Daqui a 3 semanas vou pela primeira vez à Austrália. A razão da viagem é um casamento de amigos, mas obviamente aproveito para fazer da viagem umas férias. Desde que soube que iria à Austrália no ano passado, que comecei logo a pensar que iria sem dúvida aproveitar para visitar também Melbourne e Sidney, mas quando chegou o momento de comprar os bilhetes, o meu namorado convenceu-me de que não íamos ter tempo para ir ao lado Este da Austrália. Fiquei perplexa. Como, não vamos ao Este? Vamos viajar um dia inteiro para chegar ao outro lado do mundo, e uma vez que lá estamos, não vamos visitar as duas cidades que eu tanto queria visitar e onde tenho amigos com quem queria ver??
O problema é que vamos apenas duas semanas. Chegamos a uma quinta, e no sábado temos as festas de solteiro e solteira respectivamente, que vão ser em Perth. Depois durante essa semana seguinte viajamos umas horas para Sul onde vai ser a zona do casamento, e os noivos têm entretenimento para os convidados que vão viajar até lá, incluindo visitas às vinhas locais e outras actividades. Logo, teremos que ficar pela zona nessa semana. O casamento vai ser nessa sexta-feira, umas horas a sul de Perth, no sábado ainda vão haver festividades - o chamado "wedding breakfast" que geralmente decorre no dia seguinte ao casamento para todos os convidados que ainda estejam na zona (acho que nunca fui a algo semelhante nos casamentos a que fui em Portugal, mas aconteceu em quase todos os casamentos onde fui em Inglaterra). Teríamos que voltar na segunda-feira, por isso simplesmente não ía dar para viajarmos até Sidney ou Melbourne por um dia, sendo que demora 6 horas de viagem entre os dois extremos da Austrália.
Fiquei triste com isso, mas decidi então dedicar-me a tentar encontrar uma actividade qualquer interessante para ver ou fazer ali na zona durante o último dia da viagem. O problema que também identifiquei é que tudo é super longe de qualquer lado. Pensei em fazer Sandboarding que é uma das actividades mais próximas de Perth a 1:30h, mas será que andar a cair e rebolar na areia vale a pena a viagem? Também posso ir ver a ilha dos Penguins, mas para isso preciso do dia inteiro, e não vou ter o dia inteiro por ter que viajar de retorno da zona do sul nesse dia. Quer dizer, posso também só passar o dia a visitar o centro de Perth que acho que não vou ter muito tempo para o fazer nos primeiros dias, mas ao que parece Perth também não tem um centro muito grande.
Em resumo, será que alguns dos leitores já tenham ido visitar a zona de Perth e tenham ideias de algo interessante para fazer na zona, de preferência a menos de 1 hora de distância de Perth. Ou um desporto, ou um local com uma paisagem espectacular, ou outras ideias? Estou mais que aberta a sugestões.
No outro dia, o fotógrafo Victor Guidini contacta-me e pergunta se quero fazer uma sessão fotográfica num local à escolha de Londres. Não foi preciso pensar duas vezes, claro que queria! E quanto ao lugar, o primeiro sítio que me veio à cabeça, foi uma das minhas zonas preferidas onde ir passear - Broadway Market e o Regent's Canal em Hackney. Algumas das fotos tiradas vão ajudar-me a explicar o porque é que este é provavelmente o meu passeio favorito a fazer em Londres.
BROADWAY MARKET
Se estas fotos tivessem sido tiradas a um sábado, não seria possível tirar uma foto ao pub de especialidades de cerveja Belgas, 'The Dove', sem uma quantidade de stands de comida e vestuário 'vintage' à frente. Sábado é o dia de Mercado, e esta rua fica sempre num reboliço durante esse dia da semana.
'La Bouche' é um dos vários locais preferidos por muitos para tomar o brunch. Este café/mercearia/deli tem uma bancada cheio de comida fresca e deliciosa por isso não admira ser difícil encontrar uma mesa livre aos fins-de-semana.
