Vão 2 anos que me mudei para esta casa. Em celebração, fiz uma refeição completa de 3 pratos, abri o Prosecco e enviei uma mensagem congratulatória ao grupo de Facebook que tenho com os meus vizinhos do prédio, visto que, na sua larga maioria, terão todos se mudado para os respectivos apartamentos na mesma altura que eu, já que o edifício era novo, e que saiba, ainda ninguém vendeu o seu apartamento. Acho que eles apreciaram a mensagem positiva já que, é um facto, que cada vez que comunicamos através do grupo, é geralmente para nos queixarmos de algum problema que a associação que trata do edifício ainda não resolveu. Mas problemas à parte, estamos num edifício bem localizado, onde podemos ir a pé para imensas zonas muito interessantes, e o apartamento possibilita o espaço e condições necessárias para me sentir confortável. Não há razões para me queixar. OK, talvez não me importasse se não tivesse que ver o apartamento dos vizinhos do edifício oposto ao meu, e por isso conhecer um pouco mais deles do que aquilo que gostaria, mas tudo bem. Já estou habituada.
Aqui fica em celebração de mais um ano nesta casa.
Assim que cheguei ao aeroporto da Portela no sábado de manhã, os meus pais estavam lá para me ir buscar. O destino, desta vez não era a casa onde cresci, mas a aldeia onde o meu pai cresceu no Alentejo. Desde que estão reformados, os meus pais passam o tempo entre a zona de Lisboa, o Alentejo, e a Estremadura (onde a minha mãe cresceu). Desta vez, era fim-de-semana de festa na aldeia do meu pai, na zona de Montemor-o-Novo, e os meus pais já tinham planeado lá ir antes de saberem (e eu saber) que ía a Portugal este fim-de-semana. Por isso não quiz que mudassem os planos por mim. Como tal, fomos à festa da aldeia
Era a festa das Tasquinhas, e emvolve que qualquer pessoa da aldeia possa candidatar-se a ter uma tasquinha na festa onde possa vender uma variedade de comida, bebida ou artesanato. Só havia um dos stands que efectivamente vendia artesanato, sob a forma de pulseiras. De resto, o pessoal só qqueria mesmo saber dos comes e bebes. Haviam carnes grelhadas, fritas, omeletes, empadas, muitos doces incluíndo Sericaia e outros doces Alentejanos e Portugueses de forma geral. Os pratos eram de tamanho petisco, mas vendiam-se apenas a €3.50 cada um. E quanto às sobremesas, eram fatias mesmo grandes de bolo a €1 cada uma. Nem sei como fazia qualquer dinheiro àqueles preços, mas concerteza que a intenção não era lucrar, mas sim cobrir os custos e ajudar a fazer aquele evento acontecer, o que me pareceu muito agradável. É que nem pensar encontrar uma festa em Londres, onde os comerciantes estejam só a cobrar o custo de produção e pouco mais. Nem pensar! Mas claro está, os custos de vida de Londres comparados com os custos de vida de uma aldeia no Alentejo, também não são bem os mesmos. Imagino qie muitos emigrantes como eu, quando fazem estas viagens e deparam-se com a diferença de preços, pensam duas vezes se querem voltar para o seu país de acolhimento. OK, eu não tive que pensar no assunto porque adoro Londres muito para além do que a diferença de custos de vida possam justificar, mas de qualquer forma, imagino que quem não esteja tão decidido acerca da localidade para onde emigrou, repense duas e três vezes se vale a pena toda a distância.
Para além da festa da aldeia que também contou com muita dança pimba como não podia deixar de ser, e eu lá no meio a dançar até partir a sandália (literalmente), aproveitei também para descansar, para ler e para pôr a conversa em dia com a família. Quem segue o Instagram do @tugaemlondres terá visto um pouco mais da animação nos posts.
Foi um bom fim-de-semana a ajudou a reenergisar as forças para o dia-a-dia.
