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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

A época das Campainhas em Inglaterra

As florestas do campo Inglês estão em flôr nesta altura do ano, entre finais de Abril e meados de Maio com Campainhas ou 'Bluebells'. Podem encontrá-las um pouco por toda Inglaterra em zonas florestais, mas eu fui vê-las a Surrey este fim-de-semana, imediatamente a sul de Londres. Apanhei o comboio de London Bridge até Upper Warlingham, e a partir daí estava apenas a 30 minutos de zonas florestais com imensas campainhas. Se estiverem interessados em semelhantes passeios, podem encontrar alguns a partir deste guia da Countrylife.

 

Ficam algumas fotos do passeio que fiz este fim-de-semana na zona da Warlingham:

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Fim-de-semana no Peak District

Este fim-de-semana passado alugámos uma casa de campo com um grupo de amigos para lá relaxar, passear no Peak District, jogar jogos, e passar umas horas à lareira à conversa. Foi óptimo! Apenas a duas horas de Londres, e a sensação de estar numa zona tão calma sabe mesmo bem. 

 

Escolhemos o Peak District para poder aproveitar fazer um passeio que nos oferecesse uma daquelas paisagens de cortar a respiração, e conseguimos esse efeito ao chegar a Stanage Edge, localizado no topo de uma das montanhas onde estávamos rodeados de verdura. É também uma zona muito popular para escalada que as rochas nessa zona eram muito dramáticas e haviam imensos grupos de pessoas que estavam dedicadas a alcançar o topo pelas rochas. 

 

Ficam algumas fotos do fim-de-semana:

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Um fim-de-semana em Norfolk

Desde que vi este artigo pelo Guardian que indica 10 das melhores localidades na Europa para fazer compras de Natal (onde Lisboa conta com a posição no. 1) que fiquei com vontade de ir passar um dos fim-de-semanas de Natal a Ledbury em Hertforshire. Ainda nunca tinha ouvido falar de Ledbury antes, mas já noutros anos experimentei ir passar um fim-de-semana fora numa vila ou pequena cidade Inglesa que tivesse um mercado de Natal e gostei muito da experiência (uma visita a Rye no Natal é altamente recomendada). Ledbury parecia a opção perfeita para ir experimentar uma nova vila este ano, mas afinal os fins-de-semana da época Natalícia não são assim tantos e já os tinha todos planeados, por isso não vou conseguir ir a Ledbury este ano. Fica aqui a nota marcada no blog, para me relembrar para o próximo Natal.

 

De qualquer forma, no fim-de-semana passado fui para Norfolk. A experiência é completamente diferente porque fiquei todo o fim-de-semana na quinta que aluguei com mais 15 amigos e não vi nada da aldeia local (se bem que segundo os meus amigos que lá foram ao supermercado, não havia muito que ver). De qualquer forma, foi muito divertido passar o fim-de-semana fora com um grupo de amigos em celebrações Natalícias. Fui logo após o trabalho na sexta-feira à noite. Tínhamos escolhido a quinta pelo espaço e interior da casa mas acho que devíamos ter pensado melhor na localização, que ainda demorou umas quantas horas a lá chegar e, se uma amiga não nos tivesse ido buscar à estação de comboios de carro, teríamos pago uma boa pipa de massa pelo táxi que a estação de comboio ficava a 45 minutos da casa!

 

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A ideia era fazer decorações, jogos e preparar comida para a noite durante o Sábado, e ir dar um passeio pelo campo no Domingo. No meu caso, passei o dia todo na cozinha no Sábado, porque efectivamente cozinhamos uma refeição de natal tradicional Britânica com o peru recheado, os legumes no forno, e afins; e no Domingo choveu (não chegou a nevar em Norfolk ao contrário do que aconteceu no resto do país) por isso acabámos por não sair da casa. 

 

Mas mesmo sem ter saído de casa, foi tão giro passar uns dias num casarão como aquele onde até tínhamos uma sala de snooker e um piano de cauda com que nos entretermos (um amigo sabe tocar maravilhosamente) que só nos apetecia estar a aproveitar o tempo ali naquela casa. 

