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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Políticos Portugueses votam contra a despenalização da Eutanásia

Eu vinha escrever sobre outro assunto, mas quando li o artigo de frente de página do Sapo de hoje não pude deixar de escrever sobre este tema, para deixar sair para fora o meu descontentamento com mais uma decisão dos políticos Portugueses, que a meu ver é negativa. Será que quem votou contra a despenalização da morte assistida, nunca conheceu directa ou indirectamente, alguém que tenha estado num sofrimento tal que preferisse a morte ao resto de uma vida a sofrer?

 

Na semana passada estava a falar com uma amiga sobre isso mesmo. O Pai dela está a lutar há anos contra vários problemas inclusive um cancro. Ele tem mais de 70 anos e à duas semanas atrás desistiu de lutar. Não existe forma alguma de poder recuperar e pediu aos médicos que lhe parassem toda a medicação porque só queria passar o resto dos seus dias em casa com a família sem tubos nem medicamentos. Está com dores e sofrimento constante, mas está lúcido e só queria acabar com o sofrimento rapidamente. A família percebe, e apoiaria a decisão dele de ter uma morte assistida se essa fosse permitida no Reino Unido. Mas não é. E estando em casa, se ele morresse por qualquer outro factor que não fosse uma morte natural, a mãe dela iria presa em suspeita de assassinato.

 

Um caso desses apareceu nos jornais locais de uma vila no centro de Inglaterra à uns tempos, onde o marido estava doente e queria morrer, mas não queria que a mulher ficasse com a culpa, por isso ela foi viajar durante o fim-de-semana quando ele decidiu efectuar o suicídio. A terra toda condenou a mulher por ter deixado o homem doente sozinho, e a polícia investigou-a de qualquer maneira, mas foi a única forma que o casal encontrou para acabarem com o sofrimento sem que ela pudesse ser a culpada. É justo deixar que famílias passem por isto? 

 

A medicina tem o poder para ajudar as pessoas a ir sem dor, com cuidado. Como é que é possível que tal não seja permitido e que seja considerado melhor deixar as pessoas sentirem os seus próprios orgãos a falhar e sofrer de maneiras horríveis?

 

Claro que tem que haver controlo e que sejam estabelecidos processos para evitar decisões bruscas, mas infelizmente há pessoas que beneficiariam do direito à eutanásia. Não percebo como tantos países podem negar tal direito às pessoas. Actualmente a eutanásia só está legalizada na Bélgica, Canadá, Colômbia, Holanda, Índia e Luxemburgo e o suicídio assistido está legalizado na Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Suíça, e alguns estados dos Estados Unidos da América. 

 

Acredito que custe aprovar tais decisões, talvez eu até não tenha toda a informação dos efeitos negativos que tal decisão possa trazer para um país, mas a legalização parece-me a solução mais humana e custa-me a acreditar como não há mais países a possibilitar esse direito. 

 

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GDPR - uma alegria para alguns e pesadelo para tantos outros

Se ainda não sabiam o que era o GDPR (General Data Protection Regulation), desde a última semana que já devem estar fartos de saber desta nova lei Europeia que pretende protejar a forma como as organizações guardam e lidam com os vossos dados pessoais, após terem recebido pelo menos uns 10 e-mails sobre o assunto. 

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Pois é, esta nova lei entra em vigor na sexta-feira dia 25, e parece que todas as empresas só se aperceberam agora de que tinham que se preparar para o assunto, porque de repente, estão todas a enviar e-mails de última hora a tentar manter os vossos endereços de e-mail subscritos na sua base de dados. E eu sou uma delas (não da parte de só me ter apercebido agora, que já andamos a tratar das preparações na empresa à meses, que o GDPR não afecta só a base de dados de marketing, mas relativamente à parte de ter também andado a enviar esse tipo de e-mails). 