Hoje acordei cheia de saudades. Saudades dos meus pais, da minha família, de Lisboa, de Portugal. O facto é que, pela primeira vez, desde que estou em Londres, que não marquei férias para ir a Lisboa no verão. O plano era ir só em alturas da Web Summit, já que vou lá em Novembro. Má ideia! Eu não quero passar tanto tempo longe. Olhei para o meu calendário, e sinceramente tenho algo combinado a fazer nos próximos fins-de-semana, todos os fins-de-semana até meados de Outubro!! Não existe um único fim-de-semana pelo meio onde não tenha nada planeado. nenhum, à excepção deste próximo fim-de-semana que está para vir.
Fui ver vôos para este fim-de-semana e devo dizer que não estão nada baratos - ir para Lisboa num fim-de-semana em época alta, não é própriamente a escolha de fim-de-semana mais inteligente para fazer uma visita a Lisboa. Mas também quando fôr em Novembro não vou pagar viagem e, já desde a Páscoa que lá não vou, por isso achei que valia a pena pagar o extra. E acabei de marcar! Yeah! Estou contente, vou a Lisboa este fim-de-semana :-)
Os meus amigos Britânicos agradeceram-me por apoiar a Inglaterra nos jogos que tenho visto do Campeonato do mundo. E nem foi só uma ou duas vezes. Foram várias pessoas que me disseram isso. Mas o que não percebo é porque é que me estão a agradecer. OK, tudo bem, eu não vivi cá a vida toda, mas já cá estou há vários anos, totalmente envolvida com a vida e cultura Inglesas, portanto claro que vou sentir uma ligação positiva com este país que me recebeu, que me ensinou tanto, e fez de mim a pessoa que sou hoje. O Mundial de futebol é um dos eventos desportivos mais importantes para o país, portanto, claro que quero apoiar a equipa do país onde vivo. OK, se estivessemos a falar de um Portugal-Inglaterra, inevitavelmente o meu apoio iria estar para Portugal sem qualquer dúvida. Mas quando não estão ambas as equipas em confronto, vou apoiá-las a ambas nos respectivos jogos.
A ordem de apoio fica mesmo assim:
- Portugal
- Inglaterra
- Brasil
- Qualquer que seja a equipa que me tenha saído no sweepstake
Nunca vivi no Brasil, mas apoio também a equipa, quando não está a jogar contra nenhuma das outras duas, pelos laços que nos unem da nossa língua, mas principalmente porque gosto muito do povo Brasileiro de forma geral. É um povo alegre, simpático, genuíno, e tem um sotaque muito giro, portanto, não dá para não gostar
E simplesmente também não é preciso ter uma razão especial para apoiar a selecção de um país que não o meu de origem. Quando se gosto, gosta.
Eu estava toda chateada por não poder ver o jogo de Portugal de sábado porque tinha bilhetes para o Paintjam, mas se calhar foi pelo melhor que sei que teria ficado muito irritada com aquele jogo. É pena, mas ainda não vai ser desta que ganhámos o Mundial de Futebol.
O Brasil, no entanto, está a dar-se bem. Também ficava bem contente se a Inglaterra ganha-se, mas sinceramente não tenho grandes esperanças com aquela equipa. Acho que até podem conseguir ganhar contra a Colombia amanhã, mas não acredito que consigam chegar à final. Quanto ao Brasil, no entanto, há esperança. Vamos lá Brasil!!
Agora, uma coisa é certa, Brasil, relativamente às vossas músicas de apoio ao Mundial, a coisa está muito fraca. Andei a pesquisar a ver o que têm por aí este ano, mas a única que me aparece deste ano é um hino assim para o sério, que não tem piada nenhuma, feito pelo patrocinador Itaú:
Portugal, no entanto, fica muito à frente do Brasil no que toca à música de apoio ao Mundial com esta marcha da RFM, que esta sim, é uma música como deve de ser:
A Inglaterra, como não podia deixar de ser, nunca gosta de levar este tipo de canções a sério, por isso todas as que encontrei são de paródia. Por exemplo: