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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Sem flatmate e sem tempo

O meu flatmate Inglês comprou um apartamento já há alguns meses, mas como tudo relacionado com a papelada demora algum tempo a resolver, só agora em Março é que ele se vai mudar. Ele já sabia que esta seria a data da sua mudança à mais de 1 mês, mas só no fim-de-semana passado é que ele arranjou pessoas para virem ver o quarto. Nós vimos 5 pessoas, e dentro dessas 5 gostámos de 3 delas. 

 

Todas tinham urgência em se mudar por isso era perfeito já que nós precisamos de alguém que se mude no próximo domingo. 

 

Contactámos no final de domingo passado a rapariga de que gostámos mais e ela disse que tinha encontrado um quarto mais barato. Como também tinhamos gostado de outras duas tirámos à sorte e oferecemos então o quarto a uma delas. Ela respondeu que afinal o senhorio dela não a deixa mudar-se tão cedo. 

 

Contactámos a terceira e ela disse que tinha encontrado um quarto maior. 

 

O quê??? Mal podia acreditar que estávamos com este azar visto que a casa, localização e o quarto são bons. Pensei que fosse facílimo arranjar alguém rapidamente. 

 

Visto isto, a sugestão que os meus flatmates fizeram foi alugar a curto prazo e encontrarmos alguém permanente para Abril. Quanto mais penso nessa hipótese, menos gosto dela. Há várias razões pelas quais não me agrada ter uma pessoa desconhecida em casa quando eu não estou lá. Mandei um e-mail ontem à noite a pedir ao meu flatmate para pagar por mais uma semana para dar tempo para encontrar-mos um flatmate permanente. Ele ainda não me respondeu. Não sei se não lhe agradou muito a sugestão, mas o facto é que ele é que deixou para a última da hora para encontrar um substituto por isso acho que não é justo ele colocar-nos nesta situação de ter que ficar com alguém temporário quando não deu tempo o suficiente para encontrar uma nova pessoa para viver conosco. 

 

A ver como a situação se desenrola...

 

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                                                                                   Fonte: https://jakemcmillan.wordpress.com/ 

 

Bares e espaços de concertos de Rock e Metal em Londres

Nesta passada sexta à noite fui pela primeira vez ao Garage. O Garage é um espaço de concertos (espaço de concertos? Tenho estado a pensar nisto à uns minutos, mas realmente não sei que nome dar em Português a uma "venue". O Google Translate também não sabe. Chama-lhe "foro". Não sei se sou só eu, mas eu nunca me lembro de falar com os meus amigos sobre ir ver uma banda a tocar no foro X.  Qual é o melhor nome que dariam a um local onde se costuma ir ver concerto de bandas?) Para os efeitos deste post vou-lhe chamar de espaço de concertos. 

 

O Garage é portanto, um dos espaços de pequenos concertos mais conhecidos de Londres onde passam principalmente bandas de rock. Fui ver Queen Kwong, uma cantora de rock Americana, que ficou conhecida principalmente através de um tipo de rock mais calmo tipo Indie Mellow, mas no concerto de sexta deu um concerto de puro rock. Possivelmente agora está mais influenciada pelo seu namorado guitarrista, Wes Borland, que é também o guitarrista dos Limp Bizkit. É ele que se encontra por trás da cantora nesta foto:

 

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Hoje em dia já não costumo ir tanto a concertos de rock, mas houve uma altura em que ía muito por isso quero aqui deixar indicação de alguns dos locais mais conhecidos que o pessoal rockeiro de Londres costuma frequentar, para quem também esteja interessado nesse tipo de música e ambiente.

 

Os espaços de concertos

 

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Electric Ballroom: Fundado nos anos 30, este espaço que se enche de stands do mercado de Camden Town durante o dia a vender roupas e bugigangas, durante a noite transforma-se num dos espaços mais conhecidos entre os fans do rock. Conta com noites de concertos e de discoteca. Estação mais próxima é Camden Town.

 

Borderline: Fundado nos anos 70 quando a música underground, rock e punk estavam no auge, o Borderline rapidamente começou a ser um dos principais espaços de concertos e noites de discoteca deste tipo de música. Fica localizado por trás de Soho Square, junto a Charing Cross Road. A estação mais próxima é Tottenham Court Road.

 

Garage: Localizado junto à estação de Higbury & Islington, o Garage abriu em 1993 e é costituído por dois andares. Concertos mais pequenos decorrem no 'Upstairs at the Garage', e os maiores concertos e noites com discoteca decorrem no andar de baixo. Já lá passaram bandas como o The Killers, Mumford & Sons, Franz Ferdinand, etc. 

 

The Underworld: Este espaço, localizado em baixo do pub The World's End, junto à estação de Camden Town, é mais pequeno que os acima mencionados, com capacidade para cerca de 200 pessoas, mas conta também com uma variedade de noites de gigs e discoteca. 

