comida Japonesa localizado numa galeria de arte em Islington.

 

Uyen Luu: Supper club de comida Vietnamesa localizado numa casa privada em London Fields.

 

Syrian Supper Club: Especializado em comida da Syria, este Supper Club é localizado na E5 Bakehouse, em London Fields.

 

Para além do supper club, hoje estive agarrada ao relógio à espera que os bilhetes para a Chamber of Flavours abri-se ao meio-dia. Chamber of Flavours é uma experiência de comida imersiva que está a ser organizada pelos mesmos organizadores da Ginger Line. O Chamber of Flavours já estava esgotado até Junho e hoje abriram os bilhetes para mais eventos a partir de Junho. Não sei bem explicar como vai ser exactamente mas sei que envolve comida excelente, e uma espécie de show ou teatro imersivo simultaneamente. Marquei logo. E, apesar de ver que ainda existem várias datas com disponibilidade, muitas delas já estão esgotadas, portanto, se alguém também estiver interessado em experimentar, convém marcar o quanto antes. Fica o vídeo promocional para também ficarem com uma ideia:

Agora é só esperar pelas respectivas datas. Depois digo se valeram a pena.

Restaurantes tão populares onde ninguém consegue ir

Estou frustrada. Frustrada porque queria marcar um jantar num local especial, diferente, original. Mas todas as minhas hipóteses apresentam-se impossíveis. 

 

Tinha visto na TimeOut à umas semanas que havia um novo restaurante com uns pequenos Igloos no terraço, em que cada mesa está fechada neste igloo com vistas de 360º para Tower Bridge e o Tamisa. São uma nova adição do Coppa Club em Tower Hill. O problema é que todas as marcações já estão esgotadas e, apesar de haver alguns igloos disponíveis por ordem de chegada, não quero arriscar ir lá parar e não dar para ficar com um igloo. 

 

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Pensei então em marcar o jantar da GingerLine. A gingerline é um conceito de suppaclub em que se janta num ambiente teatral. Parece um conceito muito interessante e há muito que tenho curiosidade de lá ir. Actualmente estão a decorrer dois conceitos diferentes da gingerline, mas como não podia deixar de ser - tudo esgotado até Abril. 

 

Então pensei tentar o pop-up Christmess Reveillon Feast que conta com 12 pratos, dança, teatro, shows, e decorre durante o mês de Dezembro numas arcadas na zona de Southbank. Mas adivinharam - esgotado na data em que queria.

 

É impressionante como tudo o que seja um pouco mais interessante e diferente seja assim tão popular. O que ainda é difícil de perceber também é como é que tanta gente sabe sobre estes eventos todos logo assim que aparecem, não deixando a oportunidade para aqueles que chegam um pouco tarde, de marcar também mesa. 

 

Portanto voltei à escala zero. Não faço ideia onde hei-de ir para o tal jantar. Se alguém tiver sugestões de jantares em locais originais que ainda não estejam esgotados, adorava ficar a saber desses locais. 

Faz sentido fazer ofertas nos estabelecimentos comerciais?

Gostei imenso da minha recente visita à ilha da Creta e de ficar a conhecer alguns dos costumes locais. Um deles, por exemplo, é que ao fim de todas as refeições nos ofereciam uma garrafinha de Ouzo ou Raki (ambas bebidas locais tipo água-ardente) acompanhadas de uma pequena sobremesa. Algumas vezes dávam-nos gelado, outras vezes um pudim ou bolinho, etc. É um pequeno mas agradável gesto e, poderá provavelmente fazer com que as pessoas venham a dar uma gorjeta maior.

 

Também já notei que muitos restaurantes Indianos no Reino Unido costumam dar rebuçados ou chocolates quando trazem a conta, possivelmente também com o intuito de fazer com que as pessoas se sintam mais inclinadas para dar uma gorjeta maior.

 

Este gesto na creta faz com que me pergunte se o mesmo não ía resultar bem noutros países? Com certeza, restaurantes que façam pequenas ofertas, principalmente  de algo caro como álcool, vão ser estabelecimentos mais populares, de que as pessoas querem falar, e com positivos comentários e ratings relacionados com essa oferta em sites como o tripadvisor. Ora, se aquilo que fôr oferecido tiver um custo inferior às potenciais gorjetas,este gesto pode compensar significativamente. 