Esta rua também tem várias opções para passar a noite. No Broadway Market encontram 2 pubs tradicionais, vários restaurantes e uns 3 ou 4 bares. Um deles é o Kansas Smitty's, um cocktail bar localizado em baixo do bar 'Off broadway' que conta com actuações de jazz ao vivo todas as noites.
Outra coisa de que gosto é que, ao contrário de muitos outros mercados de Londres, este não é um mercado turístico. Apesar de ter sofrido mudanças ao longo dos anos, contínua a ser um mercado que serve as comunidades locais, se bem que efectivamente, alguns dos comerciantes aproveitam o facto do mercado ser popular, para manterem os preços elevados.
Nas ruas transverssais encontram vários murais com street art, incluíndo este com a Frida Kahlo.
Imediatamente a sul de Broadway Market, encontram a saída para o canal, e ao caminharem uns 5 minutos para este, vão ter a Victoria Park.
Todos os domingos, encontram também um pequeno mercado no centro de Victoria Park, que conta principalmente com a venda de comes e bebes, assim como fruta e legumes frescos, peixe fresco, etc.
No outro dia andei a passear por volta da hora de almoço e decidi entrar nos Inns of Chancery, em Chancery Lane, que constituem o conjunto de vários edifícios que formam os 'Chambers of Lawyers' onde empresas de advogados das mais variadas especialidades se podem encontrar. Tive que passar por um portão com segurança por isso senti que estava num local onde possivelmente não devia estar, mas o que fez de todo o mais interessante de explorar o exterior daqueles edifícios de aspecto monumental. Verifiquei que a extensão dos edifícios é bem maior do que aquela que aparenta do lado de fora. Lá dentro encontrei umas arcadas antigas e um grande jardim agradável.
O pequeno passei fez-me ficar com curiosidade para ir à descoberta de mais locais semelhantes. Ficam as fotos dos edifícios que tirei.
Janeiro é aquele mês onde o pessoal pensa nos problemas a resolver, nos objectivos a atingir, arrepende-se dos exageros do mês de Dezembro e preocupa-se mais com a manutenção de uma vida saudável. Como tal, encontram-se imensas pessoas a fazer o 'dry January', ou seja, passam o mês inteiro sem beber álcool. E a nova moda que comecei a ouvir falar desde Janeiro do ano passado é o Veganuary, ou seja, passam o mês com uma alimentação vegana.
Como em tudo, o facto de se saber que há muitas pessoas a fazer esse tipo de dietas alimentares durante o mês de Janeiro, ajuda a motivar para que outros as façam também. Acho piada a amigos que chegam ao final de Dezembro e dizem afincadamente que este ano é que vão fazer o 'dry January', mas que passado os primeiros dias não resistem à tentação e vão beber. Também ouvi falar dos que tentam a experiência vegana mas que verificam rapidamente que há lacticínios e ovos em mais coisas do que imaginavam e, como tal, também desistem da ideia rapidamente por falta de escolha.
Eu já há cerca de 6 ou 7 anos que faço anualmente o que eu chamo do meu 'detox'. Varia um pouco de ano para ano mas este ano consiste em não beber álcool, não comer lacticínios, nem carne, nem açúcar, nem cafeína. Basicamente tentar comer comida natural e não modificada o mais possível. Devo dizer que não é fácil, principalmente durante a primeira semana em que penso mais no assunto de cada vez que o faço, mas com o passar das semanas habituo-me e, ao final do detox geralmente consigo o resultado que pretendo que é manter-me a comer essas coisas que estão eliminadas de forma menos regular. Esse bom hábito não dura o ano todo geralmente, mas por isso mesmo volto a fazer o detox todos os anos. Sinto que o corpo fica mais leve durante esse período, fico contente por acordar um mês inteiro sem dor de cabeça afectada pela bebida da noite anterior, e de forma geral sinto-me energética (à excepção da primeira semana em que costumo sentir exactamente o oposto. Penso que pelo efeito de tirar a cafeína a que o meu corpo está tão habituado).
