Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

O que fazer em Londres em Maio 2018

O que fazer em Londres 2018.png

 

O mês de Maio começa com um fim-de-semana prolongado destinado a ser solarengo, e o ambiente por cá está no auge. Sem dúvida há muitas formas disponíveis para aproveitar este, o fim-de-semana prolongado ao final do mês, e o resto do mês pelo meio também. Ora aqui fica:

 

Cinco de Mayo Pop Brixton - O que é? O Pop Brixton, celebra o dia de festividade Mexicano, Cinco de Mayo, com uma festa apropriada que vai contar com Mariachis, dança tradicional e DJs mexicanos. Quando? 5 de Maio. Quanto? Gratuito Onde? Pop Brixton, Brixton

 

Queen's Yard Summer Party O que é? Os estabelecimentos de Hackney Wick - bares, cafés e cervejarias, vão abrir as portas a um festival de música, comida e dança, a partir da tarde para se aproveitar o sol junto ao canal, até à manhã de Domingo. Quando? 5 de Maio. Quanto? £20. Onde? Hackney Wick.

 

Festival de Cinema de New Cross & Deptford  O que é? Festival gratuito de cinema que conta com a apresentação de vários filmes em locais diferentes. Quando?  Até 6 de Maio. Quanto? Gratuito. Onde? Vários locais

 

Canalway Cavalcade O que é? Procissão de barcos do canal, que também conta com animação ao longo do canal incluíndo bandas e comes e bebes. Quando? 5 a 7 de Maio. Quanto? Gratuito.  Onde? Little Venice.

 

The Magic Terrace Party O que é? Se querem aproveitar o sol de domingo em festa, a magic Roundabout conta com música a partir das 14h, barbeque e animação ao ar-livre mesmo no centro da rotunda de Old Street até às 23h (não se preocupem, que uma vez lá dentro, nem se apercebem que há carros a andar ali à volta de vocês. Quem costuma acompanhar as Stories do Instagram do Tuga em Londres, terá visto que estive lá no dia de abertura deste verão e posso confirmar que o ambiente é bom. Quando? 5 de Maio. Quanto? £7

 

Windmill Beer and Bread Festival. O que é? O moinho de Brixton vai celebrar um festival de pão e cerveja que conta com a presença de várias bandas. Será um bom evento para toda a família. Quando? 7 de Maio. Quanto? Gratuito.  Onde? Brixton

 

Carnaby Style Weekender O que é?  4 dias que contam com descontos e eventos especiais nas 50 lojas participantes de Csrnaby Street.  Quando? De 10 a 13 de Maio. Quanto?  Gratuito. Onde?  Canaby Street, Soho

 

Celebrações do Royal Wedding O que é? O princípe Harry está prestes a casar com a actriz Americana Megan Markle. A maior parte de nós não fomos convidados para o casamento, mas os pubs vão ser permitidos de servir bebidas até à 1h da manhã, 2 horas mais tarde do que é habitual, em celebração. Igualmente, existem inúmeros locais que, ou vão transmitir o casamento, ou o vão celebrar de alguma forma. O Londonist criou uma lista bastante exaustiva de opções, que indico no título. Quando? 19 de Maio. 

 

Up close with Marilyn O que é? Exposição de fotografia da vida de Marilyn. Quando? De 11 a 24 de Maio. Quanto? Gratuito

 

This is Gala O que é? Festa durante todo o dia no último fim-de-semana prolongado do mês. A decorrer na zona de Peckham Rye. Quando? 27 de Maio. Quanto? £40

