Ahh, novamente estamos perante o mês do início do verão em Londres. Com ele, começam os festivais de música, a época de Barbeques, dos concertos ao ar-livre. E claro está, estamos novamente perante o mês em que se celebra o Dia de Portugal em Londres. Este ano o festival volta para o Kennington Park como costumava ser durante vários anos à excepção do ano passado. Começa também este mês o Mundial de Futebol, e pelo menos numa rua próxima da minha, já sei que estão a viver num dos apartamentos, Portugueses que vão apoiar a nossa selecção a 100%. Já têm na varanda 7 bandeiras de Portugal asteadas de tamanho médio e uma de tamanho bem grande a cobrir todo o muro da varanda. Vamos lá então entrar para mais um mês cheio de emoções em Londres!
3º encontro das Cartadas Tugas O que é? Encontro ocasional entre pessoas que falam Português e residem em Londres organizado pelo "Tuga em Londres". Quando? Sábado 5 de Junho. Quanto? Gratuito. Onde? The Abbey Tavern, 124 Kentish Town Road. Estação? Kentish Town
Opera no Holland ParkO que é? Várias performances de ópera a precos baixos nos jardins do Holland Park durante o verão. Quando? De 1 de Junho a 14 de Agosto.Quanto? Desde £10 a £54 dependendo dos lugares. Onde? Todas as performances tem lugar na marquee localizada em Holland Park. Estação? Holland Park.
Festival de música de Spitafields O que é? Festival de música clássica, jazz e ópera.Quando? De 11 a 26 de Junho. Quanto? Alguns eventos gratuitos outros pagos mas de baixo preco. Onde? Na Christ Church Spitafields, no Spitafields Market e noutros locais próximos. Estação?Liverpool Street, Aldgate East e Whitechapel.
Trooping the ColourO que é? Celebracao do aniversário da Rainha com uma parada de militares em que a própria vai passar pelas ruas de Londres numa charrete para acenar à populacao. Quando? Sábado 12 de Junho Quanto? Gratuito para verem a parada em pé. Onde? The Mall (rua em frente ao Buckingham Palace) Estação?Charing Cross, Green Park ou St. James Park.
Passeio de bicicleta sem roupa O que é? Evento regular em Londres que conta com a participacao de centenas de pessoas que circulam nas ruas de Londres de bicicleta sem roupas para apoiar boas causas. Quando? Sábado 12 de Junho (no mesmo dia que a parada da Rainha.) Quanto?Entrada gratuita. Onde? Início em Hyde Park. Estação?Hyde Park Corner .
Dia de Portugal em LondresO que é? Celebrações do Dia de Portugal realizadas em Londres. O evento conta com muitos comes e bebes (frango assado, sardinhas e pastéis com nata é o que não falta), e um palco com música e performances de artístas Portugueses.Quando? Domingo, dia 13 de Junho das 11h às 19h. Quanto? Entrada grauita. Onde? Kennington Park Estação? Oval ou Kennington
Semana da bicicletaO que é? Vários eventos ao longo do país a promover o uso mais frequente da bicicleta como meio de transporte. Quando? De 19 a 27 de Junho. Quanto? Eventos gratuitos. Onde? Em Londres vão haver eventos um pouco por toda a cidade. Um interessante será o passeio pelos parques de Londres com início no Queens Gardens em Regents Park, no dia 20 de Junho pelas 11h que irá durar até às 16h. Estação? Regents Park
Competição de ténis de Wimbledon O que é? Uma das competições de ténis mais reconhecidas a nível mundial que conta com a participação dos melhores jogadores a nível mundial. Quando? De 21 de Junho a 4 de Julho. Quanto? De £5 a £104 dependendo dos dias e dos courts. Onde? Wimbledon. Estação? Wimbledon.
