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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Como fazer a transcrição de casamento para Portugal

Como já tinha indicado antes, eu casei-me oficialmente no registo civil em Inglaterra e, em Portugal, apenas tive um casamento simbólico. Como tal, para poder estar oficialmente casada em Portugal e ter o meu estado civil alterado, tive que fazer a transcrição do casamento para Portugal. Encontrar toda a informação sobre o que era preciso tratar para conseguir essa transcrição não foi própriamente óbvio, por isso aqui fica este post para ajudar quem venha a precisar e, principalmente, para vos alertar dos erros importantes que estão actualmente escritos no website do Consulado de Portugal em Londres que me fizeram gastar £310 sem ser necessário!

 

Para a transcrição de casamento:

  1. Marcar a data para uma reunião com o consulado - para efectuar a reunião oferecem um endereço de email cac.ru@ama.pt e um número de telefone 02036368470. Ao email responderam-me sempre entre 1 a 2 dias o que não foi mau, mas a resposta era o mais básica e simplificada possível. Por exemplo, no website indicaram que ficavam com o certificado de nascimento original do meu marido. Ora claro que isso não pode ser possível, pelo que pedi por email para clarificarem. A resposta foi "é essa a informação que temos". Oquê?! Claro que não podia ser! Ao pesquisar mais e com ajuda de uma leitora do blog descobri que o marido teria que pedir uma cópia oficial do certificado de nascimento através do website do Governo Britânico. Porque é que o Consulado não me soube explicar isso?? Ainda tinha tentado telefonar também ao número em cima para falar com alguém sobre essa informação. Passado 45minutos à espera na linha, a chamada foi desconectada. Portanto podem esquecer o telefone. 

Os requisitos do consulado

2. Os necessários indicados eram - o certificado de matrimónio original (ou seja, uma cópia oficial do original, mas também não explicam isso no site); o meu cartão de cidadão, prova de morada no Reino Unido, foto tipo passe (a primeira coisa que não foi necessária e em que nem estou a contar no total custo que tive com isto), e a cópia do meu certificado de nascimento (indicam que se pode retirar gratuitamente online, mas não explicam que é no momento da reunião da transcrição que os próprios fazem essa extracção. Como tal fui comprar um leitor de cartões para fazer a minha autenticação online para pedir isso, e afinal não era necessário -também não estou a contar com esses £9 que gastei para comprar o tal leitor de cartões tais custos finais). Do marido pediram o certificado de nascimento e o passaporte.

3. Pediram outros documentos que não se aplicam a todos os casais tais como prova de escritura antinupcial, prova de residência antes e pós casamento, informação sobre estado civil anterior e existência de filhos, etc. 

4. A parte que me lixou mesmo foi na parte do website que indicaram que era necessário ter a tradução legalizada para Português do certificado de nascimento do marido, e da certidão de casamento, e que tanto os certificados como as traduções tinham que ser oficializadas com a Apostilha de acordo com a convenção de Gaia. - Ora não só, não era necessário ter a tal apostilhada (que obviamente se paga para pedir, e tem que se andar a pagar correios por entrega especial e afins), como nem sequer era necessária a tradução oficial. E isso tudo sim (incluindo também a tradução e certificação do meu deed poll para mudança de nome - que também não chegou a ser preciso, apesar do website também não ter dado informações claras relativamente à mudança de nome quando eu estava a retirar um dos meus nomes e adicionar o do marido), custou-me os £310. Aos poucos e poucos não era muito, mas tudo junto foi imenso! A tradução de cada certificado era £30, mas depois havia pagar a um advogado para certificar a tradução (outros £15 por cada certificado), mais os custos de transportes de correios, mais a apostilha, ficou em tudo nos tais £310. E para quê? Para nada!!! Quando a empregada do Consulado me disse que não precisava de ter feito nada daquilo, até que me ia dar uma coisinha má. Ela disse que já tinham feito a actualização dessa informação no website à uns meses. Então lá fui ver com ela ao website onde tinha visto isso, e passo agora a copiar aqui em baixo também. Está lá explicitamente indicado pelo menos até ao dia de hoje de 7 de Outubro de 2019, que toda essa informação é necessária. 

