Hoje de manhã, nao se assustem se ouvirem uma quantidade de sinos, buzinas e apitos a tocar em simultâneo às 8:12h da manhã. É a forma da cidade de Londres celebrar o dia de abertura dos jogos Olímpicos pelo qual se tem estado a preparar à 7 anos. O som vai durar durante 3 minutos e conta com a participação do Big Ben que vai soar mais de 40 vezes.
Ontem houve um evento de celebração no Hyde Park para a chegada final da Tocha Olímpica na sua volta ao Reino Unido. A pessoa escolhida para levar a tocha até ao Hyde Park for Tyler Rix, um jovem músico, desportista e modelo ocasional de 19 anos. Este evento marca também o início das sessões da BT Live no Hyde Park para visualização dos Jogos Olímpicos em ecrã gigantes que vão decorrer nesse mesmo local, que já tinha mencionado aqui num post anterior.
Fica o pequeno discurso feito por Tyler Rix ao chegar ao palco em Hyde Park ontem:
No início da semana uma colega mandou um email a convidar todos para se juntarem para uma corrida organizada para angariar fundos para uma instituição de caridade ainda esta semana. Trata-se de uma corrida de 4.5 kilómetros no Hyde Park, seguida de uma corridinha pelas escadas do edifício do Hilton Park Lane acima (28 andares). Ao chegarmos ao topo seremos recebidos com um pequeno almoço bem recheado (espero) no conhecido bar no topo deste edifício, Galvin at Windows. Acho que foi a ideia do pequeno-almoço que me fez dizer logo que podia contar comigo, mas agora que vai ser já amanhã de manhã, estou a pensar duas vezes.
Quer dizer, claro que vou. Mas acho que tomei a decisão pensando no facto de que são apenas 4.5km, o que não é nada de especial, considerando que eu costumo correr 3 vezes por semana sem problemas. Mas não reparei no facto de que neste momento não estou na minha melhor forma. Só no dia seguinte a ter dito que sim é que voltei ao ginásio passado 2 semanas sem ter ido e com o festival de Glastonbury pelo meio, e digo-vos que a volta ao ginásio não foi nada agradável de se ver. Já estava cansada após os primeiros 5 minutos de corrida! O que raio se passa comigo? Isto não é normal. Hoje voltei a dar uma corridinha à volta do parque aqui ao pé de minha casa e novamente fiquei super cansada facilmente :-( Caraças pá, uma pessoa não pode passar uns dias de festa, fora da rotina normal e fica logo sem fôlego.
Hoje de manhã após ver que o meu corpo ainda não está a responder bem a correr sem parar pensei mesmo cancelar a minha participação, mas somos só 5 colegas a fazer a corrida. Era um bocado mau eu desistir agora. E depois uma colega minha, que é super motivada para correr, relembrou-me do facto que ela correu 70km num evento em França na semana passada e que para a semana vai correr noutro evento onde serão 200km (sim, 200km!!!! Eu sei, isto não é para todos) e ela também vai à corrida de amanhã. Então lá achei que se calhar estar-me a queixar de 4.5km mais as 475 escadas é um bocado mau. Afinal essas distâncias são perfeitamente possíveis de fazer e eu não me devia queixar.
Então lá estarei amanhã às 8h da matina na Mayfair Park and Tower Race. Tenho que me focar na ideia do pequeno-almoço maravilhoso que espera por mim ao subir aquela escadaria, para ver se me consigo aguentar bem. Desejem-me sorte, por favor! Gostava de fazer a corrida sem ter que parar a meio. A ver vamos...
Os leitores mais atentos do TugaemLondres, talvez se lembrem deste post de 2007? Nessa altura tinha descoberto o grupo de patinagem em linha que se encontra todas as sextas à noite e domingos à tarde no Hyde Park, para irem juntos dar uma volta de patins pela cidade. Participar nestes passeios em grupo é gratuito e tinha ouvido dizer que eram muito bem organizados, tal como pude comprovar pela primeira vez ontem.
