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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Veganuary 2021

Para quem segue as Stories no Instagram do @tugaemlondres, tem visto que este mês tenho postado sobre as experiências culinárias vegan que tenho feito este mês porque ando a fazer o 'veganuary'. Para quem não conhece, o veganuary é um desafio que envolve experimentar a alimentação vegan durante um mês. Fiz também no ano passado e já escrevi sobre razões e benefícios aqui e aqui.

 

Não faço intenções de passar para uma alimentação vegan permanente mas gostei da experiência porque descobri mais receitas e alimentos novos do que noutros anos, e ajudou-me a aumentar o meu portfólio de receitas para fazer no dia-a-dia, e não ter que voltar sempre à carne ou peixe como fontes de proteína. Acho que a parte de estarmos em lockdown teve muita influência porque como comi sempre em casa, também tive mais tempo para ser original com a culinária. 

 

Coloquei nas Stories fotos de todas as refeições ao jantar que eu ou o meu Inglês fizemos durante este mês, e fui-lhes dando ratings the 1 a 5, sendo que o valor 5 é porque achei a refeição muito boa e quero fazer mais vezes. Aqui ficam as fotos das várias experiências culinárias deste mês:

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Dia 2: Stir fry de arroz de couve-flor com brócolos e tofu - 4/5

Dia 3: Sopa de tomates e orégão - 3/5

Dia 4: Ratatouille - 5/5

Dia 5: Yaki Soba de vegetais - 5/5

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Dia 6 - Fritters de milho - 3.5/5

Dia 8 - Fruta jaca com pêra abacate e arroz - 4/5

Dia 9 - Espetadas de tofu com molho de Tikka Masala - 2.5/5

Dia 10 - Feijoada de cogumelos e pastinagas assadas - 4/5

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Dia 11 - Dhal de lentilhas - 3.5/5

Dia 13 - Pimentos recheados com pesto, fruta jaca e grão - 4/5

Dia 14 - Shashuska com falafel - 4/5

Dia 15 - Curry com grão e batata doce - 4/5

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Dia 17 - Risotto com cogumelos e alho francês - 4/5

Dia 18 - Arroz de açafrão com tofu e legumes - 4/5

Dia 19 - Dhal de lentilhas (sim novamente. O maridinho comprou um saco de 5kg de lentilhas e é a única receita que pensou fazer em repetição) - 3.5/5

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Dia - Beringelas Vietnamitas - 4/5

Dia 22 - Stir Fry de espinafres e cogumelos com massa de arroz - 4/5

Dia 24 - Beringelas recheadas com pimento, courgette e vagem - 4.5/5

Dia 25 - Hambúrguer de vegetais com feijão verde fino - 3/5

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Dia 26 - Estufado de cogumelos mistos e endivias - 4/5

Dia 27 - Arroz frito com Tempeh e Kimchi - 3/5

Dia 28 - Sopa Tailandesa de courgettes e tofu - 5/5

Dia 29 - Curry de fruta jaca e arroz preto - 4.5/5

 

Nos dias não apresentados em cima ou comemos restos ou takeaway por isso não contaram aqui para as receitas originais do mês. Hoje é o dia final do veganuary e estou a planear fazer um risotto de abóbora. Já não vai ficar aqui a foto, mas se quiserem ver o resultado final vai ficar nas Instagram stories durante 24 horas. De qualquer forma, sabendo que abóbora não é dos meus vegetais favoritos, acho que não vai ser uma das receitas a receber o ranking de topo. O que significa que aquelas receitas de que gostei mesmo muito durante este mês e que, sem dúvida pretendo fazer novamente são - Rattatouille, Yaki Soba de vegetais e a Sopa Tailandesa de courgettes e tofu

Como também tenho passado o mês sem beber álcool ou comer doces estou ansiosa para finalmente poder abrir os bombons que recebi no Natal amanhã e comer queijo. Tenho saudades de queijo!

 

Comprar casa em Londres - Ainda não foi desta

Na continuação do meu post anterior, passei o início da semana ansiosa para saber a resposta do vendedor. Na segunda-feira ficamos a saber que a tal casa tinha recebido mais 3 outras ofertas, e que a outra que também tínhamos visto e de que tínhamos gostado recebeu duas outras ofertas. Decidimos fazer uma oferta para essa também, visto as nossas hipóteses não serem tão boas com a outra. Em ambos os casos, o agente pediu-nos para dar-mos a nossa 'melhor e final oferta' até ao dia seguinte. Isto faz parte do processo habitual, para dar hipótese aos compradores de fazerem a oferta mais alta que poderem se quiserem mesmo aquela casa, e também para dar ao vendedor o maior valor possível. 

