Esta semana passada estive por Berlim em trabalho. Tinha uma conferência na quinta e sexta, por isso aproveitei para ficar lá a semana toda e passar o tempo com a equipa do escritório de Berlim. Cheguei no Domingo ao final do dia, mas como estava um fim de tarde solarengo, não quiz deixar de aproveitar. Lembrava-me que Berlim é muito bom em termos dos muitos bares de praia no rio, por isso pesquisei por um que tivesse wifi para poder levar o portátil e preparar um pouco do trabalho que ía ter nessa semana.
Fui parar ao Sage Beach em Kreuzberg - bons cocktails, com bom ambiente mas sem estar demasiado cheio de gente, confortável para lá estar sozinha a trabalhar durante um bocado. Gostei!
Tinha pesquisado previamente por cafés/bares que ficassem abertos até tarde na zona, e um dos mais recomendados foi o Café Luzia, que ficava não muito longe do Sage. Então lá fui com o objectivo de jantar por lá, mas afinal, não tinham menus para jantar. Só fazem café e bolo durante o dia, e passa para bar durante a noite. Mas lá recomendaram-me o restaurante Santa Maria do outro lado da rua, e lá fui. Muito boa recomendação! Não só a comida era excelente, como a decoração era gira, e era também confortável para lá estar sozinha a jantar, com as suas mesas pequeninas e grandes janelas para dar para ver a vida passar pela rua.
Nos dias seguintes, só pude aproveitar Berlim um pouco ao final do dia, e na noite que tive livre tentei ir visitar uma galeria, que, como qualquer outro lado em Berlim, fica altamente longe do metro mais próximo. Nessa noite também foi a única noite que decidiu chover em força, por isso tive que correr no meio duma zona onde não havia qualquer abrigo, para conseguir chegar a esta galeria que queria ver, sem estar completamente encharcada. E quando finalmente chego lá - estava fechada! Uma hora mais cedo do que o que dizia no website e do que estava indicado na porta. Obrigadinha!
A conferência em si foi interessante, e adoro o edifício escolhido - The Haus der Kulturen der Welt. A arquitectura deste edifício não passa indiferente a ninguém e, sendo localizada nas margens do Rio Spree, cria um ambiente muito agradável para quem por lá passa.
Na noite de sexta-feira, houve um jantar organizado para algumas pessoas da conferência no edifício dedicado às exposições de carros do grupo Volkswagen, chamado DRIVE. Foi interessante, por estarmos a jantar rodeados de automóveis que não se vêm normalmente pelas ruas. Quem segue o Tuga em Londres no Instagram, terá visto o vídeo que tirei do interior nas Instagram Stories. .
Tinha o meu avião marcado pelas 9:30h do dia seguinte, mas a cliente que estava comigo disse que lhe tinham recomendado um bar/discoteca muito bom a ir em Berlim. Resultado? Acabei por dormir pouco mais de 2 horas nessa noite, e ela dormiu menos ainda que o seu voo ainda era mais cedo que o meu, mas valeu a pena.
Adoro Berlim! Se não fosse o facto das distâncias serem sempre tão grandes entre qualquer sítio onde se queira ir, e a cidade fosse mais simpática para andar, estaria indecisa se me deveria mudar para lá.
Na semana passada fui a Berlim a uma conferência onde íamos ter um stand e fazer uma apresentação.
Cheguei a Berlim na quarta à noite, fui do aeroporto para o centro da cidade de comboio, lá sempre com a preocupação de sair na estação correcta. Quando estava já em Aleksander Platz, estava a mandar mensagem para os meus colegas que já lá estavam, acerca do horário para nos encontrarmos no dia seguinte. E é no momento em que escrevo sobre os preparativos e todas as coisas que tinha comigo para levar para a conferência, que olho para baixo e reparo que não tinha a minha bagagem comigo. Com a preocupação de sair na estação correcta, tinha deixado a mala no comboio! Mal queria acreditar que tinha sido tão distraída ao ponto de me esquecer da mala. Voltei a correr para a plataforma mas claro que o comboio já lá não estava e, como eram cerca de 22h também não consegui encontrar staff nenhum pela estação. Fiquei com aquela sensação de incapacidade, sem saber o que fazer, mas ao mesmo tempo sem a possibilidade de fazer nada. Lá encontrei a zona de informações que tinha apenas alguns números de telefone indicados, mas as linhas apenas estariam abertas no dia seguinte.
Ali estava eu, em Berlim, às 22h da noite, quando já estava tudo fechado, com mais nada para além do que tinha na minha mala de ombro. No hotel lá me deram uma escova e pasta de dentes, e na recepção havia forma de carregar o telemóvel, por isso ao menos isso.
Pensei que no dia seguinte podia comprar roupa para usar na conferência, visto que estava vestida um pouco casualmente com calças de ganga, mas rapidamente apercebo-me de que era um feriado na Alemanha, e na Alemanha todas as lojas estão fechadas aos feriados. Perfeito!
Como a conferência só começava pela parte da tarde, ainda fui ao centro de Perdidos e Achados numa estação no Este de Berlim. A pessoa que me atendeu não falava uma palavra de Inglês o que não ajudou nada, mas deu para perceber que tinha que ir online para indicar a perda da mala, e só no dia seguinte é que talvez eles tivessem alguma novidade acerca da mala.