 

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Algo que tinha organizado antes do fim-de-semana e que já há muito que queria fazer, foi um  'murder mystery', que basicamente é um jogo onde cada participante representa uma personagem numa cena onde acabaram de descobrir que alguém foi assassinado e, como tal, têm de fazer perguntas uns aos outros para tentar descobrir o assassino. Estava com um pouco receio de como isso ia correr porque uma pessoa tinha dito que não estava interessada em jogar e outras também não pareciam muito positivas ao jogo. Mas para surpresa minha, todos até encararam bem os seus personagens, todos fartámos-nos de rir, e no final a rapariga que não queria jogar inicialmente até me veio pedir desculpas por ter sido negativa e que efectivamente ela gostou do jogo. Portanto fica a dica, para uma próxima que tenham um 'dinner party' com amigos, que o 'Murder Mystery' é uma boa opção para entretenimento. Para os interessados, comprei o nosso através do site do Red-herring.

 

 

De volta a casa, agora faz-se a contagem decrescente para o Natal oficial.  

Um casamento muito (pouco) Britânico

Não tenho parado nas últimas duas semanas - foi a semana final de preparação para um evento importante que tivemos no trabalho, decorreu o tal evento, e este foi seguindo de umas mini férias em Como na Itália para ir a um festival de lindy hop. Apesar de todo o entusiasmo que rondou as duas últimas semanas, estou contente por ter finalmente uma semana mais calma pela frente. 

 

No meio destas duas semanas, fui também a um casamento de que gostei imenso. Talvez tenha até sido o casamento de que tenha gostado mais até agora. Não por ter sido um casamento bonito tradicional (que foi), pelo local escolhido para o casamento (que foi uma mansão de campo lindíssima), ou pela comida e bebida fornecidas (que também foram bons, se bem que num casamento Inglês nunca se tem tanta grandeza e variedade de comida e bebida como num casamento Português), mas sim pela forma como os convidados participaram na festa. É que tenho a sensação de que nos vários casamentos, ao chegar a parte da dança há sempre muitas pessoas que ficam sentadas de lado a olhar para a minoria que dança um pouco. Neste casamente, no entanto, todos dançavam, todos estavam animados, dos mais velhos aos mais novos, e foi muito giro ver como todos os convidados se demonstraram tão envolvidos na festa o que os noivos gostaram imenso. Acho que também ajudou ao ambiente o facto de que depois do primeiro intervalo da banda, todos os convidados foram presenteados com um set de luzinhas (como as que se colocam numa árvore de natal), e todos foram para a zona de dança, coloridos com luzes. Nunca tinha visto isso em nenhum casamento antes mas a ideia foi excelente porque tornou o ambiente muito agradável e divertido. 

 

Quando a música teve que parar à meia-noite, como íamos todos passar a noite na casa onde se realizou a festa do casamento, fomos um grande grupo para o relvado da casa, incluindo familiares dos noivos, conversar, cantar, etc. Foi mesmo muito giro e, apesar de ser realizado de forma altamente tradicional conseguiu ser o casamento mais diferente a que já fui. 

 

Fica uma séria de fotos que coloquei no Instagram:

 

 

 

Um dia de casamento lindo num edifício fabuloso no campo de #westsussex #sussex #casamento #campoingles #arquitectura #manorhouse #wistonhouse

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Os primeiros feriados do ano

Estes últimos fins-de-semana têm sido bem ocupados por isso fico mais que contente por ter reservado o dia do feríado de hoje apenas para mim. Ao fim de contas, é tudo muito bom ter planos, e fazer coisas interessantes com os nossos fins-de.semana, mas eu já não paro no trabalho (na semana passado o mais cedo que consegui acabar o trabalho foi às 21h), por isso ter sempre planos atrás de planos, por melhor que soem, simplesmente não me deixam descansar. 

