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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

O Aniversário começa bem... ou mais ou menos

Faltavam uns minutos para a meia noite e, portanto, para o meu dia de anos. Estava para entrar em casa. Procuro a chave na mala e não a encontro no sítio habitual. Procuro pela mala inteira, e nada. Tinha deixado a chave no trabalho. Recorro então a ter que pedir a ajuda a um dos meus flatmates decidindo telefonar para um deles para me abrir a porta. O problema é que o telemóvel estava completamente sem bateria e já nem dava só por uns segundos para poder copiar o número de um deles de forma a pedir a alguém desconhecido na rua que me deixasse utilizar o seu telemóvel.

Olho para a janela da sala e vejo que está com luz. Um deles ainda estava acordado, muito provavelmente ele já que ela costuma ir dormir cedo. Não tenho alternativa senão tocar a campainha e acordando-a possivelmente a ela também. Ao tocar relembro-me que a campainha não está a funcionar. Vejo-me então com mais 4 hipóteses:

1 - Grito pelo nome dele da rua na esperança que me ouça e abra a porta (sendo que se ele me ouvir, também os vizinhos todos vão ouvir)

2 - Toco à campainha dos vizinhos de baixo que acabaram de se mudar para cá no passado fim-de-semana, para me abrirem a porta da rua e depois bastava tocar à porta do apartamento para que os flatmates me ouvissem.

3 - Espero que alguém passe na rua, pergunto se tem um carregador do meu tipo de telemóvel e vou carregá-lo a casa dessa pessoa até poder telefonar.

4 - Vou para o escritório buscar as chaves de casa. 

 

Achei que a primeira seria a melhor opção e lá estava eu à meia noite na entrada para mais um aniversário, a gritar pelo meu flatmate no meio da rua. 

 

Felizmente passado umas 5 ou 6 chamadas pelo seu nome ele lá ouvio e vei-me abrir a porta. Um alívio bem grande, foi o que foi. 

 

Mas apesar do contratempo para conseguir entrar em casa hoje, tive uma confirmação esta noite que me faz ficar bem disposta e esquecer a situação da chave - vou poder participar numa coreografia do meu grupo da aula de Swing para apresentar numa noite em que todos os alunos das diferentes aulas de Lindy Hop desta companhia de dança irão apresentar as suas coreografias em conjunto. Não vai ser fácil a preparação tendo em conta que a coreografia foi ensinada ao longo de 5 aulas e eu só fui às duas últimas, mas vou-me dedicar a arender o resto para conseguir fazer uma boa performance. Estou super entusiasmada com esta novidade. Já vi a coreografia toda e definitivamente não parece nada fácil, mas mal posso esperar para a memorizar. 

Cartão do Cidadão em Londres

Quando estava de férias em Portugal reparei que o meu bilhete de identidade já só era válido até ao final deste mês de Setembro. Então, sendo que estava lá aproveitei logo para ir fazer a renovação. Dirigi-me aos Registos do Parque das Nações, pensando que lá seria mais rápido do que indo à Loja do Cidadão. Qual quê? Passei lá a manhã inteira, como não podia deixar de ser. Parecia até que não estavam muitas pessoas quando lá cheguei, mas com a história das prioridades de grávidas, mães com crianças pequenas e idosos, em cada 5 minutos aparecia alguém nestas circunstâncias que passava à frente. Assim sendo, ali tive que ficar mais de 3 horas plantada à espera. 

 

Como ainda não tinha cartão de cidadão não sabia bem o que levar, mas sabia que geralmente este cartão contém não só o número do BI, mas também o número do cartão de saúde, o número da segurança social e o número de eleitor. 

 

Não consegui encontrar o meu cartão de eleitor e não estou registada na segurança social em Portugal por isso até estava com medo que ao fim de todas aquelas horas de espera não me deixassem pedir o cartão por não ter todos os dados dos documentos necessários. Mas felizmente não foram precisos. Vou ficar apenas no cartão com o número do BI e o do cartão de saúde, que acabam por ser aqueles que uso mais. Preciso de pedir um cartão de eleitor cá no Reino Unido que provavelmente será diferente do meu Português de qualquer maneira por isso também não valia a pena. 

