Tinha eu 15 anos quando li um artigo de jornal em que o jornalista começou o artigo assim "Faz hoje 15 anos que celebrei os meus 15 anos". Nunca mais me esqueci desse artigo porque achei interessante a retrospectiva que o autor estava a fazer aos seus últimos 15 anos de vida, quando estava a entrar numa nova década da sua vida. Eu, tendo 15 na altura, senti que estava "no outro lado da moeda", e que tinha uma espécie de tela branca à frente que me permitia pintar a minha vida como bem quisesse durante os 15 anos seguintes. Talvez por isso tenha ficado sempre com a ideia de que fazer os 30 seria um marco importante na minha vida.
Hoje cheguei a esse marco, e ao olhar para tráz vejo que a tela tem algumas imperfeiçoes e que não ficou desenhada bem da forma que eu queria, nomeadamente a nível profissional não estou no nível de senioridade e salário que queria e a nível pessoal já queria ter encontrado o "Mr. Right" por esta altura. No entanto, de forma geral, fico contente por ver que esta é uma pintura bonita de que me orgulho. Aos 15 anos ainda estava eu a entrar para o ensino secundário, e desde então aconteceu tanta coisa! - a minha entrada para a faculdade, o meu Erasmus em Londres, as primeiras entrevistas, os percalços dos primeiros empregos e o esboço que comecei a delinear da minha carreira profissional. Tantos foram os diferentes grupos de amigos, muitos que vieram e foram, outros que ficaram; os namorados e as zangas - aqueles que nos fazem sentir que o mundo já não faz tanto sentido sem eles, mas que passado um tempo já nem nos passam pela cabeça; as saídas à noite e as primeiras sensações de ressaca - daquelas em que prometemos para nós próprios que nunca mais voltamos a beber, mas que ao fim de alguns dias esquecemo-nos da promessa. As diferentes viagens com a família, amigos e trabalho e as experiências e lembranças deixadas por cada uma delas. Os momentos de maior sucesso no trabalho e aqueles em que só me apetecia chamar nomes ao meu patrão ou colegas. Os momentos dedicados a mim mesma em que me concentro numa profunda tristeza, e os momentos de completa alegria em que me sinto no topo do mundo.
Um pouco mais de metade da minha tela foi pintada em Londres, e, apesar das linhas escuras pintadas nesse lado da tela, a maior parte da pintura é feita de cores alegres que me fazem agradecer o momento em que tive a oportunidade de vir para esta cidade. Sinto que mudei imenso como pessoa ao longo destes anos, aprendi e cresci. A minha vida em Londres e as experiências que aqui tive fazem de mim a pessoa que sou hoje e estou contente com o resultado. Há coisas que queria ter pintado na altura a que chegasse aos 30 e que não pintei, mas pensando em retrospectiva - há alguma coisa que eu teria feito de forma diferente ou alguma oportunidade que me arrependo de não ter apanhado? - De forma geral, a resposta é não. Claro que agora sei que talvez deveria ter tomado algumas decisões diferentes em certas alturas, mas como costumo dizer - é a viver e a tomar as decisões erradas que se aprende para melhorar no futuro.
Agora que cheguei a este marco da minha vida parei a pintura desta tela e vou deixá-la como está. Fica pendurada na minha memória para que sempre que queira, possa rever, repetir boas tomadas de decisão e lembrar de evitar cometer os mesmos erros. Há minha frente, tenho uma nova tela branca na qual irei desenhar os próximos 15 anos da minha vida. É entusiasmante ter novamente a mesma perspectiva que tinha quando aos 15 anos - a perspectiva de que posso fazer o que quiser da minha vida durante os próximos 15 anos e o entusiasmo para alcançar aquilo que pretendo. Venham daí mais 15!
Quero aqui deixar neste post o link para a música St. Louis Blues de Sidney Bechet, por nenhuma outra razão de que calhou ser esta a música que estava a ouvir quando comecei a escrever este post e que acho que o acompanha bem.
Hoje abriu oficialmente ao público a nova praça da estação de Kings Cross que tem estado em construção já há muito. Fui lá passar na hora de almooço, e que diferença que faz à zona, agora que aquele grande espaço aberto está ali! Como não podia deixar de ser, as pessoas apoderaram-se logo do espaço, sentando-se nos diferentes bancos a tomar o seu almoço ou apenas a descansar e aproveitar o bem-estar que aquela praça traz à zona.
Eu posso não perceber muito de arquitectura ou arquitectura paisagista, mas sei que sem dúvida nenhuma a arquitectura e forma como o espaço de um determinado local, mesmo que pequeno, está distribuido, pode trazer uma sensação completamente diferente à zona. Quem viu e quem vê Kings Cross. Que diferença!!!
Para os interessados, vão decorrer este fim-de-semana eventos na zona para celebração da abertura da nova praça. Conta-se com máquinas de feira-popular, música e stands de comida e bebida durante todo o fim-de-semana, desde a zona da estação atá à universidade Central St. martins em Granary Square.
Quando me quero concentrar a fazer uma coisa específica, seja ela estudar, escrever cartas, escrever posts para o blog ou algo que tenha que fazer no portátil, gosto de sair de casa e ir para um café. Em casa já sei que me vou distrair ou com o Facebook, ou com a televisão ou com a roupa que tenho que pôr a lavar, etc. Assim, estando num café, sei que tenho um tempo limitado para lá estar e é muito mais fácil de me dedicar exclusivamente àquilo que me predispôs a fazer. Por isso, ando sempre à procura de novos cafés bons que sejam calmos, preferencialmente independentes ou parte de uma pequena rede de cafés e que tenham wi-fi gratuita e ilimitada. Já conheço uma boa selecção e passo a listar alguns dos que gosto. Se conhecerem outros semelhantes, preferencialmente cafés que estejam abertos à noite, por favor indiquem nos comentários.
Sem nenhuma hora de preferência ficam aqui:
No centro
Tapped & Packed - 193 Wardour Street, Soho W1F 8ZF: Este era o café onde estava ontem quando decidi escrever este post. É o 3º de uma pequena rede de cafés com o mesmo nome. A sua especialidade é mesmo o café, e nota-se pela forma como filtram o café de forma tradicional enquanto o servem. A decoração é moderna mas incluí expostas máquinas de café tradicionais. Têm também uma selecção de bolos razoáveis. A desvantagem é que é um pouco caro (por um flat white e um muffin paguei £5) e por vezes podem-no encontrar cheio o que é desagradável se notam que outras pessoas querem-se sentar, não há mais lugar e vocês já não estão a consumir, mas apenas ali a passar umas horas ao computador. Outra desvantagem é que aos fins-de-semana estão abertos só até às 18h (durante a semana ficam abertos até às 19h). Fica uma foto que tirei ontem:
The Cafe @ Foyles - Localizado no edifício da livraria Foyles, este café é muito agradável. Com mesas e cadeiras em madeira, o ambiente é bom, é espaçoso e silencioso, mesmo quando está mais cheio, talvez o facto de ser uma livraria faz com que as pessoas mantenham o nível da conversa em tom mais baixo do que num café normal. Durante a semana está aberto até às 21:30h. Localização: 113 - 119 Charing Cross Road, London WC2H 0EB
A Este:
Look Mum No Hands - Aqui podem tomar o pequeno-almoço, o brunch, o almoço, o jantar ou só ir para um café ou até irem lá só para arranjar a vosso bicicleta. É que este café é totalmente dedicado ao tema do ciclismo, com decoração respectiva e tem uma pequena oficina se quiserem deixar a vossa bicicleta a arranjar enquanto tomam o café. A internet é gratuita e ilimitada e existe uma longa mesa virada para a janela com cadeiras altas e tomadas de electricidade para ligarem o computador ao longo de toda a mesa, pelo que é ideal para quem vai sozinho trabalhar no computador. Adoro este sítio! E o melhor são as horas de abertura - das 7:30h às 22h durante a semana e das 9:30h às 22h ao fim-de-semana. Localização: 49 Old Street, London EC1V 9HX.
Shoreditch Grind - Localizado mesmo junto à rotunda de Old Street, este café, à semelhança do Look Mum No Hands, também beneficia da longa mesa junto à janela perfeita para se estar a trabalhar no computador. O ambiente é bom e os empregados são simpáticos, mas por vezes pode também estar muito cheio já que é um ponto de encontro perfeito por estar localizado mesmo junto à estação de Old Street. E uma óptima vantagem é que está aberto até muito tarde - até às 11h durante a semana e até à 1h durante o fim-de-semana. Só no domingo encerra mais cedo às 18h. Localização: 213 Old Street, London EC1V 9NR
Translate - Mesmo no início de kingsland Road, onde esta se cruza com Old Street, encontra-se o Translate. É um bar/café/restaurante com boa decoraçao, um amplo espaço e muita luz natural o que faz com que, mesmo quando tem muita gente, nunca pareça tão cheio assim. Nao sei ao certo o horário de abertura, mas está aberto até tarde e, principalmente às noites de semana encontra.se sempre lá alguém ao computador. A única desvantagem deste sítio é que o staff não é dos mais prestáveis, mas se querem um sítio calmo onde estar sozinhos, este sítio é bom para isso. Localização: 12-14 Kingsland Road, London E2 8DA
Cafe Oto - Super amplo, muito confortável e com ambiente simpático. Gosto sempre que vou a este café, no entanto convém verificarem o site com antecedência antes de lá irem porque o café Oto é um local habitual para concertos de bandas alternativas e pouco conhecidas que têm bom potencial. Portanto, a não serem que queiram ir lá ver um concerto, verifiquem o programa antes de irem. Localização: 18-22 Ashwin Street, Dalston, London E8 3DL
A Sul
The Oval Lounge - Ainda só vim aqui acompanhada. Nunca experimentei vir sozinha mas sei que este também é um dos locais favoritos dos locais para passarem uns tempos a surfar na Internet enquanto bebem um café ou jantam. O horário também é bom até por volta das 23h durante a semana e 24h ao fim-de-semana. Localização: 24 Clapham Road, Oval, London SW9 0JG.
Na altura em que vivia no sul de Londres costumava ir aos cafés de franchising tipo Nero e Starbuck's por isso não sei muito de cafés independentes por esta zona e, ainda menos na zona oeste de Londres, por isso se tiverem boas recomendações por favor indiquem nos comentários.
Como todos os anos, este ano vou voltar a celebrar a minha festa de aniversário com uma festa temática. Decidi o tema durante as minhas férias em Portugal na noite antes de voltar para Londres. Na manhã seguinte, falei sobre o tema da festa com os meus pais quando íamos a caminho para o aeroporto - o tema é "round the world", ou seja, os convidados devem vir vestidos com roupas representativas de um país ou região algures no mundo. Escolhi este tema porque, não só é um tema divertido que pode dar asas à imaginação de muitas pessoas, como também é um tema fácil já que existem inúmeras possibilidades. Aliás, muitas pessoas já vão ter algo para vestir de festas anteriores. por exemplo, se já alguma vez foram a uma festa de indíos e cowboys, podem usar isso, ou se foram a uma festa havaiana, podem usar essa roupa; se foram ao October Fest devem ter um lederhosen, etc. Muito fácil! Eu com todo o meu entusiasmo inicial, e talvez por estar em Portugal nessa altura, achei por bem vestir-me para a festa com uma roupa tradicional Portuguesa de rancho folclórico. Mencionei isso com a minha mãe e perguntei se me podia ajudar a arranjar a roupa já que só tinha pensado nisso à última da hora da minha estadia e concerteza não iria conseguir arranjar a roupa facilmente em Londres. A minha mãe achou tudo muito bem e disse que me ajudava.
Entretanto vim para Londres e, assim que pensei melhor no assunto, é claro que desisti logo da ideia de ir vestida ao rancho folclórico. Então eu, a aniversariante, ía-me vestir com aquelas roupas tradicionais de saias compridas, camisas até ao pescoço e lenço na cabeça?!? Devia estar mas era doida! Esqueci essa ideia, e fui encomendar um fato de belly dancer - muito mais sexy e exótico que é sempre mais interessante e ajuda a receber os comentários do "ah estás tão gira e tal", o que faz sempre bem ao ego, principalmente quando se está um ano mais velha!
No dia a seguir a ter encomendado o meu fato de belly dancer a minha mãe pergunta-me no skype pela medida da minha saia - "hum??? mas porque é que queres a medida da minha saia?" - pergunto eu.
- "É para a saia do traje do rancho que estou mesmo a acabar" - diz a minha mãe.
Ups!!! Dessa não estava eu à espera. É que como nunca mais tinha falado no assunto, nem sequer considerei a hipótese da minha mãe ter levado com o meu pedido adiante. Mas claro que, conhecendo a minha mãe, que é a pessoa mais querida que conheço, claro que ela ía fazer-me a saia!! Como é que eu não pensei em dizer-lhe que tinha mudado de ideias em relação à roupa da festa? E mais, é que ela não tinha só a saia Saloia (nome dado às meninas de Sintra) que ela tinha feito à mão. Tinha também comprado uma camisinha Madeirense, um avental de Viana, umas meias daquelas brancas arrendadas e uns brincos de Viana! Tinha tudo! Eu nem sabia bem o que dizer com a surpresa - se sorrir ou se chorar. Mas claro que com toda a dedicação da minha mae em preparar-me este fato do rancho, é que nem pensar eu ir vestida à belly dancer depois disto. É claro que iria usar o traje que a minha mãe me preparou.
Vá lá consegui devolver o fato da belly dancer que tinha comprado no ebay. Ainda o cheguei a experimentar e estava a desejar para que me ficasse mal, mas não é que ficava mesmo bem!
Entretanto chegou ontem o meu traje do rancho no correio. Ao início quando peguei na saia só pensei que era demasiado comprida, mas depois quando experimentei vi que afinal é assim toda rodada, o que vai dar um óptimo efeito se eu dançar alguma música de swing durante a festa (ou de rancho folclórico, dependendo da minha disposição na altura. Hehe!). Mas efectivamente, e felizmente, fica-me bem e agora até que estou toda empolgada de ir vestida com uma roupa tradicional Portuguesa. Entretanto descobri que tenho pelo menos mais uma amiga que também teve a ideia de ir de belly dancer por isso, ao menos vou mais original. De certeza que mais ninguém me vai copiar na ideia do rancho folclórico Português. Hehe!
Desde pequena que tenho "pen-pals" (pessoas com quem me comecei a corresponder para ajudar a desenvolver o Ingles mas que nao conhecia). Na altura tinha cerca de 20 pen-pals com quem me correspondia regularmente, mas obviamente com o passar dos anos foram ficando muito poucas e actualmente ainda mantenho contacto ocasional com umas 4. Duas delas já conheci pessoalmente e visitamo-nos algumas vezes e, no próximo fim-de-semana vou voltar a encontrar-me com uma delas que vem a Londres de visita com o namorado.
Ela é Alema e uma das minhas correspondentes mais antigas. Damo-nos bastante bem e já me encontrei com ela em Londres umas 3 vezes e também a fui visitar a Glasgow quando ela lá estava a viver (actualmente está na Suica). No entanto, uma das características dela que acho interessante e que reflete perfeitamente ao estereótipo dos Alemaes é que ela planeia tudo passo a passo e gosta de se manter com as coisas que já conhece muito bem e que sabe que gosta. Completamente diferente de mim nesse sentido, que eu estou sempre pronta para conhecer e experimentar coisas novas.
No primeiro ano que ela me veiu visitar, nos acabámos por ir jantar numa das noites ao Cape Town Fish Market - um restaurante Sul Africano localizado no centro de Londres. Achei que ambos o restaurante e a comida eram médios, mas nada de especial. Daí ter achado estranho quando ela veiu cá no ano passado com o namorado pela primeira vez e ter escolhido ir lá jantar. Londres é uma cidade tao grande com tantas opcoes de bons restaurantes que, sem dúvida que eu poderia ter aconselhado um restaurante bom e diferente para eles experimentarem. Mas claro que também é compreensível que ela queira jogar pelo seguro e levar o namorado a um restaurante que ela se lembra que tenha gostado. Agora este ano eles voltam, nao só exactamente no mesmo fim-de-semana em que vieram no ano passado, mas adivinhem em que restaurante ela quiz marcar o nosso encontro? Ah pois é. Eu até fiquei a olhar para o email duas vezes a ver se estava a ler bem, mas estava mesmo. Enfim, lá voltarei pela terceira vez ao mesmo restaurante. Geralmente só repito quando gosto mesmo muito de um restaurante e, também nunca repito assim muito, mas ao menos sei que nao vale a pena ir a este mais vez nenhuma porque concerteza posso contar lá ir cada vez que ela estiver de visita.
Faz agora 2 semanas que a temperatura Londrina mudou radicalmente. Numa semana estavamos a bater os 29C, na semana seguinte fomos para os 12C. Com esta coisa de andar de bicicleta para o trabalho, agora é que vou comecar a ver se efectivamente vou conseguir "sobreviver" ao inverno Londrino a continuar a andar de bicicleta.
Já na semana passada comprei no ebay umas luvas que tinham como descricao "warm winter cycling gloves". Espero que sejam tao quentes como o indicado. É que um dos meus problemas é que assim que estou uns minutos com as maos ao frio o sangue comeca a desaparecer dos dedos e nao os consigo sentir. Portanto, luvas quentes de inverno vao ser essenciais para evitar que isso aconteca já que com as minhas luvas normais a coisa nao vai lá.
Ontem tive o meu primeiro desafio mais 'a séria, ao decidir sair de casa a chover e andar de bicicleta até Chelsea, no lado oposto da cidade. Só choveu torrencialmente durante uns 3 minutos quando estava a voltar para casa, mas de resto foi tudo chuva molha tolos, por isso nao fez muito mal.
O London Calling também tinha comecado a andar de bicicleta frequentemente mais ou menos ao mesmo tempo que eu neste verao como contou neste post, por isso a ver se ambos conseguimos resistir a este inverno - ou quem desiste primeiro.
Aconteceu-me agora uma engraçada - tinha acabado de decidir escrever o meu próximo post sobre As Noites de Comédia In Londres que são organizadas por um grupo de 3 Portugueses (segundo me apercebi pelo site, mas a informação é limitada) já que a próxima noite vai decorrer já nesta quinta-feira que vem. Quando entrei na administração do blog vejo que o último comentário colocado foi por alguém com nome "Noites de Comédia in Londres" no post Londres recebe noite de comédia Portuguesa que escrevi em 2009, a comunicar o evento.
Bem, das duas uma, ou este é um sinal de que eu devia mesmo publicar o post sobre o assunto, ou é um sinal de que eu devia mesmo ir. De qualquer forma, aqui fica a informação para os interessados em dar umas gargalhadas (esperemos) com comédia Portuguesa, a decorrer no Just in Case Cafe & Wine bar am Oval na próxima quinta-feira dia 19 de Setembro. Fica aqui o link para o evento no Facebook.
Na quinta-feira passada fui à First Thursday de Vyner Street em Hackney pela primeira vez. First Thursdays é um evento gratuito organizado por cerca de 130 galerias no Este de Londres na primeira quinta-feira de cada mês onde todas as galerias envolvidas ficam abertas ao público até às 21h. Dependendo dos meses e das galerias, muitas destas noites das "First Thursdays" são acompanhadas por outros eventos tais como concertos de bandas ao vivo, seminários ou outros. As galerias de Vyner Street são particularmente interessantes pela sua localização - no meio de uma zona industrial -, pelo espaço - encontram-se várias juntas umas às outras e pelo menos 3 delas têm um espaço de exibiçao muito grande -, e pelo ambiente - sendo galerias onde costumam expor alguns artistas muito bons, atraem uma grande quantidade de visitantes que, por sua vez, trazem um ambiente simpático e social a esta noite em Vyner Street. Uma outra vantagem que fica àparte mas não deixa de ser agradável, é o facto de que muitas vezes, nestas galerias existe um patrocinador que paga as bebidas, pelo que têm direito a um copo de vinho com a vossa visita.
Nesta passada quinta-feira a zona estava mesmo a vibrar, com música de rua e algumas exibições muito boas. Houve uma em particular que me impressionou mesmo pelo detalhe de construção das estruturas e esculturas criadas.
Quer pela arte em si ou pela experiência e pelo ambiente, vale a pena ir a uma destas noites. E para quem prefere arte mais convencional (geralmente em Vyner Street, o tipo de artistas tendem a preferir trabalhar com arte moderna) aqui podem ver a listagem dos principais museus e galerias de Londres que têm horários de abertura até tarde a certos dias da semana ou do mês.
E chegamos a Setembro - o mês do final do verão, início do Outono e do friozinho, mas é também o mês do Thames Festival, do iTunes Festival, do OpenHouse, do BigBlitz, uff! Há muito com que nos entretermos este mês. É também o mês do meu aniversário por isso Setembro tem sempre aquele efeito especial para mim.
Ficam detalhes sobre alguns dos eventos a decorrer este mês:
Thames FestivalO que é? Evento organizado ao longo da Southbank para celebrar o final do verão. Conta com concertos, arte, teatro, comes e bebes e termina com fogos de artifício. Quando? De 6 a 15 de Setembro. Quanto? Gratuito. Onde?Southbank. Estacão? Waterloo ou London Bridge.
iTunesFesfivalO que é? Festival de música gratuito que conta com os cabeças de cartaz - Kings ofLeon, Lady gaga, KatyPerry e JustinTimberlake - patrocinado pelo iTunes. Os bilhetes podem ser adquiridos apenas através de sorteio. Quando? De 1 a 30 de Setembro. Quanto? Gratuito. Onde?RoundHouse. Estacao?CamdenTown.
KingsPlace Festival O que é? Festival de música contemporânea, clássica, jazz, poesia e mais a decorrer em Kings Place, um bonito espaco para espectaculos em Kings Cross, junto ao canal, que conta também com um bom restaurante e bar. Quando? De 13 a 15 de Setembro. Quanto? Variado mas podem contar com preços a partir de £4.50. Onde?Kings Place, York Way. Estacão?Kings Cross.
LondonOpenHouseO que é? Festival de arquitectura que permite entrada do público a alguns dos edifícios mais iconicos de Londres. Convém marcar com antecedencia. Quando? 21 e 22 de Setembro. Quanto? Gratuito. Onde?Por Londres inteira.
BigBlitzLiveO que é? Evento temático dos anos 1940 no NationalArmyMuseum. Vai contar com muito Jive e todos devem ir vestidos a rigor aos anos 40. Quando? Sábado, 21 de Setembro. Quanto? £15 para adultos. Onde?NationalArmyMuseum. Estacao?SloaneSquare.
ColourscapeMusic FestivalO que é? Evento onde as pessoas entram num labirinto colorido enquanto ouvem diferentes tipos de música. Quando? De 14 a 22 de Setembro. Quanto? Gratuito. Onde?ClaphamCommon.
BermondseyStreet Festival O que é? Festa anual de rua em BermondseyStreet. Conta com música, danca, comes e bebes. Quando? 21 de Setembro. Quanto? Gratuito. Onde? Entre London Bridge e Tower Bridge. Estacão?London Bridge.