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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

A incompetência de não falar uma língua

Na semana passada fui a um evento em Paris organizado pela minha empresa. O evento foi totalmente em Françês e, apesar de eu ter tido 3 anos de Françês na escola, estou mais que enferrujada e consigo falar muito pouco. De forma geral, a maioria das pessoas fala Inglês, mas principalmente em França, há sempre alguém que não se sinta comfortável com o Inglês, e neste evento não foi excepção. 

 

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O resultado, é que a meio do evento me estáva a sentir mesmo muito ignorante. Isso porque o facto de não poder falar ou perceber comfortavelmente o que estava a acontecer no palco, fazia com que a minha mente estivesse em branco. Eu sabia que os profissionais de marketing e branding que estavam no palco de empresas como a L'Óreal, Air France, SNCF, entre outros, estavam a falar sobre assuntos que me interessavam, mas como não conseguia perceber o que diziam, não podia fazer perguntas, falar sobre o discutido em palco durante as pausas para networking, ou simplesmente pensar no assunto. Ou seja, senti-me como se tivesse voltado muitos anos atrás, antes da minha experiência profissional, antes do meu curso, voltando talvez, tão atrás, como se estivesse de volta no início da Escola preparatória quando ainda não tinha qualquer ideia do que eram marcas e marketing. É como se toda a minha educação desaparecesse, pelo simples facto de não conseguir falar a língua. 

 

Fez-me pensar de como difícil deve ser para emigrantes que decidem mudar-se para um país onde ainda não dominam a língua. Se já foi difícil para mim só um dia não conseguir falar sobre uma área com que estou normalmente comfortável, como deverá ser para pessoas que se sentem incapacitadas de trabalhar naquilo que são profissionais devido à falta do conhecimento da língua? 

 

A minha conclusão da experiência leva-me a sugerir a futuros emigrantes que se dediquem a aprender a língua antes de tomarem a decisão de emigrar.

O estado de residência dos Europeus após Brexit

Na semana passada, o jornal Guardian publicou um artigo sobre um novo documento avançado pela Primeira-Ministra, Teresa May, que finalmente veiu dar algumas informações mais específicas relativamente ao futuro de residência dos cidadãos Europeus no Reino Unido após a implementação do Brexit em Março de 2019. É de notar que ainda nada está oficialmente decidido, mas ao menos ficamos a saber quais as intenções da Ministra relativamente à nossa residência. 

Denote-se que vai haver um período de transição do Brexit que começa em Março de 2019 e ainda não tem uma data exacta definida, mas provavelmente será 31 de Dezembro de 2020.

Ficam então as propostas definidas pela Ministra:

  • Os imigrantes da União Europeia que venham morar para o Reino Unido durante após o Brexit entrar em vigor, e desde que ainda venham dentro do período de transição, podem obter um certificado de residência temporária até 5 anos, e se essa fôr a sua intenção, terão que o fazer dentro dos primeiros 3 meses que estiverem a viver no país.
  • Ao ficarem os 5 anos de residência, terão direito, nessa altura de submeter os documentos para pedirem um certificado de residência permanente no país. 
  • Os imigrantes da UE que venham viver para o Reino Unido durante o período de transição, terão menos direitos de trazer família para cá viver do que os imigrantes que já tiverem estatuto de 'residência permanente' por essa altura. Um dos novos requerimentos para trazer família para viver no país vai estar relacionada com a prova de que essa pessoa está a receber o salário mínimo requerido para este efeito, no valor de £18,600 anuais. 
  • Aos imigrantes que vierem viver para o Reino Unido durante o período de transição, vai ser dado o direito de ficarem cá a viver durante 5 anos.

Portanto com tudo isto, significa que ainda vai ser possível vir morar para o Reino Unido até possívelmente o final de 2020, e conseguir ficar cá o número de anos necessários para obter uma residência permanente. Isto também parece aparentar que quem quer que já cá esteja, tenha que também efectuar esse tipo de aplicação para residência permanente, mas de tal não trataram no artigo. Se estiverem interessados em ler o artigo inteiro, aqui está ele.

