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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

O poder do Instagram como plataforma para novas celebridades

Como trabalho para uma tecnologia de marketing que está altamente envolvida com as redes sociais, no outro dia organizei um evento para os nossos clientes e, como parte do evento, quis incluir uma discussão entre 'micro-influencers' no Instagram. Ou seja, pessoas que tenham bons feeds de Instagram com cerca de 8.000 a 80,000 seguidores. Tivemos 3 Instagrammers e, entre elas, rapidamente descobri que a mais popular das três, com mais de 63,000 seguidores, era Portuguesa. Chama-se Mia Soarez, e conta com o nome de perfil nas redes sociais de Silver Girl. Já começou à alguns anos a postar maioritariamente sobre moda, e tem também um perfil no YouTube e está a começar a fazer mais com o music.ly também. 

 

As outras duas Instagrammers eram a Andrea Cheong e a Shelley Morecroft. Todas elas têm um feed virado para a moda, viagens e estido de vida, mas cada um dos feeds tem a sua personalidade distinta. Achei muito interessante a discussão entre as três e as histórias que partilharam relativamente ao seu sucesso no Instagram. A Mia que, me pareceu ser a mais jovem de todas, basicamente passou grande parte da adolescência a postar no Instagram, enquanto que as outras duas começaram mais recentemente. Nos três casos, o que tinham em comum, é que postam frequentemente, são muito selectas na qualidade das fotos que colocam no Instagram, e querem que as suas personalidades estejam representadas nas fotos. Elas sabem que os seus seguidores, decidiram começar a segui-las porque gostam da consistência do seu feed, e elas próprias indicaram que os seus posts não perfomam tão bem se não tiverem sempre os mesmos cuidados. 

 

Uma das partes interessantes da discussão foi quando começaram a falar sobre como trabalham com marcas. Todas elas são contactadas regularmente por marcas que querem que elas publiquem fotos com os seus produtos, quer estes sejam acessórios, roupa ou hotéis, restaurantes, etc. Algumas das marcas pedem para que façam posts sem oferecer contrapartida; outras vezes oferecem-lhes os produtos gratuitamente, em troca de uma foto e referência nas suas redes sociais; outras vezes as marcas pagam-lhes para isso, e em alguns casos mais especiais, as marcas convidam-lhes para participar nas suas próprias campanhas de publicidade, como se de modelos se tratassem. O que achei positivo por parte das três é que, em todos os casos, dizem que só porque uma marca lhes possa oferecer produtos ou dinheiro para que coloquem fotos sobre os seus produtos, elas confirmam que só o fazem se efectivamente gostarem das marcas e acharem que estas marcas estão relacionadas com as personalidades que transmitem nas redes sociais. Elas sabem que se começarem a fazer posts que sejam pura publicidade sem ter qualquer interesse no produto em questão, os seus seguidores vão notar essa falsidade e vão deixar de estar interessados em seguir os seus perfis. 

 

As suas actividades com marcas também significam que têm o seu tempo-livre limitado e, por isso duas delas decidiram trabalhar para o seu Instagrama, blog e relações com marcas a tempo inteiro. É uma decisão arriscada, mas ao deixarem o seu trabalho normal, também significa que têm mais tempo para criar mais e melhores fotos com o intuito de crescer a sua rede de seguidores e, consequentemente, poderem cobrar mais caro às marcas que querem trabalhar com elas. 

 

Outros assuntos que também foram discutidos incluíram o próprio acto de tirar as fotografias. Sendo que elas são a 'modelo' em muitas das suas fotografias, como é que elas fazem para tirar a foto? Todas elas tinham alguém que lhes tira essas fotos ou utilizam um triped. Num caso é um amigo que tira as fotos, noutro caso era outra Instagrammer que lhe tirava fotos e, basicamente tiram fotos uma à outra para os seus respectivos feeds no Instagram. 

 

Gostei muito de ouvir a sua experiência e perceber melhor o tempo e dedicação que têm que dar a cada foto, mas o que é mais interessante é que, estes são exemplos de raparigas que há alguns anos atrás, só poderiam conseguir o mesmo nível de reconhecimento e trabalho, se tivessem certos requisitos que as agências de modelos considerassem bons para as poderem representar em frente a marcas. Hoje em dia, no entanto, qualquer pessoa pode ser modelo, trabalhar com campanhas de marcas e ter os seus momentos de fama, através das suas próprias redes sociais. Estas redes passaram o poder para as mãos do indivíduo em vez das agências e o seu sucesso nunca foi tão pessoal como o que é hoje em dia com as redes sociais. 

 

A Mia chegou a publicar uma foto no seu Instagram no dia em que foi ao nosso evento por isso aqui fica a mesma:

 

miasoarez-post.PNG

 

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