 

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Fonte da imagem: paperblog

 

Enquanto pensava no assunto achei que esta opção podía ser interessante para restaurantes em muitos países, mas pensando na situação do Reino Unido, e principalmente forçando-me em Londres, tal oferta de produtos talvez já não faça muita lógica pelas seguintes razões:

  • O Londrino é desconfiado: ninguém dá nada a ninguém em Londres, e a oferta de bebidas ou comida em restaurantes Londrinos podia ser olhado com suspeita por algumas pessoas - “se nos estão a oferecer este bolo é porque deve estar a passar da validade?”
  • Considerada uma atitude irresponsável: o consumo de álcool, é praticamente um elemento essencial de qualquer refeição, sendo que a partilha de uma garrafa de vinho para duas pessoas é mais que comportamento normal. A possível oferta de um digestivo com teor alcóolico de 45%, como é o caso do Ouzo, seria uma atitude considerada totalmente irresponsável por parte dos comerciantes, visto que os seus hóspedes já irão estar alcoólizados mais do que suficiente pela hora que terminarem a refeição. E, se em vez de álcool, pretendessem oferecer uma sobremesa, lá viria um instituição como a British Heart Foundation ou o Jamie Oliver, mandar vir com os ditos estabelecimentos por estarem a incentivar o consumo do açúcar, que consecutivamente leva a maus hábitos de alimentação do indivíduo e das famílias, que podem levar a doenças, e a maiores custos para o NHS, etc., etc.
  • Demasiado tempo a ocupar mesas que podiam estar a gerir lucro: ao estarem a dar mais de comer e beber a quem terminou a refeição, faz com que essas pessoas se mantenham mais tempo a ocupar a mesa no restaurante. Tal mesa poderia ser utilizada por outros que viessem pedir uma nova refeição, e portanto, gerar muito mais lucro do que o potencial extra que os empregados receberiam em gorjeta.
  • Todas as migalhas contam para pagar a renda: numa cidade onde o custo da renda de qualquer estabelecimento sobe a uma velocidade vertiginosa, só aqueles que são mesmo muito cuidadosos com os custos, mantendo-os ao mínimo, enquanto que conseguem alcançar o máximo de proveito, é que conseguem sobreviver.
  • O Londrino é justo: Quem vive em Londres está acostumado a pagar gorjeta já incluída na conta, e se tal não estiver incluída na conta, o normal é que o Londrino pague o valor de 10% do valor da conta em gorjeta de qualquer forma. Esse hábito está vincado na cultura e, de forma geral, não é porque tenham melhor serviço sob a forma de ofertas ou simpatia que vão necessariamente dar mais que os 10%. Só em situações em que o serviço seja muito mau é que o Londrino não deixa gorjeta, para demonstrar o seu descontentamento.

 

Portanto ao fim das contas, talvez para alguns restaurantes, em certas localidades, que pretendem marcar pela diferença, oferecer algumas coisas durante a refeição possa servir como benefício (agrada-me por exemplo quando ainda encontro aqueles restaurantes em Portugal onde não cobram pelo pão e manteiga), mas numa localidade como Londres, penso que 'essa moda' não vai pegar.

Onde jantar quando não se pode jantar em casa

Voltei da viagem de trabalho na quinta à noite e pouca diferença notei na cozinha. O chão está finalmente colocado mas foi a única coisa que fizeram naqueles 3 dias que estive fora. Não pensei que um chão num espaço tão pequeno demorasse assim tanto a colocar. Enfim, vou ter que aguentar mais algum tempo. 

 

Um dos problemas associados a esta falta de cozinha, é que a minha alimentação não tem sido da melhor. Simplesmente não tenho comido nenhuma refeição em casa. O pequeno-almoço não faz grande diferença visto que já comia os meus cereais no trabalho e acaba por ser uma desculpa para ir tomar o pequeno-almoço com amigos aos fins-de-semana. Mas o jantar é que tem sido mais chato porque fica caro ir jantar fora todos os dias portanto tenho tentado diversificar os meus jantares:

 

Take-away: Nunca tinha mandado vir um takeaway só para mim, mas houve uma das noites em que me sentia um pouco adoentada, logo não queria jantar fora mas queria comer uma sopa quente. Foi nesta minha pesquisa de takeaways que reparei que a maioria dos restaurantes apenas facilita o takeaway através de empresas externas de takeaway tais como o JUST EAT, o Takeaway.com ou o HungryHouse. Eu só queria uma sopa, mas o que reparei é que muitos dos restaurantes através destes sites requerem um consumo mínimo de £12 a £15 de forma geral. Optei pelo HungryHouse porque oferecia um desconto de £5 a novos utilizadores, o que foi menos mau porque assim a entrega acabou por me ficar a £10, mas tive à mesma que consumir o suficiente para atingir o mínimo de £13 que era o caso do restaurante de onde encomendei, mais as £2 de taxa do site. Enfim, pode ser útil poder mandar vir um takeaway, mas só para uma pessoa não compensa muito. 

