Mais uma vez confusão cá por casa. Ultimamente o pessoal tem andado assim um bocado stressado, mas principalmente porque já lá vão mais de 3 meses e a namorada Americana do Austríaco no.1 AINDA CÁ ESTÁ A VIVER EM CASA! (Ver "Viver com housemates não é bem como se vê na série Friends" no arquivo de Junho). Ora, a casa até pode ser grande mas mesmo assim, não estamos para ter que dar abrigo gratuito a uma namorada, principalmente quando nem sequer nos foi pedida autorização. A verdade é que, de cada vez que puxavamos o assunto com o Austríaco no.1 ele dizia sempre que era só até à data X, depois até à data Y, e até agora nada mas também não dava mais explicações sobre o facto da namorada estar cá. Passei-me!
Uma pessoa até pode ser compreensível que ah e tal, ela é estudante, é simpática e tudo isso. Mas eu quero lá saber da simpatia para alguma coisa quando se trata de assuntos importantes como o facto de ser uma pessoa extra a viver cá em casa, não pagar nada por isso e pior que tudo, NÃO LIMPA NADA!
Aparte da namorada do outro, ainda há o assunto da música alta (ver "viver com housemates não é bem como se vê na série Friends - Parte 2" no arquivo de Agosto), e o assunto da limpeza.
Então lá me decidi a mandar um mail geral para a casa toda a convocar uma reunião amigável para essa mesma noite.
Estavamos todos em casa às horas combinadas à excepção do Austriaco no.2 o que fez com que o Austriaco no.1 fosse todo contente para o quarto a dizer "Ah então se ele não vem é melhor adiarmos a reunião para outro dia". Mas a Austriaco no.2 lá finalmente veiu e ainda era cedo o suficiente para darmos início à reunião, o que fizemos prontamente. Lá veiu o Austríaco no. 1 com cara de maus amigos para baixo e com muito mau humor afirmar "só tenho 10 minutos para estar aqui que estou muito cansado". Desgraçado! Tem sempre que ser ele a começar com os seus maus humores para destruir o ambiente amigável em que estávamos.
Começamos a falar da rotação de limpeza em que cada um devia cumprir a sua vez, passando para o papel higiénico e leite que também deviam ser comprados atempadamente, falamos sobre a música alta à noite até chegarmos ao assunto da namorada. Muito amigavelmente lá pergunto eu quais são os planos deles e quanto tempo é que ela espera ficar cá. Veiu a resposta "Se vocês não querem que ela cá esteja eu vou morar com ela e fazemos já as contas de tudo o que se deve repartir de contas" mas isto dito com um tom de voz e cara que ía assustar qualquer um. Por isso os meus outros housemates continuavam calados. Lá lhe expliquei calmamente que não era não querer que ela esteja cá, mas se estiver, que ao menos participe nas coisas.
Conversa para cá, conversa para lá, nada de especial ficou decidido e como, os meus outros housemates também estavam para ali calados como passarinhos para não aumentar a discussão eu é que fico catalogada como "a má". Não é ser má, é ser justa. Se mais ninguém diz nada, tenho que dizer eu, ora pois com certeza!
A reunião acaba sem grandes conclusões mas no dia seguinte recebemos todos um e-mail do Austriaco no.1 a pedir desculpas porque, de facto, chegou à conclusão que tinhamos razão e que, estava um bocado stressado na noite anterior, mas que deveriamos ter outra reunião para falar com mais calma e resolver o assunto.
Ahhh, assim já gostei mais! No entanto o Inglês que mora conosco como tinha ficado com muita má impressão da reunião da noite anterior responde ao e-mail dizendo que não ía estar presente e que, preferia ir a uma reunião do Clu Clux Clan em Peckham (Peckham é uma zona maioritariamente com residentes de origem africana e considerada muito perigosa) do que vir a mais uma reunião de casa.
Aiiii, mas que paciência que tenho que ter para aturar esta gente!
Nem acredito, finalmente chego a casa com tempo para me sentar e relaxar um bocado. Esta última semana tem side de doidos! Bem, primeiro foram as preparações para uma exposição e depois foi a própria exposição. mas lá acabou finalmente.Com um mês apenas que nos tinham dado para preparar tudo, a pressão era enorme, principalmente nos últimos tempos, mas o resultado foi muito positivo.