Hard Rock CallingO que é? Festival de música rock que conta com a presença de Pearl Jam, Stevie Wonder, Paul McCartney, Jamiroquai, entre muitos outros. Quando? 25 a 27 de Junho. Quanto? £100 para dois dias ou preços individuais só para alguns dos concertos. Onde? Hyde Park Estação? Hyde Park Corner ou Marble Arch
Na passada terça-feira a minha colega chega-se ao pé de mim e pergunta-me se quero ir jantar ao restaurante no escuro. Já tinha ouvido falar à alguns anos atrás do restaurante no escuro e tinha vontade de lá ir, mas acabei por ainda nunca de facto ter lá estado. O conceito é simples mas muito original - comer uma refeição na total escuridão, e experenciar durante apenas algum tempo, aquilo que é, a vida de muitas pessoas. Os empregados são cegos, e a comida é um mistério. Existe um restaurante em Londres e outros noutras grandes cidades pelo mundo. Em Londres, a fila de espera para conseguir mesa chega a ser de meses, no entanto, ao marcar-se para um dia da semana a uma hora menos convidativa, já não será tão problemático. E não foi.
Na quinta-feira, eu e mais 6 colegas do trabalho fomos então para o tal restaurante, onde tinhamos marcação para as 21:30h. Dans le Noir é o nome do restaurante, e fica localizado em Farringdon, Clerkenwell. Ao entrarmos, fomos recebidos por uma das empregadas que nos deu as boas vindas e dirigiu-nos primeiro para o bar do andar superior enquanto preparavam a nossa mesa. Deixamos os casacos, malas, telemóveis e qualquer aparelho que possa dar alguma luz num cacifo e, após alguns minutos no bar, dirigimo-nos para a entrada da sala escura onde íamos ter a nossa refeição.
O empregado da entrada apresentou-nos ao nosso empregado de mesa, ainda na zona iluminada - "este é o Hachar e vai ser o vosso empregado da noite. Não se esqueçam do nome dele porque se quizerem algo durante algum momento da noite para comer, beber, ou para sair da sala, vão precisar de chamar pelo nome dele para conseguir ter o que quer que seja."
Para entrarmos na sala tinhamos que ir em fila indiana e ninguém queria ser o primeiro a entrar. Por isso mesmo, fui eu. Coloquei a mão direita no ombro direito do Hachar e, consecutivamente, os meus colegas fizeram o mesmo. Passámos o primeiro pano preto para entrar numa zona mais escura e, depois novamente um segundo pano preto, para entrar na total escuridão. Escuridão de tal forma que, se abanasse a minha mão a 5 centímetros da minha cara, não seria possível ver qualquer movimento.
Eu sabia que estava a ser guiada pelo Hachar, que ele era cego e sabia perfeitamente para onde estava a ir, mas apesar dele dizer que não íam haver quaisquer degraus durante o percurso, mesmo assim, sentia-me insegura e dava cada passo muito lentamente, para certificar que não ía bater com nada repentinamente.
O Hachar pára a certo momento e pede aos restantes para ficarem quietos e deixarem-me ir sozinha. Basicamente ele queria indicar-me o local para a minha cadeira onde iria ficar sentada durante a próxima 1 hora e meia.
Quando todos se sentaram começamos então numa conversa e risata pegadas a tentar identificar a que distância é que estavamos sentados uns dos outros, o que se encontrava à nossa frente na mesa, etc. Não viamos absolutamente nada, mas com o tacto e o som das vozes deu para perceber que estavamos sentados numa mesa rectangular larga e comprida. A sensação era sem dúvida fora do normal, para não dizer, muito estranha. Neste momento inicial a minha colega (a tal que teve a ideia) diz então que aquilo é tudo muito estranho e que, por isso, vai comer rapidamente e sair dali porta fora. Ela estava meio a brincar meio a falar sério, mas o facto é que, ao pensar no como a situação era estranha e fazia-me sentir tão desprotegida, nesse momento comecei até a sentir-me fisicamente mal. Pensei mesmo que o melhor seria chamar o Hachar para ir lá fora um bocado ver a luz. Mas em vez de chamar o Hachar, achei por bem fechar os olhos e tentar acalmar-me. Resultou. Acho que me comecei a sentir mal porque o meu cérebro apercebeu-se de que eu estava num ambiente onde supostamente eu devia estar a ver, ali sentada à mesa, prestes a comer. Assim, ao fechar os olhos, o meu cérebro já estava à espera de eu não ver e daí, talvez a razão pela qual, eu consegui acalmar o ritmo acelarado do meu corpo.
