Vou ao Porto! Tenho estado com tanta vontade de visitar a cidade do Porto, após mais de 10 anos desde a última vez que lá fui, que no outro dia decidi ir lá no fim-de-semana da Páscoa. Chego sexta de manhã e fico lá até Domingo de manhã, quando apanho o comboio para Lisboa para ir passar o almoço de Páscoa com a família.
Queria ficar numa zona que fosse perto do centro para poder passear principalmente a pé. Acabei por encontrar um apartamento entre a estação de São Bento e a Batalha que me pareceu ser uma boa zona? Como não vou ter muito tempo no Porto penso dar uma volta pelo centro, passar pelos Clérigos e a zona da Miragaia, ir à livraria Lello, aos Aliados, à Ribeira, à Foz, quero ir ver as lojas da Rua da Conceição, passar a ponte D. Luís e fazer uma prova de vinhos a Gaia.
Para os conhecedores do Porto, acham que consigo ter tempo para visitar tambem outras zonas? Se sim, que zonas podem recomendar? E nas zonas que indiquei, conhecem alguns restaurantes, cafés ou bares bons que vale a pena visitar? Pela descrição que li das lojas da Rua da Conceição, parece que vou gostar de visitá-las. Se conhecerem outras semelhantes noutras zonas, adorava ficar a saber delas também. E para a prova de vinhos, existe algum local bom que possam recomendar? E onde ir num sábado à noite? Sabem se vão haver alguns eventos especiais a decorrer no fim-de-semana de Páscoa?
Adorava quaisquer recomendações que possam dar. São todas muito bem vindas. Entretanto fico ansiosa até à visita ao Porto.
E já estou de volta em Londres. Para quem seguiu as Instagram Stories do Tuga em Londres terá ficado um pouco com a noção da viagem que passei no Oeste da Austrália para ir ao casamento de amigos, mas aqui fica um resumo:
Dias 1 - 5: Cottesloe/Perth
Depois de 24 horas de viagem desde o momento em que saí de casa em Londres, cheguei ao airbnb onde ia ficar os meus primeiros dias da viagem - localizado em Cottesloe, a zona de praia junto a Perth.
Os noivos e alguns dos convidados que também viajaram para o casamento íam ficar também por lá alguns dias, visto que as respectivas despedidas de solteiro iam realizar-se na zona.
Sendo verão na Austrália, e como estávamos juntos à principal cidade do Oeste da Austrália, pensei que esta zona ía estar ao rubro, mas não. De facto, haviam poucas pessoas pelos bares e pela praia, e eventualmente descobri que se deve ao facto de que simplesmente não há muitas pessoas a viver no Oeste da Austrália - 2.6 milhões distribuídas entre os aproximadamente 2.500.000 km2 de área para ser precisa. Sendo que Portugal conta com 10 milhões de pessoas em 92.000 km2, dá para verem bem a diferença.
Mas gostei muito dos dias que passei por lá. A praia era bonita com uma cor de mar muito azul marino, lindíssima, que só fazia apetecer estar o tempo todo dentro de água. Enquanto estive por lá, aproveitei para visitar um pouco de Perth, a Despedida de Solteira foi na bonita vila de Fremantle, e noutro dia visitei também a Rottnest Island, uma ilha pequena muito bonita que mantém a sua beleza selvagem, e que é cheia de uns animais muito giros e amigáveis, que parecem uma mistura entre um hamster grande e um canguru pequeno - os Quokka. Obrigada à autora do blog http://entrelivroseagulhas.blogspot.co.uk/ por me ter recomendado a visita à ilha.
Praia de Cottesloe
#Quokkaselfie
Dias 5 - 10: Dunsborough
Esta foi a zona onde quase todas as pessoas que vieram ao casamento, ficaram pelo menos 2 ou 3 dias, visto que o casamento decorreu numa das vinhas de Margaret River a sul de Dunsborough. Os noivos tinham-nos recomendado a estadia naquela zona para ficarmos junto à praia e perto da vinha.
Durante esses dias fizemos um dia de passeio pelas vinhas de Margaret River que são imensas. Foi interessante ir na estrada e ver passar entradas para diferentes vinhas uma atrás da outra. Escusado será dizer que provámos muito vinho, e também houve várias oportunidades para provar cervejas locais visto que a zona também tinha várias micro-cervejarias, e chocolate, que fábricas de chocolate também não faltavam.