 

Com o feríado prolongado da Páscoa que decorreu à duas semanas atrás fui visitar Copenhaga. Esteve frio e chuva durante uma parte do fim-de-semana, mas deu para conhecer as partes principais da cidade durante os 3.5 dias em que lá estive. Depois no fim-de-semana passado fui a Madrid para a festa de despedida de solteira de uma amiga. Ficámos lá também 3.5 dias. Muito divertido, mas ao chegar a casa por volta das 22h da noite de domingo e ter uma semana com tanto a fazer no trabalho, como tive, não ajudou. 

 

Agora com este fim-de-semana prolongado queria mesmo ficar por Londres. Tinha algumas coisas combinadas, mas certifiquei-me que ao menos hoje, no último dia deste fim-de-semana prolongado, eu não marcava nada com mais ninguém para além de comigo própria. Mas estou satisfeita como este fim-de-semana tem decorrido - relaxado e com alguma diversão pelo meio - a fórmula necessária para voltar ao trabalho amanhã com mais energia. 

 

No sábado tinha planeado ir visitar a nova casa que um casal amigo comprou recentemente no campo. A casa é muito bonita, com imenso potencial (vão ter que renovar a casa por dentro), e tem um espaço exterior enorme com um grande jardim, horta, e zona florestal. É mesmo muito grande, mas enquanto estava sentada naquela sala a falar com eles sobre como as suas vidas tinham mudado, não me conseguia imaginar morar em local semelhante. Não há um café ou restaurante perto da casa e têm que conduzir para chegar à aldeia e pub mais próximos. Para chegar à casa deles vindos da estação, tivemos que passar por uma zona de mato semi-serrado. Perguntei como fazem para vir para casa à noite. Disseram que têm sempre uma lanterna na mala.

Eles viviam no centro de Londres em Islington e, de repente estão no meio do campo, semi-isolados, com o seu jardim e cuidar da filha como as principais actividades que os mantêm ocupados. Lá está, são opções de vida que muitos casais Londrinos tendem a tomar quando começam a ter família. Por mais agradável que possa ser estar a viver no meio de árvores, sentir o ar puro, e ter imenso espaço, mesmo assim, não me sinto interessada em qualquer dia viver no campo. Nunca se sabe se um dia não mudo de ideias, mas para já, imagino que me sentiria totalmente aborrecida na situação em que eles estão. Prefiro ter amigos que vivam no campo e ir visitá-los de vez em quando ou fazer as escapadas de fim-de-semana ocasionais quando sinto necessidade de estar no ambiente calmo e bonito do campo. 

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Sábado no Campo

 

No Domingo uma amiga foi correr a meia-maratona de Hackney por isso andei de bicicleta ao longo do percurso para conseguir dar-lhe apoio durante várias partes do percurso. Quando estava quase a chegar a Hackney Marshes onde terminava a corrida, passei por uma parte do Rio Lee onde ainda nunca tinha estado e fiquei positivamente surpreendida por descobrir uma zona cheia de cafés, restaurantes e bares em frente ao canal que tinham óptimo aspecto e, acabámos por ir almoçar lá com ela depois da maratona. Essa zona faz parte do Queen Elizabeth Park e a morada é Here East, East Bay Lane, Canalside. 

Mais tarde no domingo, o festival de Londres Field Day deu uma festa no Dinerama, o mercado de Street Food em Great Eastern Street/Shoreditch, então passei a noite de sábado por lá com os amigos. 

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Achei hilariante este cartaz de apoio a um dos corredores "We love you Paul. Do it for Prosecco!"

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East Here, Canalside

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Field Day Party @Dinerama

 

Hoje, bem hoje aqui estou - segunda-feir de feriado relaxada 

Passeios pelo campo

No fim-de-semana passado convidei uns amigos a irmos ao campo fazer um dia de "hiking". Como não queriamos ir para muito longe de Londres optámos por um passeio a partir de uma zona ainda acessível pelo metro, mesmo no final da zona 8 de Londres. O percurso foi de Chorleywood até Chesham (neste momento em que escrevo a descrição do passeio no site não está correcta por isso convém sempre verificar isso, caso hajam problemas destes no site como parecem haver agora), percorrendo 15km por entre grandes campos, passando junto a um rio, lagos e montes. Já tinha feito alguns passeios semelhantes antes, geralmente para mais longe de Londres, mas sinceramente a paisagem não muda muito por isso até que foi uma muito boa ideia ter ficado tão perto de Londres, sendo que estávamos na mesma totalmente rodeados pelo ar fresco do campo. 

