E com a passagem de ano muito próxima, aproxima-se também o final da minha estadia em Portugal estas férias de Natal de 2009.
Esta coisa de se ser emigrante e viver a maior parte do ano fora do nosso país faz com que cada vez que cá esteja todo o tempo esteja contado e agendado para ver todas aquelas pessoas importantes com quem quero estar, fazer aquelas coisas necessárias como idas ao dentista, ir aos sítios de que se tem saudades e dedicar a tudo isso o tempo necessário para que não saiba a muito pouco. E tudo isto ao fim e ao cabo é cansativo, e já sei que vou sair de Portugal muito mais cansada do que quando cheguei, mas são tudo coisas que não quero deixar de fazer.
Sabe tudo muito bem (excepto a ida ao dentista, claro) e neste momento estou exausta de mais um dia que passei a correr de um lado para o outro, mas também não queria ter deixado de fazer nada do que fiz.
Tenho muitos e-mails para responder e muitas coisas minhas que também queria tratar com tempo, mas acho que algumas dessas coisas vou mesmo ter que adiar para quando voltar ao meu dia-a-dia normal em Londres.
Este alvoroço todo faz parte de quem vive no estrangeiro. Quando o tempo em Portugal não é muito há que fazer contar cada segundo e aproveitar ao máximo o tempo que se tem por cá. Apesar do cansaço tenho estado a adorar a minha estadia desde o tempo passado com a família; às cusquisses com as amigas de longa data; às saídas com os diferentes grupos de amigos; às conversas que nos fazem relembrar o passado; aos momentos passados sozinha ao volante ao som da "minha" rádio que aspiram à sensação de liberdade; ao tempo passado a olhar para o mar e ver as ondas fortes de inverno enrolarem-se nas rochas do Guincho;... sabe tão bem voltar.
Agora preparo-me para os últimos dias da estadia. A passagem de ano vai ser em Peniche com um grupo de amigos. Lá parto amanhã para três diazinhos passados nesta bela vila em frente ao mar onde espero que a noite de ano novo seja bem celebrada para entrar "com o pé direito" no novo ano que espero traga de bom tudo aquilo que 2009 me trouxe de mau. E após pouco mais de um dia para as despedidas finais, lá voltarei novamente para a bela cidade Londrina para lutar por tudo aquilo que quero no novo ano.
Não devo colocar outro post entretanto por isso, aos leitores do Tuga em Londres, uma óptima entrada em 2010 e... até para o ano!
Antes de vir para Lisboa de férias, no Reino Unido andava uma grande campanha para que a música a chegar ao topo dos charts como a música número 1 de Natal este ano não fosse a já habitual música cantada pelo vencedor do programa X Factor (versão Inglesa do programa Ídolos em Portugal), mas sim uma música que representasse o oposto às músicas Pop comerciais - Rage Against the Machine com "Killing in the name".
A campanha foi lançada por um fã de música Rock, Jon Morter de 35 anos, especialista em logística por profissão e DJ de Rock em part-time que, em meados do mês de Novembro iniciou um grupo no Facebook intitulada "Rage Against the Machine for Christmas no.1". A notícia espalhou-se e em poucos dias o número de seguidores do grupo no Facebook e no Twitter ultrapassou um milhão, a notícia espalhou-se pela imprensa e restante comunicação social e até os próprios Rage Against the Machine ficaram surpreendidos quando foram informados que a tal campanha estava a decorrer no Reino Unido para que a sua música datada já de 1992 competisse com a cover da Miley Cyrus, "The Climb" cantada pelo vencedor do X Factor de 2009 Joe McElderry.
Os RATM, ao saberem da tal inesperada campanha até afirmaram que se ganhassem a campanha dariam todos os lucros da venda da música enquanto estivesse no número 1 a uma instituição de caridade e proposeram ao Simon Cowell, que é o responsável pelo programa X Factor e agente do vencedor do concurso, que fizesse a mesma oferta caso o Joe McElderry chegasse ao número 1. Que eu saiba, o Simon Cowell não respondeu a essa proposta.
A lista dos singles a chegar aos charts é baseada não só nas vendas dos singles mas também no de downloads das músicas, e a lista que chegou ao topo este Natal foi lançada no dia 20 de Dezembro, com os Rage Against the Machine efectivamente a alcançarem o número 1 do Reino Unido e com Joe McElderry no número 2. Incrivel o que se pode conseguir através da Internet hoje em dia.
