Ontem e hoje tem havido greve do metro aqui por Londres. O nosso Presidente da Câmara, o Boris Johnson, decidiu que com as máquinas de compra de bilhetes, não existe necessidade para que as bilheteiras estejam abertas até tão tarde o que levará ao corte de mais de 960 trabalhadores. Claro que os trabalhadores não estão muito satisfeitos e, como tal, houve greve ontem e hoje e está já outra planeada para o dia 11 e 12 da próxima semana.
Com mais de 3 Milhões de pessoas a viajar no metro de Londres todos os dias, sem dúvida que a greve afecta muitos. De tal forma que ontem, quando saí do trabalho pelas 18h (hora de ponta), a Oxford Street estava completamente parada até Holborn. De tal forma era rídiculo ficar à espera de um autocarro que muitas pessoas simplesmente decidiram andar até casa (ou até uma zona menos congestionada de tráfego). Eu claro que escolhi a bicicleta como o meu meio de transporte, mas desde o início do ano que a tenho usado na maioria dos dias, por isso iria nela com greve ou sem greve. Não fui a única a ter essa ideia. Já não via tanta bicicletas nas estradas de Londres desde o auge do verão. Enfim, foi uma confusão de automóveis, autocarros, pedestres e bicicletas a tentar sair do centro de Londres.
A ver se as coisas são menos más para a semana que vem, ou melhor ainda, que o governo consiga entrar em resolução com o sindicato entretanto e a greve seja evitada.
Por várias razoes, inclusivie o despedimento de dois motoristas e o desejo do aumento salarial levaram os trabalhadores do Metro de Londres a fazer greve durante os últimos dois dias.
Esforcos tem sido feitos para que esta greve nao afecte muito os passageiros, tais como manter partes de algumas linhas do metro a funcionar e aumentar o número de autocarros, mas mesmo assim, o caos é evidente.
Ontem de manha pensei que talvez a melhor alternativa fosse mesmo ir de autocarro mas como é óbvio, com a falta de metro, TODA a gente decidiu levar carro para o trabalho! Resultado, apesar de ter saído de casa com meia hora de antecedencia da hora a que costumo sair, mesmo assim, com a congestionamento na estrada, consegui a proeza de chegar ao trabalho 35 minutos atrasada. Ou seja, o percurso que me costuma demorar 40 minutos de porta a porta, ontem demorou-me quase duas horas!! E isto porque a meio do caminho decidi sair do autocarro e continuar o resto do percurso a pé, porque senao teria sido mais demorado ainda.
O engracado é que, apesar de ter tido tanto tempo de atraso, mesmo assim ainda consegui ser a segunda pessoa a chegar no meu departamento.
Dado o resultado de ontem, hoje de manha achei que tentar novamente o mesmo percurso era capaz de nao ser boa ideia. Optei entao por apanhar o comboio até Victoria e o metro (que a partir dessa estacao já estava a funcionar) a partir daí. Sem dúvida uma melhor opcao! Apesar do comboio estar também apinhado de gente, ao menos já nao tive problemas de atrasos hoje de manha.
Mas é notável como a greve altera o dia-a-dia dos Londrinos - todas as paragens de autocarros estavam a abarrotar de pessoas, principalmente junto 'as estacoes de comboios; é motivo de conversa em todo o lado que se vá; inclusívie é motivo de conversa entre desconhecidos na rua; certas pessoas tem que ficar a trabalhar em casa, outras chegam atrasadas ao trabalho e outras tantas tem que sair mais cedo para nao apanharem a mega confusao da hora de ponta no transito; grupos organisados de ciclistas decidem partir de pontos estratégicos da cidade em direccao ao centro todos juntos de forma a que fosse mais seguro percorrer a cidade de bicicleta, principalmente para os ciclistas menos experientes; o ginásio estava quase vazio ontem depois do trabalho já que todos sabiam que íam demorar demasiado tempo na viagem para casa pelo que consideraram mais sensato fazerem-se ao caminho do que irem exercitar; reunioes sao alteradas para outras datas em que nao haja greve dos transportes; uff,... Londres está sem dúvida nenhuma muito dependente do Metro! É impressionante a diferenca que dois dias com algumas linhas de metro paradas faz na rotina das pessoas. Será que a situacao é identica quando trabalhadores dos metros de outras cidades fazem greve também?