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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

E retomo à Bretanha

Já tinha falado um pouco sobre a minha última viagem à Bretanha num post anterior mas ainda não tinha deixado aqui umas fotos e, sinceramente, acho que valem muito a pena deixar. A Bretanha tem sítios lindos e, no último dia da viagem fui a Dinan que é uma vila medieval bem bonita e que, sem dúvida, vale a pena visitar. Dinan é a combinação de localidades maiores e mais turísticas da Bretanha como Rennes, onde tinha estado no ano passado, mas não tão pequena quanto a localidade de Combourg da qual também tinha falado no post do ano passado. Dinan é simplesmente o sítio perfeito a visitar num fim-de-semana, para quem vem de Londres e quer sentir-se no campo, mas, ao mesmo tempo, ter algo de diferente e interessante para visitar. Fica apenas a 20 minutos de carro do aeroporto de Dinard, o qual, por sua vez, fica apenas a 1:30h do aeroporto de Stansted, se tanto. Fácil de lá chegar, tão "perto" de Londres e, mesmo assim com características tão diferentes da capital Britânica. A vila em si é um encanto, com pequenas ruas que serpenteam pela cidade, acompanhadas de edifícios de ar medieval, cafés e "crêperies" com carácter simpático e, uma zona junto a um pequeno rio que só faz com que apeteça ficar por lá a passear o dia todo.

Muito bonita esta localidade e, parece-me uma óptima opção para quem quer ir passar um fim-de-semana romântico fora de Londres. Fica a sugestão e as fotos para abrir o apetite.

 

No centro de Dinan

 

 

Junto ao castelo de Dinan

 

Porto de Dinan

Festança à moda Bretã

E este fim-de-semana prolongado (sim prolongado porque no Reino Unido os feriados sao sempre celebrados à segunda-feira) estou por terras Bretãs no Norte de França.

 

A minha amiga fez 30 anos e tinha uma festa de arromba planeada, da qual ja me andava a falar à um ano, por isso, sem duvida que esta, era uma festa que eu nao podia perder.

 

Cheguei na sexta-feira ao final da tarde, e ela trouxe-me para casa dos pais dela bem no meio do campo, visto que o local que alugou para celebrar a festa fica bem mais proximo da casa dos pais do que da casa dela, que é na cidade de Rennes.

Adorei logo a casa por ser bem tradicional toda feita de pedra por fora e moderna mas com uma decoraçao bem bonita e caracteristica da zona. O jardim e horta sao enormes e bem bonitos tambem, e nao pude deixar de reparar no porco acabado de matar e ainda esticado na corda, que iria servir as pessoas na festa na noite seguinte (visao nao muito agradavel, diga-se de passagem, mas tambem nao deixei de apreciar a carne do porco no dia seguinte).

 

No sabado passei o dia a ajuda-la a ela e à familia a decorar a sala do evento, preparar os canapés, preparar as mesas, etc. Pela noite la chegaram os 50 convidados e teve o inicio a festa. Bem animada, com a presenca de muita musica de acordeao, tocada pelo futuro sogro da minha amiga, toda a festa foi muito caracteristica Francesa e muito divertida. Ate aprendi a dancar uma danca tradicional Bretã em que as pessoas estao de maos dadas e vao dando pulinhos para o lado enquanto levam as maos a cima, ao centro e abaixo.

 

Escusado sera dizer que eu era a unica estrangeira no meio de tanto Frances e, sendo que o meu Frances esta muito enferrujado e o Ingles da maioria era practicamente inexistente, limitei-me a passar a maior parte do tempo com os amigos da Celine que sabiam falar algum Ingles. Mas mesmo assim, acabei por falar um pouco com todos os presentes, mais que nao seja para dizer Bonsoir e dar dois beijinhos cada vez que uma nova pessoa entrava na sala. Bem, e eu que pensava que nos, os Portugueses, eramos beijoqueiros. Os Franceses sao muito mais!!! Ate as ultimas pessoas que chegaram a festa iam cumprimentar todos os restantes 40 e tal que ja estavam presentes um a um com dois beijos! Chiça!

 

Achei pouca piada foi ontem quando, ao inicio da parte em que começamos a dançar, so metiam musica "SUPER CONHECIDA" Francesa dos anos 80. Super conhecida para eles, claro esta. Era assim tipo os GNR ou Xutos ca do sitio pelo ritmo. Era boa e, diverti-me ao som da musica, mas ao fim da primeira hora ja estava a deitar musica Francesa dos anos 80 pelos olhos. Felizmente quando alguns dos mais velhos se foram embora mudamos para outros estilos musicais.

 

Hoje ainda houve a segunda sessao de festa com muito mais aperitivos, porco e queijo para o almoço, mas agora ja tudo acabou e aproveitei para vir à net enquanto eles estao a tratar de congelar as carnes extra e fazer esses preparativos todos.

