Ontem à noite decorreu novamente o "performance ball" de dança swing no qual já participo à 3 anos. Tanto treino e passou tudo a correr! Mas gostei muito.
Nota mental - para a próxima não posso dar a responsabilidade de tirar o vídeo ao irmão de outra dançarina no meu grupo para evitar ter "close ups" só dela e nada de mim.
Se ainda nunca foram a Como na Itália, aconselho vivamente a que coloquem na vossa lista de locais a visitar. O Lago de Como é lindo!! Fica a cerca de 1h45m e dois comboios do aeroporto de Milan Malpensa. Cheguei por volta das 22h 'a vila de Como, mas tive um pequeno percalço logo 'a chegada. Estava na conversa com os amigos e, apesar de já termos chegado 'a estacão de Como, estávamos a deixar as outras pessoas saírem primeiro do comboio sem pressas. Quando estas saíram, aproximamo-nos então nós da saída e, ao irmos carregar no botão para abrir as portas, estas não abrem; as luzes do comboio apagam-se; e os motores do comboio param. Voltamos a tentar abrir as portas. Não funcionam. Corro pelo corredor para tentar chegar ao motorista para lhe dizer que ainda estamos ali dentro mas as portas entre cada carruagem também estão fechadas. Estávamos mesmo fechados naquela carruagem escura, 'a noite, num país estrangeiro. Brilhante! Não havia hipótese mas puxar o alarme. Sempre tive aquela vontade para puxar um daqueles alarmes por isso aqui estava uma boa situação para o fazer. Não consegui. A porra daquele alarme era difícil de puxar que se fartava. Felizmente o meu amigo conseguiu, mas também lhe custou bastante. Se calhar fazerem os alarmes mais possíveis de funcionar não seria má ideia. O alarme de emergência de abertura de porta lá deu de si e saímos. Ao passarmos pela plataforma vimos que os motoristas estavam a sair da sua carruagem e continuaram em frente para a saída da estacão. Impressionante como nem sequer se deram ao trabalho de passar pelo comboio para ver se alguém tinha lá ficado ou o que quer que seja. Isto se acontecesse em Londres, muitas pessoas iam ficar fechadas nos comboios toda a noite já que há sempre alguém que fica a dormitar. Enfim, lá deve ter ficado a porta do comboio a noite toda aberta. Ups!
O nosso apartamento era mesmo no centro histórico, e ao caminharmos para o apartamento passamos pela Casa da Ópera que tinha as janelas abertas devido ao calor e estava uma Ópera a decorrer naquele mesmo momento. Pareceu-me um momento mágico chegar 'aquela praça lindíssima enquanto ouvia o som de uma ópera ao vivo naquela noite quente. Foi mesmo - wow!
Chegados 'a rua do apartamento onde íamos ficar, e o nosso amigo que tinha chegado mais cedo estava á janela 'a nossa espera. Ao entrarmos, deparamos com um apartamento que mais parecia um palacete com tetos muito altos e frescos pintados no teto; com um lustre na casa de banho; uma sala lindíssima. E melhor que tudo ficou-nos a uma pechincha, daí não estar nada 'a espera que fosse assim tão bom. O nosso amigo que tinha chegado mais cedo já tinha a mesa posta á nossa espera para um belo jantar de Tortellini al suco como ele lhe chamou. Foi uma chegada perfeita. Quanto ao resto da estadia, contou com muita dança ao ar-livre na praça principal da vila de Como, muito sol e Prosecco. Adorei e aconselho.
Agora tenho dois dias em casa para trabalhar (sim, tenho que ficar em casa porque esta semana nao temos escritório já que também vamos mudar de local de escritório) e para encaixotar todas as coisas para a minha mudanca de casa que vai ter que decorrer na segunda-feira assim que eu voltar do festival de Glastonbury. Uff! Acho que vou precisar de mais umas férias depois disto para efectivamente poder descansar.
Este fim-de-semana decorreu o London Swing Festival. Nao consegui bilhetes para as aulas durante o dia porque foi tudo esgotado em dois dias!!! No entanto, ainda fui a tempo de arranjar bilhetes para os bailes à noite. Houve baile, na sexta. sábado e domingo à noite. Durante o fim-de-semana estava a falar com um amigo que é professor de Lindy Hop e ele disse-me que ía a Lisboa no próximo fim-de-semana. Eu perguntei-lhe se ía de férias ao que ele respondeu que não. Ía dar aulas no Lisbon Swing Festival. Oquê??? Há um Lisbon Swing Festival? Como é que eu não sabia disto? Claro que fui logo pesquisar quando cheguei a casa e parece muito bom. Chama-se Atlantic Swing Festival e vai decorrer na próxima quinta, sexta e sábado à noite no TMN ao Vivo e num restaurante da Marina de Lisboa. As aulas vão ser no Lisboa Ginásio Clube (fiz o meu trabalho de final de curso sobre este ginásio portanto conheço-o muito bem).