Todas as vinhas onde fomos serviam também comida ou tinham um espaço ao ar-livre para apreciar os vinhos locais enquanto se apreciava a vista para as vinhas abundantes.
Noutros dias aproveitámos para fazer reconhecimentos da área, visitar praias diferentes, inclusive Meelup Beach e Yalingup Beach que era ambas muito bonitas, e experimentei fazer paddleboarding pela primeira vez. Lá tive a dificuldade ao início de me balançar, mas rapidamente lhe apanhei o jeito.
O casamento em si, foi muito bonito e agradável. Decorreu totalmente ao ar-livre. A cerimónia decorreu no relvado com as vinhas e o mar por trás. E a festa decorreu também nos relvados da vinha.
Eagle Bay Brewery
Mesa posta para celebrar o casamento
Dias 10 - 11
De volta em Perth, chegámos mesmo a tempo de aproveitar um pouco do final do Fringe Festival que tinha estado a decorrer em Perth durante quase um mês. Muito giro, por sinal. Haviam diferentes zonas de festival espalhadas pela cidade inteira, e estavam muito bem feitas porque cada zona continha vários espaços de teatro, circo, comédia, comes e bebes, etc, e a decoração era muito bonita e original. Fiquei só com pena de não ter chegado a tempo de ver nenhum show. No dia seguinte, que foi também o dia do retorno a Londres, o passeio foi pelas várias zonas de Perth, e aproveitei para ver o museu de arte contemporânea e o museu da cidade.
A cidade de Perth, vista de Elizabeth Quay
De forma geral, gostei muito da viagem, mas fiquei com curiosidade ara visitar as zonas mais populadas da Austrália no Oeste, principalmente gostava de ir a Melbourne, Sydney e o Great Barrier Reef.
Aquela foi a zona escolhida para o casamento porque a noiva cresceu na zona numa quinta. E de facto, quem não vive em Perth, mas vive no Oeste, na sua maioria trabalha nas quintas ou vinhas a sul, visto que essa zona do país é muito boa para a agricultura por não ser tão quente como a zona no Noroeste Australiano.
Fiz a pesquisa por #Cottesloe no Instagram, e estes foram os últimos posts com a localização desta zona costeira de Perth. Não me parece nada mau.
Vou ficar por terras Australianas por uns dias bons, por isso imagino que não vá poder publicar outro post até voltar. Se quiserem ficar a par do que se passa por terras Australianas, aqui fica o Instagram do Tuga em Londres onde planeio colocar algumas fotos e histórias da viagem.
Daqui a 3 semanas vou pela primeira vez à Austrália. A razão da viagem é um casamento de amigos, mas obviamente aproveito para fazer da viagem umas férias. Desde que soube que iria à Austrália no ano passado, que comecei logo a pensar que iria sem dúvida aproveitar para visitar também Melbourne e Sidney, mas quando chegou o momento de comprar os bilhetes, o meu namorado convenceu-me de que não íamos ter tempo para ir ao lado Este da Austrália. Fiquei perplexa. Como, não vamos ao Este? Vamos viajar um dia inteiro para chegar ao outro lado do mundo, e uma vez que lá estamos, não vamos visitar as duas cidades que eu tanto queria visitar e onde tenho amigos com quem queria ver??
O problema é que vamos apenas duas semanas. Chegamos a uma quinta, e no sábado temos as festas de solteiro e solteira respectivamente, que vão ser em Perth. Depois durante essa semana seguinte viajamos umas horas para Sul onde vai ser a zona do casamento, e os noivos têm entretenimento para os convidados que vão viajar até lá, incluindo visitas às vinhas locais e outras actividades. Logo, teremos que ficar pela zona nessa semana. O casamento vai ser nessa sexta-feira, umas horas a sul de Perth, no sábado ainda vão haver festividades - o chamado "wedding breakfast" que geralmente decorre no dia seguinte ao casamento para todos os convidados que ainda estejam na zona (acho que nunca fui a algo semelhante nos casamentos a que fui em Portugal, mas aconteceu em quase todos os casamentos onde fui em Inglaterra). Teríamos que voltar na segunda-feira, por isso simplesmente não ía dar para viajarmos até Sidney ou Melbourne por um dia, sendo que demora 6 horas de viagem entre os dois extremos da Austrália.
