Esta coisa dos restaurantes hipster que andam por aí agora stressa-me um bocado - porquê? Porque todos servem pratos pequenos!
Empregado - "Bem-vindos! Já alguma vez vieram ao nosso restaurante?"
Nós - "Não, é a primeira vez."
Empregado - "Então deixem-me explicar como funciona o menu no nosso restaurante - os pratos são pequenos, ideais para partilhar. Nós aconselhamos 5 pratos por cada 2 pessoas."
Pois amigo, está bem! Posso ainda não ter vindo a este restaurante, mas já fui a outros 50 restaurantes onde a lenga-lenga é sempre a mesma. Claro que são 5 pratos por cada 2 pessoas para se degustar bem a variedade da cozinha de excelência do chef! O problema, amigo, é que cada prato ronda as £8, ou seja, saio daqui a pagar £40 sem contar com bebida nenhuma. Depois, obviamente que os vinhos são do melhor vintage que há, ou um Argentino Malbec ou um Riesling da Áustria, porque obviamente quanto mais reconhecido em termos de qualidade ou menos comum for melhor, para se poder cobrar um preço exorbitante pela coisa.
É que não há paciência! Sim, OK, eu posso tentar evitar estes restaurantes e ir aos restaurantes que têm uns pratos de um tamanho como deve de ser, mas sinceramente não são assim tantos. Ou se vai a uma pizzaria, ou hamburgueria onde se tem uma dose decente, ou então, são pratos pequenos para partilhar. Faz saudades daqueles restaurantes em Portugal onde se tem que pedir uma meia-dose porque a dose é grande demais. Isso por cá nunca acontece. Se fosse pedir a meia-dose de um prato por cá, em vez de receber um prato com 3 mexilhões, recebia um prato com mexilhão e meio
Até os restaurantes Tugas mais recentes que há por cá são cheios de pieguices dos pratos pequenos - "- Já alguma vez vieram cá? Aqui servimos Petiscos à moda Portuguesa, que são pratos pequenos, perfeitos para partilharem. Aconselhamos 5 por cada duas pessoas..."
Hoje recebi uma mensagem com este gráfico de Londres e achei hilariante - ideal para quem ainda está a começar a conhecer Londres e quer saber onde pode usar os seus novos skinny jeans da Uniqlo.
Desatei a rir com Clapton e Stratford.
Leicester Square e Shoreditch - sooo true!!!
Só não percebi muito bem Notting Hill. Nunca vi nenhum hippie no meio das "Yummy Mummys'" que se passeiam pelas boutiques de Westbourne Grove durante os dias de semana, mas talvez se estejam mais a referir ao Carnaval de Notting Hill.
Muito bom. O pessoal (ou pessoa) que escreveu isto sem dúvida que conhece bem Londres.
E para os que podem estar a ler este post e não sabem o que significa o termo "hipster", refere-se a uma subcultura de pessoas que valorizam a individualização, pensamento progressivo, tendem a ter fortes opiniões políticas e tendem a vestir-se de uma forma que corta com as regras de moda seguida pela maioria das pessoas. Os próprios, no entanto, seguem as suas modas - há o grupo dos hipsters que gostam muito da moda dos anos 80 e das cores fluorescentes; há aqueles que seguem a moda do artísta não compreendido optando por roupas mais justas, maioritariamente em tons de preto, com um chapéu ou bigode. Depois há também o "hipster geek" que se identifica geralmente pelos grandes óculos de massa e camisa apertada até ao pescoço. Há ainda os "vintage hipsters" que parecem saídos de um filme da 2ª Guerra Mundial.
Como ultimamente, "ser hipster" também se tornou um pouco numa moda, a essência do hipster perdeu um bocado o sentido, mas tal como todas as modas imagino que mais uns tempos e muitos voltam a outras tendências. Irão restar aqueles que realmente valorizam a cultura hipster.
Há uns poucos anos atrás surgiu este vídeo na net que foi uma sensação e que basicamente goza com a cultura hipster, mas não deixa de ser hilariante. Não quero estar aqui a gozar com ninguém, mas de facto aqueles que simplesmente se vestem "à hipster" porque a American Apparel está na moda e acham que assim ficam mais "cool", merecem que eu partilhe este vídeo. Com mais de 9milhões de visitas, fica o vídeo "Being a Dickhead's Cool"