Como parte desta exposição/congresso "World Low Cost Airlines Congress" havia mais uma cerimónia de entrega de prémios após o jantar. Ou seja, em poucos dias lá fui eu a duas cerimónias de entregas de prémios (mais tarde vim a saber que esta é a "época" dos prémios e todas as industrias decidem-se a ter um prémio qualquer por finais do verão). Enfim, mas também não me vou queixar. É sempre interessante ir a estas coisas.
Já quase no final do jantar, achei estranho quando vejo uma das empregadas de mesa a dirigir-se para o palco. Ela vai mesmo até ao microfone (que nessa altura estava sem ninguém) e começa a falar. Todos param de comer, curiosos com o que a rapariga estava ali a fazer. E ela começa a dizer algo como "ah, estou muito nervosa de estar aqui mas o meu gerente obrigou-me, porque é o meu primeiro dia de trabalho. Ele quer-me obrigar a fazer uma coisa que não quero, estou muito nervosa, nem acredito que vou fazer isto". Ela é só sorrisos envergonhados e nota-se que está muito pouco à vontade da sua situação alí em palco em frente daquelas poucas centenas de pessoas. O público todo continua com um olhar espantadíssimo a pensar o que será que querem que ela faça...? E ela continua: "Pediram-me para cantar uma música, mas eu não sei cantar. Aii, nem acredito que estou a fazer isto". Então lá começa a cantar um bocadinho, mas coitada, não tinha jeitinho nenhum, por isso lá foge do palco passados os primeiros 10 segundos da canção.
Vem o apresentador logo de seguida ao palco, a pedir desculpas pelo o incómodo que, não sabia que tinham preparado aquilo e até chegou ao cúmulo de afirmar que deviam ter mais cuidado com a contratação de pessoal. O público chateado com as afirmações do homem começa a fazer "buuuu" em desaprovação quando, de repente, lá desata o apresentador a cantar. E não estava a cantar uma coisa qualquer, estava a cantar ópera! De repente outra voz surge do meio das mesas, e era a tal empregada que, afinal tinha afinado a voz num instante e estava também a cantar ópera. Do lado oposto da sala surge um terceiro, também vestido de empregado que sobe para cima de uma mesa e se junta ao dueto a cantar. E como cantavam!! Totalmente inesperado, e muito bom! Até fizeram que o público participasse colocando-nos a todos de pé com o guardanapo na mão e a abaná-lo de lado a lado ao ritmo da música.
Adorei! Espectaculo muito bom mesmo. Quanto aos prémios em si, lá a "RyanAir" ganhou dois prémios, a "Hong Kong qualquer coisa" ganhou "melhor low cost de luxo" (hum,... um pouco contraditório, não?), a Silverjet também ganhou qualquer coisa, e mais uns quantos que já não me lembro.
Adorei foi a parte em que o apresentador, antes de entregar os prémios, disse: "Eu sei que muitos de vocês adoram o palco mas... por favor, nada de discursos!"
É impressionante como por Londres está sempre algo a acontecer. Ou um evento em Trafalgar Square, ou um cafe concerto, ou uma premier dum filme, uma festa de rua, peças de Shakespeare num parque ou concertos gratuitos em Hamstead Heat entre tantas outras coisas. Este fim-de-semana que passou foi a vez do Thames Festival, um festival de rua que, como o nome indica é celebrado ao longo do Tamisa para celebrar o final do verão. Não que este ano tenha havido grande verão que, não passou mais do que um longo e doloroso inverno chuvoso, mas de qualquer forma, o Thames festival tem sempre presença nesta altura do ano.
Claro que eu não podia deixar de ir por isso, juntamente com uns amigos lá nos metemos rumo aos concertos que decorriam ao longo do dia junto a Tower Bridge e, mais tarde aos comes e bebes, é parada carnavalesca e ao fogo de artificio para acabar o festival que decorreu ao longo do fim-de-semana.