Só sei que estou cheia de inveja de quem quer que vá a este festival. Para o ano estou lá!!! De qualquer forma este ano ainda tenho o Swing Crash Festival em Como por isso também não me parece nada uma má alternativa. Fica um festival diferente para cada ano.
Uma vez quando estava a conversar com uma amigo Inglês que costuma dançar comigo, ele perguntou-me se eu já tinha dançado muito Swing em Portugal. Respondi-lhe que não e que nunca sequer tinha ouvido falar de locais onde se dance Lindy Hop ou outros tipos de dança Swing em Portugal. Ao que ele pareceu muito espantado porque disse-me que existe um grupo considerável de bons dançarinos em Portugal, já que ele até veiu a um festival de Lindy que houve neste verão passado no Porto.
Disse-me então que me colocaria em contacto com os contactos Portugueses dele que conheceu nos dias em que esteve no tal festival no Porto. Colocou, e um dos contactos dele informou-me que ontem mesmo ía haver em Lisboa uma festa de Natal de Lindy Hop com aula incluída. Ora, nem mais, claro que tive que ir experimentar e convidei os meus pais para virem também comigo como intuito de que eles começassem a fazer ums aulas caso gostassem, já que é um hobbie muito agradável.
Decorreu no Teatro da Comuna e até contou com um número significativo de pessoas, muitas delas que sem dúvida já dançam há bastante tempo, e muitas também que eram principiantes. Não deixa de ser um baile relativamente pequeno comparado com o número de pessoas que geralmente se vêm num baile de Swing em Londres. mas de qualquer forma, para quem, como eu, nem sequer sabia que existiam eventos organizados de Lindy Hop por cá, até que fiquei muito bem impressionada.
Uma coisa engraçada que aconteceu é que acabei por descobrir que a primeira pessoa com quem dancei ontem à noite, também é um Português que vive em Londres e dança nos meus sítios que eu, conhece pessoas que eu conheço e também estava a dançar em Lisboa pela primeira vez já que está por cá a para passar o Natal com a família. É mais uma coincidência daquelas engraçadas que só acontecem muito de vez em quando.
Fiquei também a saber que este grupo de dança que organizou o baile de Natal, chamado lindy Hop Portugal, dá aulas regulares de Lindy Hop em diferentes locais em Lisboa e Porto. Fica aqui o link do site Lindy Hop Portugal para os interessados.
Adorei a noite do baile de Sábado. Desde os preparativos a arranjar cabelos e maquilhagem, aos minutos nervosos antes de entrar em palco, até à pós festa, tudo fez daquela uma noite muito agradável.
Uma das coisas deste pessoal do Lindy Hop que acho interessantes, é que conseguem estar horas e horas seguidas a dançar, practicamente só a beber água ou sumo já que dançarinos não bebem muito álcool porque não se dança lá muito bem quando se está de cabeça aluada. E conseguem, estar assim a dançar continuamente como se o cansaço não existisse. Eu até me espanto comigo própria porque às vezes quando estou a dançar penso que quero que a música acabe rapidamente que estou super cansada, mas uma vez que paro, passado 2 minutos já estou com o bichinho para querer dançar novamente.
Comparando o baile deste ano com o do ano passado, sinto que gostei muito mais da experiência deste ano, até porque agora conheço melhor as pessoas, não só aquelas com quem danço regularmente, mas também outros dançarinos, que acabo por ver regularmente entre um evento social ou outro ao longo do ano. Inevitavelmente, mesmo que nunca tenha dançado com certas pessoas, acabo por reconhecer as caras.
Acho que agora também estou mesmo numa fase em que me apetece estar frequentemente em eventos de dança e, não só volto a dançar amanhã à noite no meu local habitual, mas no sábado também já tenho bilhetes para uma festa vintage que também vai contar com muita dança Swing.
É um daqueles hobbies viciantes que são mesmo agradáveis, principalmente quando se está "dentro" do ambiente de dança Swing. Não foi propriamente fácil durante o período de iniciação já que há sempre muitos grupos que já estão formados, talvez o facto de ser parte da minoria de estrangeiros dentro que dançam Swing aqui por Londres também não ajudou à ambientação inicial, mas aos poucos e poucos, finalmente já me sinto parte da "comunidade", o que é óptimo.
Na pré-festa antes do baile, tivemos a ajuda de uma rapariga para fazer-nos o penteado para a festa, e a mim ela até que fez um apanhado bem original de que gostei. Aqui está o resultado:
E agora também já fiz upload do vídeo da coreografia em que participei com o meu grupo. Fica aqui ele. Parece fácil mas acreditem que durou muitos treinos para conseguirmos chegar a esta fase.
Todo o dia foi ocupado com preparações para o evento. Começou pelas 11 h da manhã com mais um treino num espaço que uma das raparigas do grupo tem lá no trabalho dela. Durante esse ensaio o Stephane (o meu tal parceiro, com não muito jeito para a dança) continuava a enganar-se e a esquecer-se muitas vezes, mas eu insisti tanto para que ele treinasse aquelas partes em que ele tinha mais dificuldade que ao final da sessão de treino ele já estava melhorzinho, apesar de alguns esquecimentos ainda continuarem. Também consegui aproveitar para treinar com o meu segundo parceiro o que ajudou bastante também a afinar uns últimos pormenores que ainda tinha em falta.
A meio da tarde, depois de já ter vindo a casa vestir-me para o ocasião, levei tudo o que é coisa para o cabelo - laca, ganchinhos e afins, para casa de um dos casais que também dançam conosco, já que amavelmente ofereceram o espaço da casa deles para que as meninas se embonecracem juntas à anos 40. Duas delas vestem-se normalmente à moda vintage e sabem perfeitamente fazer os penteados à moda, por isso, ajudaram-nos às restantes, que não sabiamos o que fazer ao cabelo, a transformá-lo completamente. Ficámos mesmo muito à anos 40 com os nossos vestidos, cabelo e maquiagem. Só o que não foi muito à anos 40 foi a grande encomenda de pizza que mandámos vir quando os rapazes chegaram para nos enchermos de energia para a dança que estava para vir.
Já no local do evento, que foi num espaço muito grande, a nossa primeira performance foi logo ao início da noite. Fomos o segundo grupo a actuar. Foi nesta primeira vez que eu ía dançar com o Stéphane e, sem dúvida, tinha um pouco de receio que ele se fosse esquecer de tudo. Seria tão mau sermos o único par a destoar do resto do grupo. No entanto, ao chegarmos ao final da coreografia, eu mal podia acreditar de que pela primeira vez desde que andei a practicar a coreografia com ele, ele não se esqueceu de nenhum passo. Parecia inacreditável. Claro que não foi uma óptima performance, mas ao menos conseguimos fazer tudo sem se enganar nos passos. Fiquei super contente por mim e por ele já que vi que ele próprio radiáva de felicidade por ter conseguido fazer tudo até ao final sem se enganar.
Já mais para o final da noite fizemos a nossa segunda performance, em que dancei com o meu segundo parceiro, com o qual efectivamente consegui dançar com mais energia e acho que até correu bastante bem. Fiquei satisfeita e, agora, após o evento, consigo ver nos vídeos que todo o grupo estava muito bem coordenado. Nem parece nada o mesmo grupo que só à uma semana atrás andava a treinar com todos super descoordenados, continuamente a esquecerem-se da coreografia.
Após a performance a noite ainda continuou até bem tarde numa after party num armazém perdido algures no meio de Hackney que, sinceramente, se não tivesse ido com eles que sabiam onde era, acho que nunca ía ser capaz de dar com aquilo. E se desse, provavelmente passáva-lhe ao lado porque não ía acreditar que a after party seria alí. É que se realizou num armazém que é apenas um armazém. Nem sequer era um armazém convertido em bar - Aliás, nem sequer um bar tinha e tivemos que ir comprar bebidas ao off license da esquina. No entanto, o espaço era grande, tinham lá colocado umas almofadas grandalhonas num dos cantos para o pessoal se sentar, havia uma grande mesa do DJ e bastante espaço para dançar, que era o necessário.
Ontem quando chegámos ao ensaio para a coreografia de Lindy Hop que vou dançar no próximo sábado com os meus colegas de dança, a primeira coisa que o professor fez foi dizer-nos quem seriam os parceiros de cada um.
Estavamos todos em roda e, ao olhar para todos os dançarinos, haviam perspectivas boas de ficar com um bom parceiro. 5 deles são altos (importante porque eu também sou alta), giros (não é um factor importante na dança, mas é sempre um benefício extra) e são dançarinos de nível médio ou bom, portanto ficaria contente com qualquer um deles. Depois haviam dois mais baixinhos mas que também são bons dançarinos (o facto altura é importante numa dança como a Lindy Hop já que tenho que fazer umas voltinhas em que passo por baixo do braço deles logo dava muito mais jeito ser um parceiro mais alto que eu). Depois havia uma mulher que também dança como líder. Ela dança bem mas também não seria ideal. Por último havia um homem que é aqueles que nas aulas nunca ninguém quer dançar com ele porque efectivamente ele não tem bom sentido de ritmo e os seus passos andam sempre trocados. Além disso é o mais baixo deles todos e tem a desvantagem extra de que as unhas das mãos estão negras com porcaria lá dentro. De todos, definitivamente este último, era o único com quem eu não queria mesmo nada ficar.
Os pares são anunciados e vejo cada um dos bons dançarinos ficarem pareados com alguém e, começo a pensar - então, e com quem é que eu vou ficar? - lá finalmente anunciam o meu nome e paream-me, como não podia deixar de ser, com o Stephane, o tal homem baixinho que não faz a mínima ideia do que está para ali a fazer! Não!!! Não podia acreditar! Com tanta rapariga baixinha porque raio é que me tinham juntado com ele? Eu posso não ser das melhores dançarinas mas sem dúvida que também não sou das piores. Quero acreditar que a razão porque me colocaram com ele foi porque não faziam ideia de quem eu era quando viram o meu nome no papel ou por eu ter sido a última pessoa a juntar-me ao grupo e, como tal, fico com o piorzinho.
Dançamos a primeira vez e sinceramente, foi um autêntico desastre. O homem não sabia nada da coreografia! E em Lindy Hop, o líder é que tem que ter o controlo da dança, enquanto que o seguidor deixa-se levar pelos passos que o líder fizer, mas com ele sem saber onde põe os pés e as mãos a coisa torna-se complicada. Sinceramente, a minha primeira impressão foi que seria melhor desistir da coreografia porque não quero ir para o dia do show em frente de centenas de pessoas fazer má figura. Mas depois dancei mais umas vezes com ele e ele começou a ficar melhor e a saber alguns passos. Achei também que, a uma semana do show, desistir seria muito mau, principalmente para o Stephane porque obviamente ele iria-se aperceber que a razão da minha desistência era por eu ter ficado com ele como meu par. Assim sendo, decidi antes que temos é que treinar bastante antes do show e tenho que fazer com que ele, pelo menos memorize todos os passos para podermos conseguir fazer toda a coreografia sem erros, mesmo que os passos não fiquem muito bem feitos. A ver como são os progressos dos ensaios na próxima semana.
Tal como tinha sugerido no post relativo ao que fazer em Londres em Outubro, eu participei na Silent disco do evento Free to Dance e foi muito giro. A minha escolha foi pelo slot de música dos anos 50 para poder dançar o Swing. Fui sozinha porque nesta coisa do Swing ainda sou relativamente nova e ainda não conheço muitas pessoas. Mas foi sem problema nenhum porque passado pouco tempo de lá ter chegado já estava a dançar e deu ainda para conhece umas quantas pessoas. Foi pena não terem estado tantas pessoas como pensei que fossem estar, mas sendo que se trata de swing também é normal que não seja das danças mais populares. Mas foi muito divertido.
Ao entrar emprestaram-me uns auscultadores para poder ouvir a música. Daí o facto de ser silent disco, já que para todos os que estão a ver, parece que se está a dançar sem música. Dentro da zona do evento, as pessoas tinham bastante espaço para dançar e, no palco, encontrava-se o Ben Hammond a fazer a sua maratona de 6 dias sem parar de dançar para poder entrar para o livro de records do Guiness e, consequentemente, ajudar a comunicar a situação política em Burma.
Quem quizer, ainda pode lá participar até domingo (amanhã) à tarde. Aqui encontram o calendário dos slots de tipos de música para poderem escolher ir nas horas que mais vos agrada. Não é necessário pagarem nada nem marcar com avanço. Basta passarem pelo Scoop (junto ao City Hall e Tower Bridge), deixam £10 de depósito para poderem utilizar os auscultadores e dançar. Ao sairem e entregarem os auscultadores devolvem-vos as £10.
Aqui fica um pequeno vídeo da noite:
Entretanto, a aproveitando o facto de que estou a falar de swing, no dia do meu aniversário tinha aqui indicado que entrei para um grupo de swing e pretendia fazer a coreografia que eles tinham planeada para uma demonstraçãocom todas as classes da companhia onde estou a ter aulas. Pois é, ainda estou envolvida nisso, mas diga-se de passagem que a coreografia é difícil como tudo! Pior, falta só uma semana para a noite da performance e ainda nem sem bem a rotina, nem sei quem é que vai ser o meu parceiro. Amanhã vamos ter novo ensaio e aí é que vamos ficar a saber quem vai ser já que os professores é que vão escolher os parceiros para todos aqueles que não tinham ninguém com quem à partida quizessem dançar. Estou curiosa para saber com quem é que me colocaram. Espero que seja um dos "bons dançarinos", como é óbvio, mas mesmo que não seja, a maioria até que não está nada mal como dançarinos. Portanto desde que não me coloquem com um parceiro mais baixinho que eu, já que isso é que era um bocado chato, já fico contente. A ver vamos...