Copiado do site do Consulado de Portugal no dia 7-10-19

Sinceramente o Consulado devia era pagar-me os £310 devido à informação falsa no website! Eu vou-me queixar, claro, mas o ideal seria queixar-me a uma espécie de watchdog que governe este tipo de serviços, mas não sei a quem me queixar. Se tiverem alguma sugestão, agradecia. 

 

Conta bancária em Londres - acessível ou pesadelo burocrático?

Temos uma rapariga nova na empresa. Começou na semana passada no mesmo dia em que eu vim de férias. Também está a trabalhar comigo no departamento de Marketing e por isso também tenho oportunidade para falar mais com ela e conhecê-la melhor desde início. Ela é Belga e está fresquinha no país. Só tinha chegado a Londres um dia mesmo antes de começar a trabalhar conosco.

 

Como é nova no país vejo-a a passar por todas aquelas situações desconfortáveis do início por que eu também tive que passar. Vale-lhe que já conhecia imensos Belgas que estão também a viver em Londres por isso, ao menos, não passa pela fase do "não ter amigos". Muito pelo contrário, aquela rapariga tem jantares e saídas todos os dias. Enfim, lá está a aproveitar a agitação do início de querer visitar tudo e aproveitar a noite Londrina e tudo mais.

 

Também teve a sorte de ter uma conhecida Belga que tem cá casa numa zona espectacular de Londres e onde a deixa ficar a viver por uns meses a preço de amigo.

 

A única coisa em que ela não teve mesmo sorte, mas isso é inevitável é a chatisse para conseguir abrir uma conta bancária em Inglaterra.

 

Pois a situação de estar em viver num apartamento só para ela que é de uma senhora amiga que, por sinal, não está sequer no país, não ajuda mesmo nada com a prova de que ela tem uma residência o que é essencial para abrir conta bancária.

 

Lembro-me que ao início eu ainda tentei ir perguntar a vários bancos os requísitos para abrir uma conta bancária, para ver se havia algum que não pedísse tanta papelada e verificações disto e daquilo. Mas não tive muita sorte. Cada banco pedia mais que o outro. O Lloyds então pareceu-me o mais exigente deles todos. Sinceramente após análises consideráveis ao sistema bancário cheguei à conclusão que o HSBC é, sem dúvida o banco onde, estrangeiros conseguem  abrir uma conta bancária mais facilmente. Mesmo assim acabei por não abrir lá porque a míuda da caixa que era uma incompetente lá me conseguiu perder formulários, enervei-me e nãopuz lá mais os pés. Mas geralmente os empregados são mais profissionais do que isso por isso, mesmo assim é o HSBC que aconselho a quem acabou de chegar ao país e não tem conta bancária. Foi também o banco que aconselhei a esta nova rapariga da empresa e ela lá vai tentar conseguir abrir conta com eles. A razão porque é tão moroso abrir conta tem a haver com a papelada que eles exigem incluíndo:

- 2 formas de identificação (geralmente BI e passaporte)

- prova de emprego ou de ser estudante

- prova que tem residência (geralmente pedem a conta tipo da água ou luz recente endereçada para a morada e com o nome da pessoa que vai abrir a conta). Geralmente isso é um problema porque quem quer abrir uma conta geralmente está há pouco tempo no país e ainda não teve tempo para receber contas para casa. Por isso o que HSBC tem bom que os outros bancos não permitem é uma prova alternativa de mudar na residência, por examplo uma carta escrita pelo senhorio a provar que mora lá juntamente com uma carta da conta do "council Tax" endereçada ao nome do senhorio para essa casa para provar que a pessoa que está a escrever a carta é, de facto, o senhorio. 

 

Portanto à que tratar desta papelada para quem quer abrir uma conta no por cá. Este é um país muito burocrático por isso, há só que ter paciência com os ingleses. A maioria das pessoas poderão pensar que, para abrir uma conta devia ser preciso apresentar BI e ter dinheiro para lá colocar dentro mas os Ingleses coitados, gostam de complicar as coisas, o que é que se há-de fazer?

Viver em Londres - Onde, Como e Quanto?