 

Aconselho vivamente a quem ainda nunca fez tais passeios, a dedicar-se a isso um dia porque a experiência é óptima e, só o facto de se estar fora de Londres durante um dia, traz a sensação de que estivemos fora durante mais tempo que isso, dada a diferença entre o reboliço de Londres e a calma do campo serem tão grandes. 

 

Existem guias de passeios muito bons e detalhados que facilmente encontram em vários websites. Imprimam o passo-a-passo do passeio e, hoje em dia, em vários sites, também vos permitem que façam o download do mapa para os smartphones que vos vai ajudar bastante nos eventuais momentos em que se sentirem perdidos. 

 

O website do WalkingClub por exemplo, é bastante bom e podem encontrar passeios um pouco por todo o país e até em alguns outros países. Curiosamente, o primeiro que aparece na lista do link que indiquei até é um passeio por Vale de Engenhos no Algarve. 

 

Up hill

 

 
 
Esculturas esculpidas nas árvores em Chorleywood House Estate

 Esculturas esculpidas nas árvores em Chorleywood House Estate

 

 

Lamas
Uns amigos Lamas que encontrámos pelo caminho
 

 

Latimer
Vista de Latimer House
 

Latimer House
Latimer House
 
 

Fim-de-semana em Oxfordshire

A meio da tarde de hoje, quando andava pela relva, fechei os olhos e a sensação que tive era tal e qual como a sensação que tenho cada vez que estou de férias de verão em Portugal. O cheiro da relva cortada, o calor a abraçar-me o corpo e o sol a brilhar-me na cara só me faziam lembrar Agosto em Portugal. E que bem que me soube...

 

Foi o fim-de-semana mais quente de 2010 até agora por terras de Sua Majestade, com os termómetros a atingir os 27ºC o que, por cá, é bastante, e eu passei-o muito bem na zona campestre de Oxfordshire.

 

Parti de Londres na sexta-feira após o trabalho para acordar numa característica aldeia de Oxfordshire no sábado de manhã. Esperava-me um longo passeio de 8 horas e 15milhas (ou por outras palavras, 24 kilómetros) por entre campos e pastagens, montes e vales da zona rural adjacente a esta aldeia. Já tinha feito este género de longos passeios campestres, cujos percursos são indicados em livros de "hiking", antes e, das vezes anteriores havia sempre um pub incluído algures a meio do percurso, para poder retomar energias. Infelizmente, esse não foi o caso do percurso indicado no livro desta vez. Como tal, e apenas preparados para o passeio com garrafas de água, a necessidade de encontrar um pub a meio do percurso tornava-se cada vez maior. Passámos por 4 pequenas terras ou aldeias (se é que se podem chamar aldeias a localidades com meia dúzia de casas). Ora e toda a gente sabe que, em qualquer localidade por mais pequena que seja, existe sempre um pub. Infelizmente desta vez isso não aconteceu, e ficava surpreendida em cada terra onde chegava ao saber que pub era algo que não existia por lá. Enfim, tivemos mesmo que esperar para terminar o percurso, no fim do dia, para poder voltar à aldeia onde estavamos instalados e ir ao pub local. Assim fizemos. Ao aproximar-me desse pub, já por volta das 19:30h e, ao avistar a sua grande placa a indicar "good food", eu não podia ter ficado mais contente por ter encontrado um pub. Só não contava era que aquele pub afinal, já tinha encerrado o seu negócio. Inacreditável! Parecia que estavamos destinados a não encontrar pub nenhum. Caminhamos assim novamente para a terra seguinte, onde finalmente, conseguimos encontrar um bonito pub que nos serviu a bem merecida cidra fresquinha e comida deliciosa.