 

Estive cuidadosamente a redigir os emails, para tentar que fossem o mais diferentes e atraentes possível. Para o primeiro fomos pelo tipo de e-mail que é curto, simples e directo, com um botão grande, e indicação do tipo de e-mails que podem continuar a esperar receber de nós. Cerca de 300 pessoas resubscreveram. Como o número foi tão baixo, no segundo e-mail que enviei, tentei uma outra alternativa e dei exemplos do tipo de emails que enviámos no passado, tais como o convite para uma festa num iate em Cannes Lions, eventos no Shard, e relatórios da indústria. Afinal, quem é que não quer ir a uma festa num iate em Cannes? Ou ir ver as vistas do Shard? Tudo bem que são eventos que decorreram no passado, e que possivelmente não vão voltar a acontecer, mas quem sabe até possamos vir a ter uns ainda mais interessantes, e se os contactos não resubscreverem, não vão ficar a saber o que é que vão estar a perder. O que acham? Resubscreviam se vos aparecesse um e-mail desse género? A mim, esse tipo de e-mail resultava concerteza. Mas parece que não resulta para a maioria. Cerca de 250 contactos resubscreveram.  

 

Portanto, tenho um dia para resubscrever o resto dos 17,500 contactos que tenho na base de dados. Fácil?  Pois é,  possivelmente depois do último e-mail de amanhã devo ficar com cerca de 4% da base de dados. 4%!!! Depois de anos a fazer a base de dados crescer aos poucos e poucos, de repente, assim sem mais nem menos, esse trabalho todo vai ao ar. E é isto mesmo que todas essas empresas que vos têm enviado e-mails estão a pensar também. É péssimo para as empresas, mas eu bem sei que para o indivíduo até que lhe vai saber bem de repente ficar com a sua caixa de correio limpa de newsletters que nunca lêem. Eu própria estou a aproveitar para não me resubscrever para a maioria. Enfim, lá se vai ter que lidar com o que nos restar. 

 

O custo de não cumprir com o GDPR é demasiado elevado para arriscar - 4% do proveito anual da empresa como multa. Pergunto-me, no entanto, se as muitas empresas Portuguesas que me mandam spam, mesmo spam a sério, a promover o tipo de coisas de que nunca demonstrei qualquer interesse em receber informação tais como máquinas para agricultura ou apartamentos no Cacém, se se vão preocupar com o GDPR ou não? Essas sim, deviam preocupar-se com o assunto porque são total invasão da minha caixa de correio e não me consigo livrar delas. Falei sobre esse tipo de emais aqui. Essas até me vai dar prazer queixar-me às entidades reguladoras do GDPR se me continuarem a enviar e-mails depois de sexta. 

Uma semana em Berlim

Esta semana passada estive por Berlim em trabalho. Tinha uma conferência na quinta e sexta, por isso aproveitei para ficar lá a semana toda e passar o tempo com a equipa do escritório de Berlim. Cheguei no Domingo ao final do dia, mas como estava um fim de tarde solarengo, não quiz deixar de aproveitar. Lembrava-me que Berlim é muito bom em termos dos muitos bares de praia no rio, por isso pesquisei por um que tivesse wifi para poder levar o portátil e preparar um pouco do trabalho que ía ter nessa semana. 

 

Fui parar ao Sage Beach em Kreuzberg - bons cocktails, com bom ambiente mas sem estar demasiado cheio de gente, confortável para lá estar sozinha a trabalhar durante um bocado. Gostei!

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Tinha pesquisado previamente por cafés/bares que ficassem abertos até tarde na zona, e um dos mais recomendados foi o Café Luzia, que ficava não muito longe do Sage. Então lá fui com o objectivo de jantar por lá, mas afinal, não tinham menus para jantar. Só fazem café e bolo durante o dia, e passa para bar durante a noite. Mas lá recomendaram-me o restaurante Santa Maria do outro lado da rua, e lá fui. Muito boa recomendação! Não só a comida era excelente, como a decoração era gira, e era também confortável para lá estar sozinha a jantar, com as suas mesas pequeninas e grandes janelas para dar para ver a vida passar pela rua. 

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Nos dias seguintes, só pude aproveitar Berlim um pouco ao final do dia, e na noite que tive livre tentei ir visitar uma galeria, que, como qualquer outro lado em Berlim, fica altamente longe do metro mais próximo. Nessa noite também foi a única noite que decidiu chover em força, por isso tive que correr no meio duma zona onde não havia qualquer abrigo, para conseguir chegar a esta galeria que queria ver, sem estar completamente encharcada. E quando finalmente chego lá - estava fechada! Uma hora mais cedo do que o que dizia no website e do que estava indicado na porta. Obrigadinha! 