Visto várias pessoas já me terem pedido informações sobre como encontrar casa em Londres decidi criar um post exclusivamente dedicado a fornecer todas as informações para quem está a pensar vir para cá viver, quais os passos a tomar e dicas essenciais para encontrar boa acomodação ao mais baixo preço.

Se já sabem a data em que vêm morar para Londres o primeiro passo é fazerem uma busca na Internet em websites específicos para tal. Esqueçam a ideia de procurarem casas anunciadas nos jornais quando chegarem cá ou de irem a agências imobiliárias. Eu experimentei de tudo e sem duvida a procura pela net é a mais aconselhável e onde se encontram melhores casas aos melhores preços. A partir da pesquisa na Internet também podem encontrar muitas agências imobiliárias a anunciar casas se este fôr o vosso método preferido. A pesquisa será muito mais rápida e eficiente online do que indo a pé de imobiliária em imobiliária.

Porque não aconselho procurar casa nos jornais ou em agências imobiliárias?:
- As agências imobiliárias cobram taxas elevadas ao senhorio e ao inquilino. Isso faz com que o senhorio coloque a renda mais elevada porque vai adicionar ao preço que quer receber de renda as taxas cobradas pela agência. No entanto, este também é um método mais seguro porque sabem que o vosso dinheiro estará protegido pela agência, ao passo que pagando directamente ao senhorio têm menos garantias. No entanto, se esta fôr a vossa primeira casa em Londres terão que apresentar um credor caso não paguem e o processo burocrático para arrendar casa torna-se mais difícil de início sendo efectuada através de agência.
- Os jornais/revistas são meios cada vez menos usados pelo inquilino moderno que está habituado a utilizar a Internet. Assim sendo os senhorios de boas casas têm a tendência a anunciar online. Essa talvez seja ou não a razão de que as casas anunciadas em jornais e revistas têm a tendência a ter menos qualidade. Pelo menos todas as casas que vi encontradas através de um jornal tinham péssimo aspecto, sujas com cheiro a urina de gato ou a ambientador utilizado obviamente para cobrir o cheiro da Marijuana no ar. Na sua maioria a experiência foi má, portanto se poderem evitar as habitações/quartos anunciados na impressa, evitem-no.

OK, agora que já sabem que devem fazer a vossa pesquisa online é importante saberem O QUE pesquisar. Podem querer procurar por um local onde vivam sozinhos (geralmente apartamento ou Estúdio), podem querer viver acompanhados numa casa/apartamento partilhada onde cada pessoa tem o seu próprio quarto ou podem até partilhar o mesmo quarto com outra pessoa para se tornar ainda mais barato. Vejamos então as vantagens e desvantagens de cada uma destas opções:

Apartamento T0 (1 quarto) ou Estúdio -  Quem escolher uma destas opções tem que ter uma coisa fundamental - dinheiro! Esta é a opção mais cara de se viver em Londres. Para apartamentos de 1 quarto os senhorios geralmente metem a renda sempre a contar que duas pessoas vão lá viver, portanto geralmente um casal ou dois amigos. Ou seja, colocam o preço para dois. Num estúdio os senhorios vão contar que uma pessoa lá esteja a morar, mas como num estúdio tem-se o privilégio de morar sozinho isso vai também aumentar o preço. Claro que depois outros factores também vão influenciar o preço tal como a localização, mas já vou falar nisso mais adiante.

