Ainda parece que foi ontem que ía para o ginásio às 7h da manhã nas manhãs frias e escuras de Janeiro, mas dei comigo que já passaram dois anos!! Dois anos sem ir ao ginásio que era algo que já tinha totalmente inserido na minha rotina e que nem sequer questionava. Tinha terminado a minha inscrição no final de Janeiro de 2020 quando terminei o contrato com a minha empresa por estar associado à empresa, e decidi não me ir inscrever noutro até encontrar novo trabalho. Dois meses depois estávamos em lockdown, e continuei sem emprego durante 6 meses.
Comecei a fazer exercício em casa através dos vídeos do YouTube e não senti falta do ginásio por isso mesmo. Continuava ativa, e comecei até a fazer exercícios que normalmente não faria no ginásio tais como Yoga ou HIIT. Então quando eventualmente os ginásios voltaram a abrir eu nem sequer pensei em voltar para lá, aliado talvez à desculpa de ter maior probabilidade de apanhar COVID por lá. É que mesmo que só passe 20 ou 30minutos nas máquinas aeróbicas, todo o processo de me preparar para o ginásio, chegar até lá, tomar banho etc, tudo isso demora pelo menos 1h-1.5h, enquanto que em casa, são 20 a 30minutos de exercício e está feito. E sim, eu só faço uns 20 a 30minutos e chega bem. Há todas as teorias de que 1 hora de exercício é ideal, mas eu cá acredito, e noto por experiência própria, que mais vale fazer um pouco de exercício mais frequentemente do que fazer uma sessão longa de vez em quando. Faz parte daquela necessidade de acordar o corpo e fazer o sangue correr nas veias e o coração palpitar mais forte. Faz-nos sentir bem e com mais energia para o resto do dia, razão pela qual também prefiro fazer exercício logo de manhã do que ao final do dia. E também fico logo despachada e não preciso pensar mais no assunto o que também é bom.
Mas ao final de dois anos a exercitar no pequeno espaço entre o sofá e a parede comecei a sentir falta de estar num ambiente com mais pessoas, e com mais espaço, e com mais aparelhos ou acessórios para fazer exercícios diferentes, mas ao mesmo tempo não há nenhum ginásio perto de casa onde gostasse de me inscrever. Por isso decidi dar uma tentativa ao ClassPass. Para quem não conhece, permite irem a centenas de aulas diferentes ou acesso a ginásio numa variedade de espaços diferentes. Marcam-se as aulas em avanço através dum app, e cada aula custa um certo número de créditos, portanto só se paga pelas aulas a que se vai, mas de forma geral, se forem a duas aulas por semana, o preço fica semelhante a uma inscrição num ginásio. Para já fui a 6 aulas diferentes em 6 ginásios e estúdios diferentes e ainda tenho muitas para experimentar. Eventualmente vou acabar por visitar todos os locais mais próximos, mas até lá vou descobrindo os que gosto mais para voltar. Um deles vai ser o FLY LDN em Liverpool Street por ter ecrãns tipo cinema e passam filmes de paisagens bonitas em cada aula que até é um conceito bem interessante.
Comecei o ClassPass com um mês gratuito mas já me inscrevi na mensalidade para poder continuar. Se estiverem também interessados em experimentar, podem começar com um mês gratuito de ClassPass a partir daqui. Fez parte dos meus objectivos para o ano de experimentar novas formas de exercício portanto ao menos este começou bem. Noutros já estou um bocadinho atrasada
Se tiverem recomendações de ginásios ou estúdios a experimentar na zona de Hackney ou perto, adorava saber delas.
E já cá estamos do outro lado do ano, e do outro lado das férias que, sinceramente, estava com receio de que não acontecessem/alguma coisa corresse mal, até à última da hora. Mas felizmente, não só conseguimos ir passar o Natal a Portugal, como também conseguimos finalmente tirar a nossa tão atrasada lua-de-mel!
Mas por causa do Covid não conseguimos voltar a marcar a lua-de-mel novamente durante os últimos dois anos. Houveram algumas temporadas em que as viagens estavam acessíveis, mas a altura não era ideal para viajar por causa do trabalho por isso fomos adiando e adiando. E este Novembro passado, quando estávamos a pensar sobre os planos para o Natal e Passagem de Ano Novo, pensamos em marcar a tal lua-de-mel atrasada por altura do Ano Novo. A altura era ideal por ser tudo calmo no trabalho nesta temporada pelo que podíamos ir e realmente relaxar do dia-a-dia.
A Malásia desta vez não era uma boa opção. Não só pelas restrições Covid, como também envolvia 3 diferentes voos, e uma quantidade de testes Covid e burocracias que queríamos evitar ao máximo. Neste momento existem alguns, poucos destinos que têm regras de entrada relativamente simples e sabíamos que queríamos ir a um destino quente por isso foi fácil decidir-nos pelas Ilhas Maldivas. Muitos dos resorts já não tinham qualquer disponibilidade e já estava a começar a desistir da procura, mas eventualmente um novo agente conseguiu encontrar-nos uma vila na ilha de Kuredu que tinha as características que queríamos por isso fizemos a marcação. Depois foi esperar e tentar evitar apanhar Covid que parecia que Londres inteira estava a apanhar antes do Natal. Por isso também decidimos voltar para Londres de Portugal, no mesmo dia em que apanhamos o voo para as Maldivas. Dessa forma evitámos entrar no Reino Unido, e fazer mais testes, e assim o teste PCR que fizemos em Portugal serviu para entrar no Reino Unido e nas Maldivas.
Finalmente lá chegamos e devo dizer que já percebo bem porque é que as Maldivas são um destino tão popular de lua-de-mel. As ilhas são paradisíacas com um mar azul marinho muito vibrante e a areia branquinha, a vegetação muito verdejante e imensa. Qualquer lado em que olhávamos era lindo, lindo, lindo! Kuredu é também a segunda maior ilha-resort das Maldivas, o que significa que tem mais que explorar do que outras ilhas mais pequenas. Sempre ouvi as pessoas queixarem-se de que achavam que as Maldivas podiam ser aborrecidas por serem tão pequenas, mas eu não estive nada aborrecida de lá estar. Para além de relaxar à beira da piscina com um cocktail numa mão e um livro na outra (que devo concordar que até passei bastante tempo dedicada a isso), a ilha tinha muito mais para oferecer tal como vários desportos aquáticos, golfe, ginásio, passeios de barco, e passeios a fazer na ilha. Entre as várias actividades o que gostei mais foi mesmo de snorkelling e passeio imenso tempo a nadar com os peixinhos entre os corais e até tive também a oportunidade de nadar mesmo junto de um tubarão (os tubarões das Maldivas são vegetarianos e amigáveis). Demorou a tirarmos estas férias de lua-de-mel mas foram muito bem passadas.
Aproveitei também enquanto lá estava para escrever os meus objectivos para este ano. Gosto de utilizar esta altura do ano para refocar aquilo que é importante para mim e delinear objectivos alcançáveis e possíveis de medir ao longo do ano para verificar onde estou ao alcança-los. Estabeleci objectivos ao nível de trabalho, a nível pessoais, relacionados com aprendizagem e cultura, relacionados com saúde e exercício. Esqueci-me de definir alguns a nível financeiro mas ainda os vou definir que todas estas áreas são importantes. E ainda vou dedicar algum tempo hoje a começar a preparar a realização de alguns deles por isso termino este post por aqui mas ficam algumas memórias das Maldivas.