Quando chegamos à década dos 30 é quase inevitável que, para uma mulher que não tenha filhos comece a pensar seriamente no assunto. Pela minha experiência há três tipos de atitude relativamente ao assunto:
Aquelas que decididamente querem ter filhos mais cedo ou mais tarde, e a ideia de não os ter nem está em questão. - Parece-me este ser o caso da maioria das mulheres.
Aquelas que estão na dúvida se querem ou não ter filhos. Podem não sentir aquela vontade imediata de os terem, mas reconhecem os benefícios de os terem e como tal, não querem colocar a ideia de parte - Parece-me que este seja o segundo caso mais frequente mas que, ao encontrarem um parceiro permanente, a maioria destas mulheres acabam por ter filhos.
Aquelas que decididamente não querem ter filhos - Acho que esta situação é muito menos frequente no início da década dos 30.
Quando pesquisei por estatísticas sobre o assunto verifiquei que no Reino Unido apenas 18% das mulheres não têm crianças ao chegar à menopausa, de acordo com um estudo do Office de National Statistics publicado em 2022. E em Portugal por volta de 2011 esse número era pequeno com menos de 10% de mulheres que tinham mais de 49 anos a não terem filhos de acordo a Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD). Essa percentagem tem vindo a aumentar nos últimos anos com mais casais a decidirem não ter filhos em Portugal, sendo que por volta de 2017 essa percentagem tinha aumentado para os 13% segundo a Population Europe.
Quero fazer só aqui um aparte que, durante a pesquisa de estatísticas tentei procurar por dados relativamente a casais, porque afinal, não são só as mulheres que tomam a decisão de terem ou não crianças, mas talvez ou por influência sócio-cultural ou pela simplicidade de se calcular estatísticas baseadas nas mães por ser mais fácil de se provar se tiveram ou não crianças, a maioria dos estudos apresentados são baseados nas mulheres.
Devo dizer que quando vi essas percentagens fiquei um bocado espantada. Apenas 18% das mulheres no Reino Unido nunca chegam a ter filhos!? “Não pode ser” - pensei eu. Conheço tantas mulheres solteiras, com preferências homossexuais ou que tenham decidido não ter filhos, que chegar a um total de 18% sem filhos parece pouquíssimo! Pensei que os estudos estavam errados ou tivessem como base uma pequena amostra da população. Mas depois encontrei as fontes retiradas dos censos e comecei a pensar melhor no assunto. Será mesmo possível que o número de mulheres que nunca venham a ser mães seja assim tão pequeno?
Comecei a pensar melhor no que vejo à minha volta entre o meu grupo de amigos. Entre os casais com idades semelhantes à nossa ou mais velhos, conheço apenas dois outros casais que não têm filhos. Conheço muitas mulheres solteiras mas conheço mais que estejam em relações. Entre as solteiras, duas estão a considerar ser mães solteiras e entre as outras, a maioria demonstra querer ter filhos um dia quando encontrar o parceiro certo. Portanto entre a minha rede de amizades próximas talvez 40% das minhas amigas neste momento ainda não tenha filhos mas ainda podem vir a ter. Depois o fato de que vivo em Londres talvez também tenha uma influência nesta percentagem por haverem mais mulheres que priorizam as suas carreiras do que encontrar um parceiro ou ter filhos, mas isso não é necessariamente uma realidade no resto do país. Portanto, depois de ter dado o devido tempo para pensar sobre o assunto, começo a acreditar mais nessa estatística.
Eu sem dúvida que me encontrei na situação número dois mencionada acima por volta do início da década dos 30. Não sabia bem se queria vir a ter filhos ou se não, mas pensei que eventualmente um dia eu iria ter aquela sensação que muitas mulheres têm de um desejo irresistível de ter crianças e aquela vontade forte de ser mãe. Até lá, achei que não devia preocupar-me muito com o assunto que tinha tempo para deixar as coisas acontecerem. Quando conheci o meu Inglês aos 32 anos comecei a debater-me com essa dúvida cada vez mais porque quanto mais séria ficava a relação, mais séria ficava a perspectiva de ter filhos.
Pensava muito na listagem de vantagem e desvantagens. Acho que andava a pensar sobre o assunto todos os dias, algumas vezes mais do que uma vez ao dia. As razões mais fortes para ser mãe era o facto de que os meus pais iam gostar muito de ser avós, e o facto de que gostaria de ter filhos adultos a visitarem-me em alturas como o Natal e de talvez me ajudarem ou fazer companhia na idade idosa. As desvantagens mais fortes que encontrava na lista estavam relacionadas com o facto de ainda não ter vontade de ser mãe ou sentir a necessidade de dedicar a minha vida a fazer outra vida crescer. Até cheguei a escrever um pouco sobre o assunto à 5 anos atrás.
Até termos ficado noivos acho que ambos evitamos falar sobre o assunto das crianças, mas pouco tempo depois, essa conversa surgiu porque acho que nenhum de nós achou certo entrarmos num casamento sem discutirmos um assunto tão importante quanto as crianças. A conversa demorou menos tempo do que imaginei. Ambos concordamos que iríamos acordar com a ideia de termos filhos se o outro quisesse muito mas que nenhum de nós queria ser a força que ia levar com a ideia de termos filhos em frente.