Casa/apartamento partilhado – Esta é geralmente a opção escolhida pela maioria por ser das mais baratas, mas também por se estar em contacto com outras pessoas o que, para muitos é bem melhor do que viver sozinho numa nova cidade, e também cada qual tem a sua própria privacidade no quarto. A situação ideal claro que é já ter amigos com quem partilhar a casa visto que assim se evitam surpresas desagradáveis que podem acontecer muitas vezes quando não se conhecem as pessoas. No entanto mesmo que não conheçam as pessoas com quem se vai morar, tentem ir visitar a casa num dia em que todos os “housemates” lá vão estar para que falem um pouco com todos eles já que sempre dá para ter uma primeira impressão das pessoas o que é melhor do que ir ao escuro viver numa casa em que não se tem ideia das pessoas que lá vivem. Nesta situação de casas partilhadas geralmente os senhorios ou arrendam a casa inteira e todos os inquilinos assinam contrato e todos são responsáveis por tudo ou então o senhorio aluga quartos individuais numa casa. O problema desta ultima opção e
é que nesse tipo de habitações geralmente as pessoas que lá vivem nem se querem dar umas com as outras. Cada um vive no seu quarto e tentam utilizar a cozinha apenas quando não está lá mais ninguém. Claro que isto não é regra geral, mas como é o senhorio que escolhe os inquilinos em vez de serem os próprios moradores, isso pode trazer o problema de irem viver para uma casa com pessoas muito mais velhas ou mais novas com gostos e hábitos completamente diferentes, podem ser muito limpas ou muito sujas, enfim, nunca se sabe. Daí, na minha opinião procurem por casas onde quem está a anunciar o quarto vago sejam de facto as pessoas que lá moram.

 

Partilhar quarto – Também se encontram vários anúncios para partilhar o mesmo quarto com outra pessoa. Eu totalmente desaconselho essa opção porque, mesmo que a pessoa seja muito simpática e se dêem bem, há sempre momentos em que a outra pessoa ou vocês querem decorar o quarto com o seu próprio gosto ou quer trazer um namorado(a) lá para casa, ou vem muito tarde depois de uma noitada e vai acordar a outra pessoa que esta a dormir. Enfim, existem inúmeras razoes contra esta opção. Mas se estiverem mesmo com o dinheiro apertado talvez valha a pena considerarem esta hipótese temporariamente até encontrarem outra coisa melhor ou ganharem mais dinheiro.

 

Se forem estudantes e a vossa universidade tiver residência de estudantes aconselho vivamente a irem viver para a residência. Quando eu estive cá em Erasmus, colegas meus que tinham optado viver em casas particulares arrependeram-se amargamente porque perdiam todo o “fun” da vida de estudante já que era na residência que haviam sempre festas, se conheciam muitas novas pessoas e tudo mais. Enfim, mas isso e mesmo bom só para estudantes que têm tempo e querem é festa!

 

Outro factor extremamente importante a considerar quando vão fazer a vossa pesquisa por casa é a localização. Londres é dividida em zonas de metro de 1 a 6 (sendo zona 1 a mais central e zona 6 a mais afastada) e também podemos dividi-la em norte, sul, este e oeste.

Ora portanto a zona 1 é obviamente a mais cara e vai-se tornando mais barato quanto mais se afastam do centro. Agora têm que considerar que se estão a trabalhar/estudar na zona 1, não será muito favorável viver na zona 6 pelo tempo que demoram em viagens e pelo custo dos transportes que fica mesmo caro (ver post "Os transportes públicos em Londres").

 

De forma geral (embora hajam muitas excepções) as zonas Norte e Oeste são caras e as zonas Sul e Este são baratas. As zonas Sul e Este são mais baratas por serem mais perigosas ou por serem mais desagradáveis de se viver.


Abaixo vou listar as zonas que considero muito boas, as zonas aconselháveis (em termos de preço, onde consigam encontrar uma casa com mais qualidade por menos dinheiro e onde a própria localidade seja OK) e desaconselháveis (em termos do aspecto e do nível de crime da zona).

 

Zonas muito boas para viver (sem nenhuma ordem em particular):