Pois é, passados 3 anos, lá finalmente decidi tirar os patins do pó e juntar-me ao grupo de patinagem de domingo à tarde. Fui com uma amiga que já tinha participado anteriormente e que tinha adorado a experiência. Por isso lá me convenci a ir também. Ao chegar à zona em Hyde Park Corner onde o grupo se costuma encontrar, já estavam muitas pessoas também à espera. Quanto chegou próximo das 14h (hora da partida) já se encontravam lá perto de umas 40 pessoas o que é sempre bom. Os organisadores estavam vestidos com coletes amarelos florescentes visto que são eles a tomar conta do grupo e abrir caminho ao longo do percurso ora mandando os carros parar, ora certificando-se de que nenhum membro fica para trás.
Antes do passeio ter início todos os participantes foram chamados em conjunto e explicaram-nos os pontos chave do percurso a percorrer, assim como deram-nos dicas de segurança e indicações gerais. Íamos atravessar a Vauxhall Bridge, depois voltar pela Battersea Bridge, com uma paragem ao decorrer da primeira hora, e ao fim de duas horas estariamos de volta ao ponto de partida em Hyde Park.
Depois do discurso inicial chamaram à parte as pessoas que ali estavam pela primeira vez (que era o meu caso) e disseram-nos que se nós não conseguirmos acompanhar a velocidade do grupo vamos ser convidados a sair, para treinarmos mais sozinhos e voltarmos a tentar na semana seguinte. Foi neste momento que eu comentei à minha amiga como seria mau se alguém não conseguisse acompanhar o grupo. Mal sabia eu o que me esperava...
Com uma espécie de bicicleta a motor com um forte sistema de som que ía à frente e com várias pessoas simpáticas perto de mim que tinha acabado de conhecer, tinha ali todos os ingredientes para uma tarde bem passada. Deu-se início ao passeio e lá fomos nós. Saímos de Hyde Park para a rotunda central com um arco e daí, fomos na direcção do Buckingham Palace. Eu sei que tinha brincado em como seria mau alguém deixar-se ficar para trás, mas o certo é que já a meio da rotunda eu comecei a ver um a um, todos a passarem-me à frente. Quando olho para trás só estava um dos organisadores atrás de mim a lembrar-me de que se eu não conseguia acompanhar o resto do grupo, tinha que sair. Eu não estava a acreditar naquilo. Até posso não andar de patins assim tão frequentemente, mas daí a não conseguir acompanhar todos os restantes era ridículo. Eu estava a fazer tudo certo, deslizava os patins de um lado para o outro, ligeiramente inclinada para a frente, tinha a posição certa para conseguir ganhar velocidade, mas nada disso. Será que sou eu que já não sei patinar? - pensei. Como é que é possível que eu não seja mesmo capaz de ir mais depressa do que estou a ir?. A minha amiga ainda puxou por mim, principalmente quando o organizador dirigiu-se a mim pela segunda vez e disse que tinha que sair. Estava a ser super frustrante, eu sabia que conseguia andar mais rápido que aquilo, mas os meus patins simplesmente não estavam a dar mais e, pelo contrário, parecia que cada vez estavam mais lentos. o grupo já estava quase a chegar à rotunda do Buckingham Palace, e eu ainda estava mais perto de Hyde Park Corner, com a minha amiga a puxar por mim e o organisador a pedir que fosse practicar sozinha. Tive que dizer à minha amiga para ir sozinha sem mim, que não valia a pena. Eu não conseguia mesmo ir mais rápido do que aquilo e não queria que ela perdesse o grupo de vista por causa de mim.
Lá fiquei eu para trás e eles continuaram. Ao parar semi-frustrada à beira do passeio para tirar os patins, de repente vejo uma coisa preta a sair-me por debaixo dos patins. Ahhh, então era por isso que não conseguia patinar - pensei eu - tinha algo entalado nas rodas. Baixo-me para tentar identificar o que era, e tal não é o meu espanto quando vejo que não era algo que tinha ficado entalado nas rodas, mas sim as próprias rodas ali todas desfeitas no chão. 4 das rodas entre ambos os patins tinham-se partido/desfeito completamente. Acho que deixei os patins fechados dentro de uma mochila durante demasiado tempo Mas enfim, ao menos houve uma razão justificada para aquela lentidão toda. Já não sou a trolha dos patins como fiquei a pensar que era durante uns momentos.
Pesquisas feitas, já sei onde comprar novas rodas e não custam mais que £10 por isso tudo bem. Agora fiquei mesmo com vontade de participar no tal passeio, por isso a ver se resolvo o assunto das rodas rapidamente para uma nova tentativa, espero que menos frustrada.
Ontem saí de casa com a intenção de ir apenas tomar uma bebida com duas amigas e dar dois dedos de conversa, mas já se sabe que quando menos se espera novas coisas surgem que nos fazem mudar um pouco os planos.
Estavamos nós num barzinho em Bermondsey Street, perto de London Bridge (para quem não conhece aconselho a passarem por essa rua se procuram um bom bar já que isso é o que não falta por lá) e os nossos planos começaram a potencialmente mudar quando uma delas recebeu uma mensagem dos colegas que estavam em Clapham High Street a perguntar se ela não queria lá ir ter também. Nós ficamos na dúvida se deveriamos ir ou se era melhor ir para casa e mantermo-nos por uma de noite calminha. Neste mesmo momento a minha outra amiga recebe uma mensagem a convidá-la para ir a uma "house party" em High Street Kensington. Humm, house parties de facto, soam sempre bem, e nesse momento começamos a ter mais dúvidas se deviamos ou não ir. Recebo então eu uma mensagem a convidarem-me para ir sair para Brick Lane. OK, isto era sem dúvida o sinal que necessitavamos para nos convencer de que definitivamente teriamos que prolongar a noite por mais um bocado. Optámos então pela festa em casa visto que festas em casa são geralmente melhores que saídas para bares.
A localização do apartamento era óptima a 3 minutos a pé do metro de High Street Kensington (digamos que é uma zona nada má, para quem não conhece) mas estavamos um bocadinho duvidosas do tipo de festa que íamos encontrar já que não sabiamos se seria grande, pequena ou de que género seria. Mas mal nos aproximamos do prédio apercebemo-nos de que pelo menos a festa tinha bom potencial já que a música se ouvia bem à distância. Basicamente apenas a minha amiga (S.) e eu é que conheciamos o rapaz que a convidou e ao lá chegarmos apercebemo-nos que ele próprio não conhecia as pessoas da casa e que tinha sido um outro amigo dele o elo de ligação à festa. Resultado, estavamos numa festa em que não conheciamos os donos e a pessoa que nos convidou para lá também não os conhecia. Típico de festas Londrinas. Mas sem problema porque não demorou muito tempo a travarmos conhecimento com aquele pessoal.
Uma das pessoas que lá conheci era um Espanhol que, ao saber que eu era Portuguesa, e após alguns minutos de conversa em que já se sentia mais à vontade comigo, decidiu dar-me a sua opinião relativamente às mulheres Portuguesas. Ele estava-me a falar de uma viagem recente que tinha feito a Lisboa, na qual tinha ido numa das noites à discoteca Kapital e diz que ficou espantado com o facto de que as raparigas estavam lá vestidas com vestidos de noite e ténis. Depois disse também que das noites todas ficou com a impressão geral de que nós não gostamos muito de usar maquilhagem nem nos dedicamos muito a vestir para a noite. Pior é que outro que estava perto de nós ouviu o que o Espanhol estava a dizer e meteu-se na conversa a concordar com ele. Disse que também tinha tido essa impressão quando tinha estado em Lisboa mas disse que no Porto as raparigas já se vestiam mais para a noite.