Durante o dia, já se sabe, muitas barraquinhas de comes e bebes e artesanato entretinham as pessoas que por lá passavam. Com a pequena diferença dos festivais Portugueses onde, geralmente a cerveja é mais barata, por aqui não é bem o caso. Afinal o país é capitalista á grande e vai vender cada cerveja a £3 tal como se fosse num pub. Mas enfim, não se tem a vantagem da cerveja barata, mas também os Londrinos estão tão habituados aos preços que vai de abrir a carteira para se enfrascarem à mesma de cerveja o dia e a noite toda.
Também havia um evento de skaters tipo competiçao que juntou muito pessoal durante algumas horas. Sempre gostei muito de skate e in-line logo, não podia perder esta competição pelo menos durante uma pequena parte da tarde. Percebia-se que os participantes não eram profissionais mas mais miúdos mas mesmo assim era interessante ver como eles ficavam delirantes quando conseguiam se aguentar de pé depois de um grande salto :-)
Fui também ver a parada carnivalesca onde não faltaram imitacoes do carnaval brasileiro com vestimentas à maneira. Pena é que a maioria das pessoas que estavam no desfile não tenham tanta energia como os Brasileiros logo não se nota tanta aquela energia que se vê na tv (ou ao vivo para quem teve a oportunidade de ir ao Brasil nessa altura). Mas mesmo assim lá nos divertimos em grande a ver a festa passar.
O fogo de artificio era, sem dúvida o mais esperado da noite e correspondeu bem às expectativas. Aliás já vi tantos fogos de artifício mas nunca tinha presenciado um que tivesse tido tanta aderência do pessoal que se encontrava à minha volta a ver o fogo. Estou-me a referir mais especificamente ao Japoneses que se encontravam perto de nós que, a cada foguete lançado faziam sons de "wowwww", "ahhhhhhhhh" e "ohhhhhhhh". Principalmente a Japanesa que estava ao meu lado não parava. Foi tão engraçado ouvi-la tão emocionada com o fogo de artifício. parecia que tinhasido o primeiro fogo de artifício que ela já alguma vez tinha visto. Estava encantada a rapariga. Aemoção que ela transmitia até nos fazia acreditar que, de facto, aquele fogo era fora do normal. Não era, mas tornou a experiência dessa noite mais interessante sem dúvida.
Londres sem dúvida que é uma cidade que não para e adoro estar sempre rodeada de tantas coisas para fazer, tantos sítios onde ir. Não é por acaso que é uma das cidades preferidas de muitos milhares de pessoas que vêm de todos os cantos do mundo para visitar ou viver em Londres.
Em Londres é muito comum, principalmente aos fins-de-semana à noite ver-se sempre muitas pessoas na rua vestidos como se fossem para uma premier de um filme ou para uma noite de Oscares. Esta sexta-feira passada foi a minha vez.
Já desde Janeiro que andava envolvida neste projecto e, finalmente na noite de sexta-feira, eu juntamente com algumas pessoas da empresa, descobrimos os resultados deste projecto.
Foi no Marriot Hotel em Grosvenor Square, Mayfair. Começamos por um cocktail dedicado a networking com as pessoas presentes que, como nós, tinham sido nomeadas para receber os prémios de melhores propriedades a nível internacional.
Claro que neste primeiro contacto inicial toda a gente é muito simpática, trocam-se "business cards" e promete-se entrar em contact muito em breve. Esta fase inicial é geralmente crucial para tirar as primeiras impressões e, principalmente para as mulheres, é a fase em que te olham de alto a baixo para ver se tens um vestido melhor ou um cabelo mais arranjado do que o delas.
Como eu era a única mulher a representar a minha empresa tinha que ir impecável porque afinal, nestes encontros sociais, a aparência conta muito, por pior que isto possa soar. E claro, não podia estar a fazer mal figura juntamente dos directores da minha empresa que estavam muito bem apresentados de fato de pinguim.
Para eles é fácil, basta um fato daqueles e podem usar para toda a mais qualquer ocasião - entrega de prémios, cerimónias, casamentos, enfim "you name it". Agora para nós, temos que estar sempre vestidas com um vestido diferente que senão reparam logo que estamos a usar o mesmo. Mas, caraças, também não se pode estar sempre a comprar um vestido diferente para cada ocasião, não é? Ao fim de uns tempos não íamos ter espaço para pôr tantos vestidos que usamos uma vez apenas. Bem, mas também para que é que eu me estou para aqui a queixar, não é como se eu tivesse assim tantas ocasiões deste género, por isso também não preciso de me preocupar muito em comprar novos vestidos.
