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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

A semana do casamento

E está feito. Após tantos meses de organização e planeamento, o dia do casamento passou bem rápido e é agora uma boa lembrança na minha memória. 

 

Felizmente correu tudo bem sem grande stress, os convidados adoraram, os meus pais ficaram satisfeitos e aliviados, que bem deu para perceber que eles estavam mais nervosos do que eu. No dia seguinte ao casamento ainda fizemos um BBQ para os convidados que foi muito divertido, e no dia seguinte, fomos direitinhos para o Baixo Alentejo onde ficámos a descansar o resto dos dias que nos soube tão bem. Voltámos a Londres na sexta-feira à noite e ontem, Domingo, fomos ao casamento de outros amigos aqui em Inglaterra que também foi muito divertido. Hoje voltámos para casa, e devo dizer que mal entrei na porta de casa só me apeteceu chorar. Acho que foi aquele 'crash' de ter uma felicidade imensa durante vários dias, em que tínhamos constantemente algo novo com que nos entusiasmar e, ao chegar a casa hoje, ao pensar que já tudo tinha acabado e que a partir de amanhã voltava ao dia-a-dia normal, de repente senti uma tristeza tão grande que não me consegui controlar e tive que deixar as lágrimas rolar. 

 

Agora, mais composta, e pensando bem sobre tudo o que se passou, apercebo-me de que claro que é perfeitamente normal sentir uma quebra de emoções depois de ter tido uns dias tão bons. Imagino que não seja a primeira vez que esta 'montanha-russa' de emoções aconteça a uma noiva após o casamento, e possivelmente não será a última. Também não será só após um casamento que este tipo de emoções opostas se apresentem. - Isso quer dizer que as coisas que estão para vir são menos boas? - Não. Simplesmente são diferentes. Eu sei que é preciso olhar em frente, pensar no futuro e ficar com as boas memórias do passado, mas também sei que é OK, aceitar a tristeza quando ela vem, e deixar as emoções saírem até nos sentirmos mais calmos novamente. 

 

E sinceramente, faz-me bem escrever sobre isto mesmo. Passar o que estou a pensar para a escrita ajuda a deitar tudo para fora e sinto-me até mais contente por pensar nas memórias do casamento sem ficar triste. 

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Quanto ao casamento em si, foi muito giro. O local de escolha foi a Quinta do Pé da Serra, na zona de Colares em Sintra. A quinta é muito bonita, situada num sopé da Serra onde tinha uma boa vista para a Serra e para o mar (ou teria se não tivesse chegado uma grande neblina à hora do cocktail). Como já nos tínhamos casado oficialmente em Londres, a nossa cerimónia foi simbólica e fomos nós próprios, com ajuda do nosso Mestre de Cerimónias (um amigo nosso) e da Internet, que preparámos o texto para a cerimónia, escolhemos os votos que queríamos dizer, etc. A cerimónia foi super pessoal e bonita e decorreu nos jardins da quinta, para permitir facilmente que todos os eventos do dia decorressem no mesmo local. Como já tinha mencionado antes, nem sempre a comunicação com a quinta foi fácil, mas no dia e nos dias anteriores foram extremamente prestativos, simpáticos, atenciosos e já perdi a conta de quantas vezes os convidados nos disseram o quanto adoraram o serviço prestado pelo staff de catering. 

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Decidimos contratar uma banda de jazz para proporcionarem a música do casamento e, devo dizer, que eles foram espectaculares! Adorámos a banda e os convidados também os adoraram. Escolhemos Canon in D Major de Pachelbel tocada pelo piano para a entrada da cerimónia, depois o trio de jazz tocou durante o cocktail, e toda a banda com uma cantora na voz tocaram durante a festa uma mistura de canções conhecidas mas com aqueles tons de jazz. Chamam-se L.Bond, portanto fica a dica para os interessados. 

 

Na nossa opinião existem três elementos essenciais para uma boa festa de casamento - a música, a comida e a bebida, e para que tudo corra bem, devem haver pelo menos dois desses elementos em qualquer momento do dia para que a festa decorra bem. Não tínhamos photo booths nem jogos, nem outro tipo de entretenimento, e acho que nada desse tipo de entretenimento seria tão necessário como estes três elementos. 

 

Para os presentes dos convidados, oferecemos azulejos Portugueses com uma base de cortiça onde os nossos nomes e data do casamento estavam marcados, que servem como bases para copos. O fornecedor foi a Fábrica do Azulejo, e também foram muito simpáticos e prestativos. 