Aos poucos e ao longo da noite comecei a habituar-me à escuridão e, o mesmo sentirão os meus colegas. O interessante foi quando veio o primeiro cesto de pão. Agarrar no bocado de pão, sentir os seus contornos, cheirá-lo e saboreá-lo. Todos os meus sentidos estavam muito mais apurados e demorei mais tempo a comer e realmente apreciar aquele pedaço de pão. O mesmo se passou com a comida que se seguiu. Nós tinhamos pedido para termos um prato principal e uma sobremesa. Apesar do conteúdo da refeição ser desconhecida, tinhamos à escolha entre um prato de carne, um prato de peixe, um prato vegetariano ou um prato da "escolha especial do chefe". Eu escolhi a escolha especial do chefe. Já que não sabia o que ía comer de qualquer maneira, mais valia ir mesmo ao total mistério (e claro que havia a possibilidade de indicar se tinha alguma alergia ou outro requerimento).
Digamos que comer de garfo e faca o prato principal não foi a coisa mais fácil do mundo. Por isso ao início dediquei-me a sentir mesmo a comida com as mãos para conseguir identificar melhor o que tinha no prato, os tamanhos, etc. Felizmente tudo tinha um tamanho que podia colocar na boca sem necessidade de cortar e a carne que tinha no prato era tão tenra que podia facilmente cortar com os dentes.
Consegui identificar que tinha dois pedaços de carne e um de peixe no prato. Uma das carnes cheirava a porco mas tinha uma textura diferente. As restantes não conseguia mesmo identificar que tipo de animal seria. Só me consegui aperceber de que o peixe tinha uma textura mais densa do que o normal. Identifiquei também que tinha algumas batatas assadas, havia um puré de qualquer coisa que também não consegui identificar e uma espécie de legume tipo em picke, com mais outros legumes verdes (imagineir eu que eram verdes). Já a sobremesa foi mais fácil - tinha uma taça no meio do prato com arroz doce coberto com polpa de manga. À volta dessa taça, dentro de um prato, estavam dois biscoitos e duas tacinhas de chocolate com um creme, cujo sabor pensei que fosse de morango, lá dentro.
De forma geral gostei de toda a comida. Achei as carnes e peixe um pouco estranhas, mas saborosas, e a sobremesa estava uma delícia.
Uma das partes interessantes desta experiência foi aperceber-me de que todas as pessoas do restaurante estavam a falar com um tom de voz muito mais alto do que o que é de esperar num restaurante normal. Além disso, havia uma certa relação com as pessoas das outras mesas, por estarmos todos ali naquele ambiente o que se notou quando as pessoas de uma das mesas começaram a cantar os "parabéns a você" e, de repente, o restaurante inteiro estava a cantar os parabéns. Passado um pouco, noutra mesa começaram a cantarolar "I wanna knowwowowowo, if you'll be my man, hu, ha,..." e toda a gente começou a cantar também.
Uma hora e meia depois de termos entrado, saímos e as empregadas da entrada aproximaram-se de nós e perguntaram-nos se sabiamos o que tinhamos comido. Lá mandamos uns bitaites daquilo que achamos que era, e ela depois revelou o menú. As pessoas que tinham escolhido o menú de carne comeram pato, porco e perú, mas eu e as pessoas que escolhemos o prato mistério (não houve ninguém na minha mesa a escolher o peixe ou o vegetariano) comemos Canguru Australiano, Antílope Africano e Tubarão também das águas Australianas. Aquilo é que foi uma surpresa!! Mas aparentemente os pratos não são sempre os mesmos e eles vão variando o menú. Mas fiquei contente pelo tipo de refeição que me calhou.
De forma geral uma experiência muito diferente, estranha e muito interessante. Se quero fazer outra vez? Pelo menos para breve não. Talvez daqui a uns anos volte a ter a curiosidade novamente. Gostei da experiência e não estou nada arrependida de lá ter ido, pelo contrário. Mesmo assim, prefiro os meus restaurantes normais e ver aquilo que estou a comer.
E já está marcado o 3º encontro das Cartadas Tugas. Desta vez vai ser a um sábado para podermos ficar na conversa até nos apetecer sem pensar que no dia seguinte há que acordar cedo (ou pelo menos muitos não terão que pensar nisso). Já vai ser para breve no próximo dia 5 de Junho antes que a loucura dos jogos do Mundial tenha início. E já que se fala no Mundial podemos aproveitar a oportunidade deste encontro para combinar umas visualizações em grupo dos jogos de Portugal.