Mas dizia eu, depois do cocktail e fotos iniciais, dirigimo-nos para a zona onde os prémios íam ser apresentados e onde íamos ter o jantar. Distribuídos por uma mesa com um total de 10 pessoas cada mesa, o primeiro passo foi trocar as apresentações entre as pessoas da mesma mesa e obviamente fazer a típica troca de cartões da empresa (é mesmo cartões da empresa que se diz? Nem sei bem, como nunca tive um business card em Portugal, não tenho certeza do termo utilizado).
O jantar lá foi passando com muita conversa pelo meio e, cada prato servido num prato enorme com um bocadinho de comida lá no meio como seria de esperar. O nosso "Senior Property Consultant" é que não ficou lá muito contente com a brincadeira que, segundo ele aquilo era comida de pássaro e ele, não estava de dieta.
Seguiu-se a apresentação dos "International Property Awards" e nós recebemos 4 prémios! Fomos ao palco receber os prémios e tirar as fotografias. Foi uma sensação quase como se tivesse ido receber um Oscar.
Todos ficamos muito contentes, porque 4 prémios é sem dúvida, muito bom.
Também estavam lá representantes de propriedades de Portugal (as propriedades que a minha empresa constrói não são em Portugal) e ainda queria falar com eles, mas esses sairam cedo e estavam numa mesa muito afastada da minha por isso não cheguei a ter a oportunidade de, mais uma vez, fazer a troca dos business cards com eles.
A noite acabou com a parte da dança em que, toda a gente, já bebida com muito vinho e champagne, estava a vibrar na pista. Principalmente o Brasileiro que, eu pensava que fosse Português e fui falar com ele, e lá descobri que afinal era Brasileiro. estava lá sozinho a dançar mas ele nem queria saber que ele já tinha bebido tanto que estava ali em grande a pensar que a pista era toda dele. Quando eu fui falar com ele ele disse-me "ahhh, você viu logo qui eu era Brasileiro porque quebro muito bem, né?" E eu "quebra bem? Mas quebra bem oquê?" E ele: "Quebrando assim baixando um pouco e abanando bem com a música como só um Brasileiro sabe fazê". Eu em resposta sorrio, mas pensei cá pra mim que, coitado do homem, ele tá tão caido de bêbado que nem tem noção de como está a dançar. Mas enfim, deixa-o lá estar, ao menos está divertido.
Estou tao contente por ver o meu blog nos destaques do sapo. Muito obrigada ao Sapo e tambem a todas as pessoas que ja deixaram comentarios. Eu este fim-de-semana estou com o tempo contadissimo, mas assim que tiver um bocadinho de tempo vou responder a todas as questoes que me colocaram. E depois claro que vou colocar no meu blog os grandes acontecimentos que se preparam para hoje e para o fim-de-semana.
Obrigada por lerem o blog e muitos beijinhos a todos Tugas de portugal e Tugas no estrangeiro.
Típico dos Ingleses é sairem do trabalho e irem a correr todos para o pub para as "after work drinks". Claro que o dia favorito de todos para essas idas ao pub socializar é mesmo a sexta-feira à noite e o meu caso não é excepção.
Ora lá sexta-feira passada vou eu acabadinha de sair do trabalho direito para o pub onde me tinha combinado encontrar com uns amigos. Só sabia que era um pub em Angel, e tinha um mapa com as direcções já que ainda não tinha lá ido.
Assim que me aproximei da rua reconheci-a logo porque já lá tinha estado uma vez à cerca de um ano atrás durante o dia. A rua chama-se Exmouth Market e o pub, que afinal não era um pub, mas sim um bar, chama-se Cafe Kick.
Aquela rua é perdida no meio de uma zona residencial mas que tem de tudo desde bares, restaurantes, cabeleiros, tudo com optimo aspecto e com um ambiente muito bom e jovem.