Aqui fica a lista do top 10 do Natal de 2009 no Reino Unido:
1 - Rage Against the Machine: Killing in the Name
2 - Joe Mcelderry: The Climb
3 - Lady Gaga: Bad Romance
4 - Peter Kay's Animated All Star: The Official BBC Children in Need Medley
5 - 3oh!3 Ft. Katy Perry: Starstrukk
6 - Robbie Williams: You Know Me
7 - Cheryl Cole: 3 Words
8 - Rihanna: Russian Roulette
9 - Journey: Don't Stop Believin'
10 - Black Eyed Peas: Meet me Halfway
E para finalizar, como não podia deixar de ser, aqui fica um dos vídeos criados para esta campanha com a grande música, e inesperada vencedora do Top 10 de Natal 2009 do Reino Unido, "Killing in the Name" dos Rage Against the Machine:
Quase pronta para ir dormir para amanhã (ou melhor, hoje quando acordar) estar bem cheia de energia para o reboliço que são sempre o dia 24 e 25. Últimas compras de ingredientes que faltem (ainda não sei o que vai ser mas falta sempre qualquer coisa); esperas nas infindáveis filas do supermercado que indicam-me que não sou a única a esquecer-me de certos ingredientes; e passar o resto do dia 24 a cozinhar bolinhos, entradas e preparar decorações para a grande ceia de Natal. Passar aquele tempo de qualidade com a família; ver aqueles filmes típicos de Natal tipo "Música no Coração" (por falar nisso, ainda não me lembrei de ir ver qual é a programação de filmes para este ano); abrir prendinhas ao dar das doze badaladas; comer todas aquelas coisinhas boas até não aguentar mais. Depois repetir exactamente a mesma dose de acontecimentos no dia 25 (expecto a parte das compras claro, que aqueles últimos ingredientes que só nos apercebemos que faltam já no próprio dia 25,... olha, vão ter que continuar em falta).
São aqueles dias do ano que são sempre idênticos mas que sabem sempre TÂO bem!
Da Tuga em Londres, agora em terras Lusas, desejos de um feliz Natal para todos os leitores e visitantes deste cantinho, estejam em que parte do mundo estiverem!
um bilhete do parque de estacionamento que não permite abrir a cancela porque o sistema "enganou-se" e trocou-lhe os detalhes com os do bilhete de outro automóvel;
sair de casa com 1 hora de antecedência (para uma viagem que demora não mais de 30 minutos) e conseguir chegar ao local com 45 minutos de atraso por ficar completamente parada na IC19. Parada mesmo com os carros da fila desligados, as pessoas fora dos carros a tentar perceber o que se passa e sem forma de sair dali de forma nenhuma. Pena a condutora do carro ao lado se ter lembrado de deixar o carro para ir comprar comida às bombas de gasolina 3 minutos antes do trânsito recomeçar a andar novamente fazendo com que a faixa do lado dela continuasse com fila à mesma até que ela se decidisse voltar para o seu carro;
gastar mais de 15€ em parques de estacionamento em 4 dias;
ficar 45 minutos numa fila para os perdidos e achados no aeroporto onde estavam duas únicas pessoas a atender apenas para me dizerem que a única coisa que eu podia fazer é esperar que a Ibéria se lembre da minha mala.
Eu até nem costumo andar a dizer mal disto e daquilo e até é mais habitual achar que poderá haver uma boa razão para quando as coisas correm mal. Essa minha opinião positiva também passava pelo serviço prestado pelo aeroporto de Lisboa (ou mais precisamente pela companhia Groundforce que é responsável pelas operações de terra relacionadas com a entrega das bagagens do avião para os passageiros. Isto porque ora uma vez era um bocado demorado, mas "ah e tal, é Agosto, eles têm muitos aviões a chegar e devem ter falta de pessoal que está de férias com a família no Algarve"; vai a segunda vez bastante demorado, mas "ah e tal, é Natal, o aeroporto deve estar demasiado cheio de aviões a chegar e os responsáveis das bagagens devem estar sobrecarregados de trabalho"; vem a terceira; vem a quarta; vem a quinta; ah, espera lá, à sexta vez o serviço até foi rápido; vem à sétima novamente demorado;... até que chega um ponto em que não há paciência para isto!
Pela minha experiência de esperar por malas em aeroportos, posso concluir que na minha opinião, sem dúvida que o sistema relacionado com a recolha e entrega de bagagens no aeroporto de Lisboa é simplesmente muito desorganisado! É que é sempre a mesma coisa! Mais de meia hora à espera da bagagem de todas as vezes que é coisa que apenas ocasionalmente me acontece noutros aeroportos.