Aproveitando que o sol tem estado a aparecer aqui para os lados Londrinos, o encontro desta vez fica marcado para um pub com um bom "beer garden" para podermos aproveitar o possível sol e calor que apareçam nesse dia.
Como sempre agradeço que confirmem a vossa presença ou por comentário ou por e-mail. Ficam os detalhes do encontro:
O objectivo é ficar sem cartas na mão sendo que se deve jogar uma carta de mesmo naipe ou de mesmo valor à carta na mesa. Se não tiver, então tira uma carta do baralho e passa a vez. Existem 5 cartas especiais que são:
7: quando jogado força o próximo a jogar outro 7. Se não tiver, deve tirar três cartas e passar a vez. Caso contrário, se também jogar um 7, força novamente o próximo a jogar outro 7 ou então a tirar seis cartas. E assim por diante...
Ás: salta a vez do próximo.
9: força o anterior a comprar uma carta.
Dama: inverte o sentido do jogo.
Valete: pode ser jogado a qualquer momento (excepto sobre um 7) e seu naipe não tem valor. Quando jogado, quem jogou escolhe o naipe da carta que o próximo participante deverá jogar.
Quando estiver apenas com duas cartas na mão, antes de jogar uma delas, tem que dizer "Tufa Tufa". Se esquecer, alguém falará "Tufa Tufa" por si, obrigando-o a tirar três cartas. Se disser "Tufa Tufa" no momento errado, também vai ter que tirar três cartas. Ganha o jogo quem acabar as cartas primeiro.
Este é um jogo muito simples e divertido. Semelhante ao Uno, para quem conhece. Preparem as vossas estratégias de jogadores de cartas e até sábado dia 5.
Ah, e para quem tiver curiosidade, podem ler um pouco sobre como foi o último encontro.
A meio da tarde de hoje, quando andava pela relva, fechei os olhos e a sensação que tive era tal e qual como a sensação que tenho cada vez que estou de férias de verão em Portugal. O cheiro da relva cortada, o calor a abraçar-me o corpo e o sol a brilhar-me na cara só me faziam lembrar Agosto em Portugal. E que bem que me soube...
Foi o fim-de-semana mais quente de 2010 até agora por terras de Sua Majestade, com os termómetros a atingir os 27ºC o que, por cá, é bastante, e eu passei-o muito bem na zona campestre de Oxfordshire.
Parti de Londres na sexta-feira após o trabalho para acordar numa característica aldeia de Oxfordshire no sábado de manhã. Esperava-me um longo passeio de 8 horas e 15milhas (ou por outras palavras, 24 kilómetros) por entre campos e pastagens, montes e vales da zona rural adjacente a esta aldeia. Já tinha feito este género de longos passeios campestres, cujos percursos são indicados em livros de "hiking", antes e, das vezes anteriores havia sempre um pub incluído algures a meio do percurso, para poder retomar energias. Infelizmente, esse não foi o caso do percurso indicado no livro desta vez. Como tal, e apenas preparados para o passeio com garrafas de água, a necessidade de encontrar um pub a meio do percurso tornava-se cada vez maior. Passámos por 4 pequenas terras ou aldeias (se é que se podem chamar aldeias a localidades com meia dúzia de casas). Ora e toda a gente sabe que, em qualquer localidade por mais pequena que seja, existe sempre um pub. Infelizmente desta vez isso não aconteceu, e ficava surpreendida em cada terra onde chegava ao saber que pub era algo que não existia por lá. Enfim, tivemos mesmo que esperar para terminar o percurso, no fim do dia, para poder voltar à aldeia onde estavamos instalados e ir ao pub local. Assim fizemos. Ao aproximar-me desse pub, já por volta das 19:30h e, ao avistar a sua grande placa a indicar "good food", eu não podia ter ficado mais contente por ter encontrado um pub. Só não contava era que aquele pub afinal, já tinha encerrado o seu negócio. Inacreditável! Parecia que estavamos destinados a não encontrar pub nenhum. Caminhamos assim novamente para a terra seguinte, onde finalmente, conseguimos encontrar um bonito pub que nos serviu a bem merecida cidra fresquinha e comida deliciosa.