Tempo para mim

Cheguei de volta a Londres ontem após as celebrações Natalícias em Portugal. Ainda estou de férias toda a semana, mas quiz voltar para aproveitar a calma que esta semana geralmente me oferece. É o único tempo do ano onde sinto que consigo ter vários dias só para mim. O resto do ano, sempre que tenho férias, vou para algum lado, ou tenho actividades e outras coisas para fazer. Verdade seja dita, escrevi no avião uma longa lista de coisas para fazer durante esta semana, mas uma das coisas que escrevi foi - passear. Só passear, sem distúrbios, sem destino, sem qualquer outro interesse senão passar tempo comigo própria, a ouvir a minha música e a deixar-me ir pelos meus pensamentos. Até pedi ao meu namorado para vir um dia mais tarde de casa dos pais para eu ter o espaço da casa só para mim durante um dia inteiro. Ele percebeu. Por vezes simplesmente é bom estar sozinha, e hoje em dia não tenho muitas oportunidades de o fazer.

 

Saí de casa no início da tarde e comecei a andar. Segui por ruas laterais onde nunca tinha passado antes, e daí passei para outras ruas laterais a descobrir novas zonas. Adoro andar à descoberta e Londres tem sempre alguma outra rua por onde nunca passei. Fui parar a sul de Whitechapel onde deparei com o cinema Curzon Aldgate que não sabia que existia e, devo dizer que me pareceu ter muito bom aspecto, por isso adicionei à minha lista de locais a ir. Depois voltei para Norte novamente e parei na Whitechapel Gallery que, surpreendentemente, ainda nunca tinha visitado.

 

A maior parte das exposições na galeria têm entrada gratuita e, achei particularmente interessante o facto de estar exposto o trabalho de dois artistas Portugueses - Leonor Antunes, que vive em Berlim e criou um espaço intitulado 'The Frisson of Togetherness' onde apresenta uma combinação de como diferentes escultura e materias diferentes se podem apresentar de uma forma harmoniosa. O segundo projecto do artista Português Luís Lázaro Matos trata-se de um filme de animação intitulado 'The Nomadic City of Camela' que conta a história de uma cidade móvel construída no dorso de um camelo. O projecto do Luís vai continuar na Whitechapel Gallery até dia 28 de Janeiro e o projecto da Leonor ficará lá até 9 de Abril caso estejam interessados em visitar. 

IMG_3666.JPG

IMG_3671.JPG

 

O que fazer em Londres em Maio 2017

fazer-maio-2017.jpg

Já entrámos no mês de Maio com o verão aqui à porta (esperemos nós, mas ainda não há grandes sinais dele). No entanto, os planos da cidade decorrem a contar com a vinda de um tempo bom com o início das várias actividades ao ar-livre - festivais, teatro ao ar-livre e afins. Eventos a destacar este mês, na minha opinião, são o Peckham Rye Music Festival e o Festival de Museus à Noite. 

 

Peckham Rye Music Festival O que é? Festival de música durante 3 dias em vários locais em Peckham. Quando? 12 a 15 de Maio. Quanto? A partir de £15 por dia Onde? Peckham

 

Museums at Night Festival O que é? Festival onde a maioria dos museus de Londres estão abertos à noite com vários eventos especiais. Muitos deles até contam com música e comida, experiências interactivas, apresentações ou outros eventos para os mais variados interesses. Quando? De 17 a 20 de Maio. Quanto? A maioria das entradas nos museus são gratuitas mas convém verificar com o museu de interesse antes da visita. Onde? Por Londres inteira

 

Regent's Park Open Air Theatre O que é? Peças de teatro apresentadas ao ar-livre no Regent's Park. Este ano as peças apresentadas vão ser 'On the Town', 'A Tale of Two Cities' e 'Oliver Twist' Quando? De 19 de Maio a 16 de Setembro. Quanto? A partir de £23 Onde? Regent's Park

 

Chelsea Flower Show O que é? Todos os anos, os melhores floristas, e jardins do Reino Unido, apresentação as suas criações de flores e plantas neste evento que exibem os seus melhores arranjos de jardins, etc. É um evento essencial para todos os amantes de floricultura Quando? 23 a 27 de Maio. Quanto? £25 a £70. Onde? Chelsea

 

