Histórias do Wisconsin
Os transportes: Um pesadelo. Aqui só se anda de carro, portanto se não tiverem carro, bem podem esquecer ir a algum lado de transportes públicos Sim, existe um autocarro - passa 1 a cada hora, e é se passar. portanto podem estar ali eternamente à espera para nada. A custar $25 por cada viagem de táxi também não é ideal por isso acaba-se por evitar ir ao centro da cidade.
O escritório: Sabem como nos EUA há aquele estereotipo do pessoal 'geek' que adora ir às convenções de ficção cientifica, adora super-heróis e tudo o resto. Pois, esse estereotipo tem razão de ser. Na minha empresa eles incentivam que cada um decore o seu cubículo de trabalho como bem entenderem já que a maioria do seu tempo é passado no trabalho. Então vê-se pessoal com cubículos completamente decorados com bonecos dos X-Men, outros com coisas dos Star Wars, mas não é só um ou outro boneco, é a decoração completa do cubículo, desde posters, a 'papel de parede' quadros, autocolantes a condizer para a capa do portátil, tudo! Alem das decoracoes interessantes, o pessoal por aqui tem bastantes benefícios - um bar de cereais todos os dias; uma grande variedade de chãs e cafés; pequeno-almoço gratuito às sextas-feiras; um frigorifico com 'aguas de sabores e refrigerantes gratuitos e ate uma torneira de cerveja (não tenho a certeza se existe uma melhor terminologia em Português?) disponível a qualquer hora.
A nova colega: Comigo, esta semana também houve outra nova colega a receber treino, por isso passei a maioria das reuniões com ela. Novamente ela representava mais um estereotipo da cultura Americana - apareceu no escritório na terça à tarde acabada de vir do aeroporto, toda super embonecada com imensa maquilhagem e cabelo arranjado como se tivesse acabado de sair do cabeleireiro (quando tinha acabado de vir de viagem), uma voz fina muito feminina, olhos azuis, cabelos longos (hoje vim a descobrir que eram extensões) morenos encaracolados. Vive em Los Angeles e parecia uma autentica Barbie. Simpática, sem duvida, mas Barbie dos pés à cabeça.
O Denny's: Numa das noites fui jantar ao Denny's. Tinha aspecto de um diner tipicamente Americano por isso não pude perder esta oportunidade de ir jantar a um diner autentico. Segundo os meus colegas, o Denny's é autentico demais. Existe um em cada esquina de estrada e sao reconhecidos pela comida gordurenta. Só vim a saber disso depois de la ter ido, mas não deixei de gostar de la ter ido jantar. pelo contrario. A comida - uma sandes feita com um pão de batata grelhado, que achei muito interessante, era bastante boa e a comida não era frita por isso não houve problemas do gordurento. Talvez ainda lá volte antes de me ir embora.
O Irish Pub: Existe sempre em qualquer local do mundo, e a zona onde estou não é excepção. Uma das noites fui lá encomendar o meu jantar para trazer para o hotel. Enquanto esperava, sentei-me ao bar a beber uma cerveja. Tal como é típico nos bares Americanos, existe sempre mais alguém que esta sentado sozinho no bar (pelo menos é o que aparece nos filmes, e ate que não estavam enganados neste caso), por isso lá o homem que estava também a jantar ao bar começou a meter conversa e em pouco tempo ficou informadíssimo sobre o futuro referendo relativo à independência da Escócia. Lá ficou ele com algo para pesquisar no Google quando chegasse a casa. Muito simpático, e gostei da nossa pequena conversa e companhia enquanto esperava pelo meu jantar.
O Tanner's: Ontem fui jantar ao Tanner's, outra rede de bares que servem hambúrgueres e afins, espalhados em vários locais do país. Novamente sentei-me ao bar enquanto esperava pela minha comida, o grupo de dois rapazes e 1 rapariga que estavam sentados perto de mim começaram a meter conversa em pouco tempo (não sei se é o facto de eu estar sozinha sentada num bar que chama as atenções ou se é mesmo só o facto dos Americanos do Wisconsin serem simpáticos e meterem conversa com toda a gente. Os meus colegas ja me tinham informado que é normal pessoas irem jantar sozinhas a este tipo de bares por isso acho que é mesmo só o facto de serem simpáticos. Com estes acabei por ter uma conversa mais longa e chegamos a trocar números para o caso de dar para nos encontrarmos ainda outra noite enquanto eu cá estou. Era bom que em Londres também fosse assim tão fácil de conhecer pessoas novas mas geralmente esse não é o caso.
A Portuguesa: Achei um piadão como algumas das pessoas que conheci nesta semana, inclusive o Vice Presidente de Vendas e os rapazes que conheci no Tanner's ficarem muito surpreendidos de eu ser Portuguesa. É que aparentemente nunca tinham conhecido ninguém de nacionalidade Portuguesa antes, por isso conhecerem-me a mim foi quase como se estivessem entrado num programa do National Geographic. Haha!
A Happy Hour: Estava toda contente porque a minha chefe tinha organizado uma Happy Hour do departamento de marketing hoje à noite porque eu estou por cá. Afinal, quando chegamos ao bar (e eu cheguei com ela), ela não se ofereceu para pagar a minha bebida. Entretanto chegaram só mais duas colegas e o resto não veiu que já tinham planos para a sexta à noite. Fiquei um pouco chateada - 1 porque nao veiu quase ninguém; 2 porque afinal a happy hour nao foi happy hour coisíssima nenhuma. Em Inglaterra chamar Happy Hour a um encontro no bar organizado pela empresa e nao ser pago pela empresa seria considerado como uma blasfémia.
Sexta à noite: Ainda não sei como vai ser porque neste momento ainda sao so 21h. Um dos meus colegas convidou-me para sair com ele e com os amigos o que achei muito simpático da parte deles porque senão ia passar a noite aqui no quarto a ver TV. Eles vem-me buscar daqui a meia-hora por isso no próximo post posso falar sobre como é a noite de Madison.