Ainda nunca tinha feito o meu detox anual em Janeiro. Geralmente faço por alturas de Fevereiro, Março ou Abril entre o período de 1 mês - 1.5 meses. Mas este ano quis fazer logo em Janeiro por diferentes razões e, se por um lado fico logo 'despachada', por outro, este é o mês dos estereótipos das dietas, então assim que alguém repara que não estou a beber ou que pedi uma refeição vegana, falam-me logo do 'dry January' ou 'veganuary'. - "Não, não estou a fazer nenhuma dessas dietas. Estou a fazer o meu detox anual, que por acaso calhou a ser em Janeiro este ano." Mas claro que não me livro do estereótipo associado às dietas do mês. Acho que prefiro fazê-lo noutros meses onde a alimentação não é um tópico tão falado. Por outro lado, encontro várias outras pessoas que também não estão a beber este mês o que também é agradável por não ser a única.
Há sempre quem pergunte - "há e tal, mas porquê? É mais saudável manter uma alimentação balançada ao longo do ano todo do que evitar comida um mês durante um ano." Até pode ser que isso seja verdade, mas manter uma alimentação balançada sem ter regras específicas, acaba por ser mais difícil de controlar do que propriamente definir ter uma determinada alimentação durante um determinado espaço de tempo. Portanto, assim fico. O importante é que todos respeitem as opções alimentais dos outros. Estar a criticar alguém pelas suas escolhas não é positivo para nenhuma das partes envolvidas na conversa. Por isso, da próxima vez que se aperceberem que alguém está a fazer uma certa dieta, evitem os comentários desnecessários para evitar que ambos saiam chateados da discussão.
É um dos meus objectivos para 2018 - tirar o passaporte Britânico. Comecei a pensar nisso assim que houve o voto para o Brexit. Em Julho de 2016 já tinha o livro em casa para começar a estudar para o teste da 'Life in the UK' que é necessário confirmar que tenha passado, ao enviar a minha candidatura para o passaporte.
Ao começar a ouvir as notícias iniciais de que os cidadãos da União Europeia que já estão cá a viver iam ficar com direito para continuar no país, deixei o tempo ir passando e não cheguei a ler o livro. Entretanto, com a mudança do ano (e já se sabe os efeitos que a mudança de ano tem em nós relativamente a pensarmos na vida, no que queremos fazer, no que deixámos para trás, etc.) lá me decidi a tirar o passaporte. Mas afinal descobri que ainda tinha que tirar o comprovativo de residência permanente no Reino Unido antes de poder tirar o passaporte. Ora então lá tratei disso, recebi o meu certificado passado cerca de 1 mês, e ao tê-lo, não pensei mais no passaporte porque já tinha ali a minha garantia de que podia ficar a viver permanentemente no Reino Unido. Entretanto, lá as notícias continuam a estipular o que vai acontecer com os cidadãos Europeus após Brexit e, a certo ponto falou-se de que os cidadãos Europeus que cá vivem iam ter que efectuar uma aplicação para provar que cá têm estado a viver e trabalhar à certo tempo, mesmo que já tenham o certificado de permanência de residência. Claro que isto ainda é tudo especulação, e de facto há muitas opiniões e incertezas, mas o que é certo é que vão haver quaisquer burocracias relativas a legalizar os Europeus que se encontram cá a viver actualmente, após o Brexit entrar em vigor.
Ora para evitar mais incertezas, burocracias, para poder ganhar direito de voto e, porque me é permitido ter dupla nacionalidade, nem é tarde, nem é cedo - iniciei o meu estudo para o teste da Vida no Reino Unido hoje mesmo.
