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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Posso dançar novamente

Talvez se lembrem de que já danço Lindy Hop há vários anos. E quem diz danço, quer dizer, dançava... antes da pandemia, mais ou menos regularmente. Sendo totalmente sincera, nos últimos 2 ou 3 anos antes da pandemia também já só ia dançar ocasionalmente. Deixei de ir todas as semanas como fazia durante um certo período da minha vida quando estava completamente obcecada por aquele hobby que adorava. Ainda adoro, mas ao fim de vários anos, as pessoas que conheci na dança e com quem ia dançar regularmente, começaram a ter bebés, e tornou-se muito mais difícil de nos encontrarmos regularmente. Como também conheci o meu Inglês por essas alturas e ele não era de muitas danças, acabei inevitavelmente por também ir menos frequentemente. Mas no outro dia, voltei a ir dançar. 

 

Foi uma ida espontânea porque estava a combinar com uma amiga (das que conheci há anos através da dança) ir tomar uma bebida ao pub nessa noite. Entretanto vi um convite para um evento no Facebook pelo mesmo músico que organizava a noite que frequentávamos regularmente. A noite com o mesmo tema, mas num novo estabelecimento, estava planeada para essa mesma noite. Perguntei-lhe se queria ir lá em vez de irmos ao pub. E fomos. 

 

Quando a banda começou a tocar e as pessoas começaram a levantar-se para dançar pensei se ia ser impossível ter a mesma espontaneidade de dança que tínhamos antes da pandemia. Afinal, dançar a pares é talvez das actividades menos seguras em termos da probabilidade de se apanhar Covid que há por aí. Imaginei que os dançarinos presentes podiam preferir manter-se a dançar com os amigos com quem vieram por questões de segurança por isso também não queria ir pedir por danças para evitar fazer alguém sentir-se desconfortável. Não me importava muito. Eu consigo mais ou menos liderar a dança por isso podia dançar um pouco com a minha amiga, e o resto do tempo podíamos passar na conversa e a apreciar a banda e ver as pessoas dançar que era bem agradável. Mas estava enganada. Não demorou muito para que o primeiro viesse pedir para dançar e rapidamente apercebi-me de que todas as pessoas estavam a dançar com outros desconhecidos. Desconhecidos, como quem diz, porque, até que reconheci muitas pessoas que lá estavam desde há anos atrás. A comunidade de Lindy Hop não é assim tão grande, e como não deve ter havido muitas pessoas a aprender a dançar nos últimos dois anos, então continuasse a reconhecer as mesmas caras. 

 

Dancei uma, duas, três, e acabei por continuar a noite a dançar. Devo admitir que a minha capacidade de recuperação entre cada dança já não é tão eficaz como era há uns anos atrás e queria descansar entre cada uma, mas de forma geral, a sensação de euforia e felicidade foi idêntica há que tinha há 11 anos atrás quando comecei a dançar swing. Adorei! Tinha saudades. 

 

Ao voltar para casa nessa noite de bicicleta senti-me bem e cheia de energia. É interessante como dançar pode-nos fazer sentir assim tão bem e também é interessante como dançar é como andar de bicicleta. Não se esquece. Parecia que não tinha passado assim tanto tempo quanto passou desde a última vez que estive numa noite daquelas. Agora quero mais!

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Noite de show

Pelo quarto ano consecutivo que participo no 'Performance Ball' de que falei em 2011, 2012 e 2013. Fiquei triste quando soube que o meu grupo habitual decidiu não participar, mas como adorei a experiência das outras vezes, não queria deixar de fazê-lo. Perguntei a um amigo se queria ser meu parceiro de dança num outro grupo e lá fomos (não queria juntar-me a outro grupo sem parceiro visto que geralmente há sempre mais mulheres que homens nas aulas, e não queria ir tirar o parceiro a alguém que seja regular às aulas). A experiência voltou a ser muito boa, principalmente porque acabei por conhecer uma grande quantidade de novas pessoas. Practicar este tipo de coreografias demora bastante tempo, inclusivé fora das aulas normais, daí ser também muito social. Decorreu ontem à noite. Toda aquela preparação e tudo se passou tão rápido. Mais para o ano,...

Este ano a nossa performance foi assim (demora um bocadinho a começar):

 

Fim-de-semana prolongado em Lisboa

Como alguns dos leitores indicaram num post anterior e muito bem, o pessoal da Ryanair mal olhou para o meu bilhete quando estava para entrar no avião no voo para Lisboa e como tal não repararam que duas letras do meu nome estavam diferentes das do passaporte. Uff! Pude respirar de alivio quando entrei para o avião. Depois de toda a organização não teria sido nada boa ideia ficar por Londres enquanto os meus amigos se passeavam por Lisboa sem mim. 