 

A conferência em si foi interessante, e adoro o edifício escolhido - The Haus der Kulturen der Welt. A arquitectura deste edifício não passa indiferente a ninguém e, sendo localizada nas margens do Rio Spree, cria um ambiente muito agradável para quem por lá passa.

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Na noite de sexta-feira, houve um jantar organizado para algumas pessoas da conferência no edifício dedicado às exposições de carros do grupo Volkswagen, chamado DRIVE. Foi interessante, por estarmos a jantar rodeados de automóveis que não se vêm normalmente pelas ruas. Quem segue o Tuga em Londres no Instagram, terá visto o vídeo que tirei do interior nas Instagram Stories. . 

 

Tinha o meu avião marcado pelas 9:30h do dia seguinte, mas a cliente que estava comigo disse que lhe tinham recomendado um bar/discoteca muito bom a ir em Berlim. Resultado? Acabei por dormir pouco mais de 2 horas nessa noite, e ela dormiu menos ainda que o seu voo ainda era mais cedo que o meu, mas valeu a pena. 

 

Adoro Berlim! Se não fosse o facto das distâncias serem sempre tão grandes entre qualquer sítio onde se queira ir, e a cidade fosse mais simpática para andar, estaria indecisa se me deveria mudar para lá.

 

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Um dia difícil

Hoje foi um dia complicado no trabalho. Apeteceu-me escrever sobre o assunto porque quero deitar fora o que tenho cá dentro. Desde os despedimentos que houve na empresa por finais do ano passado que um dos membros da minha equipa, de que falei nesse post que lidou muito mal com a notícia, nunca mais foi o mesmo. Ele basicamente mudou-se para outra equipa onde o seu chefe estava baseado nos EUA e nunca acho que a nova equipa dele lhe deu a direcção que queria, nunca voltou a estar satisfeito ou sentir-se realizado e, pelo contrário, estava descontente com as diferenças que a nova função trouxe. Eu conseguia ver isso e falei com ele várias vezes sobre o assunto, mas nunca havia uma resolução imediata. Ele queria que as coisas voltassem como estavam antes, mas infelizmente isso não era possível. Estava desmotivado e isso notava-se no dia-a-dia. Mesmo nos projectos que trabalhava com a nossa equipa, não dava o seu 100% como costumava dar antes. Ele próprio era vocal sobre o seu descontentamento e dizia não ter trabalho o suficiente, o que é importante que tenha apresentado para que as coisas podessem mudar. Mas isso também contribuiu para o facto que a minha chefe ontem me desse a notícia de que íam fazer a função dele desaparecer da empresa e, como tal a sua função já não ía ser necessária. 

 

Custou-me saber isso e, apesar de perceber toda a lógica da decisão, eu tenho trabalhado com ele ao longo dos últimos 2 anos e meio, ele foi a primeira pessoa que contratei, já passámos por muita coisa juntos na empresa, por isso a ideia de que ele não vai estar lá mais, principalmente numa situação destas em que basicamente ele vai ter que sair por decisão da empresa, custa ainda mais. 

 

Desta vez não era eu que ía ter que ter essa conversa, mas eu estive nervosa o dia todo a pensar na reação dele ao ouvir as notícias ao final do dia. E tive que passar o dia a conversar com ele de forma normal como se nada estivesse a acontecer. Não foi fácil.  

 

Quando ele saiu da reunião onde eu soube que ele ía ser informado, eu perguntei-lhe se ele queria conversar, o que ele quiz. Felizmente ele viu a decisão como algo positivo para ele e tratou tudo de forma muito menos emocional do que tratou a situação das últimas vezes quando houveram despedimentos na empresa. Ele sabia que queria sair, e este foi o empurrão que precisava, para além de que lhe dava o tempo que precisava para procurar novo emprego enquanto continuava a ser pago. Eu sei que ele não vai ter problema nenhum em encontrar novo emprego por todas as qualidades que ele tem, mas não consigo deixar de sentir um aperto no peito por o deixar ir. Obrigada Mark, por tudo. 