Brixton Rooftop Beach O que é? A praia de Brixton volta pela segundo ano, num terraço de brixton, a contar com stands de street food, música e animação. O primeiro fim-de-semana de abertura conta com eventos especiais que requerem bilhetes. Quando? A partir de 26 de Maio até ao final do verão. Quanto? Bilhetes do fim-de-semana de abertura estão a £10. Onde? Brixton Rooftop

 

Gala Brockwell Park O que é? Festival de música disco, funk e soul no domingo do fim-de-semana prolongado de final de Maio. Quando? 28 de Maio. Quanto? £25 Onde? Brockwell Park

Um dia em galerias de arte

Hoje passei a tarde a visitar exposições artísticas. As duas muito interessantes e que nos fazem pensar sobre nós, aquilo que estamos a ver, como interpretamos o que estamos a ver, e a informação que nos está a transmitir sobre a sociedade ou o mundo em geral. São próximas uma da outra, ambas com entrada gratuita, e patrocínam uma tarde mesmo muito bem passada, por isso achei que devia partilhar para quem também esteja interessado.

  • The Infinite Mix - localizada na Strand, é uma exposição de vídeo e música. Lá dentro percorrem 10 quartos escuros onde estão apresentados vídeos de 10 artistas em temáticas totalmente diferentes. Entre os que gostei mais encontrava-se um filme que retrata uma comunidade Africa-Americana de Los Angeles; outro que apresentava o poeta John Giorno no seu 70º aniversário, a recitar um poema em que ele fala sobre a sua vida em retrospectiva. A exposição decorre entre 4 andares, incluíndo o parqueamento e, a meio da exposição, encontra-se um café muito giro e bem decorado com grandes sofás e vista para o rio e a Southbank, o que foi uma boa surpresa. 

infinitemix.PNG

 

Fonte: The Infinite Mix, do filme de Kahlil Joseph, m.A.A.d

World Press Photo - localizada no Southbank Centre, conta com a apresentação da melhor fotografia de fotógrafos-repórteres do mundo, incluíndo o primeiro prémio sobre histórias da actualidade pelo fotógrafo Português Mário Cruz cujas fotos representam a situação dos 'escravos-modernos' no Senegal.

foto-mariocruz.PNG

 Foto de Mário Cruz premiada pela World Press Photo

O The Infinite Mix só vai estar em exibição até ao dia 4 de Dezembro, e o World Press Photo, reparei agora, só vai estar em exibição até amanhã. De qualquer forma, o Southbank Centre costuma ter sempre actividades e exposições interessantes a ver, pelo que vale a pena o passeio até lá. E se forem durante esta época Natalícia, ainda podem também aproveitar o mercado de Natal da Southbank. 

Bilhetes baratos para museus e atracções de Londres

Estou entusiasmada por anunciar que a partir de agora podem comprar bilhetes para as mais variadas atracções de Londres, museus e passeios guiados, muitos deles a preços descontados, através do Tuga em Londres, graças a uma nova parceria com o Ticketbar. 

 

Encontram o novo link para "Bilhetes" na barra do menú do blog e a partir de lá podem comprar os vossos bilhetes para a mais variedade de atracções e actividades a visitar durante os vossos dias em Londres. 

 

Para perceberem que bilhetes compensam mais comprar dependendo do vosso tempo em Londres e interesses, passo a explicá-los:

 

  • Preço de carregamento de Oyster Card suficiente para 1 dia de viagens ilimitadas nas zonas 1-2 (centro): £6.40 +£5 de depósito pelo cartão (total €15,69). Mais informações sobre transportes em Londres neste post.

 

Portanto, o London Pass compensa logo se visitarem 3 atracções no mesmo dia tais como as 3 acima indicadas dado que são todas próximas e podem fazê-las todas calmamente num dia. No entanto podem visitar todas as atracções que quizerem e conseguirem num mesmo dia. Mais atracções incluídas no London Pass aqui.

 

Relativamente ao London Pass com transporte parece que só compensa mais pela conveniência de se ter tudo num só cartão em vez de se andar com dois cartões, mas segundo os cálculos, o London Pass cobra mais €3.41 se comprarem com o transporte incorporado.

 

O London Pass também compensa mais quantos mais dias o comprarem, portanto convém fazerem primeiro a lista de todos os monumentos e atracções que querem ver para poderem julgar melhor quantos dias vos compensa comprar.

  

Através do Google Maps, podem pesquisar por "London Tourist Attractions" e irá aparecer-vos todos os pontos principais representados com pontos vermelhos. Podem colocar uma marca nos locais que vos interessam mais visitar para se aperceberem melhor das distâncias de forma a julgarem melhor quantas atracções vão conseguir visitar nos dias em que estiverem em Londres.  

 

london_tourist_attractions_map.PNG

 

Uma das coisas que gosto nesta nova página, para além de poderem comprar bilhetes para o London Pass, atracções turísticas e museus, é que podem também comprar passeios, tais como o autocarro turístico Hop on Hop off, uma visita guiada ao estádio de futebol do Chelsea, caminhadas temáticas para ver a troca da guarda, locais de referência do Rock n' Roll Britânico ou os locais por onde actuou o Jack o Estripador, ou até um Pub Crawl em Camden Town, onde vão conhecer os vários pubs com um grupo de pessoas com quem socializar.

 

Espero que gostem desta nova adição ao Tuga em Londres! 

 

 

O Imperial War Museum reabre as portas

Após um longo período de trabalhos de restauração no valor de £40milhões, o Imperial War Museum em Lambeth reabriu este fim-de-semana com novas galerias, incluíndo uma entrada que, aparentemente é bastante impressionante, tendo sido desenhada pelos arquitectos Foster & Partners (os mesmos que desenharam o edifício com forma oval na 'City', conhecido como 'The Gherkin'). Segundo os media, as filas são muito grandes de momento, já que todos parecem querer ver o novo aspecto do museu por isso vou esperar mais alguns tempos para lá ir, mas lembro-me de que o museu era realmente muito bom da última vez que lá fui, já à cerca de 10 anos atrás. Sem dúvida que uma nova visita é devida e aconselho os visitantes a Londres a considerarem também este museu durante a vossa estadia.

 

 

Imperial War Museum new look

A House Warming da Tate Britain

O museu "Tate Britain", localizado em Pimlico junto ao Tamisa, sofreu recentemente uma 'makeover' e reabriu as portas ao público ontem.

Para celebrar a reabertura do museu que promete ter reformulado o espaço de forma a ser mais agradável para o visitante passear e apreciar não só a arte exposta mas o próprio espaco que o envolve durante a visita, vai realizar uma "house warming party" neste sábado dia 23.

 

A partir das 15h e até 'as 22h, a Tate Britain vai contar com muita música, inclusivé um DJ de electropop, seminários, workshops e muita animação. Podem ver aqui o Programa da House Warming Party da Tate Britain.

 

Escadaria da Tate Britain

À descoberta

Para quem já olhou para a foto que tenho no cabeçalho do blog e não faz a mínima ideia de onde tenha sido tirada, fica a saber que foi tirada do topo do monte de Greenwich junto ao famoso observatório. Não é daqueles locais onde vá com frequência, até porque não fica assim tão perto, mas adoro cada vez que lá vou. Nunca posso deixar de passar umas horas sentada na relva na subida para o monte a apreciar a paisagem, o grande céu aberto, os grupos de pessoas na relva e a relação dos edifícios monárquicos do século XVII de Greenwich com os edifícios altos modernos de Canary Wharf ao fundo. Desta vez, o céu estava um pouco mais escuro do que da vez em que tirei a foto do cabeçalho, mas acho que o vida daquela área ficou novamente bem retratada em mais esta foto:

 

Greenwich

 