  • Chelsea/Knightbridge: Duas das zonas mais caras para se viver em Londres mas, sem dúvida, muito agradáveis, muito seguras e muito centrais.
  • Fulham/South Kensington/Earl's Court: Um pouco mais afastadas do centro mas, mesmo assim muito centrais, localizadas a Oeste na zona 1/2,com imensos restaurantes, pubs e a Fulham Broadway é uma zona óptima para se sair á noite.
  • Richmond: Lindo. É um bom bocado afastado do centro e uma das últimas estacoes da District Line, no entanto é uma zona super agradável, segura, e bonita junto ao famoso parque de Richmond e com uma zona comercial com muito boas lojas, restaurantes e bares.
  • Notting Hill: Cada vez é uma zona mais apreciada e consecutivamente mais cara. Com o famoso Portobello Market, e as casas pintadas de várias cores, como é característico da área, Notting Hill é muito agradável, com óptimas lojas, bares e cafés, mas com a desvantagem que as principais ruas estão também, cheias de turistas.
  • Bayswater/Queensway: Muito próximas de Notting Hill, os preços da acomodação aqui mantém-se cara, mas existe também muita oferta de acomodação para estudantes, edifícios onde 20 pessoas partilham o mesmo apartamento, ou edifícios com muitos "bedsits" (são uma espécie de estúdios só que sem a casa de banho privativa. Esta é partilhada com outras pessoas no mesmo apartamento). Aqui também existem imensos hóteis daí as ruas estarem constantemente cheias de turistas. De qualquer forma existem muitas lojas agradáveis, os edifícios têm óptimo aspecto, ficam centrais a Londres e são zonas consideradas seguras de baixa criminalidade.
  • Paddington/Warwick Avenue/Maida Vale/Marylebone: Morar aqui é caro. As zonas são todas muito centrais, calmas (à excepção de Paddington que é mais movimentada), bonitas e seguras. Geralmente vivem por aqui famílias ou casais mais velhos.
  • Swiss Cottage/St. John's Wood: Posh, posh, posh. Mas muito calmo e agradável de se andar nestas ruas. Estas zonas sao próximas a Regent's Park que, na minha opiniao é um dos melhores parques de Londres. Vivem por estas zonas muitos jovens que trabalham na área financeira ou famílias e casais mais velhos.
  • Regent's Park/Primrose Hill: Caríssimo! Podem imaginar portanto o agradável que é a zona. A Kate Moss e outras celebridades vivem por aqui.
  • Hampstead Heat/Belsize Park: Muito British, gosto muito destas áreas pelo carácter que as casas tem. As ruas também são calmas, e o Heat, ou seja, o parque de Hampstead é lindíssimo e ideal para se ir por ali passar uma tarde de verão.
  • Angel/Highbury & Islington: Zona mais jovem, onde se encontra a popular Upper Street cheia de bares e restaurantes. Aqui também residem os típicos profissionais da área financeira que recebem bónus rechochudos que lhes permite pagar morar na zona (atenção que muitas vezes os anúncios de casas indicam que fica na zona de Islington mas querem mesmo dizer Holloway Road que já não representa as características que estou aqui a indicar. Holloway Road não é péssimo, mas é apenas OK. Não é uma rua/zona agradável como Angel e Highbury & Islington).

 

Zonas aconselhadas para viver (sem nenhuma ordem em particular):