O que fazer em Londres em Maio 2018

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O mês de Maio começa com um fim-de-semana prolongado destinado a ser solarengo, e o ambiente por cá está no auge. Sem dúvida há muitas formas disponíveis para aproveitar este, o fim-de-semana prolongado ao final do mês, e o resto do mês pelo meio também. Ora aqui fica:

 

Cinco de Mayo Pop Brixton - O que é? O Pop Brixton, celebra o dia de festividade Mexicano, Cinco de Mayo, com uma festa apropriada que vai contar com Mariachis, dança tradicional e DJs mexicanos. Quando? 5 de Maio. Quanto? Gratuito Onde? Pop Brixton, Brixton

 

Queen's Yard Summer Party O que é? Os estabelecimentos de Hackney Wick - bares, cafés e cervejarias, vão abrir as portas a um festival de música, comida e dança, a partir da tarde para se aproveitar o sol junto ao canal, até à manhã de Domingo. Quando? 5 de Maio. Quanto? £20. Onde? Hackney Wick.

 

Festival de Cinema de New Cross & Deptford  O que é? Festival gratuito de cinema que conta com a apresentação de vários filmes em locais diferentes. Quando?  Até 6 de Maio. Quanto? Gratuito. Onde? Vários locais

 

Canalway Cavalcade O que é? Procissão de barcos do canal, que também conta com animação ao longo do canal incluíndo bandas e comes e bebes. Quando? 5 a 7 de Maio. Quanto? Gratuito.  Onde? Little Venice.

 

The Magic Terrace Party O que é? Se querem aproveitar o sol de domingo em festa, a magic Roundabout conta com música a partir das 14h, barbeque e animação ao ar-livre mesmo no centro da rotunda de Old Street até às 23h (não se preocupem, que uma vez lá dentro, nem se apercebem que há carros a andar ali à volta de vocês. Quem costuma acompanhar as Stories do Instagram do Tuga em Londres, terá visto que estive lá no dia de abertura deste verão e posso confirmar que o ambiente é bom. Quando? 5 de Maio. Quanto? £7

 

Windmill Beer and Bread Festival. O que é? O moinho de Brixton vai celebrar um festival de pão e cerveja que conta com a presença de várias bandas. Será um bom evento para toda a família. Quando? 7 de Maio. Quanto? Gratuito.  Onde? Brixton

 

Carnaby Style Weekender O que é?  4 dias que contam com descontos e eventos especiais nas 50 lojas participantes de Csrnaby Street.  Quando? De 10 a 13 de Maio. Quanto?  Gratuito. Onde?  Canaby Street, Soho

 

Celebrações do Royal Wedding O que é? O princípe Harry está prestes a casar com a actriz Americana Megan Markle. A maior parte de nós não fomos convidados para o casamento, mas os pubs vão ser permitidos de servir bebidas até à 1h da manhã, 2 horas mais tarde do que é habitual, em celebração. Igualmente, existem inúmeros locais que, ou vão transmitir o casamento, ou o vão celebrar de alguma forma. O Londonist criou uma lista bastante exaustiva de opções, que indico no título. Quando? 19 de Maio. 

 

Up close with Marilyn O que é? Exposição de fotografia da vida de Marilyn. Quando? De 11 a 24 de Maio. Quanto? Gratuito

 

This is Gala O que é? Festa durante todo o dia no último fim-de-semana prolongado do mês. A decorrer na zona de Peckham Rye. Quando? 27 de Maio. Quanto? £40

Portugal Expo International vai exibir em Londres

Nos dias anteriores ao Dia de Portugal, inclusive, podem visitar a Portugal Expo International a decorrer no maior centro de exposições de Londres, a ExCel. 

 

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A feira conta com informação de interesse a quem pretende investir em Portugal ou ficar a conhecer mais sobre o país de forma geral incluindo informações sobre turismo, imobiliário, culinária, etc. Os bilhetes custam €10 para adultos e podem ser adquiridos aqui