Fiquei triste com isso, mas decidi então dedicar-me a tentar encontrar uma actividade qualquer interessante para ver ou fazer ali na zona durante o último dia da viagem. O problema que também identifiquei é que tudo é super longe de qualquer lado. Pensei em fazer Sandboarding que é uma das actividades mais próximas de Perth a 1:30h, mas será que andar a cair e rebolar na areia vale a pena a viagem? Também posso ir ver a ilha dos Penguins, mas para isso preciso do dia inteiro, e não vou ter o dia inteiro por ter que viajar de retorno da zona do sul nesse dia. Quer dizer, posso também só passar o dia a visitar o centro de Perth que acho que não vou ter muito tempo para o fazer nos primeiros dias, mas ao que parece Perth também não tem um centro muito grande.
Em resumo, será que alguns dos leitores já tenham ido visitar a zona de Perth e tenham ideias de algo interessante para fazer na zona, de preferência a menos de 1 hora de distância de Perth. Ou um desporto, ou um local com uma paisagem espectacular, ou outras ideias? Estou mais que aberta a sugestões.
Tenho estado ausente do blog nas últimas duas semanas porque estive a fazer uma 'roadtrip' pelo Sul da Califórnia. Quem segue o Instagrama do blog terá reparado nisso que fui colocando algumas fotos ao longo da viagem.
Dia 1
Los Angeles, Venice Beach
Esta é talvez a zona mais relaxada de Los Angeles. É a zona onde vivem os surfistas e, parece que toda a gente que lá vive faz Yoga ou outro desporto qualquer que, nos cafés de manhã, só se viam pessoas vestidas como quem tivesse acabado de sair do ginásio. É aqui também a nova zona de tecnologia da Califórnia que chamam de 'Silicone Beach' com a chegada da Google, Snapchat e outras tantas empresas de tecnologia que se vieram basear na zona nos últimos anos.
Venice Beach tem uma rua cheia de lojinhas giras, cafés, restaurantes, etc. chamada Abbot Kinney Blvd. Aparte dessa rua, o resto da zona é mais espaçada, tal como a maioria das localidades nos EUA, mas existe inúmera animação junto à zona da praia incluindo um parque de skate, a reconhecida 'Muscle Beach' que basicamente é um ginásio ao ar-livre onde o pessoal que lá está gosta de exibir os seus músculos aos turistas (é isso que parece, pelo menos), muitas lojinhas e uma rota de bicicleta.
Dia 2
Santa Barbara
Conduzindo para norte ao longo da Pacific Coast Highway, que é a rota mais bonita para se conduzir ao longo da Califórnia (em algumas partes, fez-me lembrar muito a estrada de Lisboa a Cascais), chegámos a Santa Barbara. Esta é uma vila muito perfeitinha, muito limpa, onde os edifícios são bonitos, a zona do centro é também mais concentrada e portanto é mais fácil de passear por esta vila à beira-mar.
Dia 3 - Dia 5
La Jolla, San Diego
O dia em que viajámos de Santa Barbara a La Jolla, passámos a maior parte do tempo no carro. Demorámos 5 horas no caminho, sendo que a maioria do tempo foi passado na auto-estrada dentro de Los Angeles. As auto-estradas ali são gigantescas com 8 vias de cada lado em algumas partes da auto-estrada, e no mínimo tinham 4 vias de cada lado, quando nos encontrávamos na zona de LA. Algumas das intersecções eram de loucos onde via estradas a passar por cima à frente, atrás, pelos lados, mais abaixo,.. Sem dúvida que eram um pouco assustadoras em certos momentos e até fiquei surpreendida por não ter passado por qualquer acidente naquelas estradas.
La Jolla em si não era o que esperava. Devia ter feito uma melhor pesquisa, em vez de simplesmente marcar acomodação num local que me tinha sido recomendado. Para já, no centro de La Jolla havia apenas pequenas praias e a praia principal mais próxima ficava a 30 minutos a pé do centro. A vila em si é bonita mas o ambiente e o tipo de lojas e restaurantes da zona atraiam principalmente pessoas de uma faixa etária mais velha, e era uma vila relativamente calma. Para terem uma ideia, a maioria dos restaurantes fechava às 21:30h (sim, para jantar).