 

Quiz pedir com urgência visto que no dia seguinte voltava para Londres, mas informaram-me que podia pedir o cartão com entrega normal e que este seria entregue no Consulado Português em Londres, o que foi a situação ideal. Assim, não só não tive que pagar o cartão urgente, que segundo me recordo ficava em cerca de £35, como mo podiam enviar directamente para Londres. Para isso tive que pagar mais £5 que o preço normal, o que acho que me ficou em cerca de £20, mas mesmo assim não foi nada mau. 

 

E, o que me impressionou mesmo é que, apesar de não ter pedido urgente o cartão foi muito mais rápido a ser entregue do que esperava. Não foi na semana seguinte a ter pedido o cartão, mas no início da outra apareceu-me uma carta cá em casa a informar que o cartão já estava disponível no Consulado Britânico. Nada mau, ham? Posso não ter tido o atendimento mais rápido no dia em que o fui pedir mas ao menos a entrega foi extremamente eficiente. Só eu é que não tenho sido eficiente que ainda não tive a oportunidade de o ir lá buscar. A ver se vou esta semana que senão até tenho medo que me desapareçam com o cartão de lá. Só espero é que o tempo que vou ter que esperar para o levantar no Consulado não seja em nada equivalente àquele que tive que esperar para o pedir em Lisboa. 

London Fashion Week

Ontem tive uma daquelas noite super aleatórias como só me acontece em Londres. De manhã estava a pensar que ía acabar o dia na festa de inauguração da discoteca Electric em Brixton (abriu a noite passada no mesmo local onde costumava ser a famosa discoteca Fridge que fechou em Março do ano passado). No entanto, as coisas deram um pouco a volta. Uma amiga minha tinha um bilhete extra para o London Fashion Week e fui com ela. O evento estava a decorrer na Somerset House e baseava-se na exposição de vários designers Britânicos que tinham as peças das suas colecções à venda. Fiquei toda contente quando comecei a ver que alguns estavam com 70% de desconto, mas depois quando olhei para o preço de um dos vestidos a £849 apercebi-me logo de que o facto de estar com 70% de desconto não faz a mínima diferença no facto da roupa continuar a ser extremamente cara. Para além da exposição de roupa havia sessões de cabeleireiro, passareles (mas não cheguei a ver nenhum show), acessórios de moda, maquiagem, massagens, etc.

 

Como o evento terminava pelas 19h, pensei que talvez fosse uma boa seguir de lá para o Hotananny em Brixton (um dos melhores pubs de Londres, na minha opinião) e depois seguir para o Electric. No entanto, a noite não se desenvolveu dessa forma. A minha amiga conhecia alguém que tinha estado a trabalhar lá com quem estivemos na conversa e, conversa puxa conversa, acabámos a noite na after party da London Fashion Week na penthouse do May Fair hotel. 

 

Não foi tão glamoroso quanto soa mas não deixou de ser uma noite interessante. É engraçado a forma como as coisas se desenrolam por vezes. Adoro estas coisas inesperadas Londrinas. 

É por isto que os contratos de 6 meses são de evitar

Aumentaram-me a renda! Estou fula e só me apetece bater no pessoal  todo da agência imobiliária ou na senhoria ou em quem quer que seja o responsável pela decisão. Eu logo vi que a intenção deles de me fazerem um contrato só de 6 meses ao início devia ter a haver com mais do que apenas para ver se tratavamos bem da casa. Claro que queriam era aumentar a renda rapidamente. Raios os partam também!

The Book Club

Há cerca de um mês e tal conheci uma rapariga aqui na zona onde moro que me disse que organizava um clube de livros e convenceu-me a juntar-me à mailing list para ficar a par dos encontros seguintes do clube. Eu lá concordei. Nunca antes tinha-me juntado a um clube de livros mas já conhecia o conceito - um grupo de pessoas juntam-se ou em casa de alguém ou num bar ou noutro espaço qualquer para trocarem impressões sobre um livro que todos tenham lido. Geralmente os encontros são de mês a mês (dependendo dos grupos) e em cada encontro uma pessoa do grupo escolhe o livro a ser discutido para o encontro seguinte. 

 

Ela lá me incluíu na mailing list e no primeiro email informou que o próximo encontro seria ontem. Eu como lhe tinha dito que era capaz de ir, e nessa altura que recebi o mailing até estava "inspirada" para a coisa já que andava a ver uma série Britânica chamada The Book Group, ao qual até achava a sua certa piada, lá disse que ía. 