Imensa gente estava cá fora de bebida na mão e cigarro na outra, já que desde que foi lançado o bano de fumar dentro de locais públicos, o hábito de se passar o tempo fora dos pubs em vez de lá dentro é cada vez mais comum.
Os meus amigos não eram excepção e lá os encontrei cá fora. Mas assim que entrei no Cafe Kick para ir pedir a minha bebida comecei a reparar na decoração muito internacional do bar, com bandeiras e lembranças de todos e mais variados países inclusivie de Portugal. Era uma bandeira portuguesa, era o cachecol do Benfica, era o cachecol de Portugal e, quando reparo melhor eram mais coisas que haviam de Portugal do que dos outros países, embora não se notasse muito. Ou seja, um estrangeiro não ía notar na distribuição das bandeiras, mas um Português claro que não deixa escapar esses pormenores e quando olho para o menu das bebidas a minha suspeita confirma-se ainda mais com Super Bock, Sagres e Compal entre tantos outras bebidas na lista. Até dois dos empregados falavam Português. Enfim, com gerência ou sociedade com uma das partes Portuguesa, as influências portuguesas eram, sem dúvida, evidentes, principalmente as mesas de matraquilhos que geralmente não se vêm cá em lado nenhum, e ali, haviam umas 3 ou 4.
Bem, valeu pelo sorriso na cara que me deu descobrir mais um local, por sinal com optimo aspecto e cheio de pessoal jovem, com tantas influências Portuguesas.
Mas a experiência Portuguesa não se ficou por aqui. Mais para o final da noite, vem mais uma pessoa juntar-se ao grupo que era colega de várias pessoas com quem eu ali estava. Apresentações feitas, chamava-se Pedro e era de Lisboa. pedro esse que, por sinal, encontrou-se com o pessoal com quem eu estava por pura coincidência porque, de facto, ele estava era ali com um grupo enorme de outros tantos Tugas.
Lá fiquei toda entusiasmada, porque afinal, não é todos os dias que conheço um Português, aliás até émuito raro, e muito menos conhecer uma quantidade deles.
Conversa puxa conversa, acabei por descobrir que estava ali eu com a cru quase toda do pessoal da 10ª edição do Programa INOV Contacto que estam em Londres. Para quem não sabe este programa é patrocinado pelo governo Português que, proporciona aos jovens licenciados Portugueses a oportunidade de fazerem um estágio no estrangeiro durante cerca de 6 meses ou 1 ano.
Bem, desde pessoal do norte ao sul do país, alguns do programa Contacto outros amigos deles, o grupo era enorme, até parecia eu que estava novamente em pleno Portugal.
infelizmente a noite acaba cedo naquela zona onde estavamos, mais precisamente, estava tudo fechado às 24h, e era 1h da manhã quando os Portugueses e uns poucos do grupo com quem eu tinha vindo eramos os únicos naquela rua.
Os estrangeiros com que eu tinha vindo, como bons estrangeiros que são também não aguentaram mais que isso e lá se foram embora, e eu com eles. Ficou o grupo de Tugas para o fim que, ainda não se habituaram aos hábitos nocturnos de Inglaterra e que, enquanto eu me ía embora, ainda se estavam eles a queixar de que, se estivessem em Portugal, ainda íam era pa mais um bar de Santos ou do Bairro para fazer tempo antes de ir pa uma discoteca, que isto a noite ainda é uma criança.
Estou farta de procurar na net por restaurantes nas Docas de lisboa onde quero ir fazer a minha festa de anos, mas nao consigo encontrar quase nada. Como estou em Londres, nao me da assim muito jeito ir la mesmo, por isso lembrei-me que talvez algu'em me podesse ajudar com dicas sobre algum restaurante/bar nas Docas de St. Amaro que seja bom para festas de aniv. e que nao seja muito caro. Alguem me pode aconselhar?