No dia seguinte a termos essa conversa, em vez de andar a pensar às voltas nas vantagens e desvantagens de ter crianças, senti uma sensação de alívio como se um peso me tivesse saído da consciência. Foi nesse momento que me apercebi que a ideia de nunca vir a ter filhos me agradava muito mais do que a ideia de os ter.
Ao fim de contas, os seres humanos sentem-se melhor, de forma geral, quando têm certezas na vida - certezas do trabalho, na casa, nas amizades com que podem contar, etc. - e esta dúvida e incerteza constante estava-me a deixar ansiosa, mas ao ter essa dúvida eliminada senti-me finalmente em paz com essa questão.
Eu sei que a maioria das pessoas não percebem a nossa decisão, principalmente quando me apercebi, ao fazer a pesquisa para este post, de quanto tão pequena é a percentagem de mulheres que nunca chega a ter filhos, mas para mim, custa-me perceber o porque é que tantas pessoas querem tanto ter filhos, quando todos dizem que a experiência é extremamente difícil e muda-lhes a vida completamente, etc, etc.
Eu tenho muita pena de não dar aos meus pais o neto que queriam, mas nós é que seríamos os pais a cuidar do neto 98% do tempo, pelo que acho que essa razão não deve ter força significativa de influência na nossa decisão.
Como agora moramos numa zona muito residencial com famílias, inevitavelmente perguntam-nos ocasionalmente se temos crianças e ao dizermos que não, noto por vezes que as pessoas ficam com aquele ar de que têm pena de nós ou ficam meio desconfortáveis sem saber o que dizer e tentam mudar de conversa o mais rapidamente possível. Outros fazem comentários tais como - “vocês só querem viajar” ou “vocês querem estar livres para socializar” e eu interpreto esses comentários como pejorativos porque as pessoas estão a tentar racionalizar a nossa decisão por haver outra razão que priorizamos mais do que ter crianças, tal como se ter crianças fosse um dever fundamental. Nós simplesmente tomamos esta decisão porque é o que nos parece certo para nós. Não é porque queríamos fazer mais isto ou aquilo em vez de ter crianças. É simplesmente porque não tivemos aquela sensação forte de que ter filhos era algo que fosse certo para nós e que nos fizesse falta na vida.
Quando vamos a Portugal é ainda pior porque uma das perguntas que a família faz é quando vamos ter filhos e mesmo que eu diga que não vamos ter, eles insistem que um dia vai acontecer. Acho que talvez lhes faça sentir melhor a ideia de que esta decisão não seja final e que possamos mudar de ideias. Quando me dizem isso eu não insisto, porque se lhes faz sentir melhor, deixa-os estar. Até já recebi um comentário de como sou uma decepção por ainda não ter tido filhos. Esse comentário não me afectou, porque eu sei que as mentalidades e idades são diferentes, mas não deixa de ser desagradável de se ouvir um comentário como esse.
Decidi escrever este post porque já li muitos artigos de mulheres na década dos 30 e 40 que não são mães e que querem ser, mas raramente encontro artigos sobre pessoas que conscientemente tomaram a decisão de não terem filhos. Portanto quis partilhar a minha experiência para talvez ajudar outros que estejam na mesma fase de indecisão em que eu estive há 5 anos atrás. A hipótese de se viver em casal sem filhos, ou solteiro sem vontade de se ter filhos também existe, e não é só porque a maioria prefere tomar uma decisão diferente que se devem sentir pressionados a fazer o mesmo. Só temos esta vida pelo que devemos vivê-la da melhor forma para nós.
Não quero que este post seja visto como uma ofensa para pais, nem para aqueles que querem ter filhos mas que não os podem ter porque essa definitivamente não é a intenção. Eu estou a escrever para demonstrar que há opiniões e decisões de vida diferentes e que estas devem ser respeitadas pelo que são. Escrevo também porque este blog tem acompanhado momentos importantes da minha vida desde que me mudei para Londres e quero que esta experiência também fique aqui marcada.
E já cá estamos do outro lado do ano, e do outro lado das férias que, sinceramente, estava com receio de que não acontecessem/alguma coisa corresse mal, até à última da hora. Mas felizmente, não só conseguimos ir passar o Natal a Portugal, como também conseguimos finalmente tirar a nossa tão atrasada lua-de-mel!
Mas por causa do Covid não conseguimos voltar a marcar a lua-de-mel novamente durante os últimos dois anos. Houveram algumas temporadas em que as viagens estavam acessíveis, mas a altura não era ideal para viajar por causa do trabalho por isso fomos adiando e adiando. E este Novembro passado, quando estávamos a pensar sobre os planos para o Natal e Passagem de Ano Novo, pensamos em marcar a tal lua-de-mel atrasada por altura do Ano Novo. A altura era ideal por ser tudo calmo no trabalho nesta temporada pelo que podíamos ir e realmente relaxar do dia-a-dia.