 

O livro escolhido foi o clássico Britânico "Brideshead Revisited" de Evelyn Waugh. Comecei a lê-lo nas férias enquanto estava em Portugal portanto estava com muito pouco tempo para o ler e o livro também não era propriamente pequeno, mas estava decidida a lê-lo até ao fim para poder discuti-lo apropriadamente no encontro do grupo. 

 

Acontece que na semana passada fomos informados que uma colega ía mudar de emprego e o seu último dia ía ser ontem, logo haveria festa para a despedida.  Fiquei chateada porque efectivamente as festas com os meus colegas costumam ser muito boas. Por outro lado tinha-me comprometido ao clube do livro e já estava a meio do livro por isso também não podia agora deixar a experiência de ir ao clube de lado para ir a uma festa da empresa que até existem com uma certa frequência. Até à última os meus colegas me tentaram convencer a ir mas não cedi. Ontem à hora de almoço acabei de ler a última página do livro por isso nem pensar deixar de ir. 

 

#

 

Hoje no trabalho os meus colegas chegam na sua larga maioria atrasados ao trabalho - é sinal que a noite foi longa e boa. Cada qual com uma dôr de cabeça pior que o outro mas não deixaram de contar as inúmeras histórias da noite anterior e de como se divertiram. Eventualmente um deles perguntou-me - então e tu? Que tal foi o teu grupo do livro?

Eu olho para ele com um ar não muito satisfatório e só digo - Shit!

Ele desata-se a rir e diz não estar muito surpreendido mas tenta averiguar mais o assunto:

- Eu bem te disse que devias ter vindo conosco. Quantas pessoas é que foram?

- Uma multidão. Vieram 3. Comigo eramos 4. 

Ele ri-se ainda mais e continua - Eram homens e mulheres? 

- Todas mulheres.

- Humm, deixa-me adivinhar, daquelas que não têm assim uma vida social muito activa?

- Humm, talvez.

- Daquelas com quem é difícil ter assunto e limitam-se a dizer pouco mais que um sim ou um não?

- Mais ou menos algo desse género.

- E aquilo prolongou-se até tarde?

- Às 20h já estava a sair do bar porque elas estavam com fome e tinham que ir para casa jantar :-P

- Eu já mencionei o quanto nos divertimos ontem à noite e que foi uma das melhores noites em que saí com a empresa?

- Obrigada por relembrares.

 

Ele não ajudou lá muito não. De facto bem que preferia ter ido com os colegas, mas de qualquer forma, e apesar do encontro não ter sido lá grande coisa, para não dizer uma perca de tempo, ao menos fez com que eu pegasse naquele livro que até foi bastante interessante. Há que sempre ver as coisas pelo lado positivo. De qualquer forma não fiquei completamente negativa relativamente a ir a possíveis outros clubes de livros. Afinal o clube em que se participa torna-se bom ou mau consoante as pessoas que o frequentam e não tenho dúvida que haverão muitas pessoas muito interessantes que pertencem a este tipo de grupos. Só sei é que não faço quaisquer intenções de voltar a encontros deste grupo em específico.

O Vintage Midnight Walk

E neste passado sábado à noite lá participei no Vintage Midnight Walk, para o qual vários leitores do blog generosamente contribuiram ao patrocinarem a minha participação neste passeio. Foram eles os seguintes doadores - a Catarina, a Liliana, o Óscar Olim, a Cromossoma X, a Jill, o John (não sei como é que alguém com nome Inglês anda a ler o blog mas como deixou o comentário "Go Tuga", imagino que tenha vindo aqui do TugaemLondres?), a Filipa Lima e a Mariana Neves (não sei se a Helena também veiu aqui do blog ou se não). Aos 8/9 doadores, o meu muitíssimo obrigada. Sinceramente contribuiram bastante e a vossa ajuda é muito apreciada :-)

 

Ainda é permitido angariar fundos até 6 semanas após o evento, portanto se mais alguém tiver interesse em ajudar um hospital para crianças com doenças terminais e uma casa para idosos que também sofrem com problemas de saúde, ainda pode contribuir através do link: http://uk.virginmoneygiving.com/team/theactivevintage 

 

O evento em si foi agradável e divertido com cerca de 100 participantes todos vestidos à moda das décadas passadas e, apesar das 10 milhas a andar (=16 kilómetros) à noite e da chuva desenfreada que desatou a correr, felizmente apenas no final mesmo da noite, correu muito bem.