Comparando com um aeroporto tipo o de Gatwick em Londres, por exemplo, o de Lisboa é um aeroporto mais pequeno, teoricamente mais fácil de gerir (em termos da logística das bagagens pelo menos), até está localizado num país com uma temperatura amena por isso desculpas do género "está tanto frio ou chuva que os empregados não conseguem trabalhar ao ritmo normal". Se é assim em Lisboa, então porque raio é que as malas demoram sempre tanto tempo a chegar e o mesmo não acontece em Gatwick por exemplo? Apenas pode ser uma desorganização do sistema. Mais nada. Nós podemos ter todas as técnicas que os aeroportos de outros países tiverem, podemos ter as maquinarias que facilitem o retirar das malas mais rapidamente como noutros países caso tais existem, recebemos um número de passageiros em quantidades manejáveis. Então porque é que não conseguimos ter um bom sistema em práctica??
Ontem quando cheguei à zona das malas, fiquei espantada ao ver que todas as passadeiras rolantes estavam já cheias de malas com a passadeira parada. Foi fácil perceber que na nossa passadeira, aquelas malas que lá estavam não eram do nosso voo, mas sim de um voo vindo do aeroporto Charles de Gaulle em Paris no dia 17 de Dezembro (portanto à dois dias atrás)! E ali estavam todas paradas no tapete. No tapete rolante!! Nem sequer tinham sido colocadas de lado na zona dos perdidos e achados. Mas será que não havia nenhum empregado capaz de tirar aquelas malas dali e colocá-las na zona de perdidos e achados? Até porque é perigoso deixar ali aquelas malas que alguém mal intencionado poderia sempre levar fingindo que fosse sua sem ninguém dar por nada.
Passado uns 10 minutos começaram a sair as nossas malas. Sairam umas dez. Depois das dez malas iniciais a passadeira rolante parou novamente e tivemos que esperar meia hora até que novamente voltassem a sair mais malas. Desta vez sairam muitas de uma vez só. Tantas que me deu a ideia que eram mesmo todas as que restavam. De qualquer forma os tais 30minutos de espera não se justificam porque se noutros aeroportos conseguem tirar todas as malas antes que esse tempo passe, no de Lisboa também deviam conseguir.
Essa ronda de muitas malas acabou mas a minha mala ainda não tinha saído. Nem a minha nem a de mais umas 10 pessoas que ali também ainda estavam à espera. Continuamos nervosamente a esperar durante mais uns 20 minutos, até desistirmos da ideia e simplesmente ir preencher a papelada para que eventualmente consigam encontrar a mala e trazê-la a nossa casa.
OK, esta parte da perca da mala já não considero que tenha sido culpa do aeroporto de Lisboa mas sim da Iberia que foi a companhia com a qual viajei e, que supostamente devia estar responsável por transportar a mala até Lisboa apesar da minha escala em Madrid mas não o fez. Haviam lá muitas mais pessoas, no entanto a chegarem no mesmo voo que eu e que também tinha originalmente vindo ou de Londres, Roma, Zurique ou outras cidades, tendo feitos todos escala em Madrid e muitos deles terem recebido a sua mala. Por isso o problema também não é só da escala. Mas porra!! Logo a mim? Outra vez!! Já é a quarta vez que me perdem a bagagem e duas dessas vezes foram em Lisboa. Ainda por cima a maioria dos meus presentes para a família e amigos, e algumas das minhas peças de roupa favoritas estavam naquela mala, para não falar em carregadores de telemóveis, etc., etc.
Passei o dia de hoje em casa para poder abrir a porta no caso de me virem entregar a mala, mas qual quê? Primeiro só me enviaram o número de referência para o telemóvel pelas 16h (só a partir do momento em que enviam o número de referência significa que o caso foi inserido no sistema e que posso contar com o facto de que estão à procura da minha mala) e quando tinha para lá telefonado antes a inquirir sobre o assunto responderam-me que pode demorar muito tempo a entrar no sistema porque têm-se perdido muitas malas e estão a entrar cada processo no computador à mão um a um Se há aparelhos para scannar os dados de um cartão de visita automaticamente para uma folha de excel sem estar a entrar os dados manualmente, de certeza que também se poderia arranjar um aparelho para scannar automaticamente a informação dos processos de forma a tornar o sistema muito mais rápido.