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Casamento terminado, e como muitos dos convidados viajaram propositadamente para o casamento, quisemos organizar também um BBQ no dia seguinte para os convidados que ainda estavam em Sintra nesse dia. O local escolhido foi a Casa do Valle, que tem um jardim enorme, tinha todo o equipamento para BBQ e foi o local onde muitos dos convidados ficaram acomodados. Para o BBQ tive a ajuda da família a organizar e também correu tudo muito bem, e com muitos dos convidados ainda ficámos por lá o dia todo para aproveitar a piscina. 

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Quanto à mini-moon, decorreu numa acomodação de nome, Paraíso Escondido, num monte Alentejano no Baixo Alentejo, próximo da Zambujeira do Mar. Só queríamos relaxar depois do casamento e aquele local foi perfeito para o efeito. Até tinha um Estúdio de Yoga com uma vista espectacular para os montes Alentejanos e que, pelo menos enquanto lá estivemos, pareceu só ser utilizada por mim durante as manhãs, o que adorei. 

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E foi assim, uma sequência de eventos que formou um dia e uma semana a não esquecer. 

Despedida de Solteira em Bath

Não, não é a minha, que não tenho quaisquer planos de casamento. Mas estamos em época de casamentos, e como tal, as despedidas de solteiras também não falham. Só neste fim-de-semana, conheço 3 outras raparigas que também foram a outras despedidas de solteiras. O meu Instagram não parou com imagens das mesmas. Aquela a que fui, decorreu em Bath. Bath é uma das cidades mais populares para festas de despedida por causa dos muitos locais de Banhos/Spa abertos à comunidade desde os finais do século XIX. No entanto, nós só para contrariar, não fomos ao Spa. Devo dizer que eu própria fiquei surpreendida, visto pensar que essa fosse a principal razão por irmos passar o fim-de-semana por lá, mas as damas de honor decidiram-se por outra opção que também foi agradável e divertido de qualquer forma. 

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Ao chegarmos à casa no sábado de manhã, já estava tudo preparado em termos de decoração  - pensem em tudo aquilo que constitui uma típica festa de solteira, desde pilinhas insufláveis a outros acessórios de teor semelhante.  Tínhamos também um bom pequeno-almoço à nossa espera e até um 'goody bag'. Depois da inicial animação da chegada e de nos termos apresentado a quem ainda não conhecíamos, lá seguimos para a cidade, para começar a tarde numa classe de cocktails. Aprendi umas coisas úteis, até porque recebi recentemente um kit para fazer cocktails, por isso esta aula veio mesmo dar jeito. 

 

A segunda parte da tarde foi passada na 'praia de Bath'. Está entre aspas porque Bath não fica ao pé do mar, portanto o conceito de praia é um bocado relativo. Basicamente, é o primeiro ano em que o concelho da localidade aceitou transformar uma pequena parte do parque da cidade em zona de areia, com cabanas de praia, decoração tiki, e zona de jogos tipo mini-golf, voleybol de praia e ping pong. Ficámos por lá entretidas durante umas horas, até perto da hora de jantar. 

 

O jantar foi em casa, onde tínhamos um chef (por sinal o mesmo chef que vai cozinhar para o casamento) que cozinhou o nosso jantar. Eu nem fazia ideia que este é um grande negócio, mas aparentemente, ele faz a maior parte do seu dinheiro através deste tipo de festas privadas de despedidas de solteiras e semelhantes). Devo dizer que o jantar estava absolutamente delicioso. Fica o exemplo da entrada e sobremesa nas fotos em baixo. 

 

Depois o resto da noite foi passada em casa, a fazer jogos, seguidos de uma noite de Silent Disco. Estava um pouco incerta sobre a idea da Silent Disco, porque geralmente a vantagem de uma Silent Disco, é que as pessoas podem escolher a playlist que ouvem, e dançam de uma forma completamente diferente umas das outras. Neste caso, apenas havia a opção para ouvir de uma playlist, mas devo dizer que foi suficiente. Uma vez que tínhamos a música junto dos ouvidos, não dá para conversar. Assim sendo, só nos resta dançar, e foi o que fizemos o resto da noite. Inclusive, como estava uma noite tão quente e visto a Silent Disco não fazer barulho nenhum para quem não tenha os auscultadores, fomos para a rua dançar. Quem passava pela rua ficava a olhar para nós com ar suspeito. Acho que a maioria percebia que estávamos numa Silent Disco. Uma rapariga até se quis juntar ao grupo e ficou a dançar connosco ali no meio daquela rua em Bath pelas 2h da manhã.

 

Foi muito giro. Agora estou é curiosa pelo casamento porque vai ser a primeira vez que vou a um casamento com tradições Judaicas.  

 

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