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 Fonte: Artigo do Guardian

5 Atitudes para os Emigrantes no Reino Unido tomarem em 2018

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Cada um de nós que optou por viver no estrangeiro representa a imagem do nosso país com as pessoas do nosso país de destino, e transmitirmos uma boa imagem de nós próprios reflecte na imagem que eles têm do país, e consequentemente na imagem que vão ter de outras pessoas provenientes do nosso país. Além disso, ao estarmos noutro país é importante sentirmos que temos os mesmos direitos e oportunidades que outros residentes. Com isso em mente e considerando outros factores que nos poderão afectar tais como o Brexit no Reino Unido, aqui ficam as minhas sugestões de 5 atitudes que seriam positivas para todos tomarmos, incluindo eu, em 2018:

  • Ter mais confiança em vós próprios: Aumentar os níveis de confiança como indivíduos e cidadãos na sociedade em que residem é essencial para conseguirem alcançar os vossos objectivos e sentirem-se bem. Todos nós temos direitos às mesmas oportunidades que qualquer um nacional do Reino Unido, mas é necessário que essa certeza seja transmitida na forma como interagimos com as pessoas no dia-a-dia. Eu sei que é mais fácil escrever que fazer, mas existem muitos livros de 'self-improvement' e artigos na Internet, ou aulas de mindfulness, que podem ser um bom ponto de partida por onde começar.
  • Expandir os relacionamentos: Muitos emigrantes que conheço, principalmente aqueles que vieram acompanhados, fizeram pouco ou nenhum esforço para expandir os seus horizontes para conhecer novas pessoas passados os primeiros meses, e deixam-se ficar no mesmo grupo inicial que conheceram, muitas vezes que pode ser maioritariamente constituído por pessoas da mesma nacionalidade. Em 2018 expandam os seus horizontes e façam para sair da rotina, para sair da bolha do grupo seguro de amigos. Só assim vão poder ter novas experiências, lidar mais com outras culturas, principalmente com a cultura Britânica, e até conhecerem-se melhor a vós próprios, porque é quando nos colocamos em situações menos confortáveis que descobrimos melhor a capacidade que temos dentro de nós próprios de lidar com situações novas e sociais onde não tenhamos estado antes. Já escrevi vários posts sobre ideias que podem fazer em Londres para socializar e conhecer novas pessoas. Podem ler esses posts sobre actividades desportivas, musicaismeetups e internations nos respectivos links. 
  • Repensem a vossa carreira: Parem um bocadinho e escrevam num papel uma lista extensiva de todas as coisas positivas e outra lista das coisas negativas que a vossa situação actual vos traz. E qual o resultado? Qual é a lista maior/que tem maior peso no vosso bem estar e felicidade? Noutra folha escrevam o que mais gostavam de fazer se pudessem escolher qualquer coisa? E agora olhando para a situação actual e o que mais gostariam de fazer, estão no bom caminho para alcançarem isso? Se sim, quais são os próximos passos que têm que fazer para o alcançar? Se não, o que é que têm de mudar? Façam este exercício num papel e vão ver que vão descobrir alguma coisa em que ainda não tinham pensado antes ou com que não estavam a contar. E passem a dedicar o ano de 2018 a actuar no que acharem melhor para vocês. 
  • Promovam o vosso país: Saíram de Portugal porque acharam que não tinham lá as oportunidades que queriam? Gostariam de ver melhorias no vosso país de origem quer para poderem voltar, quer para que as pessoas que lá estão tenham uma melhoria na qualidade de vida? Nós não podemos ter muito controlo sobre as medidas que os nosso políticos tomam, mas uma área que tem afectado muito positivamente o nosso país este ano tem sido a quantidade de turismo que aumentou consideravelmente e, com ele, a área da hospitalidade, da produção nacional de produtos de consumo de qualidade, e da infra-estrutura do país também melhorou significativamente. Assim sendo, uma forma de ajudarmos o nosso país, é promovendo-o. Ao falarmos das coisas que o nosso país tem de melhor sempre que nos perguntem sobre ele, estamos a ajudar a transmitir uma imagem positiva do país, e incentivar o turismo, que consequentemente melhora a nossa economia e a qualidade de vida dos trabalhadores. 
  • Organizem a vossa papelada: Está estimado que o Brexit vai ficar definido e entrado em vigor em Abril de 2019. O futuro dos cidadãos da UE que cá vivem continua incerto, mas é altamente provável que sejam estabelecidos controlos sobre quem vai ter direito para ficar cá a viver e quem não vai ter, que isso seja relacionado com o tempo em que estão a viver no país, ou o facto de estarem a contribuir para os impostos etc. Não há qualquer certeza ao nível das regras para a definição de quem pode ficar, mas o certo é que vão haver regras, e para tal vai ser necessário ter documentos que comprovem que se enquadrem nessas regras. Como tal, guardem toda a papelada que vos ajude a provar a vossa residência no país (tais como cartas do banco, contas da água, council tax, etc.); a vossa remuneração (pay slips); o pagamento de impostos (P45, P60; etc); provas de terem qualquer tipo de seguro; etc. Não sabemos o que vai ser necessário, mas mais vale ter a mais que a menos. Vão organizando toda a papelada ao longo do ano num mesmo dossier ou gaveta para fácil acesso para quando precisarem.