A Malásia desta vez não era uma boa opção. Não só pelas restrições Covid, como também envolvia 3 diferentes voos, e uma quantidade de testes Covid e burocracias que queríamos evitar ao máximo. Neste momento existem alguns, poucos destinos que têm regras de entrada relativamente simples e sabíamos que queríamos ir a um destino quente por isso foi fácil decidir-nos pelas Ilhas Maldivas. Muitos dos resorts já não tinham qualquer disponibilidade e já estava a começar a desistir da procura, mas eventualmente um novo agente conseguiu encontrar-nos uma vila na ilha de Kuredu que tinha as características que queríamos por isso fizemos a marcação. Depois foi esperar e tentar evitar apanhar Covid que parecia que Londres inteira estava a apanhar antes do Natal. Por isso também decidimos voltar para Londres de Portugal, no mesmo dia em que apanhamos o voo para as Maldivas. Dessa forma evitámos entrar no Reino Unido, e fazer mais testes, e assim o teste PCR que fizemos em Portugal serviu para entrar no Reino Unido e nas Maldivas.
Finalmente lá chegamos e devo dizer que já percebo bem porque é que as Maldivas são um destino tão popular de lua-de-mel. As ilhas são paradisíacas com um mar azul marinho muito vibrante e a areia branquinha, a vegetação muito verdejante e imensa. Qualquer lado em que olhávamos era lindo, lindo, lindo! Kuredu é também a segunda maior ilha-resort das Maldivas, o que significa que tem mais que explorar do que outras ilhas mais pequenas. Sempre ouvi as pessoas queixarem-se de que achavam que as Maldivas podiam ser aborrecidas por serem tão pequenas, mas eu não estive nada aborrecida de lá estar. Para além de relaxar à beira da piscina com um cocktail numa mão e um livro na outra (que devo concordar que até passei bastante tempo dedicada a isso), a ilha tinha muito mais para oferecer tal como vários desportos aquáticos, golfe, ginásio, passeios de barco, e passeios a fazer na ilha. Entre as várias actividades o que gostei mais foi mesmo de snorkelling e passeio imenso tempo a nadar com os peixinhos entre os corais e até tive também a oportunidade de nadar mesmo junto de um tubarão (os tubarões das Maldivas são vegetarianos e amigáveis). Demorou a tirarmos estas férias de lua-de-mel mas foram muito bem passadas.
Aproveitei também enquanto lá estava para escrever os meus objectivos para este ano. Gosto de utilizar esta altura do ano para refocar aquilo que é importante para mim e delinear objectivos alcançáveis e possíveis de medir ao longo do ano para verificar onde estou ao alcança-los. Estabeleci objectivos ao nível de trabalho, a nível pessoais, relacionados com aprendizagem e cultura, relacionados com saúde e exercício. Esqueci-me de definir alguns a nível financeiro mas ainda os vou definir que todas estas áreas são importantes. E ainda vou dedicar algum tempo hoje a começar a preparar a realização de alguns deles por isso termino este post por aqui mas ficam algumas memórias das Maldivas.
Quase 7 meses depois do facto, finalmente vamos partir para a nossa lua-de-mel. OK, nós fizemos uma 'micro lua-de-mel' de fim-de-semana prolongado em Brugges após o nosso casamento oficial em Londres, e fizemos uma 'mini lua-de-mel' de 5 dias no Alentejo logo após o casamento simbólico/festa oficial em Sintra, mas ainda faltava termos uma lua-de-mel. Daquelas luas-de-mel com tudo a que os noivos têm direito com mais tempo para descobrir novos locais, passar muito tempo juntos e descansar também muito para sentirmos mesmo fora do nosso dia-a-dia e dedicarmos a nós próprios.
Só não estávamos a contar que durante a altura da nossa tão desejada viagem de lua-de-mel estivesse a haver um surto de coronavirus Covid-19 na Ásia. Tem-nos mantido mais calmos com a viagem o facto de na Malásia a situação ter estado relativamente controlada ao que parece. Até ao momento a Malásia tem 29 casos de pessoas identificadas com o vírus mas 22 dessas pessoas já recuperaram e não há casos de fatalidades. Na zona onde vamos passar a maior parte do tempo no Borneo, as autoridades não permitem a entrada de ninguém que tenha visitado a China recentemente e, nessa zona ainda não se verificaram quaisquer casos, por isso parece que a probabilidade de entrarmos em contacto com alguém que tenha o vírus seja pequena. De qualquer forma, levamos as máscaras para o avião, e vamos ter cuidado para usar desinfectantes etc.
Para além do Covid-19, para nos preparar-mos para a Malásia, compramos repelentes de insectos fortes para usarmos principalmente na zona florestal que vamos visitar, tomar algumas vacinas contra doenças que têm algum risco na Malásia e preparar certas roupas compridas mas frescas, devido aos insectos e também por respeito à cultura local que segue, maioritariamente a religião muçulmana.
Apesar de todos os preparativos e cuidados a ter, mal posso esperar pela nossa viagem. Já há muito que estamos ansiosos pela nossa pequena aventura pela Malásia e vai começar já amanhã! Como tal, o meu próximo post será apenas quando voltar, mas se tiverem interessados em ver algumas imagens da viagem, planeio partilhar locais interessantes que encontrar pelo caminho on Instagram.
Passados 5 meses desde a nossa data de casamento que finalmente tenha o meu novo nome de casada oficial. Pelo menos está oficial nos passaportes e no Cartão de Cidadão. Ainda falta uma quantidade de outros sítios, mas vou-me focar naqueles que forem mesmo mais importantes e o resto deixo estar.
