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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Galerias aleatórias

Hoje quando estava a ir de Brick Lane para Shoreditch, reparei que uma série de novas galerias de arte abriram na Redchurch Street. Não sei bem se já lá estão há uns tempos e simplesmente não reparei, mas acho que não estavam já que passo nessa rua com alguma regularidade e nunca antes tinha reparado nelas. 

 

Houve uma em particular que me despertou a atenção pelo nome e posters que tinha no exterior - Daniel Poole's Curiosity Shop

Daniel Poole é um reconhecido designer de interiores e moda e, na Curiosity Shop juntou o trabalho de vários artistas que, juntos fazem uma combinação muito interessante de peças de arte moderna e peças antigas. Desde pintura a posters, escultura a pequenas instalações, passando por robots e placards de neon, a exposição tem um pouco de tudo com peças que permitem decorar desde uma casa familiar a um bar alternativo. Vale a pena visita para comprar qualquer uma das peças ou apenas para dar uma vista de olhos.

 

Welcome Poster

 

@ Curiosity Shop

 

Sabores da índia em Londres

E eu que nao gosto nada de comida picante, de repente vejo-me a frequentar restaurantes Indianos mais vezes do que imaginaria provável de acontecer. 

Recentemente, quando tive a visita da Celine cá em Londres e após ter ido buscá-la ‘a estacao de Liverpool Street, vinda do aeroporto, levei-a a Brick Lane. Brick Lane é uma rua conhecida pelos seus muitos restaurantes Indianos e pelo seu mercado de rua, galerias de arte e bares alternativos. Como a Celine nunca lá tinha estado levei-a a comer num dos restaurantes Indianos dessa rua. É um facto que existem lá muitos bons restaurantes, mas infelimente nós acabámos por escolher um que nao o era. Assim que chegámos ‘a zona dos restaurantes de imediato os empregados dos mesmos aproximavam-se de nós na rua para nos convidar a entrar no seu restaurante que ou “era o melhor da rua” ou “teriamos direito a entrada gratuita”, “a primeira bebida era gratuita” e em alguns casos até “a garrafa de vinho inteira era gratuita”. O facto é que se tornam muito chatos a tentarem levar-nos para dentro dos seus restaurantes por isso na maioria dos casos nem sequer queriamos entrar, exactamente por eles estarem a ser tao insistentes. Acabámos por escolher um pequeno restaurante que tinha um número satisfatório de clientes lá dentro (se nao tiver ninguém é sempre de desconfiar) e que na janela tinha colados vários recortes de jornais e revistas a aconselharem aquele restaurante, inclusívie um recorte da Time Out. Pensei entao que tinha as condicoes básicas para ser relativamente bom. Humm,... como eu estava errada!!
Sendo que as mesas da frente do restaurante estavam já ocupadas, recambiaram-nos para o fundo do restaurante, já perto de outra sala que se notava estar seriamente a necessitar de obras e redecoracao com a tinta das paredes a lascar e canos ‘a superficie. Ainda pensei em sair, mas como imediatamente nos comecaram a trazer as entradas e bebidas (que eram gratuitas) e nós com a fome que estavamos comecamos logo a comer, quando reparei nos problemas que nos rodeavam naquele restaurante já era um pouco tarde demais. O pior de tudo nem era a necessidade de redecoracao mas sim as dezenas de mosquitos que comecaram a aparecer na parede mesmo ao lado da nossa mesa. Se eles estavam ali na zona das refeicoes, nem quero pensar na sua possível presenca na cozinha. A comida nao estava má mas com todo aquele ambiente pouco agradável definitivamente nada me soube muito bem. Uma coisa é certa, nao fiquei doente por isso é porque nao era tao mau assim, mas sem dúvida altamente desaconselhável e nao vou lá voltar de certeza absoluta. Nao me recordo do nome do restaurante mas ficava do lado esquerdo na direccao de quem vai para a estacao de metro de Aldgate East, era pequeno e tinha umas escadinhas que subiam para o restaurante logo a partir da porta de entrada.