Já hoje o dia foi passado também em passeio, mas pelo Blenheim Palace e os seus majestosos jardins. Este parque é sem dúvida nenhuma fabuloso, simplesmente lindo, onde apatece passear durante horas sem fim. O palácio em si, por dentro é muito bonito e só pela sua biblioteca e história do Winston Churchill, que nasceu lá, já vale a pena a entrada. Nos relvados junto ao palácio hoje estava também uma exposição de carros antigos, com algumas verdadeiras pérolas ali apresentadas. Mas sinceramente, o melhor de tudo na minha opinião foram mesmo a zona dos jardins e do parque. Como se extendem por longos percursos, infelizmente acabou por passar o tempo e não tive a oportunidade de ver nem metade de tudo o que há para ver naqueles jardins. De qualquer forma, tudo o que vi já fez com que achasse estes, uns dos parques e jardins mais admiráveis que já vi no Reino Unido.
Para lá chegar, nada melhor que irem de carro. No entanto, caso tal não seja possível, existe a alternativa de apanharem o comboio até Oxford e, daí um autocarro até à bonita aldeia de Woodstock, onde fica localizado este magnifico palácio.
Se bem se lembram deste post eu estou de momento, a fazer a versão caseira do programa "Come and dine with me" com mais 3 amigas. Cada vez uma faz o jantar para as outras, tendo em conta não só a comida mas também a apresentação e entretenimento da noite. No final de cada sessão escrevemos num papel os nossos comentários positivos e negativos sobre o que cada uma achou do jantar, damos uma nota de 1 a 10 e fechamos num envelope, para que os resultados só sejam revelados após o último jantar ter sido realizado.
Desde o primeiro post que escrevi sobre o assunto já decorreram dois outros jantares, mas ainda não tinha aqui falado sobre o segundo porque me esqueci da câmara nesse dia e estava à espera que a cozinheira dessa noite partilhasse as fotos online. Ainda não o fez por isso não posso colocar fotos do jantar, mas posso indicar o menú apresentado por ela (tal como no programa, nós também enviamos o menú entre todas antes da noite, por isso indico exactamente como ela o apresentou):
Starter:
Dome of Tuna Tartar
Main:
Saffron Cod filet and Mediterranean Ratatouille with couscous
Dessert:
Sweet Treat from Heaven
(o que basicamente significava que no momento em que ela escreveu o menú ainda não fazia a mínima ideia do que raio ía ser a sobremesa, daí ter colocado a expressão "sobremesa vinda do céu" - ela na noite confirmou que foi essa mesma a razão de ter dado esse nome à sobremesa. Hehe!)
Estava tudo bom, algumas partes da refeição melhores que outras, mas de forma geral uma noite muito bem passada. De qualquer forma não posso fazer muitos comentários visto que duas delas lêem aqui o "Tuga em Londres", por isso comentários explícitos não são permitidos até a vencedora ser revelada.
O terceiro jantar foi neste domingo passado. Desta vez não me esqueci da máquina, por isso aqui ficam as fotos dos pratos para que possam tirar as vossas próprias conclusões (pelo menos em termos de aspecto e apresentação):
Entrada:
Prato principal:
Sobremesa:
E após estes três jantares iniciais, significa que já só falta mais um jantar antes de sabermos os resultados finais - o meu!!
O pequeno problema é que ainda não decidi todo o menú, e como só faltam 3 semanas até ao meu jantar, convém começar a pensar no assunto. Sim, porque claro que eu quero ganhar! Queremos todas. Afinal a vencedora vai ter direito a um jantar num restaurante à escolha (dentro de certos limites) pago pelas restantes. E devo dizer que as meninas não tornaram as minhas hipóteses nada favoráveis, visto que cada uma se esforçou bastante no seu jantar. Até agora não só todas conseguiram distinguir o seu menú do das restantes, como conseguiram também criar cada qual uma decoração e ambiente únicos. Ou seja, também terei que criar uma refeição e apresentação com características distintas e, ao mesmo também, continuar a não incluir no menú nem carne nem lacticínios visto que uma delas não consome nenhum dos dois.
Se alguém tiver alguma sugestão de pratos muito bons a incluir no meu menú estão à vontade para sugerir. Aceitar sugestões não vai contra as regras do evento por isso ajuda nesse sentido será muito bem vinda.