Quando eles dao uma opiniao que, nao 'e baseada em teorias de marketing, mas sim na opiniao pessoal e tu discordas. Mais tarde o patrao, que tambem nao percebe nada de marketing, considera que essa ideia 'e muito boa e esse colega fica fixamente com um sorriso na cara a olhar para ti fixamente como quem diz "toma toma!". Arghh, HELLO?? Quem 'e que aqui tirou um curso especifico de marketing??? La porque pode parecer mais bonito de uma forma, nao significa que essa seja a melhor forma de atrair o target e passar a imagem que a empresa pretende. Arghhhhhhh. Que stress que esta gente me mete!
Se há uma coisa que os Ingleses gostam muito de fazer é festas no rio Tamisa. Geralmente são festas de empresa onde o patrão, em vez de subir o ordenado ao pessoal todo, quando vê que o ânimo não está no alto, vai de organizar uma festa, pó pessoal se esquecer do aumento que nunca mais vem.
Ora desta vez foi a minha empresa que fez isso. Lá foi um barquinho alugado (daqueles que têm andar de cima descoberto e no andar de baixo mesas e cadeiras para o jantar, e um barzinho aberto para beber tudo e mais alguma coisa que se quizer a noite toda. O truque do bar aberto é muito bom porque, claro está, o pessoal vai-se todo enfrascar até não aguentar mais, vai chegar ao cúmulo de dizer piadas que nunca na vida iriam dizer numa situação normal ao patrão, e vão tirar fotos como aquela típica de agarrar na gravata pendurada para cima a fingir que se está a enforcar. Esse é o símbolo típico do trabalhador frustrado que finalmente transmite como se sente na empresa através de uma fotografia que, se não estivesse bebado, nunca iria tirar.
O pior é que nestas situações as fotos são sempre da máquina de outra pessoa que, no dia seguinte, já as distribuio pelo escritório inteiro. Ou seja, o trabalhador frustado que se enfrascou à grande e à francesa na noite anterior, no dia seguinte vai-se arrepender amargamente de alguma vez ter ido à festa. Não só é o mais falado como, não vai ter a coragem para encarar o patrão tão cedo, logo, vai atrasar o pedido de aumento salarial.
E aqui está o grande truque dos empregadores para evitarem que hajam tais pedidos - bar aberto. E o trabalhador comum, como simples e inocente que é, caí sempre na mesma armadilha.
No caso da festa da nossa empresa, a coisa não correu bem assim, mas mais um bocado para o exacto oposto. No nosso caso, não foi o empregado que se enfrascou à grande, mas sim, um dos directores de departamento. Sempre muito sério e calmo no ambiente de escritório e, passo a citar palavras do próprio "que nunca ninguém me viu sem gravata"! Ahhh, bem, isso talvez fosse válido até ao dia da festa no Tamisa, mas agora já não é. Desde mandar a gravata pendurada para as costas, ou metê-la na cabeça ou tirá-la completamente enquanto tirava o microfone do capitão do barco, para contar uma anedota, ouve de tudo. Engraçado foi ver as caras dos outros directores departamentais que nunca imaginaram que tal coisa podesse acontecer com ele. Chegaram mesmo a afirmar que aquele só podia ser um irmão gémeo.
Com uns mais e outros menos bêbados a festa lá se foi passando numa noite que estava surpreendentemente boa. Com um barbeque no barco que percorreu várias zonas a este e oestedo rio, o passeio de barco em si foi espectacular. Já o tinha feito à alguns anos, mas já não me lembrava como londres era tão bonita vista de barco ao entardecer.
Bem, mas estas festas têm sempre muito que se lhe diga e, na maioria das vezes, lembramo-nos delas principalmente pelas cenas embaraçosas. Tipo o Polaco que, abanou-se tanto a dançar que as pessoas começaram a sair do andar de baixo onde era a "pista" por se sentirem pouco comfortáveis lá. Ou o momento em que o jovem novo na empresa se me começa a pôr a mão assim na cintura e eu "eh lá, mas o que é que este quer? Mas tá parvo ou faz-se?" e lá fui estrategicamente colocar-me numa zona oposta aquela onde ele estava. E no dia seguinte o rapaz, lá quando me cruzei com ele no corredor tava assim com a cara a modos que embaraçada.
Moral da história, festas da empresa são um perigo! O truque é beber limonada a noite toda que assim vocês ficam ali de cabarote a ver as cenas embaraçosas de todos os outros.