De qualquer forma, aproveitei esses dias para relaxar o que soube muito bem. Se voltasse novamente, preferia ficar na zona de Mission Beach pelo que me apercebi ser uma zona mais interessante onde é possível ficar com uma melhor ideia da vida de San Diego.
Dias 6 e 7
Laguna Beach
Esta praia é conhecida pelo bom surf, por isso aproveitei o facto para ter a minha primeira aula de surf. A zona de Laguna Beach é mais animada que La Jolla, e os restaurantes ficam abertos até um pouco mais tarde. É conhecida pelas inúmeras galerias de arte espalhadas pelas ruas e vê-se maior variedade de pessoas de todas as idades nas ruas em comparação com La Jolla. Mas se voltasse novamente queria experimentar ficar numa das localizações mais pequenas antes de chegar a Laguna, tais como Encinitas ou Oceanside ou para o Norte de Laguna, tal como Newport Beach.
Dias 8 e 9
Los Angeles
Desta vez ficámos mesmo na cidade, na zona entre Los Feliz e Siver Lake, que me tinham indicado que são as zonas mais semelhantes ao Este de Londres, zonas que sofreram uma mudança nos últimos anos e que, ao atraírem a comunidade artista para a zona, trouxeram uma nova vida e rejuvenesceram as áreas. Sem dúvida que encontrei vários locais de interesse nestas zonas, mas como é costume, tudo fica distante, e é preciso saber onde se quer ir porque se não, só se anda de um lado para o outro em grandes distâncias onde não há nada para ver. Essa zona ficava também perto de Griffith Park de onde era possível ver a cidade de Los Angeles e o sinal de Hollywood.
Acabámos por ter que andar de carro quase o tempo todo visto que as distâncias são tão grandes. Passámos também de carro pelas zonas mais populares como Beverly Hills e Rodeo Drive, mas basicamente Rodeo Drive tem imensas lojas de designers onde eu não iria comprar nada por isso valeu mais a pena só passar de carro para ver o ambiente.
Saímos do carro no Arts District, onde existe uma grande zona de armazéns utilizados como estúdios e galerias, e onde se encontram painéis com grafittis muito bons. Gostei de passar por lá, mas como era feriado estava quase tudo fechado o que foi pena. Gostava de lá voltar a um dia de semana normal.
Algumas coisas que descobri durante esta viagem:
Os Californianos conduzem relativamente bem, que é preciso conduzir bem nesta quantidade de auto-estradas que eles têm
Existe imenso controlo nas praias Californianas e não é permitido levar bebidas alcoólicas, fumar, fazer lugue, ou levar cães para a praia, entre outras restrições que algumas praias têm.
Como não é permitido levar alcoól para a praia, também não existem bares de praia e igualmente snack-bars são poucos ou inexistentes, por isso é preciso ir para a praia preparado com comida ou estar preparado para sair da praia à hora de almoço para procurar qualquer sítio não muito distante.
Os Californianos adoram chamar 'buddy' a toda a gente que acabaram de conhecer. Pode ser impressão minha, mas nunca reparei no uso dessa expressão tão frequentemente noutras zonas dos EUA onde tenha estado.
Yoga, meditação, sumos frescos, comida orgânica, desporto, vida saudável, são essenciais para o Californiano.
As pessoas são extremamente simpáticas e conversadoras.
Não se devem assustar com o céu nublado da manhã, porque é normal e geralmente está sol por cerca das 11h da manhã
Está cada vez melhor! Estive de visita durante a semana passada por cerca de 5 dias e devo dizer que descobri vários locais diferentes, e gostei bastante da nova atmosfera. Lisboa está cada vez uma cidade mais cosmopolita, os residentes estão a aproveitar os edifícios bonitos da cidade como espaços para novos estabelecimentos interessantes mas mantendo o seu carácter original. Nota-se que há um cuidado maior e apreciação pela cidade e por manter a tradição, se bem que com um toque mais moderno e original. Já tinha ouvido pessoas dizerem que Lisboa é considerada a nova Berlim, e parece-me que têm razão. Lisboa está a tornar-se mais apelativa como cidade de residência para artistas e pequenos empresários, que conseguem obter rendas de estabelecimentos e residência mais baratas que nas outras principais cidades Europeias, enquanto que tem a vantagem do bom clima, comida e simpatia dos Portugueses. Este factor está intimamente ligado ao aumento do turismo. Lembro-me que nos primeiros anos em que cá estive, sempre que ouvia alguém dizer que ía a Portugal, estavam a referir-se ao Algarve, mas hoje em dia, ambos Lisboa e Porto são frequentemente mencionados como as cidades de destino quando vêm a Portugal.