Até então ainda não tinha telefonado ao meu escritório a indicar que tinha perdido todas coisas que tínhamos preparado para trazer para o evento, com esperança de que ali fosse encontrar a mala. Mas lá tive que fazer o telefonema. Como o meu patrão vinha no dia seguinte, ele podia trazer mais material e, entretanto, tínhamos que nos aguentar com as poucas coisas que um outro colega que lá estava também tinha trazido.
As coisas lá se resolveram entre eles os dois, e eu tive que ir para a conferência de calças de ganga, mas não tinha mesmo escolha. Apesar de só ter trazido roupa para 2 dias tinha lá dentro coisas com algum valor que não iam deixar de ser uma chatice de substituir. Ao fim de sexta-feira ainda não havia sinais da mala e eu tinha que voltar para Londres. Já estava conformada que não ia voltar a ver a mala. Entretanto, esta tarde, ao fim de 5 dias de ter deixado a mala naquele comboio, recebo um e-mail dos Perdidos e Achados a dizer que tinham encontrado uma mala. Respondi logo, mas ainda não sei se é a minha.
Enfim, resumo da história, fiquem sempre atentos às malas, principalmente se as colocarem num compartimento onde a mala não vai estar à vista. E sem dúvida que aconselho colocarem sempre uma etiqueta com o vosso nome e endereço de email ou telefone. Eu tinha só o nome e o email, e acho que foi através da informação nessa etiqueta que entraram em contacto comigo visto que o seu email não fazia referência ao facto de eu ter submetido um alerta de perca da mala. A ver vamos. Espero que me reencontre com a mala e sem dúvida que vou ter muito mais cuidado de futuro.
Por um lado mais positivo, a temperatura em Berlim estava óptima e só me fez apetecer voltar lá em férias.
Este fim-de-semana fui a Berlim pela primeira vez. Uma das principais razões por me ter decidido a visitar esta cidade foi a curiosidade. A curiosidade visto que à cerca de 1-2 anos tenho ouvido mais e mais pessoas falarem sobre o quanto espectacular a cidade de Berlim é. De tantas pessoas diferentes falarem-me nisso, simplesmente nao consegui resistir e, aproveitei que uma amiga também estava com imensa vontade e lá fomos as duas na sexta-feira à noite. Fui, como vou à maioria das minhas pequenas viagens - sem nada planeado para além da acomodação. Nao fazia ideia se havia alguma coisa de especial a acontecer por Berlim este fim-de-semana, ou se não. O que tinha era pedido dicas de sítios onde ir a várias vezes que já lá estiveram, anotei-os num papel, e comecei a olhar para eles com mais detalhe mesmo no avião na ida para lá.
Fiquei lá até hoje de manhãzinha e, posso confirmar aquilo que tantas pessoas me tinham dito - a cidade é espectacular! É tão espectacular que se eu tiver a oportunidade algum dia destes eu não direi que não a mudar-me para Berlim. Aliás, até talvez faça algo para efectivamente poder ter essa oportunidade. Ainda não sei, mas pelo sim, pelo não, acabei de reservar o nome do blog Tuga em Berlim.
O que é que Berlim tem assim de tão especial? A vida da cidade! Apenas fiquei lá durante o fim-de-semana, mas tive a oportunidade de fazer tantas coisas diferentes que sinto que estive lá muito mais que um fim-de-semana - foi a festa aleatória no bar Francês; o Brunch maravilhoso no café junto ao canal, enquanto que no barco oposto estavam ainda em festa desde a noite anterior; o Festival de Arte 48horas de Neukoelln; o relaxar no bar de praia junto à East Side Gallery ao som de música Reggae ao vivo; a festa de praia (praia do rio) de música electrónica, para a qual consegui chegar depois de ter passado por um armazém abandonado enorme cheio de graffittis e por "buracos" na rede rodeados de arame farpado (yap, estou a falar a sério). No meio disso tudo ainda deu para ver o museu do Judeus e o Museu da Gestapo, assim como fazer uma visita às zonas principais de interesse turístico da cidade. Mas, entre tanta coisa, o melhor de tudo foram mesmo as pessoas. Em qualquer sítio onde fomos conhecemos sempre pessoas. É que foi sempre tão fácil de conhecer pessoas já que todos são tão abertos, tão simpáticos,... fiquei mesmo impressionada com a simpatia das pessoas daquela cidade. Tudo muito descontraído. Lá, ao contrário do que acontece em Londres, grupos de amigos podem cantar e tocar nas ruas sem serem chamados à atenção pela polícia. Continua-se a poder fumar nas zonas de fumadores em bares; pode-se beber alcóol nos transportes públicos; as rendas são extremamente mais baratas (aparentemente é uma das capitais Europeias mais baratas em termos de preços médios de renda de casas); certamente não existem as medidas extremas de regulação de segurança e higiéne que fazem com que nada possa ser deixado ao acaso ou expontâneo;... Berlim, para mim só tem um defeito - fala-se Alemão. Até que gosto do som da língua, mas o meu conhecimento é mínimo o que torna muito difícil a possibilidade de ir para lá morar, pelo menos tão cedo.
Não me levem a mal, continuo a adorar Londres mas,... estou encantada com Berlim.