Para quem também quiser vir a mudar o nome ao casar, aqui ficam as informações essenciais que eu adorava ter tido antes de começar o processo para me poupar muita dor de cabeça e custos.
Primeiro fica a questão importante - que nomes podem mudar no Reino unido e em Portugal? Apesar do que possam ler nos sites oficiais, podem fazer as mudanças que quiserem ao vosso último nome, uma vez que casados tanto em Portugal como no Reino Unido, sem precisarem absolutamente de mais nada para além do certificado de casamento. Essas mudanças de nome podem ser:
substituir completamente o último nome pelo vosso nome de casados.
adicionar o novo nome no fim do vosso actual.
se tiverem mais do que um sobrenome podem substituir todos ou só os que quiserem com o novo sobrenome.
retirar um dos vossos sobrenomes do meio e adicionar o novo nome no fim ou no meio.
podem adicionar ambos os vossos nomes com um hífen, por exemplo Martins-Smith.
E mesmo no Consulado Português podem tratar disso tudo sem ter que fazer tradução oficial nenhuma do certificado de casamento, apesar do que o site oficial do Consulado tem lá escrito, que me fizeram gastar um dinheirão e perder tempo para nada!
Quanto à ordem das mudanças:
Primeiro têm que tirar o Cartão de Cidadão, só depois podem mudar o passaporte Português e, só quando tiverem o passaporte Português poderão alterar no passaporte Britânico, se o tiverem.
Depois vêm todos os outros locais oficiais como o vosso banco, o HMRC e o Land Registry, caso já tenham comprado uma casa.
Convém também mudarem o nome com as companhias da água, luz e afins porque podem precisar de provas de residência para qualquer outro efeito, e geralmente são as cartas destes fornecedores que podem utilizar como prova da vossa residência, pelo que será necessário que o nome seja equivalente ao do passaporte.
Convém também mudarem no vosso registo de eleitor, mas geralmente a vossa câmara local envia-vos uma carta para casa a perguntar se há mudanças nos vossos detalhes de contacto antes de cada eleição.
Depois vêm os outros detalhes como mudar o nome no vosso email, nas redes sociais e afins que são menos importantes e se não mudarem não faz muito mal aparte do facto que podem deixar muita pessoa confusa
Como já tinha indicado antes, eu casei-me oficialmente no registo civil em Inglaterra e, em Portugal, apenas tive um casamento simbólico. Como tal, para poder estar oficialmente casada em Portugal e ter o meu estado civil alterado, tive que fazer a transcrição do casamento para Portugal. Encontrar toda a informação sobre o que era preciso tratar para conseguir essa transcrição não foi própriamente óbvio, por isso aqui fica este post para ajudar quem venha a precisar e, principalmente, para vos alertar dos erros importantes que estão actualmente escritos no website do Consulado de Portugal em Londres que me fizeram gastar £310 sem ser necessário!
Marcar a data para uma reunião com o consulado - para efectuar a reunião oferecem um endereço de email cac.ru@ama.pt e um número de telefone 02036368470. Ao email responderam-me sempre entre 1 a 2 dias o que não foi mau, mas a resposta era o mais básica e simplificada possível. Por exemplo, no website indicaram que ficavam com o certificado de nascimento original do meu marido. Ora claro que isso não pode ser possível, pelo que pedi por email para clarificarem. A resposta foi "é essa a informação que temos". Oquê?! Claro que não podia ser! Ao pesquisar mais e com ajuda de uma leitora do blog descobri que o marido teria que pedir uma cópia oficial do certificado de nascimento através do website do Governo Britânico. Porque é que o Consulado não me soube explicar isso?? Ainda tinha tentado telefonar também ao número em cima para falar com alguém sobre essa informação. Passado 45minutos à espera na linha, a chamada foi desconectada. Portanto podem esquecer o telefone.
2. Os necessários indicados eram - o certificado de matrimónio original (ou seja, uma cópia oficial do original, mas também não explicam isso no site); o meu cartão de cidadão, prova de morada no Reino Unido, foto tipo passe (a primeira coisa que não foi necessária e em que nem estou a contar no total custo que tive com isto), e a cópia do meu certificado de nascimento (indicam que se pode retirar gratuitamente online, mas não explicam que é no momento da reunião da transcrição que os próprios fazem essa extracção. Como tal fui comprar um leitor de cartões para fazer a minha autenticação online para pedir isso, e afinal não era necessário -também não estou a contar com esses £9 que gastei para comprar o tal leitor de cartões tais custos finais). Do marido pediram o certificado de nascimento e o passaporte.
3. Pediram outros documentos que não se aplicam a todos os casais tais como prova de escritura antinupcial, prova de residência antes e pós casamento, informação sobre estado civil anterior e existência de filhos, etc.