 

Foi um bocado chato no dia que cheguei (sexta-feira) já que estava a chover imenso. Ao chegar ao apartamento que tinha alugado através do air bnb, as minhas amigas já lá estavam e tinham lá passado o dia inteiro, visto que estava a chover imenso e também porque o apartamento era tão bonito que nem apetecia sair de lá. Localizado num dos edifícios altos tradicionais Lisboetas mesmo na Baixa Pombalina, numa rua paralela à Rua Augusta, o apartamento era espaçoso, com tectos muito altos, janelas compridas e decoração tradicional. 

 

Durante o resto do fim-de-semana passámos os dias a passear entre o castelo, a baixa e a zona de Belém. À noite estávamos no Atlantic Swing Festival que decorreu no Armazém F e no sábado à noite, antes de irmos para o festival, ainda os levei à Pensão do Amor onde ficaram deliciados com aqueles cocktails de gin espectaculares que eles por lá servem e, de onde não queriam sair porque a música estava tão boa. De facto aquele DJ era um espectáculo que misturou um pouco de soul com disco e alguns outros géneros. Uma das minhas amigas ainda lhe ficou com o cartão caso o consiga trazer para alguma noite a Londres. 

 

O meu principal desafio foi mesmo encontrar restaurantes para o jantar. Sinceramente já não sei o que é bom por Lisboa. Pedi a alguns amigos e vi recomendações na Internet mas tudo o que me aparecia eram tipo restaurantes inspirados na comida tradicional mas que são modernos e assim com ar fino. Não era nada disso que eu queria. Queria levá-los a um daqueles restaurantes tradicionais normais, onde o pessoal come bem, os pratos são bem servidos, tradicionais e não são caros. Eu sei que ainda há imensos deles mas simplesmente não sabia onde ir. Acabei por ir ao Barrigas no Bairro Alto na primeira noite. Era OK, mas novamente daqueles em que fizeram uma cozinha tradicional moderna, em que os pratos são mais pequenos, um pouco mais caro que o normal e nota-se que é um restaurante relativamente novo. De qualquer forma o meu polvo estava muito bom, mas não era bem a experiência que pretendia. Depois no sábado ainda andei a ver os restaurantes na baixa, mas irritava-me profundamente cada vez que nos aproximamos de um restaurante e lá vêm os empregados tentar impingir que entremos para o restaurante. Tipo, deixem-me em paz! Isso dá uma sensação tão turística que não me deu vontade nenhuma de lá entrar. Acabei por ir nessa noite ao restaurante Faca e Garfo perto do Largo do Carmo. Foi OK. Tem ar menos turístico que o da noite anterior, mas quem pediu pratos de carne ficaram satisfeitos e quem pediu pratos de peixe ficaram insatisfeitos porque estes últimos eram servidos com dois bocadinhos de brócolos e com 3 batatas. Mesmo muito fraco, além das lulas estarem duras. Felizmente a maioria das pessoas pediram carne, cujos pratos eram bem servidos por isso, esses tiveram uma boa experiência. 

 

Uma coisa interessante é que acabei por ir a um sítio onde também ainda nunca tinha ido antes nem fazia ideia que existia. Foi uma das minha amigas que passou por lá e reparou numa tabuleta que indicava um bar no terraço do edifício. Foi no terraço do Hotel Eden, junto ao Rossio. O terraço está aberto ao público e tem esta vista espectacular sobre Lisboa:

 

Vista do terraço do Eden

Performance ball 2013

Ontem à noite decorreu novamente o "performance ball" de dança swing no qual já participo à 3 anos. Tanto treino e passou tudo a correr! Mas gostei muito.

 

Nota mental - para a próxima não posso dar a responsabilidade de tirar o vídeo ao irmão de outra dançarina no meu grupo para evitar ter "close ups" só dela e nada de mim.

 

Foi assim a nossa coreografia:

 

De volta a Londres para dançar

Estou a poucas horas do fim das minhas férias mas só esta semaninha em Portugal soube-me muito bem. Como fiquei lá só 5 dias não tive tempo de fazer tudo o que queria ou ver todas as pessoas que gostava de ter visto mas por vezes é melhor aproveitar ao máximo o tempo que se tem com a família mais próxima em vez de estar a tentar fazer 1001 coisas à pressa. 