Parece-me que o Porto até está um pouco mais avançado em termos de ter estabelecimentos interessantes e apelativos ao turismo e aos residentes, pelo que tenho ouvido falar, mas já não vou ao Porto desde a minha época de universidade, por isso está na minha lista de locais a revisitar em breve.
No outro dia estava eu a tomar uma bebida no Broadway Market, quando ouço a conversa de um casal jovem Britânico ao meu lado que estavam a contar aos amigos como tinham apresentado a sua demissão no trabalho e se íam mudar para Lisboa, explicando todas as vantagens que eles encontram por se mudar para lá, tais como as que mencionei acima.
A minha chefe de Nova York também tem planeado fazer uma visita de 2 semanas com a família este verão por Lisboa, Porto e Algarve, e duas outras colegas de NYC também planearam uma viagem de 1 semana a Portugal este verão. Tenho outro casal amigo que foi passear ao Porto na semana passada, outro casal tinha vindo à duas semanas a Lisboa, etc, etc, etc. Só para verem a frequência com que isto está a acontecer. Adoro saber que os estrangeiros estão a apreciar cada vez mais visitar o nosso país, e depois desta minha passagem por Lisboa, ainda tenho mais locais para recomendar.
Alguns dos locais onde fui pela primeira vez que desconhecia incluem:
O bar da Duna da Cresmina com uma vista espectacular para o Guincho e com um DJ a animar o ambiente
Bar Procópio nas Amoreiras - já existe há muitos anos mas ainda não conhecia. Ambiente vintage e cocktails deliciosos
Embaixada LX no Príncipe Real - todo o carácter deste edifício do século XIX com lojinhas, restaurantes e bares muito giros e altamente populares
Pão à Mesa no Príncipe Real - restaurante com bom ambiente e cozinha
Vários bares e restaurantes no Cais do Sodré, perto da Rua Cor-de-rosa
Na semana passada fui a Berlim a uma conferência onde íamos ter um stand e fazer uma apresentação.
Cheguei a Berlim na quarta à noite, fui do aeroporto para o centro da cidade de comboio, lá sempre com a preocupação de sair na estação correcta. Quando estava já em Aleksander Platz, estava a mandar mensagem para os meus colegas que já lá estavam, acerca do horário para nos encontrarmos no dia seguinte. E é no momento em que escrevo sobre os preparativos e todas as coisas que tinha comigo para levar para a conferência, que olho para baixo e reparo que não tinha a minha bagagem comigo. Com a preocupação de sair na estação correcta, tinha deixado a mala no comboio! Mal queria acreditar que tinha sido tão distraída ao ponto de me esquecer da mala. Voltei a correr para a plataforma mas claro que o comboio já lá não estava e, como eram cerca de 22h também não consegui encontrar staff nenhum pela estação. Fiquei com aquela sensação de incapacidade, sem saber o que fazer, mas ao mesmo tempo sem a possibilidade de fazer nada. Lá encontrei a zona de informações que tinha apenas alguns números de telefone indicados, mas as linhas apenas estariam abertas no dia seguinte.
Ali estava eu, em Berlim, às 22h da noite, quando já estava tudo fechado, com mais nada para além do que tinha na minha mala de ombro. No hotel lá me deram uma escova e pasta de dentes, e na recepção havia forma de carregar o telemóvel, por isso ao menos isso.
Pensei que no dia seguinte podia comprar roupa para usar na conferência, visto que estava vestida um pouco casualmente com calças de ganga, mas rapidamente apercebo-me de que era um feriado na Alemanha, e na Alemanha todas as lojas estão fechadas aos feriados. Perfeito!
Como a conferência só começava pela parte da tarde, ainda fui ao centro de Perdidos e Achados numa estação no Este de Berlim. A pessoa que me atendeu não falava uma palavra de Inglês o que não ajudou nada, mas deu para perceber que tinha que ir online para indicar a perda da mala, e só no dia seguinte é que talvez eles tivessem alguma novidade acerca da mala.