 

Infelizmente, como o mercado está agora - em que há muito poucas novas propriedades a sair no mercado, mas há muitas pessoas a quererem mudar para um espaço maior devido ao lockdown - não me parece que vamos conseguir encontrar qualquer propriedade em que não tenhamos concorrência na oferta. 

 

Lá pensamos naquilo que podíamos/queríamos oferecer como valor máximo por cada uma das casas e enviamos as nossas ofertas finais no dia seguinte. 

 

Para a casa que tinha mais duas ofertas, recebemos uma resposta nesse mesmo dia - o vendedor tinha aceito a oferta de outro comprador que colocou uma oferta acima da nossa, e acima do preço anunciado, e que não tinha nenhuma casa para vender, portanto, supostamente poderia proceder ao contrato mais rapidamente que nós. 

 

Para a casa que tinha mais três ofertas, só recebemos a resposta na quarta-feira - também foi uma resposta negativa. O comprador que teve a sua oferta aceite colocou uma oferta ao mesmo valor que nós, e também acima do preço anunciado, mas não tinham uma casa para vender. 

 

A conclusão é que esta coisa de ter uma propriedade para vender nota-se muito problemática porque, quando em competição com outros, aquele que não estiver numa 'chain', ou seja, que não tenham uma casa para vender, vai estar sempre em vantagem. 

 

Na quinta-feira, o nosso apartamento entrou no mercado. E já não era sem tempo, porque enquanto o tivermos, acho que não vamos conseguir comprar nada. O problema agora vai mesmo ser quanto tempo a venda vai demorar. O meu vizinho de cima que tem um apartamento do mesmo tamanho e que começou a publicitá-lo em Dezembro, ainda não recebeu nenhum interesse de potenciais compradores, e isso preocupa-me.

 

Lembro-me que na altura em que andei à procura de apartamentos em shared ownership, há cinco anos atrás, eu tanto procurava novos edifícios como apartamentos em segunda-mão, e a procura era imensa que, assim que aparecia um no mercado, era vendido quase imediatamente. Como o apartamento está em perfeitas condições, é espaçoso para um apartamento de 1 quarto, e a localização é óptima em termos da proximidade ao centro e a muitas zonas populares em Hackney, achei que não haveria dificuldade nenhuma em vender, mas agora com o exemplo do meu vizinho estou com medo que a pandemia tenha afectado essa possibilidade. 

 

De qualquer forma, acho que agora o melhor será mesmo esperar até pelo menos começar a ver algum interesse no apartamento antes de nos dedicarmos novamente à procura de nova casa. Não temos urgência em sair mas claro que, agora que temos em mente a ideia de podermos ter uma casa com mais espaço e mais divisões onde poder trabalhar de casa, é desanimador ter que adiar essa mudança. 

 

Se conhecerem alguém interessado em comprar o seu primeiro apartamento em shared ownership, não deixem de entrar em contacto 

Comprar casa em Londres - Parte III

Este mês ainda não tinha vindo escrever sobre a situação actual da procura de casa, mas só parámos de procurar mesmo nos dois fins-de-semana do Natal e Ano Novo. Mas devo dizer que o mercado tem estado fraquito neste início de ano. Não me surpreende muito visto estarmos em lockdown, e talvez os vendedores prefiram deixar esta fase passar antes de ter várias pessoas a entrar nas suas casas, mas não deixa de ser um bocadinho desmoralizante quando não se vê nada interessante a aparecer no mercado. Mesmo assim, apesar de terem aparecido poucas propriedades, conseguimos encontrar duas semelhantes de que gostamos - a primeira está em óptimas condições mas a localização não é ideal em termos de distância a andar para locais de que gostamos, e também é um pouco mais distante dos nossos respectivos escritórios, quando eventualmente abrirem. 

 

A segunda precisa de renovações logo de início, mas preferimos a sua localização. Quando as vimos pela primeira vez, em dias diferentes, estávamos quase convencidos de que queríamos fazer uma oferta à primeira, mas ao visitarmos ambas pela segunda vez no mesmo dia apercebemo-nos de certas outras vantagens que a segunda tem comparativamente com a primeira, para além da localização. Como tal, decidimos fazer uma oferta na segunda propriedade. 

 

Já vai ser a terceira oferta que fazemos. Adorava que fosse desta que conseguíssemos que a oferta fosse aceite, mas já sabemos de pelo menos mais outra oferta que foi feita, e haviam mais 4 pessoas a fazer uma segunda visita tal como nós, por isso imagino que vamos ter bastante concorrência. 