O aniversário de uma amiga levou-nos à Roller Disco de Vauxhall - Renaissance Rooms Ainda só tinha ido uma vez ao Canvas em Kings Cross que, entretanto fechou. Dessa vez tinha gostado, mas não tanto como na noite de ontem. O facto é que andar a dançar de patins torna-se cansativo ao fim de algum tempo de andar ali às voltas, mas se o ambiente estiver virado para a galhofa, então não há melhor para uma noite bem divertida.
Cerca de 60% das pessoas que lá estavam estavam vestidas à anos 80, cheios de cores, óculos à maneira e cabelo empinado com gel. Para os rapazes que vão bem vestidos à 80´s então, é um sucesso total, porque grupos de miúdas querem sempre tirar fotos com eles. Ficam todos contentes quando se vêm rodeados de "fãns".Eu? Coloquei os meus leggings cor de rosa choque, um top com um dos ombros destapados à 80´s style, igualmente cor de rosa choque, calções pretos e cabelo apanhado para o lado. Hehe! Não me apetecia estar a comprar nada para a ocasião, mas juntando uma peça e outra lá encontrei o vestuário perfeito para a noitada.
Os bilhetes custam £12 que já inclui o aluguer dos patins para toda a noite. Convém é comprar com antecedência visto que aquele tipo de discoteca é popular já que não há muitas. Neste momento, como a de kings Cross já fechou, esta é a única que conheço em Londres.
Uma vez lá dentro existem duas pistas, uma mais pequena (mas mesmo assim grande o suficiente) onde passava principalmente música do estilo anos 80 e alguma música mais actual, e uma segunda pista maior onde a música era mais estilo disco e house.
Diga-se de passagem que há lá muito pessoal que devem ser clientes frequentes que, efectivamente sabiam dançar muito bem com os patins. Mas isso não se aplica a todos que, tal como eu, sabiam pouco mais do que andar ali às voltas. Ainda me andei a entreter a tentar aprender a andar de patins na retaguarda, mas diga-se de passagem que, parece muito mais fácil ver fazer do que realmente é.
Talvez não seja o local ideal para ir sair à noite frequentemente, mas sem dúvida que de vez em quando é be divertido. Keep on grooving...
Eram 8:30h da manhã. Já estava atrasada para o trabalho e, ainda por cima, tinha que esperar que o sinal do trânsito passasse para vermelho para poder atravessar a estrada e entrar no metro. Quando finalmente fica verde para os peões olho para o automóvel que tinha acabado de parar em frente à passadeira e só vejo um cachecol do Benfica bem na parte de frente da janela, várias pessoas lá dentro, e duas delas com bonés de Benfiquista. Sinal que a victória também se celebrou em grande por estes lados a muitos kilómetros a Nordeste do Estádio da Luz.
10 anos faz o museu Tate Modern este ano, a serem celebrados neste fim-de-semana. São 10 anos de arte moderna do mais original ao mais realista. São 10 anos de exibições temporárias no Turbine Hall da Tate Modern. O Turbine Hall, basicamente é um espaço muito alto e amplo localizado dentro do edifício que, tem alojado ao longo destes 10 anos, as chamadas comissões anuais de arte da Unilever Series. Cada ano viu uma exibição principal diferente que durou vários meses do ano. Entre uma e outra exposição da Unilever Series têm havido outras exposições permanentes mais curtas, mas também interessantes. Na minha opinião, muitas vezes, essas outras exposições curtas até mereciam mais ter feito parte da Unilever Series do que algumas das oficiais. Lembro-me particularmente de uma delas, por altura do verão de 2007 que retratava as cidades mais populosas do mundo. Muuuito interessante! Pena ter ficado tão pouco tempo pela Turbine Hall.
Mas falando da Unilever Series, já que faz os seus 10 anos de existência, fica aqui apresentada cada uma das suas instalações:
Ano 2000
Maman de Louise Bourgeois
Apesar da sua principal presença na Tate Modern ter sido no ano 2000, esta instalação já voltou pelo menos duas vezes mais à Tate Modern desde então (que eu tenha visto). Ficou indicada como uma instalação marcante da Unilever Series. Sinceramente, para mim não passa de uma aranha grande. Como a minha relação com aranhas também não é muito boa, diga-se de passagem que não gostei muito das duas vezes que vi esta instalação na Tate.