Resultado, continuo sem mala, sem a maioria dos presentes, sem a maioria da roupa, a bateria do meu telemóvel está-se a ir e entrega prevista da mala nem vê-la.
Têm sido voos atrás de voos cancelados hoje um pouco por todos os aeroportos devido ao mau tempo. O horizonte também não aparenta sorridente havendo previsão para mais neve amanhã!
Espero que isso não influencie o meu voo amanhã. Eu quero ir para Portugal passar o Natal! Que stress!!
Na quarta-feira fui ver a primeira performance do ballet "The Nutcracker" ( = O Quebra Nozes) no Coliseum e devo dizer que está espectacular. Os bailarinos eram, na sua maioria muito bons mas devo dizer que a bailarina que representou a "Sugar plum Fairy" foi fantática! Tentei ver qual o nome da bailarina mas infelizmente no website do English National Ballet apenas apresenta os nomes dos bailarinos sem identificar quem representou que papel. De qualquer forma verifiquei que uma das bailarinas da noite foi uma Brasileira chamada Fernanda Oliveira que é Senior Principal Dancer do English National Ballet.
Para quem gosta de ballet, este é sem dúvida uma boa opcao a ver este Natal. Quanto aos bilhetes, podem encontrá-los a partir do website Lastminute.com a partir de £10.
Encontrei este vídeo do "Grand Pas de Deux" ao som da qual a Sugar Plum Fairy e príncipe tiveram a minha danca favorita da noite. Esta performance é de um grupo de bailado que nao o que está em Londres no momento, mas dá para ficarem com uma ideia:
Abriu no início de Novembro um novo Starbucks em Londres. Isso nao seria nenhuma novidade de especial sendo que os Starbucks aparecem nas ruas como se fossem cogumelos a brotar, mas desta vez é uma novidade que merece um post visto que este Starbucks é diferente de todos os outros.
A ideia foi conseguir responder ao público que indica preferencia pelos cafés locais de carácter familiar em vez das cadeias impessoais de franchising. Ora e com esse intuito, o novo Starbucks foi desenhado com um ar mais rústico, decorado com tons de castanhos naturais, incluíndo o próprio logo que foi alterado da sua típica cor verde, para uma cor castanho terra.
Logo do lado de fora se nota que aquele é um Starbucks diferente, com um ar até mais elegante dado os vidros da janela que se estendem desde o chao até ao tecto. Ao entrar, do lado esquerdo está uma zona de sofás castanhos em pele Italiana, baixinhos e confortáveis com um toque de sofisticacao. Mais 'a frente encontra-se o balcao de servico, também um pouco diferente dos balcoes dos Starbucks comuns por ter uma bancada de madeira de carvalho sólida e máquinas de café mais baixas do que é habitual com o intuito, segundo os representantes do Starbucks, de promover a interaccao entre o barista (também se podem chamar aos empregados de bar, baristas em Portugues, nao pode?) e o cliente.
O espaco do café estende-se pelo andar inferior onde se encontram as maiores supresas - uma grande mesa em madeira de carvalho com um dos objectivos de permitir que os clientes estejam lá confortavelmente a trabalhar nos seus portáteis; duas pequenas "salas", cada uma delas com uma mesa e sofás em forma de "L" encostados 'a parede que providenciam uma certa privacidade para um grupo de amigos ou até para um casal que esteja num encontro romantico e prefira uma área um pouco mais recantada do resto do espaco; e estantes com livros que tanto podem ser utilizados para leitura pelos clientes como apenas para decoracao. Sem dúvida que o espaco está giro e bem feito e reparei que existe uma grande quantidade de tomadas espalhadas por todo o espaco de forma a permitir o uso de portátil em qualquer zona do café.
Reparei neste café logo nos primeiros dias em que abriu mas só lá entrei na semana passada. Devo dizer que ao início fiquei a pensar que, pelo aspecto exterior, aquele Starbucks deveria ter os precos do café superiores aos restantes, mas afinal cheguei 'a conclusao que os precos mantem-se os mesmos que em qualquer outro Starbucks. Bem, também já sao caros o suficiente, diga-se de passagem.