Já este fim-de-semana fui passear para os lados de Holborn, e o que é que eu encontro no caminho? A Rua de Portugal, ou melhor "Portugal Street". Eu sabia que ela existia e que ficava para aqueles lados mas ainda nunca lá tinha passado, por isso quando me deparei com ela não pude deixar de tirar a bela da foto para a prosperidade. A rua é muito calma onde se encontram alguns edifícios de época e um que tem estilo de ter sido feito nos anos 60/70. Daquele género de edifícios que se vê logo que na altura em que o construiram os arquitectos pensavam que aquilo era de uma modernidade e qualidade inquestionáveis, mas que hoje em dia são simplesmente uns blocos de cimento feios com umas janelas mais feias ainda. Mas esse edifício também só ocupa uma pequena parte do início (ou fim depende da perspectiva) da rua. Aparentemente estavam a haver umas pequenas obras na rua. Não sabiam com certeza que eu lá ía passar para tirar uma foto para colocar no blog, por isso lá ficaram as barreiras das obras na foto também. Que remédio!

 

Portugal Street
E estava eu ali em Holborn porque ía ver um museu que, para mim, ainda era novidade. Felizmente lá de vez em quando descubro estes locais onde ainda nunca estive o que me faz apreciar ainda mais a cidade. Foi o John Soan's Museum cujo edifício é constituído por três casas que o próprio (John Soan) foi comprando para conseguir armazenar toda a sua colecção pessoal de objectos de arte de todos os tipos. E sublinho a "arte de todos os tipos" já que naquela casa se encontra mesmo de tudo, até um sarcófago Egípcio. Está mesmo muito interessante a forma como a casa está organizada e os objectos de arte apresentados. Altamente aconselhável. Não é muito grande, pelo que em 1 hora se vê o museu inteiro, e é possível que fiquem em fila de espera à porta visto que sendo uma casa, existe um limite máximo do número de pessoas que lá podem estar ao mesmo tempo. Mesmo assim, apesar de ter cerca de 15 pessoas à minha frente quando lá cheguei, penso não ter esperado na fila mais de 10 minutos. Esta casa museu fica nos número 12, 13 e 14 de Lincoln's Inn Fields.
John Soan's Museum
Agora ruas e museus à parte, a grande descoberta do fim-de-semana, foi mesmo quando estava no Café Kick em Exmouth Market e ao pedir uma Super Bock, serviram-me uma Super Bock XL! Esta ainda eu nunca tinha visto. Parecia mesmo medida de cerveja feita para Inglês, para se aproximar da quantidade das "pints". De qualquer forma, ao ver o rótulo noto que está todo escrito em Português como normal. Por isso a minha ideia inicial de que aquele tamanho era feito de propósito para exportação para Inglaterra imagino que já não seja bem assim e que de facto exista esse tamanho em Portugal. Estou certa ou nem por isso? Será que estou a dar uma novidade a alguém ou já toda a gente sabe da existência da Super Bock XL por terras Lusas?
Cervejas Tugas em Londres
Nota pessoal a não esquecer para a próxima: A Super Bock XL no Café Kick não compensa comprar porque contém 500ml e custa £4.50, ao passo que a Sagres de 330ml (e penso que seja ao preço da Super Bock de 330ml também) só custa £2. Logo, é de comprar antes 2 Sangres, bebe-se mais, paga-se menos e a cerveja não morre. Só vantagens.

A Tate faz 10!

10 anos faz o museu Tate Modern este ano, a serem celebrados neste fim-de-semana. São 10 anos de arte moderna do mais original ao mais realista. São 10 anos de exibições temporárias no Turbine Hall da Tate Modern. O Turbine Hall, basicamente é um espaço muito alto e amplo localizado dentro do edifício que, tem alojado ao longo destes 10 anos, as chamadas comissões anuais de arte da Unilever Series. Cada ano viu uma exibição principal diferente que durou vários meses do ano. Entre uma e outra exposição da Unilever Series têm havido outras exposições permanentes mais curtas, mas também interessantes. Na minha opinião, muitas vezes, essas outras exposições curtas até mereciam mais ter feito parte da Unilever Series do que algumas das oficiais. Lembro-me particularmente de uma delas, por altura do verão de 2007 que retratava as cidades mais populosas do mundo. Muuuito interessante! Pena ter ficado tão pouco tempo pela Turbine Hall.