4. A parte que me lixou mesmo foi na parte do website que indicaram que era necessário ter a tradução legalizada para Português do certificado de nascimento do marido, e da certidão de casamento, e que tanto os certificados como as traduções tinham que ser oficializadas com a Apostilha de acordo com a convenção de Gaia. - Ora não só, não era necessário ter a tal apostilhada (que obviamente se paga para pedir, e tem que se andar a pagar correios por entrega especial e afins), como nem sequer era necessária a tradução oficial. E isso tudo sim (incluindo também a tradução e certificação do meu deed poll para mudança de nome - que também não chegou a ser preciso, apesar do website também não ter dado informações claras relativamente à mudança de nome quando eu estava a retirar um dos meus nomes e adicionar o do marido), custou-me os £310. Aos poucos e poucos não era muito, mas tudo junto foi imenso! A tradução de cada certificado era £30, mas depois havia pagar a um advogado para certificar a tradução (outros £15 por cada certificado), mais os custos de transportes de correios, mais a apostilha, ficou em tudo nos tais £310. E para quê? Para nada!!! Quando a empregada do Consulado me disse que não precisava de ter feito nada daquilo, até que me ia dar uma coisinha má. Ela disse que já tinham feito a actualização dessa informação no website à uns meses. Então lá fui ver com ela ao website onde tinha visto isso, e passo agora a copiar aqui em baixo também. Está lá explicitamente indicado pelo menos até ao dia de hoje de 7 de Outubro de 2019, que toda essa informação é necessária.
Sinceramente o Consulado devia era pagar-me os £310 devido à informação falsa no website! Eu vou-me queixar, claro, mas o ideal seria queixar-me a uma espécie de watchdog que governe este tipo de serviços, mas não sei a quem me queixar. Se tiverem alguma sugestão, agradecia.
Como é bom hábito dos casamentos Britânicos, costumam decorrer alguns discursos durante a festa de casamento, portanto decidimos trazer essa tradição para Portugal. Na sua forma mais tradicional a ordem dos discursos costuma ser primeiro o pai da noiva, depois o noivo e por último o 'Best Man' ou o padrinho do noivo. No nosso caso decidimos fazer a coisa um pouco diferente e fui eu primeiro quem fez um discurso, seguida da minha mãe, do noivo e por último o Padrinho. Ora o padrinho é sempre o último sendo ele que tem a responsabilidade de acabar os discursos em alta, entretendo os convidados com várias piadas, geralmente relacionadas com histórias da vida do noivo.
Ora, o padrinho no nosso casamento fez isso mesmo, mas um das piadas viu-se mesmo que foi tirada da internet e até foi assim daquelas em que eu pensei - 'ainda bem que os meus pais e parte da família não sabem falar Inglês'. Começou - 'eu só queria desejar aos noivos uma feliz lua-de-mel no País de Gales. Pelo menos eu assumo que seja lá que os noivos vão passar a lua-de-mel porque quando eu perguntei ao noivo o que íam fazer depois do casamento, ele disse-me que íam passar duas semanas em 'Bangor''. - Perceba-se que Bangor é o nome de uma vila no País de Gales, mas é também uma palavra parecida o suficiente com o termo 'banging'. Foi uma daquelas piadas em que as pessoas se riem de lado mas tudo OK.
Ora, passa-se para a frente uma semana, e fomos a outro casamento de amigos que também estavam no nosso. Estávamos nós a ouvir o discurso do padrinho deste outro casamento quando o padrinho diz - 'Ora ouvi dizer que os noivos vão passar a lua-de-mel no País de Gales,...' Mal podiamos acreditar! Vinha dali exactamente a mesmo piada. Nós olhámos para os noivos e só nos riamos pela coincidência. Resultado, fui agora ao Google pesquisar por 'Best Man jokes' e adivinhem lá que piada estava na lista do primeiro website que aparece no topo dos resultados. Haha! Lindo!! Nunca mais vamos deixar os nossos respectivos padrinhos se esquecerem da piada que eles 'tão cuidadosamente prepararam' para os seus respectivos discursos.
E está feito. Após tantos meses de organização e planeamento, o dia do casamento passou bem rápido e é agora uma boa lembrança na minha memória.
Felizmente correu tudo bem sem grande stress, os convidados adoraram, os meus pais ficaram satisfeitos e aliviados, que bem deu para perceber que eles estavam mais nervosos do que eu. No dia seguinte ao casamento ainda fizemos um BBQ para os convidados que foi muito divertido, e no dia seguinte, fomos direitinhos para o Baixo Alentejo onde ficámos a descansar o resto dos dias que nos soube tão bem. Voltámos a Londres na sexta-feira à noite e ontem, Domingo, fomos ao casamento de outros amigos aqui em Inglaterra que também foi muito divertido. Hoje voltámos para casa, e devo dizer que mal entrei na porta de casa só me apeteceu chorar. Acho que foi aquele 'crash' de ter uma felicidade imensa durante vários dias, em que tínhamos constantemente algo novo com que nos entusiasmar e, ao chegar a casa hoje, ao pensar que já tudo tinha acabado e que a partir de amanhã voltava ao dia-a-dia normal, de repente senti uma tristeza tão grande que não me consegui controlar e tive que deixar as lágrimas rolar.