Com a abertura deste Starbucks a empresa informou que nao está a pensar remodelar todos os Starbucks da mesma forma. O objectivo deles é mesmo manter este como um Starbucks único (pelo menos para já) para que marque pela diferenca e traga ao consumidor a tal sensacao de estar num café de caracteríticas familiares. Talvez consiga um pouco a intencao pretendida tanto quanto seria possível conseguir de um café localizado no centro de Londres (um pouco difícil ter aquela nocao de carácter familiar numa zona tao cheia de turistas e Londrinos), mas nao deixa de ser um bom local onde ir tomar o café e ler o jornal.
Podem encontrar este Starbucks no número 2-3 Conduit Street, Londres W1S 2BX, numa das ruas perpendiculares a Regent Street, antes de chegar a Oxford Circus e localizada um pouco mais 'a frente e do lado oposto da estrada que a loja de brinquedos Hamleys.
Fica um dos vídeos oficiais de lancamento deste Starbucks:
Como nunca passo cá o Natal, todos os anos, antes de ir de férias para Portugal, tenho feito um jantarinho de Natal para alguns poucos amigos cá em casa. O deste ano decorreu ontem mesmo e, modéstia à parte, devo dizer que não me saí mesmo nada mal com o jantar desta vez.
Queria fazer um jantar de Natal tradicional Inglês por isso tinha que incluir o Perú recheado. Como só haviam perús dos grandes congelados e, achei que isso poderia estragar um bocado o sabor da carne, decidi-me a comprar uma das "coroas de peito de Perú" (pelo menos é esse o nome que os Ingleses dão à parte superior do Perú sem contar com as pernas) fresquinha e, pensando que talvez não fosse suficiente para 6 pessoas, comprei também um naco de "gammon" de porco, cuja definição em Português não consigo encontrar mas é basicamente, um naco fumado de uma parte da perna do porco, que é muito semelhante ao fiambre. Para acompanhar servi com couves de Bruxelas, batata e cenourinhas no forno, e a carne foi servida regada com um molho de gravy.
Esse basicamente é o prato principal tradicional do Natal inglês havendo algumas variantes. Como outros elementos tradicionais costumam servir-se salsichas enroladas em bacon como entrada, entre outras coisas e para sobremesa o Christmas Pudding e mince pies serão mesmo os mais tradicionais.
Neste caso eu resolvi ser um pouco mais original com as entradas e sobremesa e, em vez dos elementos mais tradicionais resolvi servir para entrada "salmon wrapps" em que basicamente barrei uma base de tortilha com queijo para barrar, cobri com folhas de alface, salmão fumado fininho, salsa e sumo de limão; enrolei bem enroladinho, levando umas horas ao frigorífico e depois servi cortado em tiras. Deu imensa côr à mesa e ficou delicioso. Também como entradas fiz uns croquetes de atum e uns canapés (daqueles mesmo de compra que não tinha tempo para fazer tudo).
Quanto à sobremesa estava sem saber o que fazer até que encontrei no supermercado um molho de Bailey's para sobremesa. Deu-me logo àgua na boca e decidi que o que quer que a sobremesa fosse teria que incluir esse molho. Por isso decidi o resto da sobremesa em torno desse molho e o resultado foram tacinhas com morangos cortados às rodelas e amoras a cercarem três profiteroles recheados de nata, e tudo coberto com um molho castanho de chocolate e o molho branco do creme de Bailey's. Ficou delicioso! Ah, e claro, para completar seguiram-se as mini mince pies com o café.
Outro hábito tradicional do Natal Inglês que também tivemos no jantar de ontem, é a abertura das Christmas Crackers (vejam em cima na foto) antes de se iniciar a refeição. Basicamente estas são tubos de certão decorados com cores natalícias, fechadas pelos lados como se fossem um rebuçado grande, e que contêm presentes lá dentro. Para se abrirem as Christmas crackers cada pessoa que está na mesa cruza os braços à sua frente agarrando a ponta do "rebuçado" de cada Christmas Cracker com cada uma das mãos, sendo que a pessoa que está ao lado estará a agarrar na outra ponta. Conta-se até três e puxam as pontas das Christmas Crackers com força até que estas se abram de um dos lados deixando saltar os presentes de lá de dentro. A pessoa que tiver ficado com a ponta e o corpo do "rebuçado" fica com os presentes que lá sairam de dentro e a pessoa ao lado que ficou a agarrar só na outra ponta do "rebuçado" fica sem nada. Entre os presentes é costume encontrarem sempre um chapéu de papel tipo coroa para cada qual manter na cabeça durante o jantar e um papel com uma adivinha ou piada. Os restantes presentes encontrados serão melhores quanto mais tiverem pago pelas Christmas crackers, basicamente.