 

 

A preparação para o Passaport

E chegou isto:

 

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É o livro oficial para estudar para o teste 'A Vida no Reino Unido' que é necessário passar para poder efetuar uma aplicação para obter o Passaporte Britânico.

 

Eu bem sei que ainda nada está decidido e que, mesmo quando fôr efectuada a saída da União Europeia pelo menos os atuais residentes provenientes da União Europeia no Reino unido vão ser permitidos ficar. Mas mesmo assim, eu prefiro tirar a cidadania e evitar quaisquer outras burocracias futuras. 

 

Depois de já estar aqui a viver à 11 anos não me parece que fosse mesmo precisar de um livro que me ensinasse como é que é a Vida no Reino Unido, mas se vou fazer o teste, achei por bem comprar o livro nem que seja por curiosidade de ver o que têm lá escrito. 

 

Só é permitido fazer este teste a quem já esteja a viver à pelo menos 5 anos no Reino Unido por isso achei que até fosse aprender qualquer coisa com este livro e que não deveria ser tão básico assim, mas ao dar uma breve vista de olhos pelo livro, isto é o que encontro:

 

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"Os pubs são um elemento importante da vida social no Reino Unido..." A sério?! Ora que nunca tinha reparado nisso 

 

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"Muitas casas têm jardins e os Britânicos gosta de passar o seu tempo livre a cuidar dos jardins..." Bem, este livro está a demonstrar trazer um rio de conhecimento que nunca mais acaba!

Uff, quase que não dá para acreditar que efetivamente têm este tipo de artigos neste livro. Mas então. Já comecei a ler do início e contam um bocadinho da história do país também por isso, menos mal. Sempre traz algumas informações sobre as quais não conhecia antes. 

Emigrante Portuguesa em Londres: 10 anos em revista

Neste sábado que passou fez 10 anos que me mudei permanentemente para Londres. Já cá tinha vivido durante 5 meses como estudante Erasmus no ano anterior, mas foi a 5 de Setembro de 2005 que, depois de uma primeira semana de treino em Munique para o meu primeiro emprego, me mudei permanentemente para Londres. Na altura não sabia que a estadia se ía prolongar tanto, mas também não tinha qualquer intenção de que fosse uma estadia curta. Como tenho dito ao longo destes 10 anos, cada vez que me perguntam se vou ficar - "para já é aqui que quero viver. No futuro logo se vê se pretendo viver noutro local."

 

Penso no passado muito pouco, mas, provavelmente devido à ocasião, este fim-de-semana, acabei por lembrar-me bastante dos diferentes acontecimentos que foram decorrendo ao longo destes 10 anos - os altos e baixos, os amigos que fiz, as viagens e passeios, os diferentes empregos que tive, os amores que não ficaram, as zonas de Londres por onde vivi, a forma como evolui e me transformei numa pessoa diferente daquela jovem tímida que vivia nos arredores de Lisboa à mais de 10 anos atrás.