Agora, mais composta, e pensando bem sobre tudo o que se passou, apercebo-me de que claro que é perfeitamente normal sentir uma quebra de emoções depois de ter tido uns dias tão bons. Imagino que não seja a primeira vez que esta 'montanha-russa' de emoções aconteça a uma noiva após o casamento, e possivelmente não será a última. Também não será só após um casamento que este tipo de emoções opostas se apresentem. - Isso quer dizer que as coisas que estão para vir são menos boas? - Não. Simplesmente são diferentes. Eu sei que é preciso olhar em frente, pensar no futuro e ficar com as boas memórias do passado, mas também sei que é OK, aceitar a tristeza quando ela vem, e deixar as emoções saírem até nos sentirmos mais calmos novamente.
E sinceramente, faz-me bem escrever sobre isto mesmo. Passar o que estou a pensar para a escrita ajuda a deitar tudo para fora e sinto-me até mais contente por pensar nas memórias do casamento sem ficar triste.
Quanto ao casamento em si, foi muito giro. O local de escolha foi a Quinta do Pé da Serra, na zona de Colares em Sintra. A quinta é muito bonita, situada num sopé da Serra onde tinha uma boa vista para a Serra e para o mar (ou teria se não tivesse chegado uma grande neblina à hora do cocktail). Como já nos tínhamos casado oficialmente em Londres, a nossa cerimónia foi simbólica e fomos nós próprios, com ajuda do nosso Mestre de Cerimónias (um amigo nosso) e da Internet, que preparámos o texto para a cerimónia, escolhemos os votos que queríamos dizer, etc. A cerimónia foi super pessoal e bonita e decorreu nos jardins da quinta, para permitir facilmente que todos os eventos do dia decorressem no mesmo local. Como já tinha mencionado antes, nem sempre a comunicação com a quinta foi fácil, mas no dia e nos dias anteriores foram extremamente prestativos, simpáticos, atenciosos e já perdi a conta de quantas vezes os convidados nos disseram o quanto adoraram o serviço prestado pelo staff de catering.
Decidimos contratar uma banda de jazz para proporcionarem a música do casamento e, devo dizer, que eles foram espectaculares! Adorámos a banda e os convidados também os adoraram. Escolhemos Canon in D Major de Pachelbel tocada pelo piano para a entrada da cerimónia, depois o trio de jazz tocou durante o cocktail, e toda a banda com uma cantora na voz tocaram durante a festa uma mistura de canções conhecidas mas com aqueles tons de jazz. Chamam-se L.Bond, portanto fica a dica para os interessados.
Na nossa opinião existem três elementos essenciais para uma boa festa de casamento - a música, a comida e a bebida, e para que tudo corra bem, devem haver pelo menos dois desses elementos em qualquer momento do dia para que a festa decorra bem. Não tínhamos photo booths nem jogos, nem outro tipo de entretenimento, e acho que nada desse tipo de entretenimento seria tão necessário como estes três elementos.
Para os presentes dos convidados, oferecemos azulejos Portugueses com uma base de cortiça onde os nossos nomes e data do casamento estavam marcados, que servem como bases para copos. O fornecedor foi a Fábrica do Azulejo, e também foram muito simpáticos e prestativos.
Casamento terminado, e como muitos dos convidados viajaram propositadamente para o casamento, quisemos organizar também um BBQ no dia seguinte para os convidados que ainda estavam em Sintra nesse dia. O local escolhido foi a Casa do Valle, que tem um jardim enorme, tinha todo o equipamento para BBQ e foi o local onde muitos dos convidados ficaram acomodados. Para o BBQ tive a ajuda da família a organizar e também correu tudo muito bem, e com muitos dos convidados ainda ficámos por lá o dia todo para aproveitar a piscina.
Quanto à mini-moon, decorreu numa acomodação de nome, Paraíso Escondido, num monte Alentejano no Baixo Alentejo, próximo da Zambujeira do Mar. Só queríamos relaxar depois do casamento e aquele local foi perfeito para o efeito. Até tinha um Estúdio de Yoga com uma vista espectacular para os montes Alentejanos e que, pelo menos enquanto lá estivemos, pareceu só ser utilizada por mim durante as manhãs, o que adorei.
E foi assim, uma sequência de eventos que formou um dia e uma semana a não esquecer.
Tenho estado já quase duas semanas sem escrever um post porque, enfim, vou-me casar, e isto dá muito mais trabalho de organizar do que aquilo que eu esperava. OK, eu sabia que ia dar trabalho, mas eu já tinha as coisas importantes bem encaminhadas. Mesmo assim, há sempre algo que falta, sempre algum e-mail que tenho que escrever, alguma folha de excel que tenho que preencher, algum convidado com dúvidas a que tenho que responder. Acho que só vai parar mesmo daqui a uma semana quando estiver na minha mini-lua de mel e já toda a festa tiver terminado.
Com todas as coisas que foram acontecendo durante a minha preparação para o casamento, eu ate que tinha imenso material para uns posts interessantes que poderiam vir a ser úteis para outras noivas, mas não tenho tido o tempo e agora o dia já está quase a chegar! Por isso vou antes sumarizar-vos o que se tem passado:
Os convidados
Houve pessoas que estavam à espera de ser convidadas para o casamento e não foram. E as pessoas têm que perceber e aceitar a nossa decisão. Tive o caso de que pessoas que assumiram que iam ser convidadas e começaram a fazer comentários como 'onde vamos à despedida de solteira' e falar sobre como sempre quizeram ir a Portugal etc. - Ahhhh isso não se faz! Até achei um pouco mal-educado fazerem esse tipo de insinuações mas eu quero ter no meu casamento os meus amigos e amigos do meu noivo, não quero ter os amigos dos amigos. Fez-me sentir um pouco mal, sem dúvida, porque imagino que essas pessoas também tenham ficado um bocado sentidas, mas este é um dia único e é importante sentirmos o amor das pessoas à nossa volta, e não ter aquela sensação que estamos a actuar para uma audiência.