Ano 2001
Double Bind de Juan Munoz
Ao colocar figuras e objectos num tecto falso do Turbine Hall, o artista pretendia de alguma forma transmitir a ideia de solidão e ilusão. Não posso comentar sobre esta instalação que não a cheguei a ver.
Ano 2002
Marsyas de Anish Kapoor
Quase grande demais para o espaço da Turbine Hall, este trompete criou tanto interesse que foi re-instalado noutros museus reconhecidos em outras partes do mundo. Não posso comentar por não ter visto.
Ano 2003/2004
The Weather Project de Olafur Eliasson
A Turbine Hall completamente vazia à parte da metade de baixo de um grande sol, que reflectia no espelho colocado no tecto a todo o comprimento da Turbine Hall. Agora imaginem a reacção das pessoas do chão a olharem para a sua reflexão no tecto. Foi a primeira instalação que vi da Unilever Series e sem dúvida alguma, a melhor que vi até hoje. A interação das pessoas com a instalação foi fenomenal. Adorava que esta voltasse à Tate.
Ano 2004
Raw Materials de Bruce Nauman
Nenhuma alteração física foi feita ao espaço da Turbine Hall para esta instalação. Simplesmente vários sons provinham de diferentes partes das paredes, com palavras, frases e expressões diferentes em línguas diferentes até. Conceito interessante. Gostava de ter estado lá.
Ano 2005
Embankment de Rachel Whiteread
Um pouco com a intenção de criar a ideia de se estar entre icebergues, foi uma das ideias da artista e, a imaginação dos visitantes até foi mais longe visto que lhe deram várias associações. Cheguei a ver a instalação. Interessante mas não me fez querer lá ficar durante muito tempo nem de revê-la.
Ano 2006
Test Site de Carsten Holler
Vários escorregas em metal entrelaçaram-se pelo espaço da Turbine Hall durante esta instalação. Ainda não posso acreditar que deixei passar esta sem de facto ter experimentado andar nos escorregas. Fui lá algumas vezes durante o período da instalação mas, ou porque a fila estava grande ou porque preferia deixar para a próxima, acabei por não o fazer. Talvez volte um dia.
Ano 2007
Shiboleth de Doris Salcedo
Ora esta é uma instalação fácil de descrever - era uma racha no chão. Só e simplesmente uma racha no chão. Interessante para alguns. Para mim, foi uma perca de uma boa oportunidade de ter visto algo realmente com interesse, caso a Unilever Series tivesse escolhido outro artista.
Ano 2008
TH.2058 de Dominique Gonzalez
Dezenas de beliches espalhados pela Turbine Hall com livros em cima. Ao fundo, um ecrã que mostrava imagens de cenas de filmes de ficção científica e como som o barulho da chuva a cair. A ideia é avançar vários anos no futuro e imaginar uma chuva infindável sobre Londres. Para se protegerem, os habitantes têm que se refugiar na Turbine Hall, daí a grande quantidade de camas providenciados. A ideia e o espaço estavam bons. Apetecia ficar lá algum tempo e dedicar a devida atenção à montagem do filme no ecrã e ao conteúdo dos livros providenciados sobre cada leito.
Ano 2009/2010
How It Is de Miroslav Balka
A mais recente instalação da Tate Modern é uma grande caixa de aço completamente às escuras no seu interior. Ao entrar, eu ía um pouco a medo, pé ante pé, sem conseguir ver um palmo à frente do nariz e, sempre a pensar no que será com que me iria deparar. A parede final foi o que encontrei. A caixa estava completamente vazia. Mas ao encostar-me na parede ao fundo e olhar para a zona da entrada apercebi-me do verdadeiro propósito desta instalação - a reacção das pessoas ao entrar na caixa e a sua interacção com o escuro e com o espaço vazio. Muito interessante. Apetecia-me ter continuado ali encostada à parede e a observar durante muito mais tempo do que o que fiquei. Valeu a pena.
A próxima instalação será só a partir de Outubro. A ver vamos o que vai sair da 11ª instalação. Mas até lá há que celebrar, 10 já foram.