Mas falando da Unilever Series, já que faz os seus 10 anos de existência, fica aqui apresentada cada uma das suas instalações:

 

Ano 2000

 

 

Maman de Louise Bourgeois
Maman de Louise Bourgeois
 
Apesar da sua principal presença na Tate Modern ter sido no ano 2000, esta instalação já voltou pelo menos duas vezes mais à Tate Modern desde então (que eu tenha visto). Ficou indicada como uma instalação marcante da Unilever Series. Sinceramente, para mim não passa de uma aranha grande. Como a minha relação com aranhas também não é muito boa, diga-se de passagem que não gostei muito das duas vezes que vi esta instalação na Tate.
 
Ano 2001

Double Bind de Juan Munoz
Double Bind de Juan Munoz

 

Ao colocar figuras e objectos num tecto falso do Turbine Hall, o artista pretendia de alguma forma transmitir a ideia de solidão e ilusão. Não posso comentar sobre esta instalação que não a cheguei a ver.

 

 

Ano 2002

  

Marsyas de Anish Kapoor

 Marsyas de Anish Kapoor

 

Quase grande demais para o espaço da Turbine Hall, este trompete criou tanto interesse que foi re-instalado noutros museus reconhecidos em outras partes do mundo. Não posso comentar por não ter visto.

 

 

Ano 2003/2004

 

The Weather Project de Olafur Eliasson

The Weather Project de Olafur Eliasson

 

A Turbine Hall completamente vazia à parte da metade de baixo de um grande sol, que reflectia no espelho colocado no tecto a todo o comprimento da Turbine Hall. Agora imaginem a reacção das pessoas do chão a olharem para a sua reflexão no tecto. Foi a primeira instalação que vi da Unilever Series e sem dúvida alguma, a melhor que vi até hoje. A interação das pessoas com a instalação foi fenomenal. Adorava que esta voltasse à Tate.

 

 

Ano 2004

  

Raw Materials de Bruce Nauman
Raw Materials de Bruce Nauman
 
Nenhuma alteração física foi feita ao espaço da Turbine Hall para esta instalação. Simplesmente vários sons provinham de diferentes partes das paredes, com palavras, frases e expressões diferentes em línguas diferentes até. Conceito interessante. Gostava de ter estado lá.
 
 
Ano 2005

Embankment de Rachel Whiteread
Embankment de Rachel Whiteread
 

Um pouco com a intenção de criar a ideia de se estar entre icebergues, foi uma das ideias da artista e, a imaginação dos visitantes até foi mais longe visto que lhe deram várias associações. Cheguei a ver a instalação. Interessante mas não me fez querer lá ficar durante muito tempo nem de revê-la.

 

 

Ano 2006

  

Test Site de Carsten Holler

Test Site de Carsten Holler 

 

Vários escorregas em metal entrelaçaram-se pelo espaço da Turbine Hall durante esta instalação. Ainda não posso acreditar que deixei passar esta sem de facto ter experimentado andar nos escorregas. Fui lá algumas vezes durante o período da instalação mas, ou porque a fila estava grande ou porque preferia deixar para a próxima, acabei por não o fazer. Talvez volte um dia.

 

 

Ano 2007

  

Shibboleth de Doris Salcedo

Shiboleth de Doris Salcedo 

 

Ora esta é uma instalação fácil de descrever - era uma racha no chão. Só e simplesmente uma racha no chão. Interessante para alguns. Para mim, foi uma perca de uma boa oportunidade de ter visto algo realmente com interesse, caso a Unilever Series tivesse escolhido outro artista.

