A minha última procura de emprego em Londres - parte I
Este post já era devido à algum tempo, por isso aqui fica agora.
Como já indiquei aqui no blog, mudei recentemente de emprego, tendo começando com este novo emprego à pouco mais de um mês. Agora estou bem e contente com a mudança, mas devo dizer que a procura por novo emprego não foi nada fácil.
Mesmo já tendo alguns anos de experiência em marketing cá em Londres, as coisas demonstraram-se mais complicadas do que estava à espera. Em parte deve-se ainda à recente crise que abalou Londres no ano passado e, aparentemente ainda há muito boa gente que está desempregada neste momento. Um caso em que cheguei mesmo a essa conclusão foi numa empresa à qual fui a uma entrevista em que o director me mostrou a pilha de curriculums que ele tinha recebido para aquela posição só através de um único anúncio. E naquele pequeno monte devia estar, à vontade, cerca de 50 curriculums.
Comecei a minha pesquisa, tal como indico no post Como encontrar emprego em Londres, por colocar o meu CV actualizado em tudo o que é site de procura de empregos relevante para a minha área. Depois criei alertas de empregos por e-mail correspondentes à minha pesquisa (cada um dos websites de procura de emprego permite activar esse alerta cada vez que aparece um novo anúncio de emprego relevante).
Uma vez que estas duas coisas estavam feitas e activadas comecei a enviar curriculums para tudo o que era oferta de emprego que me parecia relevante.
Por dia, mandava cerca de 10 curriculums para ofertas de emprego. Afinal, quantos mais CVs enviasse, maior seria a probabilidade de que alguma das empresas me chamasse.
O problema que eu identifiquei logo com estas candidaturas a emprego é que, a maioria das ofertas tinha sido feita por uma empresa de recrutamento e, obviamente, tendo um intermediário entre mim e a empresa, acaba sempre por tornas as coisas mais complicadas. E tornava as coisas complicadas, principalmente porque as agências de recrutamento não me telefonavam, ou telefonavam mas pouco.
Uns tempos mais tarde quando estava a falar com um conhecido que, por acaso é consultor de recrutamento, fiz-lhe a questão sobre o assunto. Disse-lhe que achava injusto não me chamarem para certos empregos na minha área, ao que ele me explicou que as agências de recrutamento tentam sempre apresentar à empresa apenas candidatos que tenham exactamente a experiência que eles precisam. Isto porque as empresas pagam comissões muito elevadas às agências cada vez que estas lhes colocam um candidato. Como tal, e visto que as agências querem sempre só apresentar 3-4 candidatos para uma posição, fazem o máximo de esforço para encontrar alguém que tenha vindo exactamente de um tipo de empresa semelhante e de um cargo muito idêntico também. O que, obviamente, me deixava a mim de parte, para muitos dos anúncios para is quais me tinha inscrito.
Assim sendo decidi que mandar curriculums para muitas ofertas de emprego, não é necessariamente a melhor opção visto que para todas aquelas em que eu não tivesse exactamente a experiência requerida não seria chamada. Assim sendo, comecei a optar por me candidatar apenas a ofertas de emprego que fossem directamente relevantes para a minha área e, para as quais eu tivesse a experiência pedida e os conhecimentos necessários. Só isso começou logo a dar melhor frutos em termos do número de chamadas que eu estava a receber de agências de recrutamento. No entanto, as agências de recrutamento surgem como outros entraves à procura de emprego. mas esses entraves só irei agora escrever no próximo post "A minha última procura de emprego em Londres - parte II". É que de facto, agora estou tão cansada que não sou capaz de continuar a escrever e terei que repartir este post em duas ou mais partes porque ainda há muito que se lhe diga sobre esta minha última saga de procura de emprego.