 

Pubs com pequenos concertos

 

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The Macbeth: Este pub já conta com mais de 100 anos de história. Muitas bandas já passaram pela casa. Após cada noite de concerto a pista abre para dança e é também um bom pub de forma geral. Fica localizado fora das zonas habituais de rockers, em Hoxton Street. Estação mais próxima é Old Street mas ainda fica a uns 20 minutos da estação, sendo que não vão encontrar muitos turistas por aqui.

 

The Old Blue Last: Este é um óptimo pub, sempre a vibrar a qualquer noite do fim-de-semana e durante muitas noites da semana também. O espaço para concertos fica no andar de cima e também costuma dar espaço para pista de dança após cada concerto. Bandas como os Artic Monkeys, Lilly Allen e Foals já passaram por aqui. A estação mais próxima é Old Street.

 

The Lexington: Óptimo pub, com grande carácter e conta com o espaço para concertos no andar de cima. Também tem pista de dança. Aqui a maioria do tipo de música que passa é rock e indie mas também passam outros géneros por isso convém ver o programa com antecedência para saber o que vos espera.

 

The Enterprise: Pub acolhedor e cheio de carácter mesmo junto à estação de Chalk Farm. Todas as semanas à sexta-feira a DJ Sue, que é uma senhora nos seus 40-50 anos de idade passa música excelente entre funk e rock, indie, e até por vezes mete uma música pop à mistura para a palhaçada. Costuma ser uma noite muito boa. Fora disso, têm também várias noites de pequenos concertos.

 

Pubs e bares onde nem sempre (ou nunca) há gigs mas têm ambiente maioritariamente rock metaleiro

Nota: O código de vestimenta para qualquer um destes bares é o preto

 

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Hobgoblin: 33 Kentish Town Road. Estação: Camden Town

Black Heart: 2-3 Greenland Place. Estação: Camden Town

The Crobar: 17 Manette Street. Estação: Tottenham Court Road

The Intrepid Fox: Até ao ano passado estava junto de Tottenham Court Road mas foi forçado a fechar devida à regeneração da zona. Actualmente encontra-se em 1 Archway Close. Estação: Archway

 

A semana da cerveja

Esta semana de 16 a 22 de Fevereiro decorre a 'Semana da Cerveja' ou a 'London Beer Week'. Isso significa que existem vários bares, pubs, cervejarias e pop-ups que dedicam a semana a oferecer uma experiência diferente em termos de provas de variadas cervejas a preços baixos. 

 

Se comprarem uma pulseira do festival ao custo de £10, isso vai-vos dar direito a irem a visitas guiadas a cervejarias especializadas, descontos em comida e pagarem apenas £3 por cervejas especializadas em qualquer dos locais que estejam envolvidos na Semana da Cerveja. E existem mesmo muitos locais envolvidos espalhados um pouco por Londres inteira. Basta levantar as pulseiras num dos hubs do festival no Soho ou no Este de Londres e recebem um panfleto com a indicação de todos os locais participantes. 

 

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Existem também eventos especializados para os quais terão que pagar extra, mas estes eventos incluem masterclasses para aprender a fazer cerveja, provas de cerveja, jantares, festas em pop-ups e outros. 

 

Não sei se todas as cervejarias de Londres estão envolvidas no festival, mas para os interessados em cerveja, aqui fica um mapa que encontrei no site do Londonist que contem todas as principais cervejarias de Londres que fazem a sua própria cerveja. Passem o cursor pelas cervejarias indicadas na zona que vos interessa para verem o seu nome e depois basta pesquisarem no Google pela sua localização exacta. 

 

 

O que fazer em Londres em Fevereiro 2015

Este post vem um pouco atrasado este mês, mas ainda vem a tempo para poderem aproveitar muito do que vai decorrer durante o mês mais curto do ano. Eu também preciso de me entreter este mês, por isso, vamos lá ver o que há de interessante para fazer este mês:

 

Dia da Panqueca O que é? No Reino Unido não se celebra o Carnaval como nós o conhecemos, mas nessa mesma terça-feira é o dia das panquecas. Para se celebrar este dia em Londres, além de ser um comerem a vossa dose de panquecas com todo o tipo de coisas em cima; o tradicional neste dia são as corridas de panquecas. Nestas corridas os participantes estão geralmente vestidos com algum tipo de máscara e correm enquanto vão virando as panquecas na frigideira. Ganha quem chegar primeiro sem a panqueca ter caído ao chão. Muitos dos lucros deste tipo de eventos vai para caridade.Quando? Terça 17 de Fevereiro. Quanto? Gratuito assistir. Onde? Podem assistir a corridas destas um pouco por toda a cidade. Cliquem no link para verem algumas das suas localizações.

 

Carnaval no Guanabara O que é? O Carnaval também se celebra em Londres, principalmente em bares e discotecas Brasileiros. Guanabara é o mais popular e dedica-se a uma semana inteira de celebrações com eventos especiais cada dia. Aconselho a ir cedo se forem no fim-de-semana, devido às filas. Quando? De 11 a 17 de Fevereiro. Quanto? Cerca de £12. Onde? Guanabara bar, no canto entre Parker Street e Drury Lane. Estação? Holborn ou Convent Garden.