 

Habitos interessantes deles sao os relacionados com a forma como comem. Muita coisa à base de massa folhada! Logo na primeira noite o jantar começou com o aperitivo, claro esta (para quem não sabe, o aperitivo Frances involve beber um licor e comer uns salgados). Seguiu-se uma entrada que eram uns quadrados de massa folhada recheados com peixe e vegetais, seguidos do prato principal que era uma especie de quiche (com a massa folhada) e para finalizar o bolo era uma tarte cuja base nao era de massa folhada, mas era outra base estaladiça muito parecida. Hehe! Tudo optimo, mas nao sei se sera muito saudavel comer tanta coisa à base de massa folhada no dia-a-dia.

 

Adoro e o habito que eles tem de comer queijo no fim da refeiçao. Sendo eu fã de queijo, sabe-me sempre bem estes queijos todos tao bons (OK, pouco saudavel comer todos os dias, mas nao deixa de saber bem).

 

Ah, mas uma das coisas que comi ca ate agora que adorei e ainda nunca tinha experimentado assim, foi a sopa de cebolas que foi servida (e e tipicamente servida) no final da festa, pelas 4 horas da manha (final da festa para os mais velhos, que os restantes ainda por la ficamos ate ao amanhecer). Parece estranho eu falar assim de uma sopa de cebola, mas e que era mesmo muito boa! Nao sei bem como e feita, mas de acordo com a Celine, e cebola cozida aos bocadinhos em agua com especiarias (tenho que procurar pelos detalhes online para fazer tambem), e depois colocavamos no prato a quantidade de crutons que queriamos e tambem queijo tipo parmesao ralado. Ora como a sopa estava quente o queijo derretia-se todo por entre os crutons, que ficava uma delicia!!!!

 

Bem, e vou acabar por aqui que acho que eles ja acabaram com os seus preparativos.

 

P.S. Este teclado Frances ainda e mais diferente do Portugues que o teclado Britanico, e encontrar a acentuaçao certa tambem e uma confusao, dai algumas palavras terem outras nao.

Passeio pela Bretanha

Cá estou de volta à normalidade após um fim-de-semana em terras da Bretanha no nordoeste de França. As minhas impressões? Lindíssima a cidade de Rennes e vale bem a pena a visita.

Apesar de ser a capital da Bretanha, a cidade é relativamente pequena e visita-se bem todo o centro num dia. Não tem castelo nem fortaleza mas é repleta de ruelas medievais, casas tradicionais (como vão poder ver a partir das fotos que coloco aqui neste post), a decoração da maioria dos edifícios e estruturas da cidade com flores, principalmente sardinheiras de várias cores, e zonas animadas com Franceses simpáticos na rua (para muita alegria minha, principalmente após as experiências não tão alegres que tive com os Checos e com os Turcos em viagens recentes). 

 

 

 

Os amigos da Celine também conseguiram atingir o prometido e mostraram-me como se passa uma noite bem divertida em solo Francês. Até fiquei a saber a letra da música que se canta nas festas de São João que decorreram este fim-de-semana lá por Rennes. No entanto não se deixem enganar porque estas festas de São João de Rennes nada têm a haver com as do Porto. Aliás nem sequer vi festa nenhuma e passeio bem pelo centro da cidade nessa noite. O único vestígio que indicava que de facto estavam a haver algumas celebrações estava relacionado com o fogo de articício que se fez ouvir. Imagino que as festas de São João no Porto também se tenham celebrado neste fim-de-semana?

Algo de que gostei particularmente foi o facto de toda a noite e pela madrugada a dentro, grupos de jovens concentravam-se numa das praças principais de Rennes que é a praça do parlamento. Ainda mais com a noite quente como estava sabia ainda melhor passar a noite assim ao ar fresco e ali, naquela praça, naquele momento e com todo o ambiente que me envolvia tive a sensação que estava no melhor local do mundo.

A noite ainda se prolongou por uma antiga cadeia que era agora um bar bem popular entre os locais e onde, a grande maioria de música que passava era somente Francesa que parecia ser bastante conhecida já que todas as pessoas que ali estavam cantavam em altos pulmões, enquanto que eu arranhava nas partes do refrão que eram mais fáceis tipo "je t'aime, nanana, je t'aiiiime".

Como ficou tudo visto por Rennes no sábado, no dia seguinte passamos por Combourg, uma aldeia medieval muito calma, mas tão castiça e bonita!! Com um grande lago no sopé da pequena encosta em que esta aldeia foi construída e o castelo feudal no topo, esta aldeia seria o cenário perfeito para um encontro romântico ou para um passeio em família. Com uns jardins quase a perder de vista na zona do castelo, poderia-se ficar nesta aldeia um dia inteiro em actividades relaxantes.

 

 

Terminada a visita à aldeia dirigi-me para o aeroporto onde, por 5 minutos ainda consegui entrar na porta de embarque antes que esta fechasse. Ufff! Mas não consegui foi levar o meu vinho Francês que me tinha esquecido completamente que não podia trazer no avião. E enfim, lá ficou a senhora da segurança com uma garrafinha boa de vinho para o jantar. De certeza que quase todos os dias eles devem levar umas coisinhas boas para casa que os passageiros são obrigados a deixar em terra.

