Nesta semana que passou, fui pela primeira vez ao escritório da nova empresa. Apenas eu e mais dois colegas temos a 'permissão' para trabalhar do escritório por termos pedido especificamente que queriamos trabalhar de lá. Eu, e mais outra colega que começou ainda à menos tempo que eu, queriamos ter a oportunidade de conhecer colegas e ter um espaço de trabalho mais comfortável. No entanto, ainda não a cheguei a conhecer porque ela foi alertada no esquema de 'track & trace' de que frequentou o mesmo pub que uma pessoa que foi encontrada com Covid, e portanto, tem que se isolar durante duas semanas.
Conheci, no entanto, o outro colega que também pediu para trabalhar do escritório, e ele falou-me um pouco mais do que tem acontecido na empresa nos últimos meses, falou-me dos hábitos que eles tinham, o que ajudou a perceber melhor um pouco da cultura de empresa, etc.
Gostei bastante de poder conhecer o meu primeiro colega em pessoa, e gostei também de ficar a conhecer o escritório. Fica localizado no lado sul de Londres, pelo que sempre que vou para lá, vou ter que atravessar uma das pontes de bicicleta, e portanto apreciar aquela paisagem das margens do rio Tamisa, que nunca me canso de ver. Também ainda nunca tinha estado a trabalhar naquela zona, pelo que ainda tenho muito que conhecer por lá, e tenho aproveitado a hora de almoço para andar à descoberta.
Não pretendo ir ao escritório todos os dias, até porque estar num escritório vazio também não é ideal, mas pretendo continuar a ir pelo menos dois dias por semana. Sabe bem ter mais espaço de mesa, o segundo ecrã, e o ar-condicionado, que o meu apartamento fica quente demais durante a tarde quando o sol bate na janela. E além do mais, simplesmente gosto da mudança de cenário.
Para a maioria dos outros colegas, parece que o escritório só vai mesmo abrir a partir de Janeiro, e nessa altura é que vamos começar a fazer rotação entre todos para se conseguir manter algumas mesas vazias de forma a haver distanciamento entre colegas. Mas até lá, vamos ser só os três num escritório de 40 pessoas. É um pouco estranho, mas é a nova situação que temos, por isso há que adaptar.
P. S. - Ah e eu tinha prometido que diria aqui se a minha nova técnica para encontrar tempo foi sucedida, e de facto foi. Pelo menos por este primeira vez consegui dedicar o tempo que queria ao meu projecto de escrita, pelo que agora há que continuar e já tenho o próximo período de tempo marcado na agenda também.
Apesar da vida ainda não ter voltado ao seu normal como estava antes da pandemia, este fim-de-semana cheguei à conclusão de que voltei ao meu mau hábito de andar sempre sem tempo para fazer nada!
Como tivemos um fim-de-semana prolongado, tinha planeado esta lista de coisas que queria fazer, e estava toda entusiasmada por finalmente me poder dedicar a elas, mas sabem quantas coisas da minha lista eu fiz? Duas, dentro de uma lista de doze actividades. Consegui fazer umas burocracias relacionadas com finanças, e consegui marcar o meu vôo para ir a Portugal no Natal, e só. Já não consegui fazer pão, nem consegui escrever um post no blog, nem consegui fazer mais umas burocracias que tenho na lista há imenso tempo. E porquê, quando tinha à minha frente um fim-de-semana prolongado de 3 dias? - Porque simplesmente já não estamos em lockdown, e eu já não estou sem emprego, e como tal, os dias passam-me novamente pelos dedos sem quase notar.
E pensar eu que andava a fazer pão que nem uma expert todo o santo fim-de-semana durante 3-4 meses sólidos. Agora, já não o tenho conseguido fazer há mais de mês e meio. Aprender a fazer pão deu-me um certo prazer, mas actualmente, só a ideia de que tenho que dedicar 4-6 horas à coisa, tira-me logo toda a vontade de começar. Além do facto de que simplesmente já não tenho assim 4-6 horas disponíveis sem mais nada que fazer. Tenho continuado a alimentar a massa mãe de duas em duas semanas, para a conseguir manter activa, com o intuito de eventualmente cozer pão, mas sinceramente não sei quando vou poder voltar a fazê-lo.
Depois também queria continuar o projecto principal que comecei durante o lockdown, que foi começar a escrever um livro, que já há muito queria fazer. Dediquei tantas horas a escrevê-lo durante o lockdown, já escrevi mais de 40,000 palavras (note-se que muitos livros dão-se por completos com cerca de 50,000 palavras), mas o problema é que ainda não estou nem a meio! E, para ser sincera, ainda não lhe peguei desde que comecei o novo emprego. O facto é que passo o dia todo, todos os dias da semana, ao computador, e chega ao final do dia estou tão exausta, que a única coisa que me apetece fazer, caso esteja em casa, é recostar-me no sofá e não olhar para um ecrã de computador.
Depois chega o fim-de-semana, mas nesses dias só quero espairecer, aproveitar para ir dar passeios, ver amigos, etc, por isso aos fins-de-semana também não tenho encontrado lugar para a escrita, nem para fazer pão, nem para fazer as burocracias todas que queria.
Ao mesmo tempo, eu sei que se quero mesmo fazer algo, tenho que o priorizar. Afinal, porque é que não tenho tempo para fazer burocracias no fim-de-semana? Porque priorizo a minha vida social, que sempre foi muito importante para mim, e agora ainda é mais já que passei meses distante dos meus amigos. Acho que a solução vai ser mesmo ter que colocar na minha agenda certas horas dedicadas a certas tarefas, tal como coloco os encontros sociais. Se estiver na agenda que a certo dia e hora vou-me dedicar a escrever, não posso marcar encontros sociais para esse momento, certo? Tal como não deixaria de me encontrar com um amigo, também tenho que ser exigente e não deixar de fazer as outras coisas que são importantes para mim. Ainda não vai ser este próximo fim-de-semana que o tenho todo ocupado com amigos , mas acabei de marcar na minha agenda que vou dedicar uma das manhãs do fim-de-semana seguinte a escrever. Ao estar a comprometer-me na minha agenda e por aqui também, espero que assim me dê o sentido de responsabilidade para fazer as outras coisas que quero fazer. Vocês ficam testemunhas e depois tenho que vir cá confirmar se efectivamente dediquei esse tempo à escrita.
Só espero que esta minha nova técnica vá resultar.