 

Depois ainda temos a desvantagem de que o meu apartamento ainda não está no mercado. Já deveria estar, que a avaliação e as fotos tão tratadas. Só falta mesmo à associação que me vendeu a casa colocá-la no mercado porque, sendo vendida em esquema de shared ownership, é a associação que deve publicitá-la durante as primeiras 8 semanas, e só se não conseguir é que eu posso utilizar um agente. 

 

Inevitavelmente, cada vez que faço uma oferta numa casa, até saber a resposta do vendedor fico ansiosa pela resposta, começo a imaginar-me a viver lá, e claro que, cai-me tudo quando a resposta é negativa. 

 

Não sei se recebo a resposta já amanhã. Imagino que não seja uma decisão imediata, mas espero que não demore muito que agora só quero saber se vamos conseguir ficar com aquela casa ou se não. 

 

 

via GIPHY

 

O que quero fazer quando a pandemia terminar

Já estou farta desta pandemia até aos olhos. Estamos todos, eu sei! Temos que ter paciência e aguentar este último esforço (esperemos que seja o último) nos próximos meses para conseguirmos ultrapassar a situação com o mínimo possível de afectados. 

 

Até lá podemos sonhar com o que vamos fazer quando a pandemia terminar. No outro dia perguntaram-me o que seria o top 3 das actividades que pretendo fazer quando puder, e não foi preciso parar para pensar no assunto:

  • abraçar amigos e família, muito forte e muitas vezes;
  • fazer uma grande festa com amigos daquelas que começam num dia e acabam na manhã seguinte. Vai incluir cumprimentar pessoas novas com dois beijos, conversar com muitas pessoas a menos de 1 metro de distância que a festa vai ter tantas pessoas que vai estar tudo um pouco apertado, rir muito e dançar o resto da noite;
  • viajar! Para longe e sem ter que usar máscara durante o percurso.

 

E acho que não sou a única que tem esse objectivo de ir a festas após a pandemia. No outro dia achei interessante ler este artigo sobre a predição do epidemiologista Dr Nicholas Christakis que, baseado no estudo dos efeitos sociais após pandemias anteriores, ele prevê que, novamente vai surgir uma euforia de actividade social, tal como houve nos anos 20, após a Febre Espanhola, com o surgir dos roaring 20s. E acredito perfeitamente que o desejo de socialização vai levar a um movimento semelhante. Desta vez não será ao som do Charleston, mas imagino que um tipo de música com batida igualmente rápida venha a ser predominante dessa futura era. Imagino até, que existem muitos músicos neste momento, que estejam a tentar criar o novo estilo musical que venha a ser representativo dessa fase. 

 

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Segundo o Dr. Christakis, tal efeito ainda vai demorar a chegar, visto que, antes disso, ainda se vão sentir os efeitos da depressão económica, e portanto, só por 2024, se venham a verificar os novos roaring 20s do século XXI. Desanimou-me um pouco a ideia de que tal venha a demorar ainda tanto tempo a acontecer, mas, caso a sua predição seja correcta, mais vale tarde do que nunca. 

 

Já pensaram também naquilo que querem fazer quando a pandemia terminar? Como esta pandemia afectou tanto tipo de actividade, vão com certeza existir muitos desejos diferentes. Até lá, há que ter paciência, e continuar a sonhar. 

Lockdown Parte III

E entramos no terceiro lockdown. Isto já começa a ser tão habitual que já nem me admiro. Como Londres já estava no Tier 4, que era o que tinha restrições mais elevadas em que as lojas, bares e restaurantes estava já tudo fechado, não me faz muita diferença este novo lockdown, mas tem a grande desvantagem de que agora voltamos à situação em que estavamos em Março, em que não devemos sair à rua, a não ser por razões essenciais, e não nos podemos encontrar com amigos para socializar. No Tier 4 ao menos, passear com amigos era permitido. 

 

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Estou eu e estamos todos mais que fartos disto, mas sinceramente, com as vacinas que agora estão disponíveis, e contando com o facto de que o Reino Unido foi o país que já encomendou mais vacinas per capita, sinto-me mais positiva de que há uma luz ao fundo do túnel, e que a partir da primavera vamos estar numa situação melhor com muitas mais pessoas protegidas, uma redução consideravel dos casos, e consequentemente, uma maior abertura das nossas vidas sociais novamente. Mal posso esperar! Até lá, bem, tenho mais umas quantas séries com que me entreter, um puzzle para acabar, e aprender a fazer muitos cozinhados veganos durante este mês que estou a fazer o 'veganuary'. Se estiverem interessados em ver as minhas criações veganas, espreitem as Stories do @tugaemlondres no Instagram.