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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Novo ano, novas expectativas

Sempre não fui a Westminster ver os fogos, mas do apartmento onde estava, por ser localizado num 7o andar algures para o Este de Londres, não só consegui ver os fogos de artifício do London Eye ao longe, como também consegui ver uns 5 outros fogos de artifício ao longo da cidade. Claro que visto tão ao longe não será bem a mesma coisa, mas de facto os fogos de artifício de Westminster pareceram ser os mais grandiosos e ainda duraram por bastante tempo. Talvez outro ano eu fique por lá perto.

 

Comecei a noite em casa de uma amiga, onde tivemos as "warm up drinks", uns canapés e o primeiro brinde de champagne ao ano novo com os "flatmates" dela. Lá pelas 21:30h decidimos fazer-nos ao caminho para a house party onde tinhas planeado ir. Ficava algures para os lados de Hackney Wick junto ao Regents Canal, num sítio onde definitivamente o acesso não podia ter sido mais complicado. Bem dito seja o Google maps do telemóvel nestas situações. Já chegamos à festa perto das 23h que já contava com cerca de 60 pessoas. Foi tempo de dar dois passos de dança, conhecer algumas novas pessoas, e quando dei por isso já estavam a fazer a contagem decrescente para a meia-noite. Todos com um copo de Cava na mão, lá fomos para a varanda de onde se dava para avistar os fogos de artifício, celebrar a entrada no novo ano.

 

 

Festa de ano novo 2011

 

 

 

Durante a hora seguinte a festa continuou em grande até que o dono da festa, que era Alemão teve a ideia de mudar a música para um estilo mais 80's mas de música não muito dançavel. Escusado será dizer que a partir daí a pista começou a ficar mais para o vazia. Ainda o tentei convencer a mudar a música, ao que ele concordou mas mudou para música antiga tradicional Alemã.  Sim, é verdade que aquilo foi uma diversão para os Alemães todos que lá estavam. Aquelas músicas deviam corresponder a algo tipo o nosso "Apita o Comboio" já que todos andavam por lá em comboizinho. Levamos esta parte da noite como o sinal que nos fez sair dali e procurar outra festa.

 

Como estavamos no meio do nada tivemos que chamar um taxi, mas após uns 10 minutos o táxi ainda não tinha chegado e foi aí que reparamos que havia uma música potente a vir algures ali da zona, e não era da festa onde tinhamos acabado de vir. Então lá seguimos o som até que nos deparamos com um portão para um antigo armazém convertido em residência. Por fora apenas tinha ar de armazém, mas perguntamos a umas pessoas que de lá estavam a sair o que se passava por lá, ao que disseram que era uma "house party" privada mas que estavamos à vontade para lá entrar. Claro que eles não precisavam de dizer isso duas vezes.

 

Mesmo junto à porta de entrada estava um segurança que nos perguntou se conheciamos alguém da festa. Claro que conhecemos, dissemos nós. Conhecemos o John e o Chris. Há sempre um John e um Chris nestas festas e lá devemos ter parecido sinceras o suficiente de que efectivamente conheciamos um John e um Chris que ele deixou-nos entrar. Queria cobrar-nos £5 de entrada, mas depois de dois dedos de conversa lá o convencemos a eliminar esse custo.

 

Lá dentro, o espaço era enorme, com uma espécie de lounge na entrada e uma kitchenette que fecharam a meio com umas tábuas e fizeram dessa, a zona onde vendiam bebidas. Num outro salão ao lado encontrava-se a zona da pista onde a música era essencialmente hard techno. O armazém estava completamente a abarrotar de pessoas e, ao início, da forma como tudo estava apresentado, pensei que efectivamente fosse apenas um armazém que alguém arranjou para fazer uma festa, mas depois de conversar com várias pessoas que por lá conheci apercebi-me que efectivamente vivem 17 pessoas naquele armazém convertido e cheguei mesmo a entrar num dos quartos onde havia outra festa com umas 20 pessoas lá dentro já que, de facto o quarto era enorme. É a vantagem de se viver em armazéns convertidos em casa.

 

Gostei muito desta segunda festa. Ainda bem que o táxi estava atrasado e acabamos por encontrar por ali aquele armazém que de facto aquela festa foi bem diferente do habitual e uma boa forma de entrar em 2011.

 

Agora, com 2011 já aqui á que pensar em tudo aquilo que quero fazer este ano, naquilo que queria ter feito em 2010 e deixei de fazer e naquilo que ainda nunca pensei fazer mas que quero. É um facto que a entrada num novo ano dá-me sempre muito que pensar. Acho que será o mesmo com a maioria das pessoas. Para já, todas as coisas que penso serem realmente importantes para 2011 e as quais posso controlar já as tenho bem definidas. Depois o resto que não posso controlar, logo se vê com o passar do dia a dia.

 

E para os leitores do Tuga em Londres, os mesmos desejos que tenho para mim vai para vocês também. Que se realize em 2011 tudo aquilo que é realmente importante para vocês.

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