Antes disso verifiquei o resto dos requerimentos para ter a certeza de que não havia nada necessário que não me seria impossível de apresentar, e não é que descobri que vou ter que fazer um teste de Inglês!! Eu já fiz um First Certificate in English, um Certificate in Advanced English e dois TOEFL por razões diferentes e porque o certificado de Inglês geralmente tem uma validade até quando ser aceite por entidades oficiais. E agora vou ter que fazer outro mesmo que já esteja aqui a trabalhar e viver à 12 anos e meio?!? O que vale é que para o passaporte um dos certificados permitidos é bastante básico porque é apenas um teste de conversação de 10 minutos intitulado GESE Grade 5. Mas o facto é que mesmo sendo um exame básico, o problema é que custa £150 que ainda é significativo.
Depois quanto ao resto da papelada vai ser muito semelhante ao que tive que enviar para provar a minha residência em Londres por isso espero que aí não hajam complicações.
Ben, por agora vou concentrar-me no teste do 'Live in the UK' e depois o resto logo trato.
Todos os anos penso que gostaria de ir ver a marcha de Ano Novo de Londres, e todos os anos não me consigo levantar a tempo/ estou de ressaca e não quero sair de casa/ mal consigo mexer as pernas fora do sofá/ [insere aqui outra opção relacionada com a noitada da noite anterior] - este ano não foi excepção
Mas a sério, colocam a parada a começar ao meio-dia em Green Park. Para a maioria das pessoas que mora em Londres, demora pelo menos meia-hora para chegar a Green Park do local de residência. Convém chegar lá com alguma antecedência para encontrar um bom lugar, portanto é necessário estar lá o mais tardar pelas 11:30h, o que significa que se tem que sair de casa o mais tardar pelas 11:00h. Ou seja, contando com duche, arranjar, limpar a porcaria em que está a casa da 'after ou pre-party' da noite anterior, e tomar o pequeno-almoço, é necessário acordar o mais tardar às 9h para conseguir sair de casa a tempo. Contando que a festa da noite anterior só começa à séria após a meia-noite e nunca termina antes das 3h da matina, quem é que vai conseguir acordar às 9h da manhã para ir a tempo de ver a marcha de Ano Novo de Londres?
De acordo com os jornais vão cerca de 500,000 espectadores. Não faço ideia de como é que conseguem, mas lá há-de haver uma mistura entre o pessoal 'hard core' que gosta mesmo de ver uma marcha, e os familiares das 8,000 pessoas que fazem parte da marcha
Isto tudo só para justificar que não, ainda não foi desta que consegui vir aqui escrever sobre a marcha. Acho que ainda vai demorar alguns anos até eu ser capaz de lá ir, se isso eventualmente chegar a acontecer.
Este ano passei o Ano Novo pela primeira vez num pub. A escolha foi o The Prince em Wood Green porque alguns amigos vivem na zona, adoram este pub pela sua selecção de cervejas, e tinham combinado com um grupo passar lá a noite já que fazia uma festa até às 3h. Geralmente, festas em casa são as minhas preferidas, mas é a chatisse de já se estar na casa dos 30 em que a maioria das pessoas tem a sua própria casa e não querem que o pessoal parta tudo numa festa. Assim, levamos a festa para fora, que é sempre melhor partir copos num pub do que em casa.
Efectivamente não tinha grandes expectativas de uma passagem de Ano Novo num pub, e ao princípio duvidei, quando lá cheguei e vi que não haviam muitas pessoas no pub, mas ao aproximar da meia-noite, as pessoas vieram, o ambiente era de festa, os vários grupos de pessoas que lá estavam interagiram uns com os outros, dançou-se pela noite a dentro e resultou numa boa forma de entrar no Ano Novo.
Entretanto esta manhã aproveitei para fazer o mesmo que se está a ver na maioria do Instagram hoje - a puxar as minhas #2017bestnine que representam as fotos que tiveram mais gostos do instagram do @tugaemlondres. Abri a conta de Instagram em Maio deste ano e ainda estou a encontrar o melhor tom fotográfico para a conta, mas aqui ficam as fotos mais gostadas do ano: