De volta e felizmente com vida
Terminaram as férias e voltei novamente a Terras de Sua Majestade.
O casório no sábado lá foi divertido. Com a boda numa fazenda tipicamente Alentejana e a contar com migas para o almoço, foi mesmo à boa moda do Alentejo. Neste casamento descobri umas novas tradições sobre as quais não tinha ouvido falar antes - aparentemente é tradicional os amigos esconderem os bonecos do bolo da noiva para os devolverem um ano depois num jantar que irão dar aos noivos e às pessoas que estavam sentadas na mesma mesa durante a boda. Para não fugir à tradição os amigos lá roubaram os bonecos, mas esqueceram-se é que é suposto roubarem os bonecos só depois do bolo já estar partido para que os convidados pelo menos possam chegar a ver os bonecos. Não foi o caso e desapareceram logo com eles ao início. Mas não é só essa a tradição. Para esse jantar, um ano depois, terão também que comer um pedaço de bolo dos noivos que foi congelado no dia do casamento para durar um ano inteiro Eu cá não me imagino a comer um bolo com creme após um ano, mesmo que tenha sido congelado.
Ah, mas a tradição que eu gostei mais é que para além dessa fatia de bolo ainda se congelam mais uma outra fatia que é para dar ao primeiro filho. Argh!!!
Ontem lá voltei, mas sinceramente foi uma daquelas viagens que talvez tenha sido a viagem de avião mais assustadora que já tive apesar de não haverem nuvens quase nenhumas no céu para justificarem a turbolência. É que o piloto, das duas um, ou aquele era o seu primeiro vôo e estava nervoso ou então estava bêbado.
Ao levantar voo lá o avião foi aos saltinhos ligeiramente para cima e para baixo que só me fazia ficar com aquele friozinho na barriga, mas o pior foi mesmo a descida. Eu até estava tão bem a dormitar quando sinto grandes solavancos da aterragem. Acordei e olhei lá para fora para ver a pista mas afinal ainda não estava na pista coisíssima nenhuma. Estavamos em pleno voo com a terra lá bem longe ainda. E nós ali aos solavancos todos para cima e para baixo que até tive que me agarrar à cadeira (como se isso fosse servir de alguma coisa caso o avião caísse dali). Notava-se que havia uma certa agitação entre os passageiros, e já metiamos conversa uns com os outros de filas diferentes a falar sobre o assunto. Mas vá lá, aterramos a custo, mas aterramos. Desta vez é que os passageiros quase todos baterem as palmas já que estavam todos contentes mas era de estarem vivos. E era um avião da TAP, nem foi de uma easyjet ou coisa que o valha onde talvez este tipo de condução já fosse mais esperada. Acho que eles deviam tentar era treinar melhor os pilotos antes de os deixarem sozinhos a conduzir um avião. Chiça! Valeu pelo susto.