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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Aproveitar cada dia como se fosse o último

Estou a terminar o ano com notícias tristes. Um rapaz que conheço que faz parte de um grupo de amigos, foi passar o Natal e Ano Novo à Indonésia. Anteontem alguém colocou na sua página do Facebook uma mensagem a pedir para que os familiares dele entrassem em contacto consigo. As notícias que sucederam foram as piores que alguns pais poderiam receber - o seu filho na noite anterior tinha decidido ir nadar à noite e o seu corpo foi encontrado na manhã seguinte na praia. 

 

Ao escrever isto, e cada vez que penso no sucedido, mal consigo conter as lágrimas e sinto uma sensação de que não consigo acreditar que ele simplesmente tenha desaparecido assim, sem mais nem menos, numa noite em que possivelmente se estava a divertir imenso. Ainda tinha estado a conversar com ele numa festa à poucas semanas atrás, e de repente nunca mais vou voltar a falar com ele. Tinha 34 anos, estava a arranjar a casa dele, era uma pessoa super descontraída e animada. Não o conhecia bem, mas ele era uma das pessoas do grupo que sabia que ía vendo de vez em quando e aos poucos ía conhecendo-o melhor.

 

É tão estranho, confuso e revoltante o sucedido e só nos faz pensar como nunca podemos dar nada por certo, porque tudo aquilo que temos ou conhecemos como certo, as pessoas que nos rodeiam e nós próprios, de um momento para o outro, podem deixar de ser. E relembra-nos que quer estejamos num ambiente que nos parece seguro ou não, para termos atenção e tomar cuidado com as nossas decisões e atitudes, e para que tenhamos sempre a consciencia dos nossos actos. Mas que enquanto o cuidado é necessário, para também não deixarmos de fazer coisas só porque não sejam 100% seguras. A vida é curta e temos que aproveitar, e temos que tirar vantagens de todos os dias que temos à nossa frente e tentar fazer algo todos os dias que nos faça sentir bem e nos dê algum tipo de alegria. Aproveitar cada dia para chegar mais próximo dos nossos objectivos, quer esses objectivos sejam profissionais e/ou pessoais, quer esses objectivos involvam passar o tempo a descansar num spa ou inventar uma nova tecnologia. Todos somos diferentes e todos temos diferentes interesses que sejam importantes para nós. Quaisquer que esses interesses sejam, temos é que aproveitá-los ao máximo de forma a que, no dia em que deixarmos de existir, quer seja daqui a pouco ou muito tempo, que tenhamos a noção que o tempo que tivemos, mesmo que não tenha sido o suficiente para fazer tudo aquilo que queriamos, que tenha sido um tempo bem passado. 

 

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Fonte imagem: Pinterest

 

 

 

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