Sempre gostei muito de Salvador Dali. Bem, sempre quer dizer, desde que aprendi mais sobre Salvador Dalie Surrealismo em História do 12ºano. Lembro-me de que adorei estudar a matéria da arte em História e que desde então sempre tive mais interesse e soube apreciar melhor as galerias de arte.
Em Londres temos a vantagem de que a maioria dos museus são gratuitos logo, também atraem uma quantidade muito grande de visitantes todos os dias. Aqui o meu museu favorito, sem dúvida alguma é a Tate Modern. Gosto muito da zona da Southbank onde a Tate Modern está localizada por ter um longo caminho ao longo do Tamisa onde é uito agradável de se passear e a Tate Modern em si, está muitobem localizada, com vista para a Catedral de S. Paulo e com a Ponte do Milénio a fazer a interligação entre estes dois monumentos.
A última exposição que lá está é "Salvador Dali e os filmes" que finalmente fui ver este fim-de-semana (só lá vai estar mais duas semanas). Está muito bem estruturada e retrata muito bem, não só a história semi-louca da vida de Salvador Dali mas também da ligação da sua pintura com os filmes. Eu nem sequer sabia que ele tinha chegado a fazer um filme de animação em conjunto com Walt Disney. Mas as ideias surrealistas extremas de Dali levaram a que essa animação nunca tivesse chegado a ser publicada até ao ano de 2003 onde pela primeira vez foi apresentada ao público.
Sem dúvida uma exposição muito interessante que valeu bem a pena ter ido ver.
Uma outra exposição temporária que está, neste momento na Tate Modern e, para quem tiver oportunidade de visitar, vale mesmo mesmo a pena, é a exposição das cidades. basicamente apresenta dados e fotografias de uma forma muito interessante sobre as maiores metrópoles do mundo incluíndo Mumbai, Londres e São Paulo, a sua incrível dimensão populacional e imagens chocantes dos níveis de vida de cidade para cidade. Referente a São Paulo, por examplo, lembro-me de uma imagem em que mostravam dum lado uma favela mesmo muito degradante que estava separada por um muro muito alto de um prédio moderno luxuosíssimo em que, cada apartamento tinha uma piscina privada no terraço. E todas as imagens apresentadas são totalmente verídicas. Impressionante mesmo.
Bem, com tanta cultura que levei no sábado achei que domingo seria o dia ideal para fazer SHOPPING! Bem, não fosse o facto de que não fazia a mínima ideia de que tinham fechado a Regent's Street para o Indian Summer festival. Ou seja, eu que feita parva tinha ido de autocarro para o centro, não só demorei um século a lá chegar, como ainda por cima o autocarro parou em Trafalgar Square ainda tive que andar aquilo tudo até Oxford Street no meio de uma montanha de gente pelo caminho.
Eu sempre digo que nunca mais quero ir fazer compras a oxford Street, que aquilo é um pesadelo autêntico de tanta gente, mas o problema é que é lá que encontro as lojas todas ali umas ao pé das outras.
O único outro sítio que tem todas as lojas de que gosto em londres é em Covent Garden, mas aí as lojas são mais pequenas do que em oxford Street, logo, colecçoes são menores, menores probabilidades de haver o número de roupa que se quer, etc. Enfim, uma chatísse, lá tenho eu que ir novamente às compras a Oxford Street. Aiii, que falta me fazem o meu Colombo, CascaisShopping, Vasco da Gama e Oeiras Parque!!!
Bem, mas enquanto passei pela Regent Street lá fui vendo um pouco do que estava a acontecer no festival Indiano. Gostava de ter levado a máquina, mas como não sabia não fui preparada. De qualquer forma, no fundo no fundo, parecia-se com qualquer outro festival. Zonas com cantorias, zonas com dançarinos, zonas com comes e bebes e zonas com artesanato, enfim, nada fora do normal à excepção de que, claro estavam todos vestido com os trajes tradicionais indianos. Vale sempre a pena visitar e claro que tem o seu interesse. Eu é que estava decidida a ir às compras por isso não podia estar a perder muito tempo com mais um festival, mas sem dúvida, gostei de ter estado lá e ver um pouco do que se estava a passar.