 

Passeio guiado pelo Regent's Canal O que é? Evento organizado por Hype, um grupo que pretende dar a conhecer as coisas boas que Shoreditch e arredores têm para oferecer. Quando? 14 de Fevereiro. Quanto? £6 comprado em avanço. Onde? Bethnal Green

 

Concerto Gratuito no The Finsbury pub O que é? As bandas The Wharves, Daisy Victoria, Being There e Honey, vão actuar num concerto gratuito no reconhecido pub The Finsbury em Greeb Lanes. . Quando? 20 de Fevereiro. Quanto? Gratuito. Onde? Green Lanes. Estação? Turnpike Lane.

 

Ano Novo Chines O que é? Celebrações do novo Chinês do 'ano da ovelha' com eventos a decorrer nas ruas de China Town e West End. Quando? 22 de Fevereiro. Quanto? Gratuito. Onde? China Town. Estação? Leicester Square.

Relações à distância

Não costumo passar tanto tempo sem vir aqui escrever no blog. Os mais atentos podem até ter reparado que houve um dia em que eu publiquei um post sobre o possível fim do relacionamento com o meu namorado e, no dia seguinte decidi apagá-lo. É o tipo de atitudes que se tem quando a nossa mente está a mil, e tomam-se decisões mal pensadas que mais tarde decidimos corrigir. De qualquer forma, foi essa a razão pela qual não me tem apetecido fazer muita coisa inclusivé escrever no blog. Mas agora que estou de cabeça mais calma, e sendo que a razão da nossa separação está relacionada com o facto de ele ter aceite um emprego na Ásia, fez-me lembrar que, concerteza muitos e muitos leitores do Tuga em Londres devem passar por experiências semelhantes, quando uma das partes decide sair de Portugal, Angola, Brazil ou onde estiverem a viver para um deles mudar-se para o Reino Unido. 

 

Por vezes poderão passar-se anos em que vivem separados entre os dois países mas como é que conseguem superar a distância e manter a relação viva? Ou não conseguem e a maior parte de voçês termina a relação passado alguns meses?

 

Para quem já esteja casado, com filhos, etc., talvez seja mais fácil porque não pensam tanto na separação como uma alternativa, mas para quem está a namorar, talvez já não seja tão fácil assim de aceitar essa distância.

 

Considero que existem três factores importantes para se conseguir manter uma relação à distância que são:

  • Ter uma data aproximada em mente de quando vão voltar a viver no mesmo paīs novamente.
  • A possibilidade de viajarem frequentemente entre os dois países para se poderem visitar.
  • Manter comunicação regular a aberta diariamente (ou quase diariamente). 

 

Na falta de um destes três, penso que a facilidade de se conseguir manter uma relação à distância diminui significativamente, apesar de não deixar de ser possível. O facto é que torna-se mais fácil de gerir a distância ao sabermos que isso vai durar apenas durante um tempo limite. 

 

Depois o facto de saberem que se vão ver com uma certa regularidade também ajuda a recarregar as baterias para mais um período de distância. 

 

Finalmente a comunicação quase diária será essencial para que se continuem a sentir próximos e evitar as possíveis desconfianças que, quase inevitavelmente, passam pela cabeça de muitos casais quando existe o factor distância pelo meio. 

 

Tenho um amigo que, quando veiu para Londres deixou a namorada em Portugal com a perspectiva de que ela também se iria mudar passado cerca de 6 meses. Durante esse período de tempo comunicavam e viam-se regularmente, mas mesmo assim notei que, ao fim das primeiras semanas, ele indicava ter dúvidas acerca de querer que a namorada vie-se viver para Londres. É que, de repente ele via-se neste ambiente onde conheceu tantas pessoas novas, saía à noite e achava fácil conversar com raparigas e, inevitavelmente, começa a perguntar-se se não seria melhor estar a viver em Londres solteiro. Entretanto ela veiu e penso que ainda estejam juntos, mas se não fosse o facto de terem um período muito limitado para viverem juntos novamente, penso que teria sido muito difícil para aquela relação dar certo. 

 

Sem dúvida que tenho consciência de que manter relações a longo prazo pode ser muito difícil. De qualquer forma, o meu lado mais romântico gostava de ter tentado a relação à distância com o meu, agora ex.. No entanto, o meu lado mais racional sabe que as 8 horas de diferença do dia e as 13 horas de voo entre Londres e Singapura não são compatíveis com um relacionamento. 

 

Tenho pensado muito principalmente neste fim-de-semana que estou em Nova York, e os ares diferentes ajudaram-me a espairecer as ideias. Sem dúvida que estou extremamente infeliz com a situação mas eu sei que com o tempo esta sensação vai passar e, evitando a tentativa de relação à distância vai evitar muitas dúvidas e frustração. 

 

Fica uma foto que tirei durante estes dias aqui em Nova York para me relembrar do ambiente em que tenho estado enquanto tenho pensado nesta situação.

 

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