 

Começamos a caminhada em Dalston, no Este de Londres. Passámos por Hackney Central e depois em direcção a Shoreditch, passando depois por Liverpool Street, Moorgate e novamente para Shoreditch. Aí parámos para descansar, comer biscoitos, beber cházinho e ter uma aulinha de Charleston mesmo dentro da igreja localizada no cruzamento de Old Street e Kingsland Road. Terminado o descanso voltamos a fazer a voltinha à City, e ao voltarmos uma terceira vez a Shoreditch, subimos por Kingsland Road até ao ponto de partida em Dalston onde chegámos pelas 3:30h e nos esperavam um saquinho de gulosísses e cachorros quentes. Foi nesse momento que começou a chover desenfreadamente o que fez com que conseguisse ficar completamente encharcada. Mas o importante é que se tenha conseguido manter um clima bastante agradável durante o passeio em que nem sequer esteve muito frio, o que é sem dúvida um grande benefício para quem está para ali a andar de um lado para o outro a meio da noite. 

 

O evento esteve bastante bem organizado com tabuletas bem indicadas e pessoas que faziam parte da organização e nos ajudavam com indicações ao longo de todo o percurso. 

 

Éramos para ser 5 no nosso grupo, mas 1 teve o portátil, telemóvel, passaporte, chaves de casa, etc. roubados na noite seguinte e por isso acabou por não fazer o evento. Ficámos portanto 4 no nosso grupo. Duas delas desistiram a meio do caminho por estarem demasiado cansadas e ficaram as duas Tugas a concluir o evento em nome da nossa equipa. 

 

Fica aqui o penteado à anos 40 que fiz para a ocasião, inspirado num penteado que a minha avó costumava utilizar (para todos os que me patrocinaram eu enviarei o resto das fotos se quizerem ver, desde que me enviem os vossos emails):

 Vintage Midnight Walk hairdo

 

 

O que fazer em Londres em Setembro 2011

Este mês, como teve ocupado com férias no início, acabei por não ter a oportunidade de escrever este post mensal habitual e agora, já indo quase a meio do mês não me parece muito significante fazê-lo, no entanto, não queria deixar de indicar aqui um evento importante a acontecer este mês que acho que vale a pena visitar, que é o Thames Festival, a decorrer já este fim de semana na zona sul do rio com eventos desde Westminster Bridge até Tower Bridge. Incluídos vão estar palcos de música, pistas de tango e jive, exibições de fotografia e outras performances artísticas assim como muitos comes e bebes e um mercado. Incluídos vão estar também uma parada no sábado e outra no domingo com o final do festival a ser celebrado no domingo com fogos de artifício. Este festival, marca também o final do verão.

De volta e felizmente com vida

Terminaram as férias e voltei novamente a Terras de Sua Majestade. 

 

O casório no sábado lá foi divertido. Com a boda numa fazenda tipicamente Alentejana e a contar com migas para o almoço, foi mesmo à boa moda do Alentejo. Neste casamento descobri umas novas tradições sobre as quais não tinha ouvido falar antes - aparentemente é tradicional os amigos esconderem os bonecos do bolo da noiva para os devolverem um ano depois num jantar que irão dar aos noivos e às pessoas que estavam sentadas na mesma mesa durante a boda. Para não fugir à tradição os amigos lá roubaram os bonecos, mas esqueceram-se é que é suposto roubarem os bonecos só depois do bolo já estar partido para que os convidados pelo menos possam chegar a ver os bonecos. Não foi o caso e desapareceram logo com eles ao início. Mas não é só essa a tradição. Para esse jantar, um ano depois, terão também que comer um pedaço de bolo dos noivos que foi congelado no dia do casamento para durar um ano inteiro {#emotions_dlg.confused} Eu cá não me imagino a comer um bolo com creme após um ano, mesmo que tenha sido congelado. 

Ah, mas a tradição que eu gostei mais é que para além dessa fatia de bolo ainda se congelam mais uma outra fatia que é para dar ao primeiro filho. Argh!!! {#emotions_dlg.brrrpt}

 

Ontem lá voltei, mas sinceramente foi uma daquelas viagens que talvez tenha sido a viagem de avião mais assustadora que já tive apesar de não haverem nuvens quase nenhumas no céu para justificarem a turbolência. É que o piloto, das duas um, ou aquele era o seu primeiro vôo e estava nervoso ou então estava bêbado. 

Ao levantar voo lá o avião foi aos saltinhos ligeiramente para cima e para baixo que só me fazia ficar com aquele friozinho na barriga, mas o pior foi mesmo a descida. Eu até estava tão bem a dormitar quando sinto grandes solavancos da aterragem. Acordei e olhei lá para fora para ver a pista mas afinal ainda não estava na pista coisíssima nenhuma. Estavamos em pleno voo com a terra lá bem longe ainda. E nós ali aos solavancos todos para cima e para baixo que até tive que me agarrar à cadeira (como se isso fosse servir de alguma coisa caso o avião caísse dali). Notava-se que havia uma certa agitação entre os passageiros, e já metiamos conversa uns com os outros de filas diferentes a falar sobre o assunto. Mas vá lá, aterramos a custo, mas aterramos. Desta vez é que os passageiros quase todos baterem as palmas já que estavam todos contentes mas era de estarem vivos. E era um avião da TAP, nem foi de uma easyjet ou coisa que o valha onde talvez este tipo de condução já fosse mais esperada. Acho que eles deviam tentar era  treinar melhor os pilotos antes de os deixarem sozinhos a conduzir um avião. Chiça! Valeu pelo susto.

Casório está para breve

Ainda nunca tinha estado tão envolvida na preparação de um casamento quanto este mas tenho gostado da experiência. A minha prima casa-se daqui a umas horas e tenho aproveitado estes últimos dias desde que vim para "a terra" do meu pai para a ajudar. Desde construir os livrinhos para dar ao público na igreja, a enfeitar o carro dos noivos, enfeitar a igreja e treinar os noivos com uma coreografiazinha ao som de bachata que será a sua música de abertura do baile, isto tem sido um corropio. Agora hoje já está tudo quase preparado portanto falta só mesmo embelezar-me a mim própria e enfiar-me no meu vestidito de festa. Tenho é que ter paciência e esperar que chegue a minha vez para arranjar o cabelo, que isto de se ter uma casa com várias mulheres tem muito que se esperar nos preparativos para embelezamentos.

Aii, mas que porra de verão!

Hoje foi dia de visitar a festa das flores de Campo Maior. Já lá tinha ido uma vez mas tinha sido à tantos anos que não me lembrava bem. De qualquer forma hoje também não deu bem para relembrar como deve de ser devido aos estragos causados pela chuva. As ruas enfeitadas, em vez de presentearem os visitantes com os seus tectos de flores multi colores como era suposto, presenteou-nos com tectos de flores brancas, isto porque a chuva fez com que toda a côr tenha saído destas, uma vez bonitas, flores de papel. Algumas ruas tinham os tectos ou arranjos laterais tombados ou destruídos, e muitas outras tinham os arranjos laterais e frontais de cada rua cobertos com plásticos para que se consigam manter até ao fim-de-semana quando são esperados os maiores números de visitantes e também se espera que a chuva já não caia nesse dia. Entretanto os residentes da cidade de Campo Maior continuavam a trabalhar para fazer novas flores de papel de forma a substituir todas aquelas que ficaram destruídas ou descoloradas. Se para mim me custa, só de ver o trabalho que foi ali colocado para criar todas as estruturas em flôr presentes em cada rua a ter que ser feito novament, imagino a frustração por que as pessoas envolvidas no trabalho sentem.

 

Já a mesma coisa se passou nas festas do Redondo que decorreram mais próximo do início do mês de Agosto, em que a chuva também destruiu muitas flores que tiveram que ser reconstruídas durante a noite. É mesmo muito chato.

 

Após a visita a Campo Maior, lá dei um saltinho a Badajoz e quando lá estava choveu tanto, mas tanto, que em cerca de 15 minutos já estavam formados pequenos rios de água da chuva nas estradas da cidade. Não podia deixar de imaginar como estariam as coisas em Campo Maior. Se a chuva caiu com a mesma intensidade por lá, deve ter destruído completamente o resto dos arranjos que, durante a tarde ainda se mantinham intactos. Afinal são só cerca de 18km de distância de Badajoz por isso é perfeitamente plausível que a mesma quantidadade de chuva tenha caído por lá.

 

Aii, e o meu sol e calor que ainda não me apareceram este verão :-(