Claro que eu meti-me logo ali no lado defensivo a dizer que isso não era bem assim e que as Portuguesas são de forma geral bastante femininas. Ficamo-nos por ali na conversa, mas pensando em retrospectiva, de facto nessa coisa dos ténis tenho que dar razão ao Espanhol que só em Lisboa mesmo é que tenho visto algumas raparigas irem sair à noite para discotecas calçadas com um par de ténis. E nem posso comentar muito sobre o assunto porque eu própria fazia o mesmo antes de ter vindo para Londres. Nunca me lembro de ter visto mulheres de outras cidades Europeias em que tenha ido sair à noite, fazerem isso. Nem sei se isso é mau se é bom. O facto é que assim qualquer pessoa pode ir sempre sair de forma mais descontraída sem estar preocupada com o assunto já que ninguém se arranja muito, mas por outro lado, usar ténis e calças de ganga durante o dia e durante a noite também retira um bocado aquela ideia de nos sentirmos diferentes numa saída à noite, o que também pode ser uma boa sensação. Enfim, isso fica sempre ao critério de cada um e com o que cada qual se sente melhor, mas não deixa de ser uma situação que passa uma certa imagem da mulher Portuguesa o que, no caso da opinião destes dois que estavam na festa ontem, não era assim muito boa.
Festas à parte, passei hoje pelo Hyde Park e os preparativos para a "Winter Wonderland" estão quase prontos e a postos para abrir as portas ao público no próximo dia 21.
Com um dia solarengo como o que esteve hoje soube mesmo bem passear pelo relvado coberto de folhas secas tão característico desta época do ano. Ficam as fotos:
Já desde o início do verão que tinha os meus patins cá em Londres mas ainda não tinha andado neles... até hoje.
Em Lisboa costumava andar quase todos os fins-de-semana num parque de skate e in-line que há em Algés (não, eu não fazia os saltos com os patins. Andava mais ali dum lado para o outro com muitas tentativas falhadas de dar uns saltitos, mas adorava aquilo independentemente da minha experiência), ou em Belém ou naquela estrada para bicicletas e peões que vai desde o Guincho até Cascais.
Por cá, eu sabia que em qualquer parque encontra-se sempre pessoal a andar de patins, mas é em Hyde Park o local principal onde inline skaters se juntam para treinar saltos ou dar passeios juntos.
Estava a falar com um Francês que conheci na semana passada e ele disse-me que ía sempre andar de patins com um grupo que se juntava todas as sextas à noite e domingos à tarde ali no Hyde Park. Encontram-se num certo local e vão todos em grupo percorrer um percurso de 2 horas pelas estradas de Londres (os organizadores encarregam-se de parar o tráfego se necessário).
Se alguém estiver interessado, juntar-se a um deste grupos é gratuito. Basta terem os vossos próprios patins e saberem travar a grandes velocidades para poderem percorrer o percurso com os restantes. Segundo esse rapaz que me falou do assunto, na sexta feira à noite geralmente as pessoas são mais experientes e, como tal, andam a uma velocidade maior. Já o percurso de domingo à tarde, que começa às 14h, é ideal para os menos experientes. Ambos os grupos têm websites que, para os interessados aqui ficam:
Lá me decidi a ir hoje com uma amiga para o Hyde Park andar de patins. Como já ambas não andavamos à muito tempo decidimos ficar pelo parque a treinar por hoje já que ainda não estavamos 100% preparadas para andar pelo meio da cidade aos altos e baixos, junto ao tráfego. Mas foi optimo ter ficado pelo parque. O dia estava perfeito para andar de patins e o parque é absolutamente fantástico principalmente nas zonas com menos pessoas rodeadas pelo cenário outunal do parque. Muito bom!
Agora o próximo passo será juntar-me a um desses grupos. Acho que vou começar pelo grupo de domingo, que não me apetece muito juntar-me ao grupo de sexta e ficar para trás com o patim enfiado numa valeta ou algo do género enquanto vejo o resto do pessoal a ir lá à frente a ziguezaguear pela estrada. Nop, acho que o grupo de domingo é sem dúvida uma melhor hipótese.