 

Descontos de final de dia do Itsu e Abokado: Todos os restaurantes/snack-bars Itsu, meia-hora antes de fecharem, vendem toda a comida do frigorífico (de sushi a saladas) a 50% de desconto e os restaurantes/snack-bars Abokado vendem tudo a 1/3 do preço a partir das 17h, portanto há que aproveitar, e já aproveitei várias vezes.

 

Taste Card e The Gourmet Society: Estes são cartões pelos quais se paga um valor anual que ronda as £70 no seu valor oficial, mas consegue-se sempre comprar os cartões em versão "trial" descontados. Ao apresentarem esses cartões numa grande variedade de restaurantes recebem cerca de 50% de desconto do valor da comida pelo que vale bastante a pena por isso tenho utilizado o cartão que tenho sempre que possível.

 

Descontos de supermercado: Todos os dias o supermercado têm comida descontada ao fim do dia. O problema é que como não ando a utilizar talheres, pratos etc., tenho comprado apenas ou saladas ou sandes. Não é ideal, por isso não posso comer isso todos os dias, mas de vez em quando, vá. 

 

No caso de hoje, passei a tarde num restaurante/bar junto ao Regents Canal e acabei por jantar por aqui também. Fui para o tradicional Sunday Roast. Geralmente não vou para grandes jantares quando estou sozinha, mas hoje apeteceu-me. Até porque agora para o final da tarde começaram a tocar jazz no piano e sabe tão bem estar aqui que decidi aproveitar e deliciar-me com um bom jantar  

 

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Uma noite com os cientistas malucos do Yelp

Ontem à noite fui ao meu primeiro evento do Yelp. Para quem não conhece, o Yelp é um site que permite aos seus utilizadores encontrar e dar a sua opinião sobre os mais variados estabelecimentos, principalmente bares, cafés, restaurantes e outros. Como sabem eu sou uma grande fã de conhecer novos sítios tais como cafés onde poder escrever os posts do Tuga em Londres , locais para um bom brunch, etc. Como tal, muitas vezes utilizo a Internet para encontrar estas pérolas, e muitas vezes o site da Yelp é que me tem ajudado. Como o utilizo tantas vezes para ler opiniões de diferentes pessoas, recentemente decidi fazer o download da aplicação e começar a dar a minha opinião também. 

 

Ao estar inscrita como membro, começo a receber também convites para alguns dos muitos eventos organizados pelo Yelp. Como ainda escrevi sobre poucos locais ainda não adquiri o certificado de Yelp Elite, que é oferecido a todos os que escrevem frequentemente para o site, ajudando a comunidade. Esses membros têm várias vantagens tais como ser convidados para muitos mais eventos, tais como quando um novo bar ou restaurante abre e pretende que os membros do Yelp escrevam sobre o mesmo para ajudar a publicitar o estabelecimento. Estes membros elite são então convidados para ir experimentar a sua comida e bebida gratuitamente para depois poderem escrever sobre o mesmo. No entanto, mesmo assim ocasionalmente o Yelp organiza eventos abertos a todos os membros e ontem foi o caso disso. 

 

O evento era intitulado "Mad Scientist Soiree" e contou com uma grande variedade de estabelecimentos a dar a provar muita comida e bebida. Isso incluíu ter uma classe para aprender a fazer sushi, provar gelado de rum, cocktails, outros gelados, snacks originais, cupcakes e outros bolos, tinham também um zona de jogos de casino, uma zona para tirar fotografia profissional e muito mais. A diversidade foi grande e o único requerimento para podermos ir ao evento, para além de termos que ser membros do site foi ter que ir mascarado de cientista maluco, alusivo ao nome do evento. Assim sendo só se via uma grande quantidade de pessoas vestidas com as suas batas brancas e óculinhos. 

 

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A noite foi muito gira, ainda trouxe uma quantidade de snacks para casa e foi tudo gratuito. Agora fiquei com vontade de rever estabelecimentos no site mais frequentemente para poder ir a mais eventos semelhantes. Além disso, sengundo amigos meus que já são membros à muito tempo, eles fizeram vários amigos em Londres através dos eventos Elite do Yelp porque encontram-se muitas vezes com as mesmas pessoas e começam assim a criar amizades.

 

Para quem estiver interessado pode também ver a lista de eventos que eles têm em Londres aqui. Se morarem em Portugal, também existe uma comunidade em Lisboa que faz eventos ocasionalmente. No Porto também já andam a fazer revisões mas parece-me que ainda nāo existem eventos.