Já tinha falado um pouco sobre a minha última viagem à Bretanha num post anterior mas ainda não tinha deixado aqui umas fotos e, sinceramente, acho que valem muito a pena deixar. A Bretanha tem sítios lindos e, no último dia da viagem fui a Dinan que é uma vila medieval bem bonita e que, sem dúvida, vale a pena visitar. Dinan é a combinação de localidades maiores e mais turísticas da Bretanha como Rennes, onde tinha estado no ano passado, mas não tão pequena quanto a localidade de Combourg da qual também tinha falado no post do ano passado. Dinan é simplesmente o sítio perfeito a visitar num fim-de-semana, para quem vem de Londres e quer sentir-se no campo, mas, ao mesmo tempo, ter algo de diferente e interessante para visitar. Fica apenas a 20 minutos de carro do aeroporto de Dinard, o qual, por sua vez, fica apenas a 1:30h do aeroporto de Stansted, se tanto. Fácil de lá chegar, tão "perto" de Londres e, mesmo assim com características tão diferentes da capital Britânica. A vila em si é um encanto, com pequenas ruas que serpenteam pela cidade, acompanhadas de edifícios de ar medieval, cafés e "crêperies" com carácter simpático e, uma zona junto a um pequeno rio que só faz com que apeteça ficar por lá a passear o dia todo.
Muito bonita esta localidade e, parece-me uma óptima opção para quem quer ir passar um fim-de-semana romântico fora de Londres. Fica a sugestão e as fotos para abrir o apetite.
Já entramos no mês de Maio há uma semana, mas ainda venho a tempo de dar indicações de vários eventos importantes a acontecer este mês. Já a decorrer de momento e até ao fim-de-semana, é o City Showcase que garante trazer novo entretenimento para os amantes de boa música. De qualquer forma penso que o principal evento do mês terá mesmo que ser o 10º aniversário da Tate Modern. Sem dúvida 10 anos bem passados com arte de muita qualidade (na minha opinião nem sempre, mas na maior parte das vezes) e que, pelo menos a mim já me trouxe muitas tardes e noites nos seus jardins, muito bem passadas. Sem dúvida merece celebração, e eu lá estarei. Portanto, aos que não poderem ir, ao menos sabem que poderão depois contar aqui com o relato do evento.
City ShowcaseO que é? Evento de música que pretende dar a descobrir novos talentos musicais e novos locais onde músicos podem actuar. Conta com vários concertos ao longo de 3 dias com um género variado de diferentes estilos musicais. Quando? De 5 a 9 de Maio. Quanto? £5 para uma pulseira que dará entrada em todos os concertos do evento. Onde? Em diferentes locais maioritairamente na zona de Carnaby Street e Regent Street, mas também em ouros pontos da cidade. Estação? Oxford Circus
10 anos da Tate ModernO que é? O museu de arte moderna Tate Modern, celebra 10 anos de existência. Como tal vai celebrar com um festival de arte e artistas para quem quizer ver. O festival inclui performances e actividades artisticas dentro e fora do edifício da Tate e ficará aberta até à meia-noite nas noites do dia 14 e 15. Quando? De 14 a 16 de Maio. Quanto? Gratuito. Onde? Dentro da Tate Modern e nos seus jardins e zona adjacente exterior. Estação? London Bridge
Museus à noiteO que é? Vários museus abrem as portas durante a noite, com ofertas de alguns shows especiais para a ocasião. Quando? 14 e 15 de Maio. Quanto? Depende dos museus. Onde? Por todo o país.
Final da FA CupO que é? Jogo final da taca da liga de futebol Ingles entre Chelsea e Portsmouth. Quando? Dia 15 de Maio às 15h. Quanto? Depende dos sites mas o preco mais barato que consegui encontrar rondava as £269. Onde? Estádio de Wembley.Estacao? Wembley.
Chelsea Flower ShowO que é? Um dos mais importantes eventos anuais a nível de exposicao de flores e plantas provenientes de todo o mundo no Reino Unido. É um show muito reconhecido e os bilhetes esgotam rapidamente. Quando? De 25 a 29 de Maio. Quanto? Os únicos bilhetes ainda disponíveis custam £43 (para o dia inteiro). Onde? Royal hospital, Chelsea. Estação?Sloane Square.
Open Air Theatre no Regents ParkO que é? Pecas de teatro e comédia decorrem num anfiteatro ao ar-livre no Regents Park. Quando? A partir de 24 de Maio e a decorrer até Setembro. Quanto? Depende do lugar mas os precos comecam a partir de £8. Onde? Regents Park, junto ao Queen´s Gardens. Estação? Regents Park