  • Clapham (North, Common, South, Old Town, Park, Junction): Sul, zona 2, óptima zona onde se sair à noite, tem bons restaurantes e bares, muitas lojas de todos os géneros, zona calma, comunidade maioritariamente Britânica, boas ligações para o resto da cidade principalmente com a estacão de comboios de Clapham Junction.
  • Vauxhall: Sul, zona 1, tem estacão de metro e comboio, é uma das zonas de Londres onde existe uma comunidade Portuguesa, e também é uma zona que atrai a comunidade Gay dados os muitos bares e discotecas dedicados a este público. Fica junto ao Tamisa e a comunidade da área é uma mistura entre africana e estrangeiros Europeus maioritariamente.
  • Dulwich: Sul, zona 2, não tem metro mas tem estacão de comboio, bares muito bons, comunidade maioritariamente britânica, zona muito calma, limpa, tudo com muito bom aspecto.
  • Battersea: Battersea tem partes boas, partes más. Digamos que se pode encontrar um apartamento muito barato numa zona má de Battersea como se pode encontrar outro, umas ruas ao lado por 4 vezes mais. De forma geral a zona de Battersea junto ao rio e junto ao parque é muito agradável e mais cara também. Battersea fica do lado sul do rio oposto a Chelsea.
  • Wimbledon: Sul, zona 3, tem estação de metro e de comboio e, através do comboio fica-se a poucos minutos do centro de Londres. Apesar de ser localizado apenas na zona 3 Wimbledon parece uma vila fora da cidade com todas as características de uma vila e uma comunidade que maioritariamente vive e trabalha lá. Comunidade misturada entre Britânicos e outros estrangeiros Europeus e Asiáticos.
  • Putney Bridge: Sul, zona 2. Lindo! Adoro Putney Bridge, mesmo junto ao Tamisa, com óptimos locais para se dar bons passeios. Tudo muito limpo e bonito, no entanto o preço já sobe um bocado aqui.
  • Docklands: A norte e sul do Tamisa do lado Este de Londres. Aqui encontram-se edifícios novos, espelhados, altos, na sua maioria bonitos e atraentes arquitectados para que os residentes se sintam em comunidade. A grande desvantagem destas zonas é que, sendo novas, falta-lhes um pouco de carácter e são extremamente paradas principalmente ao fim-de-semana. Os preços da acomodação varia desde muito cara a razoável.
  • Stockwell, Oval e Kennington: Sul, zona 2. Correspondem a três estações seguidas na Northern line e são relativamente semelhantes. Stockwell é outra localidade onde existe mais uma comunidade Portuguesa. Stockwell em si não tem grande coisa apenas umas lojas de comes e bebes e restaurantes (muitos dos quais Portugueses) mas fica muito perto de Brixton onde já há uma grande rua comercial com todo o tipo de lojas. Sinceramente não sei se estas zonas deviam estar aqui na parte das áreas aconselhadas porque não são bonitas, têm pouco comércio e têm algum nível de criminalidade. Mas a razão pela qual optei por colocá-las aqui é que são efectivamente centrais, apesar de alguma criminalidade não as considero perigosas (existe criminalidade um pouco por toda a cidade) e aqui encontra-se acomodação a preços razoáveis daí valer a pena pesquisar nas zonas. Kennington é a melhor das três, com uma ruazinha com bares e restaurantes muito agradáveis e também tem uma parte junto ao rio bem apetecível. Aqui também encontram um grande supermercado Tesco. Oval é apenas a 10minutos de autocarro de Vauxhall ou de Camberwell onde existem muitas lojas e supermercados.
  • Elephant & Castle: Sul, zona 1, tem óptimas ligações de transportes e fica muito perto do centro da cidade. Tem um shopping comercial que, apesar de antigo e desagradável tem todas as lojas importantes para o dia-a-dia. A famosa discoteca “Ministry of Sound” fica aqui.
  • Greenwhich: Sul, zona 2, mas um bocado afastado do centro mas sem duvida um local lindíssimo onde há de tudo mas tem a desvantagem de o centro de Greenwich ser também demasiado turístico.
  • Ealing: Oeste, zona 3. Fica um bocado afastado do centro mas é uma boa zona, geralmente Franceses, irlandeses e australianos gostam de viver por lá. É calma e tem muitas lojas.
  • Sheperd's Bush: Oeste, zona 2. Esta zona tem melhorado muito nos últimos anos, principalmente após a criação do grande centro comercial Westfield que veiu "limpar" a zona apesar de ainda ter algumas áreas menos aconselháveis.
  • Queen's Park: Norte, zona 2, é uma zona calma e tem relativamente bom aspecto. Está ao mesmo nível de Sheperd's Bush.
  • Kilburn e Finchley Road: Norte, zona 2, zonas muito movimentadas, grandes ruas comerciais com imensas lojas. À semelhança das duas zonas anteriores, Kilburn também não tem das melhores reputações mas tem vindo a melhorar com o tempo.
  • Tufnell Park/Archway: Norte, zona 2, zonas calmas próximas de Camden Town. Já são um bocadinho melhores que Sheperd's Bush e as anteriormente mencionadas.
  • Camden Town/Kentish Town: Junto à estação de Camden Town é tudo demasiado movimentado com muitos turistas, mas um pouco mais afastado já encontram zonas residencias calmas e agradáveis (e outras nem por isso) com a vantagem de ainda estarem bem próximos de Camden Town e do Regents Canal, de Hampstead Heat e do centro da cidade.
  • Golders Green: Norte, zona 2, mais uma vez uma zona muito agradável com óptimo aspecto e lojas onde apetece comprar tudo.
  • Alexandra Palace/Crouch End/Muswell Hill: Norte, equivalente a zona 2 ou 3. Para qualquer um destes locais o acesso não é dos mais fáceis devido à falta de estação de metro, mas isso faz também com que sejam mais baratas. Pode-se ir até Finsbury Park ou Wood Green ou Finchley (no caso de Muswell Hill) e apanhar um autocarro que irá demorar cerca de 15-30 minutos a chegar a estes destinos mas qualquer uma destas zonas são tão giras que vale a pena a viagem mais demorada para lá chegar. Relativamente a Alexandra Palace, esta área tem o name dum edifício lá localizado no topo do monte com o mesmo nome e uma vista espectacular sobre Londres.
  • Manor House: Norte, zona 2. Consegue-se encontrar aqui acomodação bem em conta. Manor House em si tem umas poucas lojas mas fica perto de Haringey onde se podem encontrar várias lojas e um grande supermercado. Esta é uma zona essencialmente com uma comunidade Turca onde nas ruas se vê a maioria de restaurantes Turcos uns a seguir aos outros.
  • Peckham: Tive esta zona listada nas zonas desaconselháveis neste post durante vários anos, mas agora decidi passá-la para aqui. Peckham mudou consideravelmente ao longo dos últimos anos e agora, é uma das zonas "trendy" de Londres onde os mais jovens e artistas se têm ido instalar dado que Hackney (o centro da zona artística) está cada vez mais caro e muitos tiveram que procurar uma zona alternativa para viver. Peckham ainda tem o carácter que tinha à muitos anos atrás, o que acho positivo, mas os seus residentes estão muito mais diversificados e agora, com os novos bares e restaurantes da zona, cada vez mais esta zona está atraente para novos residantes.