No fim-de-semana passado e, após ter contado esta minha experiencia ‘a Lua, quando estavamos em mais um dos nossos encontros de dardos mensais, ela sugeriu que fossemos lá a Brick Lane jantar já que conhecia por lá um bom restaurante onde já tinha ido outras vezes. Lá nos dirigimos entao todos para Brick Lane e de facto o restaurante escolhido foi exponencialmente melhor que o outro em que tinha estado – melhor decoracao, ambiente mais arejado e mais importante que tudo, sem mosquitos. A comida era boa também e o preco bem em conta como é habitual destes restaurantes indianos de Brick Lane. Para os interessados o restaurante é o Shampan, 79 Brick Lane, na esquida da Brick Lane com a Quaker Street (E1 6QL). Com este jantar fiquei a saber de uma dica útil através do Wask, que me ensinou a identificar bons restaurantes Indianos em Brick Lane – aqueles que nao tiverem ninguém ‘a porta a incentivar os clientes para entrar é porque já sao bons e reconhecidos o suficiente para nao precisarem disso, portanto é a esses restaurantes mesmo onde vale a pena ir.
Ontem novamente foi noite de jantar Indiano. Desta vez foi para celebrar a graduacao de uma amiga minha que acabou o seu curso universitário. Fez-me lembrar o dia da minha graduacao em que a minha escolha de restaurante foi o Hard Rock Café de Lisboa. Estranha escolha, eu sei, mas estava bastante curiosa para o experimentar já que ainda nunca lá tinha ido nessa altura e achei que seria uma boa ideia. Bem, no caso desta minha amiga a escolha foi mesmo um restaurante Indiano (felizmente nao escolheu o Hard Rock de Londres que é caríssimo!), mas fiquei absolutamente surpresa com o Indiano escolhido assim que cheguei ‘a porta do mesmo. É que estava completamente a abarrotar de clientes! As mesas estavam nao só totalmente completas como ainda por cima havia fila para esperar por mesa, a uma QUARTA-FEIRA ‘A NOITE!!! Mal podia acreditar. Juntei-me a um dos nossos amigos que já estava na fila e era o único do grupo que tinha chegado antes de mim e perguntei-lhe o porque de estar toda aquela gente ali, ao que a senhora que estava atrás dele na fila me responde – “é porque é mesmo bom e mesmo barato!” resposta com a qual o meu amigo concordou plenamente. Depois apontou-me para todos os certificados de “melhor restaurante Indiano do ano” espalhados pela zona da entrada do restaurante e para os vários recortes de jornais e revistas a aconselhar o restaurante inclusívie o da Time Out (humm, digamos que depois da experiencia com aquele primeiro restaurante indiano de Brick Lane já nao acredito assim tanto nos conselhos de bons restaurantes da Time Out). Final da história – sim, de facto a comida era boa, principalmente para quem gosta de picante, o que nao é bem o meu caso pelo que tinha as escolhas limitadas, a apresentacao da comida e do restaurante também era boas, os empregados extremamente simpáticos e a comida bastante em conta (para 4 pessoas com entradas e pratos principais pagamos um total de £30. O preco nao incluia bebidas porque naquele restaurante é permitido levar bebidas de fora que é algo que a maioria dos clientes faz e, no nosso caso, tinhamos levado champagne para celebrar a graduacao da minha amiga). No entanto, tive a péssima experiencia de ter que ficar 1 HORA E 30 MINUTOS em pé na fila ‘a espera de mesa! Felizmente conseguimos uma mesa mais no fundo do restaurante porque senao ainda teriamos que comer junto a uma concentracao de pessoas na fila ali bem junto ‘as mesas. Uma grande confusao sem dúvida. Ok comida boa, mas na minha opiniao nao vale a espera e o ambiente tambem nao é dos mais agradáveis dada a quantidade de pessoas que lá estava e a pressao para sairmos do restaurante assim que acabámos a refeicao para podermos dar lugar a outras pessoas. De qualquer forma, para quem quizer experimentar o famoso restaurante, o nome é Tayyabs e fica localizado na Fieldgate Street, junto ‘a mesquita árabe (nas traseiras) de White Chapel Road, entre as estacoes de metro de White Chapel e Aldgate East.

Kew, Brick Lane e Espanholadas

Nao acredito que ao fim de quase 3 anos a viver em Londres só este fim-de-semana é que fui visitar Kew Gardens. É daquelas coisas que se vai deixando porque como nao tenho perspectivas de sair de Londres para já, entao vou adiando estas visitas a estes locais icónicos a que sei que vale a pena ir, mas que ainda nunca tinha dedicado o tempo necessário a isso. Mas como se costuma dizer, mais vale tarde do que nunca e foi mesmo neste fim-de-semana que lá fui. Sábado estava o dia ideal para visitar Kew Gardens, com o sol a brilhar, e agradável de se estar na rua a passear.