 

Como voltei na sexta-feira ainda tive a oportunidade de participar nas gravações para um vídeo que uns conhecidos tinham preparado para filmar ontem nas ruas de Londres - o "I Charleston London". Basicamente existe uma série de vídeos espalhados pela Internet relativos ao movimento "I Charleston the World" cujo objectivo é comunicar o quanto Charleston é uma dança praticada pelo mundo inteiro. Dançarinos em diferentes cidades do mundo criam um vídeo de dança Charleston em vários locais característicos das suas cidades e publicam-no online. Imensas cidades têm um vídeo representativo mas, estranhamente, Londres ainda não tinha nenhum. Existe o I Charleston Munique, Nova York, Tel Aviv, Paris, Berlin, São Francisco, Madrid, Sofia, etc., etc., etc. Também não existe nenhum I Charleston Lisboa ou Porto segundo as minhas pesquisas, por isso aqui fica a lembrança para os dançarinos de Charleston de Lisboa ou Porto (ou Coimbra, ou Évora ou Funchal,...) para criarem os respectivos vídeos.  

 

Em Londres foram alguns amigos que decidiram juntar as suas ideias e as capacidades de filmagem e fotografia para criarem este vídeo. Pediram a vários dançarinos para estarem envolvidos nas filmagens, e eu lá fui. As gravações duraram das 10h às 22:30h de ontem. Eu fiquei por lá das 10h às 19h, mas sei que hoje ainda tiveram a continuar mais algumas sessões com alguns dançarinos mais profissionais. Ainda dancei junto a vários monumentos incluíndo a Tower bridge, St. Paul's Cathedral, Horse Guards Parade, Trafalgar square, Buckingham Palace, etc. por isso imagino que ainda vá aparecer algumas vezes no vídeo. Estou muito curiosa para ver o resultado mas quer fique bem ou mal, gostei da experiência e foi divertido. 

Festival de Swing Atlântico

Este fim-de-semana decorreu o London Swing Festival. Nao consegui bilhetes para as aulas durante o dia porque foi tudo esgotado em dois dias!!! No entanto, ainda fui a tempo de arranjar bilhetes para os bailes à noite. Houve baile, na sexta. sábado e domingo à noite. Durante o fim-de-semana estava a falar com um amigo que é professor de Lindy Hop e ele disse-me que ía a Lisboa no próximo fim-de-semana. Eu perguntei-lhe se ía de férias ao que ele respondeu que não. Ía dar aulas no Lisbon Swing Festival. Oquê??? Há um Lisbon Swing Festival? Como é que eu não sabia disto? Claro que fui logo pesquisar quando cheguei a casa e parece muito bom. Chama-se Atlantic Swing Festival e vai decorrer na próxima quinta, sexta e sábado à noite no TMN ao Vivo e num restaurante da Marina de Lisboa. As aulas vão ser no Lisboa Ginásio Clube (fiz o meu trabalho de final de curso sobre este ginásio portanto conheço-o muito bem).

 

Só sei que estou cheia de inveja de quem quer que vá a este festival. Para o ano estou lá!!! De qualquer forma este ano ainda tenho o Swing Crash Festival em Como por isso também não me parece nada uma má alternativa. Fica um festival diferente para cada ano. 

 

London Swing Festival

Dançar Swing em Portugal

Uma vez quando estava a conversar com uma amigo Inglês que costuma dançar comigo, ele perguntou-me se eu já tinha dançado muito Swing em Portugal. Respondi-lhe que não e que nunca sequer tinha ouvido falar de locais onde se dance Lindy Hop ou outros tipos de dança Swing em Portugal. Ao que ele pareceu muito espantado porque disse-me que existe um grupo considerável de bons dançarinos em Portugal, já que ele até veiu a um festival de Lindy que houve neste verão passado no Porto.

 

Disse-me então que me colocaria em contacto com os contactos Portugueses dele que conheceu nos dias em que esteve no tal festival no Porto. Colocou, e um dos contactos dele informou-me que ontem mesmo ía haver em Lisboa uma festa de Natal de Lindy Hop com aula incluída. Ora, nem mais, claro que tive que ir experimentar e convidei os meus pais para virem também comigo como intuito de que eles começassem a fazer ums aulas caso gostassem, já que é um hobbie muito agradável. 

 

Decorreu no Teatro da Comuna e até contou com um número significativo de pessoas, muitas delas que sem dúvida já dançam há bastante tempo, e muitas também que eram principiantes. Não deixa de ser um baile relativamente pequeno comparado com o número de pessoas que geralmente se vêm num baile de Swing em Londres. mas de qualquer forma, para quem, como eu, nem sequer sabia que existiam eventos organizados de Lindy Hop por cá, até que fiquei muito bem impressionada. 

 

Uma coisa engraçada que aconteceu é que acabei por descobrir que a primeira pessoa com quem dancei ontem à noite, também é um Português que vive em Londres e dança nos meus sítios que eu, conhece pessoas que eu conheço e também estava a dançar em Lisboa pela primeira vez já que está por cá a para passar o Natal com a família. É mais uma coincidência daquelas engraçadas que só acontecem muito de vez em quando.