 

Quanto a localidades onde sugiro que não arrendem casa são as seguintes:

  • White City: Oeste, zona 2. Simplesmente porque não há lá grande coisa. É uma zona que fica junto a uma grande auto-estrada que conecta o centro da cidade com Heathrow e, apesar de ter estado a desenvolver-se mais nos últimos anos devido ao facto que a BBC tem os seus grandes escritórios lá, mesmo assim não será a zona mais interessante para se viver, principalmente para quem é novo na cidade devido à falta de carácter da zona. 
  • Bexley Heath/Seven Sisters/Tottenham. Nordeste, zona 3. Zonas historicamente reconhecidas por serem perigosas. Têm melhorado nos últimos anos mas ainda não são muito agradáveis.
  • Leyton/Leytonstone: Estas zonas também não me parecem das mais agradáveis, embora a zona tenha sofrido algumas melhorias recentes dado a proximidade da zona dos Jogos Olímpicos (Stratford) que foi renovada.

Bem a minha lista de zonas desaconselháveis não é tão grande como a de zonas aconselháveis. Não porque seja tudo só rosas em Londres, muito pelo contrário. Londres é uma cidade relativamente perigosa onde é sempre preciso ter um bocado de cuidado, mas a forma como a cidade está organizada tenta juntar pessoas de diferentes classes sociais na mesma área evitando que hajam zonas terrivelmente perigosas ou zonas só com classe alta.


E atenção, para indicar o grupo de zonas "aconselhadas para viver" não estou a fazê-lo baseada nas zonas mais ricas de Londres. Estou sim a aconselhar as zonas que são mais baratas e onde há menos crime ou então são muito agradáveis mas pela distância ao centro tornam-se mais baratas, que oferecem o chamado "value for money".

 

Bem, e este post já está a ser muito longo portanto vou passar a dar a informação sobre os melhores websites onde pesquisar casa para alugar em Londres:

 

Cortisso - Este é o website de uma agência fundada por Brasileiros cá em Londres que se dedica efectivamente a colocar pessoas novas em Londres (ou não) em acomodação em casas partilhadas. A maior parte das casas e apartamentos que alugam são localizados em zonas relativamente centrais no Oeste e Sudoeste de Londres. As casas são bem mantidas e podem alugar a curto ou longo prazo sendo que, como esta agência se especializa em acomodação para novas pessoas em Londres, não vos requerem grandes depósitos ou cartas de recomendação de senhorios anteriores que costumam ser os dois problemas com que muitas pessoas se deparam. E depois têm também a vantagem que podem falar com eles em Português :-)