 

 

Ano 2008

 

 

TH.2058 de Dominique Gonzalez

 

TH.2058 de Dominique Gonzalez

 

Dezenas de beliches espalhados pela Turbine Hall com livros em cima. Ao fundo, um ecrã que mostrava imagens de cenas de filmes de ficção científica e como som o barulho da chuva a cair. A ideia é avançar vários anos no futuro e imaginar uma chuva infindável sobre Londres. Para se protegerem, os habitantes têm que se refugiar na Turbine Hall, daí a grande quantidade de camas providenciados. A ideia e o espaço estavam bons. Apetecia ficar lá algum tempo e dedicar a devida atenção à montagem do filme no ecrã e ao conteúdo dos livros providenciados sobre cada leito.

 

 

Ano 2009/2010

  

How Is It de Miroslaw Balka
How It Is de Miroslav Balka

 

 

A mais recente instalação da Tate Modern é uma grande caixa de aço completamente às escuras no seu interior. Ao entrar, eu ía um pouco a medo, pé ante pé, sem conseguir ver um palmo à frente do nariz e, sempre a pensar no que será com que me iria deparar. A parede final foi o que encontrei. A caixa estava completamente vazia. Mas ao encostar-me na parede ao fundo e olhar para a zona da entrada apercebi-me do verdadeiro propósito desta instalação - a reacção das pessoas ao entrar na caixa e a sua interacção com o escuro e com o espaço vazio. Muito interessante. Apetecia-me ter continuado ali encostada à parede e a observar durante muito mais tempo do que o que fiquei. Valeu a pena.

 

 

A próxima instalação será só a partir de Outubro. A ver vamos o que vai sair da 11ª instalação. Mas até lá há que celebrar, 10 já foram.

Parabéns Tate Modern!

 

A nova ala do V&A

 Este fim-de-semana aproveitei para ir ao V&A (entenda-se Victoria & Albert Museum) ver a nova exibição permanente da época Medieval ao Renascimento desde o ano 600 a 1600. Como é característico do V&A, a exposição dedica-se a artefactos, peças, joalharia e esculturas dessas épocas. Sem dúvida que gostei de ter lá ido ver a exposição, mas sinceramente não é daquelas que me tenha dado vontade de voltar a ver novamente. Na sua grande maioria, os objectos presentes eram de carácter religioso e, não que eu ache que os objectos religiosos não sejam também interessantes mas, por exemplo, ver vitrais expostos num museu simplesmente não é o mesmo que vê-los numa igreja. Ali expostos, por entre paredes brancas, simplesmente parecem vazios, sem significado. Mas não só de vitrais tratava aquela exposição, havia muito mais do que isso. Como comecei pela parte da época medieval estava com esperança de que ao chegar à parte do Renascimento ficasse mais interessante, mas também fiquei um bocadinho desiludida. Acho que o melhor foi mesmo uma escultura com Sansão prestes a degolar um homem de um artista Italiano  na parte da época do Renascimento.

 

De qualquer forma, para quem nunca foi ao V&A é aconselhável lá ir, apenas sugiro é que comecem por outras alas do museu. Uma exposição temporária que também lá está agora e que deve mesmo ser muito boa, principalmente para os interessados em design, é a "Decode: Digital Design Sensations".

 

Agora as próximas da lista que ainda não tive oportunidade de ver são a instalação da Turbine Hall da Tate Modern e o Darwin Centre no Science Museum. Essa instalação da Tate Modern apenas sei que está relacionada com um tubo escuro em que se entra lá para dentro. O meu primo e amigos quando estiveram cá recentemente, é que foram ver e foi apenas isto que disseram sobre a instalação. Não me quizeram dizer mais para não "estragar a surpresa". Por isso nem quero ir ao site ler sobre a instalação e prefiro mesmo ter o efeito surpresa quando lá chegar. Espero não ficar decepcionada.