Passei lá cerca de 5 horas dentro e devo dizer que é extremamente aconselhável. Muito bonito mesmo. A entrada é que é um bocado cara a £13 por adulto ou £12 para concessoes, tipo estudantes ou seniores. Ou seja, £1 inteirinha de desconto se forem estudantes! Aquele pessoal do Kew sao uns maos largas a darem assim descontos de 1 libra ao desbarato  Enfim, com entrada paga lá fui visitar os jardins que de facto sao enormes e, aliás, apesar das 5 horas lá dentro acabei por nao ter tempo para visitar tudo, inclusivie nao visitei as 3 estufas mais pequenas, tendo ido só ás 2 principais.

Aqui fica entao um pequeno guia fotográfico de Kew Gardens:

 

Árvore no Queens Gardens que cresceu colada á parede.

 

Queens Gardens

 

Casa Japonesa

 

Ponte no meio do parque

 

O maior monte de esterco do Reino Unido (era isso mesmo que lá estava escrito)

 

Ponte de observacao permitia avistar a paisagem sobre o topo das árvores

 

Vista da ponte de observacao

 

Vista da ponte de observacao para a Estufa Temperada

 

Interior da Estufa Temperada

 

Torre no parque

 

Estufa Tropical

 

Para além de Kew Gardens, outro local onde mal acredito que ainda nunca lá tinha estado é Brick Lane. Quer dizer, já lá tinha passado no início da rua, mas como achei que aquilo nao passava de uma meia dúzia de restaurantes Indianos achei que nao tinha piada nenhuma e voltei para trás. Desta vez atrevi-me a voltar lá já que nao percebia porque é que as pessoas falavam tanto de Brick Lane. Alguma coisa de especial tinha que haver por lá que eu nao tinha visto. E há! Brick Lane é um mundo de venda de artigos vintage, galerias de arte, mercados de antiguidades, de roupas e acessórios originais, stands da mais variada comida feita na hora e bares que aparentemente sao muito bons, pelo menos em termos de decoracao. Digamos que é uma espécie de Camden Town mas com menos turístas e mais Londrinos, em escala menor, mas talvez até com maior carácter do que Camden Town.

Gostei bastante e tenho que lá voltar com mais calma noutra oportunidade.

Deparei-me também lá com um festival de Espanha incluindo provas de comida e vinhos e com performances de artistas Espanhois. Acabei por nao entrar já que a fila dava a volta ao quarteirao, mas fica aqui uma foto do festival.

 

 

 

No domingo á noite nao queria perder a final do Euro 2008 e como estava a torcer para que a Alemanha perdesse, por razoes óbvias, lá me juntei a um grupo de amigos Espanhóis e fomos todos ver o jogo a um bar num barco Espanhol atracado na zona de Temple. Para evitar estar muito tempo dentro daquele barco que com tanto balanco dava-nos a volta á cabeca, antes do jogo comecar ainda estivemos algum tempo no bar Walkabout oposto ao barco onde se encontrava um agrupamento enorme de Espanhóis e mais uma meia dúzia de Alemaes que também por lá andavam. Já de volta ao barco, no entanto, a plateia era completamente Espanhola á excepcao aqui da Portuguesa e de mais uns poucos estrangeiros amigos de outros Espanhóis.

 

A antecipacao ao jogo no Walkabout

 

 

 A festa no barco imediatamente após o final do jogo.

 

Depois de muita festa a Espanholada toda lá foi aos saltos para Trafalgar Square que é o "Marques de Pombal" cá do sítio. Aí é que já nao os acompanhei. Tudo bem que fico muito feliz por eles que estavam todos animados, fico feliz também porque a Alemanha nao ganhou o campeonato, mas ir celebrar a vitória Espanhola para Trafalgar Square já nao me ía dizer grande coisa. Afinal, quem eu queria que tivesse ganho nao ganhou, por isso... a festa nao seria a mesma. Lá fui para casa com a esperanca de que daqui a 2 anos, no Mundial, seja eu que vá aos saltos para Trafalgar Square.