Até então ainda não tinha telefonado ao meu escritório a indicar que tinha perdido todas coisas que tínhamos preparado para trazer para o evento, com esperança de que ali fosse encontrar a mala. Mas lá tive que fazer o telefonema. Como o meu patrão vinha no dia seguinte, ele podia trazer mais material e, entretanto, tínhamos que nos aguentar com as poucas coisas que um outro colega que lá estava também tinha trazido.
As coisas lá se resolveram entre eles os dois, e eu tive que ir para a conferência de calças de ganga, mas não tinha mesmo escolha. Apesar de só ter trazido roupa para 2 dias tinha lá dentro coisas com algum valor que não iam deixar de ser uma chatice de substituir. Ao fim de sexta-feira ainda não havia sinais da mala e eu tinha que voltar para Londres. Já estava conformada que não ia voltar a ver a mala. Entretanto, esta tarde, ao fim de 5 dias de ter deixado a mala naquele comboio, recebo um e-mail dos Perdidos e Achados a dizer que tinham encontrado uma mala. Respondi logo, mas ainda não sei se é a minha.
Enfim, resumo da história, fiquem sempre atentos às malas, principalmente se as colocarem num compartimento onde a mala não vai estar à vista. E sem dúvida que aconselho colocarem sempre uma etiqueta com o vosso nome e endereço de email ou telefone. Eu tinha só o nome e o email, e acho que foi através da informação nessa etiqueta que entraram em contacto comigo visto que o seu email não fazia referência ao facto de eu ter submetido um alerta de perca da mala. A ver vamos. Espero que me reencontre com a mala e sem dúvida que vou ter muito mais cuidado de futuro.
Por um lado mais positivo, a temperatura em Berlim estava óptima e só me fez apetecer voltar lá em férias.
Esta semana passei-a em Nova York em trabalho. Fui com o resto da equipa de marketing de cá para o nosso encontro anual com a equipa inteira dos vários escritórios. A semana em si foi muito cansativa, tendo-a passado em reuniões atrás de reuniões, mas foi também muito produtiva, e mesmo assim consegui aproveitar as noites e um pouquinho do fim-de-semana para aproveitar a cidade.
Algumas coisas que achei interessantes de alguma forma que aprendi durante esta semana, ou que esta semana me ajudou a relembrar:
Os Americanos ADORAM comida com sabores e combinações diferentes, artificiais e modificados. Basta olhar para os armários de snacks do escritório
O Leite de Amêndoa é tão comum quanto leite de vaca ou soja - E não me refiro só ao que se encontra no escritório, até porque esse até nós temos no escritório em Londres o que adoro, mas refiro-me sim aos cafés. Em qualquer café onde se vá, é standard que estejam disponível pelo menos estes 3 diferentes tipos de leite. Aqui por Londres ainda é ocasional quando se encontra leite de amêndoa ou aveia disponível e, geralmente só mesmo nas zonas mais trendy e hipster da cidade é que vai encontrar essa oferta.
O metro de Nova York quase mete medo - é mais sujo, antigo, os assentos são desconfortáveis e é muito comum depararem-se com pessoas que, infelizmente chegaram a estados de loucura e que aparecem no metro a gritar. Isto nota-se ainda mais quando se torna mais tarde no dia e rapidamente me apercebi de que viajar sozinha no metro de Nova York depois das 22h não é muito boa ideia.
O capitão da equipa de Hockey no Gelo dos New York Islanders é Português (ou de origem Portuguesa) - com o nome Tavares foi fácil identificar quando estive a ver o jogo dos Islanders contra Montreal na Quinta-feira, e nada que uma pequena pesquisa no Wikipedia não desvenda-se acerca das origens do jogador prodígio - John Tavares, que é neto de Portugueses emigrados para Toronto.