 

Gumtree - este é sem duvida o melhor deles todos na minha opinião já que é mesmo muito conhecido e está constantemente a ser actualizado. Infelizmente os criminosos cibernáuticos tem tendência a aproveitar-se do poder deste site e por vezes tentam enganar pessoas ao anunciar casas baratas em zonas boas que não existem e pedirem dinheiro adiantado por elas antes das pessoas lá irem ver a casa. Não caiam em aldrabíces dessas. Há que ter atenção. Foi através deste site que eu encontrei todas as casas onde já morei em Londres e onde também encontrei novas pessoas para partilhar casa. Simplesmente cliquem na secção flat/house share em wanted, depois cliquem a zona onde querem viver (norte ou sul) e comecem a enviar emails para as casas que vos interessarem.

 

Easyroommate - através deste site podem logo ver as caras das pessoas que vivem na casa e descrições sobre elas o que pode ser importante já que é bom que se dêm bem com o pessoal com que estão a viver.

 

Moveflat os gráficos deste site podem não ser dos melhores mas o site é bastante eficaz principalmente porque podem fazer pesquisas muito especificas na casa, local e tipo de pessoas com que querem morar.

 

Spareroom - para este site precisam de pagar para aceder aos detalhes de contacto de alguns senhorios/flatmates, no entanto, o facto do site ser pago também ajuda a que atraía "flatmates" e senhorios que, de forma geral, têm casas com maior qualidade do que aqueles que publicitam nos sites gratuitos. Vale bem a pena pesquisar neste site também e poderão aceder a alguns dos contactos gratuitamente.

 

IdealFlatmate - Este é um dos sites mais recentes e o seu conceito permite fazer o matchmaking certo entre flatmates. Ao se registarem no site, respondem a várias questões que permitem ao site analisar a vossa personalidade e, consequentemente recomendar flatmates com características semelhantes. 

 

Existem muitos mais sites, mas eu experimentei estes (entre tantos outros) e achei sem dúvida os melhores. Depois sites como o Rightmove ou Primelocation têm também muita oferta mas maioritariamente encontram habitações anúnciadas pelas agências imobiliárias a partir desse site.

 

Podem começar a mandar emails para os senhorios tipo 2 semanas antes de virem para Londres e marcam, do vosso país de origem, o dia para irem visitar a casa assim que cá chegarem. Assim torna-se muito mais fácil de encontrar casa mais fácil e rapidamente.

 

Quanto aos preços estes variam bastante, mas ficam a saber que viver em Londres é caro. No entanto podem encontrar casa por cerca de £500 ao mês sem estarem a viver em nenhuma espelunca. É preciso é saberem procurar. No entanto será melhor terem o budget um pouco mais acima já que será mais fácil encontrar casa se poderem pagar pelo menos £550 por mês. No entanto, para as zonas muito boas de Londres que apresentei na primeira parte, deverão esperar dispender pelo menos £800 ao mês para lá viverem.

 

Notem que, a não ser através de agências como o Cortisso, que indiquei em cima, geralmente os senhorios ou agências pedem para pagar um mês de renda em avanço, mais o equivalente a um mês de renda (ou 6 semanas) como depósito (para cobrir eventuais estragos que façam à casa), no momento em que assinam o contrato. Portanto tenham em consideração que terão que pagar o equivalente a 2 meses de renda no primeiro mês. 

 

Espero que este post tenha sido útil e boa sorte na vossa procura de casa em Londres. Mais alguma dúvida podem perguntar. Atenção que tudo o que está acima é baseado em factos mas também na minha opinião e com certeza haverão pessoas que nao concordem comigo na classificação que dei a cada área. Mas qualquer opinião diferente que tenham, estejam à vontade para expressar nos comentários ao post.

 

Este post foi revisto e actualizado a 30 de Maio de 2015.

 

NOTA IMPORTANTE: toda a informação contida no post acima tal como em todos os posts deste blog têm direitos de autor tugaemlondres.blogs.sapo.pt e toda e qualquer cópia é expressamente proibida sem a autorização prévia da autora do blog.