Back to real life

E lá se passaram mais umas férias de natal... Depois da passagem de ano e como boa Tuga imigrante que sou, lá fui comprar as queijadinhas de Sintra, os chouricinhos e as coisas tão boas Portuguesas para trazer comigo, e voltei dia 3.

 

Como dia 3 calhava a uma quinta, achei que não fazia muito sentido ir trabalhar só na sexta e ainda tinha 5 dias de férias para tirar de 2007 que passaram para 2008, decidi tirar também sexta de férias e fui visitar uma amiga Francesa que mora na Bretanha numa vila chamada Dinard. Lá fui então dia 4 e voltei no domingo depois de ter passado um óptimo fim-de-semana a conhecer zonas de Bretanha que ainda não conhecia. Claro que o dia e meio que estive lá soube a pouco, mas mesmo assim deu para dar uns bons passeios. É ideal ir lá como escapadela de fim-de-semana para quem vive por terras de Sua Majestade, já que a Ryan Air voa directo para Dinard a partir de London Stanstead Airport e fica apenas a 1 hora de viagem.

 

A sexta à noite, dia em que cheguei aproveitei para ir com a minha amiga sair a um bar em Saint Malo que é uma vila fortificada medieval mesmo muito bonita, junto ao mar, e lá fomos nós passar a noite num bar tipicamente Inglês chamado "Cutty Sark" Juro que não me queria enfiar num bar Britânico. O que queria era mesmo ir a algum com características Francesas, mas aquele era o único ali que tinha pista de dança por isso não tivemos escolha senão ficar mesmo por lá. De qualquer forma a noite acabou por ser bem divertida já que toda a gente andava para lá a dançar uns com os outros.

 

Bem, mas o ideal da viagem foi mesmo no sábado ter visitado o Mont Saint Michel que sempre tive curiosidade de visitar. Fica já na região da Normandia, mesmo na borda com a Bretanha, e sem dúvida que se seguirem a sugestão e forem para essa zona fazer uma escapadela de fim-de-semana têm que alugar carro, ou então arranjar uma amiga que more na zona e que já tenha o carro  

 

 

O Mont Saint Michel foi construído sobre uma rocha junto ao mar e no meio de absolutamente nada em volta à excepção de prados verdes ou zonas lamacentas. Teve como objectivo a construção de um grande mosteiro, mas onde foram construídas também algumas casas que hoje são, nada mais nada menos do que lojas de recordações e restaurantes caríssimos mesmo ali para chular o pessoal já que lá perto não há mesmo nada por isso, quem tem fome não tem outra alternativa senão pagar o preço. O convento em si também se tem que pagar, mas vale bem a pena e a vista do topo sobre o mar e as lizírias é absolutamente fantástica. Não foi por acaso que os monjes decidiram construir um mosteiro naquele local.  Acredito que ali se sentissem mesmo mais perto de Deus.

 

 

Após a visita, partimos para Saint Malo, desta vez para visitarmos a vila propriamente já que na noite anterior não tinha visto muito mais do que o pub Cutty Sark. Foi lá que decidimos almoçar num restaurante bem típico e com preços bem em conta onde me foi servida uma grande travessa de mexilhão acompanhado de batata frita pela módica quantia de €10. Já que ali estamos bem juntos do mar é sem dúvida de aproveitar o bom pescado fresco que se come na zona.

 

 

Depois de mais umas voltas, de ida ao bar e de jantar, acabamos por ir para casa às 22h já que ainda era cedo demais para ir para a disco e tinhamos que fazer tempo. Em França é tal e qual como em Portugal em  termos das horas para sair à noite e, sinceramente, já não estou nada habituada a essas andanças tardias. Enfim, lá entramos na discoteca às 24h que estava literalmente às moscas. Fomos mesmo as primeiras a chegar - que vergonha! Lá para as 2h aquilo já estava a bombar, mas tinha o pequeno problema que aquela discoteca estava cheia de miudagem maioritariamente adolescentes . E era aquela a maior discoteca da zona,... Nem quero pensar se tivessemos ido para uma mais pequena. Basicamente estavamos rodeadas de adolescentes de 16 e 18 anos com as miuditas cheias de maquilhagem para tentar parecer mais velhas e os miudos a roçarem-se nelas todos ali com as hormonas aos saltos.

 

Bem, ali de facto é uma zona campestre e, segundo a minha amiga, a partir dos 25 anos o pessoal casa-se e fica em casa a tratar das crianças por isso não é de admirar que só estivessem mesmo por lá pessoal mais novo.

 

Segunda-feira estava de volta ao trabalho e de volta à vida real. Foi bom enquano durou, mas 2 semanitas chegaram. Afinal as férias também só sabem bem quando se está a trabalhar a maior parte do tempo, porque estando de férias o tempo todo não será lá grande diversão

já que não se tem nada do que descansar.  Bem, por alturas da Páscoa haverá mais.