 

Fiquei também a saber que este grupo de dança que organizou o baile de Natal, chamado lindy Hop Portugal, dá aulas regulares de Lindy Hop em diferentes locais em Lisboa e Porto. Fica aqui o link do site Lindy Hop Portugal para os interessados.

 

Lindy Hop Portugal

Uma noite de dança

Adorei a noite do baile de Sábado. Desde os preparativos a arranjar cabelos e maquilhagem, aos minutos nervosos antes de entrar em palco, até à pós festa, tudo fez daquela uma noite muito agradável. 

 

Uma das coisas deste pessoal do Lindy Hop que acho interessantes, é que conseguem estar horas e horas seguidas a dançar, practicamente só a beber água ou sumo já que dançarinos não bebem muito álcool porque não se dança lá muito bem quando se está de cabeça aluada. E conseguem, estar assim a dançar continuamente como se o cansaço não existisse. Eu até me espanto comigo própria porque às vezes quando estou a dançar penso que quero que a música acabe rapidamente que estou super cansada, mas uma vez que paro, passado 2 minutos já estou com o bichinho para querer dançar novamente.

 

Comparando o baile deste ano com o do ano passado, sinto que gostei muito mais da experiência deste ano, até porque agora conheço melhor as pessoas, não só aquelas com quem danço regularmente, mas também outros dançarinos, que acabo por ver regularmente entre um evento social ou outro ao longo do ano. Inevitavelmente, mesmo que nunca tenha dançado com certas pessoas, acabo por reconhecer as caras.

 

Acho que agora também estou mesmo numa fase em que me apetece estar frequentemente em eventos de dança e, não só volto a dançar amanhã à noite no meu local habitual, mas no sábado também já tenho bilhetes para uma festa vintage que também vai contar com muita dança Swing.

 

É um daqueles hobbies viciantes que são mesmo agradáveis, principalmente quando se está "dentro" do ambiente de dança Swing. Não foi propriamente fácil durante o período de iniciação já que há sempre muitos grupos que já estão formados, talvez o facto de ser parte da minoria de estrangeiros dentro que dançam Swing aqui por Londres também não ajudou à ambientação inicial, mas aos poucos e poucos, finalmente já me sinto parte da "comunidade", o que é óptimo. 

 

Na pré-festa antes do baile, tivemos a ajuda de uma rapariga para fazer-nos o penteado para a festa, e a mim ela até que fez um apanhado bem original de que gostei. Aqui está o resultado:

 

penteado
E agora também já fiz upload do vídeo da coreografia em que participei com o meu grupo. Fica aqui ele. Parece fácil mas acreditem que durou muitos treinos para conseguirmos chegar a esta fase.

A poucos dias do baile

Tal como aconteceu no ano passado, vou voltar a fazer uma pequena performance de dança estilo Lindy Hop (Swing, anos 40-50) no baile anual da escola de dança da qual faço parte. 

Este ano, volta a acontecer a mesma situação de que há demasiadas mulheres e menos homens, logo os nossos professores tiveram que arranjar-nos parceiros extra para que todas conseguissemos fazer a coreografia. Entre os novos parceiros, algumas são mulheres, professoras de dança. Mas no meu caso até que fiquei colocada com um bom dançarino desta vez (talvez para compensar pelo muito mau dançarino pequenote com que me colocaram no ano passado). O único problema que este parceiro tem é que ainda não cheguei a dançar a coreografia com ele uma única vez. Ele ainda por cima está fora de Londres no momento e o baile é já no próximo sábado. 

 

Humm,... estou para ver como isto vai correr. Em princípio ele vem à aula desta semana, mas considerando que aquela não é propriamente uma coreografia fácil ou curta, estou para ver como a coisa vai correr...

Swing e festa

Há um ano atrás eu tinha dito que queria ter ido ao Swing Festival, por isso este ano já não o perdi! Foram 4 noites e dois dias de dança continua. De quinta à noite até às 6 da manhã de segunda-feira (com a excepçao de sexta durante o dia em que estive a trabalhar), foram dias intensos de workshops e muita dança. Pensei que ao fim de tanto lindy hop me ía fartar daquilo e não queria ver mais dança durante um mês pelo menos, mas não. Só me fez querer ir dançar ainda mais. 

 

London Swing festival 2012

 

London Swing festival
 

 

 

Como andei enfiada nas workshops durante o fim-de-semana, não vi muito das celebrações do Queen's Jubilee, mas na segunda ainda consegui apanhar uma festa de rua em Shoreditch que estava bem animada. Adoro estas festas de rua porque são sempre muito sociais e divertidas.