O vestido
No dia em que comprei o vestido, eu chorei de alegria de tão emocionada que estava por o ter encontrado. O problema é que devia ter deixado de seguir designers de vestidos de noiva no Instagram e afins - fica a dica! Isto porque ao continuar a ver vestidos de noiva a torto e a direito, claro que haveria de ver alguns mais bonitos do que o meu. Vi um, vi dois, vi três,... até que comecei a pensar duas vezes se gostava mesmo do meu vestido. Ora entenda-se que comprar um vestido de noiva não é bem a mesma coisa que comprar um vestido da Asos em que se manda para tráz e devolvem o dinheiro. Portanto ficam duas dicas importantes:
investiguem bem a variedade de vestidos que existem antes de se decidirem por um
uma vez que comprarem o vestido, não olhem para mais nenhum!
A Quinta
Eu gosto muito da quinta, mas o que não gosto nada é da capacidade de organização da organizadora de eventos da quinta. Ela é péssima!! Digo-vos, eu já organizei muitos eventos na minha vida profissional e nunca que deixei um cliente ou até fornecedor com mais de um dia ou dois de espera para receber uma resposta minha. E ela tem demorado 2 e 3 e 4 semanas sem responder! A parte triste é que nem sequer estou a exagerar. E sim, acredito que esteja muito ocupada, mas houve uma vez, depois de eu já lhe ter mandado um segundo email para relembra-la de responder, em que eu lhe pedi, a uma quinta-feira, para por favor me enviar pelo menos a informação das medidas de uns papéis que tinha que imprimir para caber no espaço que ela tinha até ao fim-de-semana. Eu pedi POR FAVOR, e disse que mesmo que não pudesse responder a mais nada, que pelo menos me respondesse a isso. E sabem o que ela fez? Nada! Não respondeu até à semana seguinte depois de eu telefonar para a quinta e falar com a patroa dela. Tive azar porque a organizadora que estava nesta quinta antes era óptima mas ela saiu e entrou esta rapariga totalmente inexperiente que claramente não vai ter uma longa vida profissional no ramo de organização de casamentos. Eu até que tenho sido relativamente calma com a situação, mas imagino que outras noivas não tenham a mesma paciência do que eu.
O Prosecco
Prosecco é oficialmente (estou a oficializar) a minha bebida alcoólica favorita e, como tal, eu quero ter Prosecco no meu casamento, nem que seja só para o cocktail. Prosecco claramente ainda não é muito popular em Portugal, que quando mencionei que era o que queria para o cocktail a organizadora da quinta disse-me que podia pagar por Espumante. Não, minha amiga, não está a perceber, eu quero Prosecco, não quero Espumante, nem Champagne, nem Cava, eu quero Prosecco. São completamente diferentes. Lá consegui negociar que podia trazer o meu próprio Prosecco, tudo OK. Então vem a parte em que a minha mãe me está a ajudar a escolher o Prosecco que está à venda em Portugal e ela pergunta-me quantas garrafas acho que vão ser preciso e antes que eu possa responder diz - "ora eu estava aqui a fazer contas que cada garrafa dá para 5 copos, como são 120 pessoas, 24 garrafas chega bem." E agora o que é que eu respondo a isso? - "mãezinha, na sexta-feira estava com mais 4 amigos e nós bebemos 4 garrafas, logo, sendo que vão haver pelo menos 80 estrangeiros no casamento precisamos pelo menos de umas 75 garrafas + umas 10 para os Portugueses que também vão querer provar". Acho que isso não ia cair lá muito bem, por isso achei melhor não dar essa lógica.
Eu bem sei que Prosecco é sempre uma das bebidas mais consumidas nos casamentos a que tenho ido pelo Reino Unido por isso não queria ter uma quantidade tão limitada que acabe logo no primeiro copo, mas consegui acordar com a minha mãe ficarmos pelas 40 garrafas que também não vão dar para muito, mas ao menos é o dobro do número inicialmente sugerido.
A primeira dança
Como eu gosto muito de dançar foi um dos requisitos que indiquem ao Inglês no dia em que ele fez a proposta de casamento, que queria praticar uma dança para o casamento. Ele concedeu, e temos andado em aulas de dança Blues desde o início do ano e, agora mais próximo da data, começamos a coreografar a dança. Acho que está OK mas ainda há uns quantos ajustes a fazer. Digamos que pode correr muito bem ou muito mal, ainda não sei. A ver...
Ainda tenho detalhes em falta, coisas a combinar, um discurso a decorar para não me atrapalhar no dia, e outros quantos afins. Tenho a sensação de que esta semana vai passar a fugir e que o dia do casamento vai ser chegar e terminar num abrir e fechar de olhos, mas vou tentar aproveitar cada minuto, cada momento.