É preciso saber onde se quer ir antes de se sair para as ruas de Nova York - a maior parte das zonas não têm uma rua comercial, mas sim os ocasionais bares, restaurantes e lojas espalhados pelas ruas muito compridas. Pelo que não é propriamente fácil (a não ser que estejamos mesmo na zona do centro) encontrar o tipo de restaurante ou loja que se quer se não soubermos antecipadamente o local específico onde pretendemos ir. De qualquer forma ontem descobri que as ruas de Christopher Street e Bleecker Street em Greenwich Village (que apesar de já ter passado na Bleecker Street antes, devo ter ido a outras partes da rua longe e portanto não tinha encontrado esta zona) estão cheínhas de lojas, bares e restaurantes agradáveis.
Estou de volta a Londres e estou contente por estar de volta. Sem dúvida gostei da minha primeira experiência na Ásia, mas também depois de vários dias num ambiente tão diferente a que estou habituada, sabe bem voltar a casa e ao dia-a-dia.
Aprendi imenso sobre a cultura, os hábitos e o país em sim. Sendo um dos países mais pobres do Sudeste Asiático, algumas das suas características chocam um pouco. No entanto, para um país que teve que recomeçar do zero apenas à cerca de 40 anos atrás quando o Governo ditaturial do Khmer Rouge destruio o país e assassinou todas as pessoas que tinham algum nível de educação, seria difícil estar noutro tipo de situação.
Algumas das coisas que me chocaram incluío ver as crianças a trabalharem em todo o lado; muitas pessoas a pedir esmola; muito lixo nas ruas, principalmente na capital Pnhom Penh; muita prostituição de adolescentes; a falta de controlo no trânsito onde era 'todos ao molho e fé em Deus' nos cruzamentos. A realidade com que os nacionais do Cambodja vivem fez-me apreciar e agradecer muito o facto de ter crescido num país desevolvido, onde, as crianças têm a oportunidade de ser educadas e poderem ter escolhas para o seu futuro. No Cambodja, a maioria das pessoas simplesmente não têm escolha. As suas decisões são motivadas pela sobrevivência e as condições locais da zona onde nasceram tendem a ditar aquilo que vão fazer para o resto da vida.
Fiquei a conhecer essa parte da realidade do Cambodja, mas também fiquei a conhecer zonas muito interessantes com um tipo de beleza que nunca antes tinha visto. A zona de Siem Riep onde são localizados os principais templos do país é mais turística e agradável em termos de ambiente de rua do que a capital, e a visita aos templos, principalmente tendo a possibilidade de vê-los ao nascer do sol, é espectacular. Se bem que a minha visita favorita foi mesmo à ilha de Koh Rong, que era paradisíaca. Adorei!
Ficam algumas fotos da viagem:
Zona ribeirinha Phnom Penh
Passeio de barco Phnom Penh
Venda de insectos - aranhas, larvas, e outras coisas mais
Ontem tive o tal telefonema com o HSBC. Não durou muito tempo porque assim que lhes expliquei que tinha que fazer contrato em pouco mais de 2 semanas, eles disseram-me que seria impossível que a aplicação tivesse feita e aprovada nessa data, sendo que normalmente demoram 3 meses, e em casos rápidos demoram 2 meses. Portanto tive que desistir do HSBC.
Nesse momento reparei que tinha duas opções - ou avançava com o Barclays ou desistia da casa. Olhei novamente para os valores do Barclays e, com tudo, ao final dos 2 anos do período de taxa fixa, iria pagar um valor total apenas de mais £100 que o HSBC. Isto porque, apesar do Barclays ser mais caro mensalmente, eles oferecem um cashback de £1000 o que é bom e balança logo as coisas. Tenho é que certificar-me de que coloco estes £100' de parte para efectivamente não sentir tanto o peso do empréstimo bancário.
Telefonei à consultora e disse-lhe para ir em frente com o Barclays. Ela agora vai submeter mais papelada e, eventualmente lá me diria se fui aceite ou não. Essa é que é a grande questão!
Entretanto, enquanto isto avança e não avança, vou reflectir sobre o assunto para o Cambodia. É uma viagem que já tinha marcado em Dezembro e que finalmente está para chegar. Muito entusiasmante visto que nunca antes fui à Asia. A parte menos agradável é que o voo vai demorar quase 24horas!!! Parto amanhã de manhã cedo, e só chego a Pnhom Phen, a capital do Cambodia por volta das 13:30h do dia seguinte (que corresponde às 6:30 do horário Britânico). Tenho hotel para as duas primeiras noites e depois disso,... não sei. Vou à descoberta com a mala às costas.