 

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AS CASAS

10 anos, 8 casas, 7 localizações

  • Vivi as minhas primeiras semanas em Tower Hill em casa de um amigo de Erasmus. Como o seu contrato estava a acabar, decidimos procurar casa juntos com mais uma Austriaca e vivi com eles na minha primeira residência permanente em Camberwell durante 1 ano até o senhorio vender o apartamento.
  • Mudei-me depois uns metros à frente, mais próximo da estação de Oval, para uma casa com 5 quartos onde vivi por cerca de ano e meio. Ali fizemos muitas e boas festas, até que as coisas começaram a correr mal com o tal amigo Austriaco de Erasmus e quiz procurar nova casa para morar.
  • Lá consegui encontrar quarto num apartamento em Clapham Common mas estava a viver com uma Inglesa com quem era extremamente difícil de viver e, apenas fiquei por lá 3 meses porque não queria estar a viver em condições tão desconfortáveis.
  • Conheci o meu flatmate Português, com quem vivo até hoje quando me mudei para o novo apartamento em Brixton. Vivemos ali cerca de 2 anos até que o senhorio vendeu.
  • Ao contrário do que eu queria e esperava ao fim de mais de 5 anos a viver no sul de Londres, encontrámos novo apartamento no Norte de Londres, em Stoke Newington. Foi uma das melhores mudanças que fiz porque essa mudança também trouxe um novo grupo de amigos que adoro.
  • Ao fim de ano e meio a senhoria decide vender o apartamento e lá temos que mudar outra vez. Essa procura foi muito difícil mas lá encontrámos um apartamento em Dalston à última da hora. Não gostámos do novo apartamento e só lá ficámos 3 meses.
  • Tivemos a oportunidade de ir morar para uma casa um pouco mais a sul onde duas amigas moravam e íam sair. Já passaram 2 anos e 2 meses e por lá continuo. Agora espero que só saia daqui quando fôr para comprar o meu apartamento. Já estou farta de tanta mudança.

Ao contrário do que pensei algumas vezes, o local onde vivo é mesmo importante para o meu bem-estar geral, por isso sou apologista de não entrarem em contratos de arrendamento de longo prazo sem uma claúsula de "escape" porque só mesmo quando lá se vive é que se sabe se se vão sentir bem.

 

O EMPREGO

10 anos, 8 empregos, 6 títulos

  • Comecei num "international graduates scheme" para uma grande empresa, mas o programa deles não incluía experiência em marketing. Não gostei e senti que não estava a fazer um bom trabalho. Saí.
  • Mudei para vendas porque tinham o trabalho anunciado como "field marketing". De marketing não tinha nada. Passei o inverno a andar kilómetros todos os dias a vender de porta em porta linhas telefónicas baratas para as lojas. Um dia não aguentei mais e despedi-me. 
  • A meu envio incessante de CVs resultou numa entrevista para uma agência de marketing. O candidato que fizesse o melhor plano de marketing para um dos seus serviços, ficava com o emprego - consegui e tive o meu primeiro emprego como 'Marketing Assistant'.
  • Essa empresa foi comprada por um grupo de empresas e mudei-me para a sua empresa de construção como 'Marketing Executive'.
  • Passados 2 anos mudei para outra empresa do grupo de processamento de pagamentos, novamente como 'Marketing Executive'.
  • Passados mais 2 anos, chegou a fase da crise, essa empresa foi à falência e fiquei desempregada durante umas 2 semanas.
  • Encontrei novo emprego como 'Marketing Manager - EMEA & APAC' para uma empresa de tecnologia e por lá fiquei durante 4 anos, até ter a infelicidade de ter que lidar com uma chefe péssima.
  • Mudei então para outra empresa de tecnologia como 'Marketing Manager - EMEA' até ter sido despedida devido a cortes de custos. 
  • Ao fim destes 10 anos sou agora 'Senior Marketing Manager - EMEA' para uma empresa de tecnologia que, ao fim dos primeiros 2 meses no novo emprego, estou a gostar bastante.

Nunca é fácil encontrar novo emprego, principalmente no início quando não se tem experiência e todos os anúncios pedem por ela. Demorei 8 meses a encontrar o emprego certo que me lançou na carreira de marketing que pretendia, mas o importante é que não desisti. Sabia o que queria, e tentei não perder muito tempo nos trabalhos "errados" por isso insisti, insisti, insisti, até dar.