Para todas as pessoas que desejaram felicidades para o casamento por aqui, pelo Instagram e pelo Facebook desde o dia em que assinámos os papéis oficiais, o nosso muito obrigada!
Já estou oficialmente casada! Foi na quinta-feira passada, o dia mais quente do ano, e um dos mais quentes na história do Reino Unido (ainda está para ser confirmado se pode ser considerado o dia mais quente de sempre oficialmente). Tirámos o dia de férias, e na tarde de quinta-feira já estávamos no Hackney Town Hall juntamente com uma das minhas Damas de Honor, o Padrinho do meu noivo e a mulher dele para serem nossas testemunhas.
Apesar de ter sido 'só a parte oficial' de tratar da papelada, até que achei o evento bem mais emocionante do que aquilo que esperava. Gostei muito, mesmo.
Depois do facto, dirigimo-nos ao jardim de um pub local, onde nos encontrámos com mais alguns amigos que vieram também celebrar connosco o acto oficial. Gostei imenso, e sinceramente até ficámos a pensar que se só tivessemos feito aquilo como a celebração do casamento, e se estivessem lá os nossos pais, teriamos estado contentes. Mas aquilo com que não nos satisfariamos com apenas uma, seria a lua-de-mel. Então decidimos que vamos ter três - uma 'micromoon', uma 'minimoon' e uma 'honeymoon', e porquê? Ora e porque não?
São todas legítimas. A micro, de um fim-de-semana prolongado, fizemos este fim-de-semana ao visitar Bruges, após o casamento oficial. A mini-moon será logo seguida da festa em Portugal. Pegamos no carro e vamos para uma quinta Alentejana durante uns poucos dias. E a honeymoon será só mais tarde, estamos a pensar para o próximo ano possivelmente na Asia, mas isso ainda está por decidir. Talvez uma semana de aventura a descobrir e uma semana de praia para descansar. Adorava sugestões de locais onde tenham ido e que recomendem como destinos de lua-de-mel. Achámos que era o suficiente ter uma festa de casamento para planear para já, por isso só planeamos a lua-de-mel com mais calma depois do casamento, e nada como a aproveitar ao máximo multiplicando-a por três
Falta cerca de um mês para a data do casamento em Sintra e pouco mais de uma semana para oficializar as assinaturas no civil em Londres. Ainda não estou em estado nervoso, mas sem dúvida que sinto mais pressão para tratar dos detalhes que ainda estão por fazer.
Esta coisa da organização de um casamento tem muitas mais políticas do que aquilo que pensei. Ou é relativamente a pessoas que estavam à espera de ser convidadas e que não foram, e que como tal levaram a mal. Ou pessoas que pensavam ser convidadas para a despedida de solteira mas que não foram e que também levaram a mal. Argh!! Tipo, pensem lá bem nas vezes que efectivamente demonstram interesse para se encontrarem com os noivos, ou há quanto tempo os conhecem, que percebem logo o porquê dos convites ou falta deles. E depois não é só isso. Um casamento é caro e um casamento é stressante! Não se trata apenas de convidar as pessoas que representam mais para nós e que vemos mais, mas também uma questão de decisões relativas ao orçamento ou o quanto confiantes nos sentimos por nos estarmos a casar em frente a um largo número de pessoas. Parece que as pessoas por vezes não têm essa sensibilidade de se aperceber de que há outros factores que afectam decisões como a dos convites para tais eventos, que não estão necessariamente relacionados com o quanto gostamos delas.
Enfim, o resultado é que já tive umas chatices desse género. Mas agora que já estamos mais próximos do evento, ao menos ninguém estará a pensar mais nos convites e já devemos ter passado essa fase. Espero! Agora é mais a parte do planeamento das mesas. É a minha mãe que gostava que eu colocasse os primos solteiros junto às minhas amigas solteiras - Sim, claro, vivendo em países distantes isso é que ia resultar logo em casamento. Ou tentar colocar os grupos que se conhecem, juntos, mas claro que existe sempre uma ou outra pessoa que não cabem na mesa e é a decisão de os manter separados do resto do grupo ou dividir grupos.
Ando nessa fase de planeamento das mesas de momento. Está complicado mas isto lá haverá de ir ao sítio.
Tenho que agradecer ao Casamentos.pt pelo sistema de organização de mesas deles porque nem quero pensar nos milhentos rascunhos que ia ter que fazer à mão se essa fosse a minha única alternativa.
Entretanto vai ser já o casamento oficial para a semana que vem!! Para esse dia decidimos não fazer qualquer festa porque senão era mais uma coisa que tínhamos que convidar ou deixar de convidar. Não posso mais com convites. Fica assim simples, entre nós e as nossas testemunhas seguido de umas bebidas no pub apenas com outros amigos locais que estejam disponíveis no dia.
Agora a decisão que tenho que fazer é a de mudar ou não mudar de nome. Eu quero adicionar o nome do meu futuro marido, mas não queria retirar o meu sobrenome. No entanto aqui no Reino Unido simplesmente substituem os últimos nomes em vez de adicionarem em cima. Então parece-me que a situação de alteração de nome será um pouco mais complicada nesta situação. Se alguém já tiver tratado disso e adicionado o nome por cá em vez de substituir agradecia que comentassem para indicar como foi o processo.