 

Campo em Oxfordshire
 
Vaquinhas aproximam-se

 

Bonito riacho em Glympton

 

Já hoje o dia foi passado também em passeio, mas pelo Blenheim Palace e os seus majestosos jardins. Este parque é sem dúvida nenhuma fabuloso, simplesmente lindo, onde apatece passear durante horas sem fim. O palácio em si, por dentro é muito bonito e só pela sua biblioteca e história do Winston Churchill, que nasceu lá, já vale a pena a entrada. Nos relvados junto ao palácio hoje estava também uma exposição de carros antigos, com algumas verdadeiras pérolas ali apresentadas. Mas sinceramente, o melhor de tudo na minha opinião foram mesmo a zona dos jardins e do parque. Como se extendem por longos percursos, infelizmente acabou por passar o tempo e não tive a oportunidade de ver nem metade de tudo o que há para ver naqueles jardins. De qualquer forma, tudo o que vi já fez com que achasse estes, uns dos parques e jardins mais admiráveis que já vi no Reino Unido.

 

Exposição de automóveis antigos em Blenheim Palace

 

A avistar a ponte no parque de Blenheim Palace

 

Blenheim Palace

 

Para lá chegar, nada melhor que irem de carro. No entanto, caso tal não seja possível, existe a alternativa de apanharem o comboio até Oxford e, daí um autocarro até à bonita aldeia de Woodstock, onde fica localizado este magnifico palácio.

20 kilómetros por entre vaquinhas e cavalos

Já passaram 5 horas desde que cheguei a casa mas ainda não recuperei muito bem da longa caminhada do dia de hoje. O destino foi Berkshire e Whiltshire, ou por outras palavras, o campo Inglês no meio do nada.

O dia começou um bocadinho mal com atrasos imprevistos que levaram a muita corrida logo de manhã para conseguir entrar no comboio 1 minuto antes de partir. Felizmente, a partir daí foi sempre a melhor. Tendo ido com um grupinho bem simpático que costuma organizar uns passeios semelhantes pelo campo, o objectivo era percorrer um percurso de 20 kilómetros por entre campos, vales e serras desde Kintbury em Berkshire, até Bedwyn em Whiltshire.

O organizador estava bem preparado com bússolas, canivetes suiços e afins, mas como guia do efectivo percurso baseou-se num dos passeios do livre "Country Walks" da Time Out. E sem dúvida que não seria preciso mais nada do que aquele livro porque as indicações estavam tão precisas e bem descritas que poucas dúvidas tivemos relativamente ao caminho a seguir durante todo o percurso. Até a indicação de um pub nos era dado no livro como possível local para efectuarmos a paragem para almoço, que claro que tivemos de aproveitar com muito gosto.

Desde caminhar por entre pastagens, atravessar riachos, passar por veredas, andar por zonas florestais e subir serras bem íngremes, passámos por um pouco de diferentes paisagens do campo Inglês. Lindíssimo sem dúvida, e com um dia  como estava ensolarado mas sem demasiado calor, não poderia ter sido melhor para fazer tão longa caminhada.

Estando durante a grande maior parte do tempo sozinhos ao longo do nosso percurso a avistar dezenas de kilómetros sem ninguém à vista, achei engraçado como das poucas pessoas que vimos, sempre que nos cruzávamos com elas, de facto falavam conosco, perguntavam de onde vinhamos a caminhar e eram de forma geral muito simpáticas. Mesmo aquelas com quem não tivemos a oportunidade de conversar, não passavam por nós sem nos dar os bons dias. Imagino como seria interessante se, em Londres as pessoas começassem a dizer os bons dias a todas as pessoas que encontrassem pelo caminho. Hehehe. Acho que íam ter que dizer "olá" e "bom dia" seguidamente durante o dia inteiro. Humm,... talvez seja melhor desistir da ideia de começar a desejar os bons dias a todas as pessoas que se cruzam comigo de manhã em Londres.

Ficam algumas fotos deste dia tão campestre, muito cansativo mas muito revigorante também.