Através da experiência ao longo destes anos algumas das lições importantes que aprendi foi para nunca desistir dos meus objectivos; a ser confiante mesmo quando tudo parece estar contra nós; a nunca julgar alguém pelo seu emprego; e a não tratar ninguém de forma diferente independentemente do cargo que ocupam do executivo ao empregado das limpezas.

 

OS AMIGOS

Vieram e foram ao longo dos anos. Uma das situações comuns entre pessoas que são novas numa cidade ou país é que tendem a fazer amizade com outras pessoas que também estão nessa cidade há pouco tempo. São essas as pessoas que procuram estabilizar-se e fazer novos amigos, mas também são eles que mais rapidamente vão mudar de opinião acerca da nova cidade e ou voltar para o país de origem ou procurar outra localidade. Assim foi com os meus amigos também. Do primeiro grupo de amigos próximo que fiz, a grande maioria já não vive em Londres. Cada vez que os mais próximos se vão embora ficava com aquela sensação de vazio. - "E agora, quem é que vou poder convidar para ir sair expontaneamente?" - Tive que recomeçar amizades de raiz várias vezes, mas com o passar dos anos, aquelas pessoas que são estrangeiras e que também ficam por cá, já passaram a fase da dúvida, e são mais prováveis a manterem-se por cá. Com os anos também se começam a criar amizades mais facilmente com outros que sejam ou originários de cá ou que já cá criaram raízes.

Ao fim das primeiras vezes que "perdi" amigos locais devido a mudanças, aprendi a não parar de tentar conhecer pessoas novas. Assim, fui criando uma rede de diferentes grupos de amigos e, hoje em dia, se alguns tomarem a decisão de irem, já não me vou sentir sozinha. 

 

OS AMORES

Nunca desejei a vida convencional - estudar, trabalhar, casar, ter filhos - e a minha mudança para Londres  fez exactamente com que não tivesse essa vida e que aproveitasse com uma variedade de experiências pelas quais, em Lisboa não teria sido possível passar. Mas no que se trata de amor, Londres torna-se um bocado vingativa, porque o facto de haver tantas pessoas nesta cidade, também faz com que todos sejam muito mais selectivos ou muito mais interessados em experimentar estar com diferentes personalidades para perceberem bem o que gostam e não gostam antes de optarem por aquela que é mesmo ideal.

Queixo-me mas não me posso queixar porque também caí na mesma armadilha de pensar assim. Quebrei corações assim como mo quebraram a mim. Alguns marcaram mais que outros mas o facto é que entre aqueles que me marcaram nos últimos 10 anos - 4 namorados (o Britânico de origem Cipriota e Polaca, o Inglês, o Irlandês e o outro Irlandês) e outros que nunca o chegaram a ser - por uma razão ou outra não foram a pessoa ideal. 

 

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Olhando para estes 10 anos, considero que o balanço foi sem dúvida positivo. Posso ainda não ter o cargo, a casa e o namorado que imaginava que teria ao fim de 10 anos, mas tive muitas experiências e coisas boas que valeram muito a pena e compensaram eventuais pontos menos positivos.

Se vou ficar por cá mais 10 anos? O que penso que vai acontecer? - Não sei. - Passem aqui pelo blog em inícios de Setembro de 2025. Se eu ainda estiver por Londres, eu digo o que aconteceu por cá. 

REMIGR: A Nova Emigração e a Relação com a Sociedade Portuguesa

Fui contactada por uma equipa de pesquisa das Universidades de Lisboa, de Coimbra e do ISCTE que estão de momento a efectuar um projecto de investigação sobre a actual emigração Portuguesa. Achei por bem ajudar esta equipa com a informação que necessitam ao preencher o questionário e ajudar a divulgá-lo aqui também pelo Tuga em Londres.

 

O questionário demora entre 15 a 20 minutos a preencher e é principalmente feito por questões de escolha múltipla. A equipa do projecto informou-me também que irão partilhar os resultados com os leitores do Tuga em Londres quando tiverem o estudo concluído por isso se forem actualmente emigrantes Portugueses a viver em qualquer país, podem também ajudar o estudo ao preencher este questionário.