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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Uma semana em Nova York

Esta semana passei-a em Nova York em trabalho. Fui com o resto da equipa de marketing de cá para o nosso encontro anual com a equipa inteira dos vários escritórios. A semana em si foi muito cansativa, tendo-a passado em reuniões atrás de reuniões, mas foi também muito produtiva, e mesmo assim consegui aproveitar as noites e um pouquinho do fim-de-semana para aproveitar a cidade. 

 

Algumas coisas que achei interessantes de alguma forma que aprendi durante esta semana, ou que esta semana me ajudou a relembrar:

  • Os Americanos ADORAM comida com sabores e combinações diferentes, artificiais e modificados. Basta olhar para os armários de snacks do escritório

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  • O Leite de Amêndoa é tão comum quanto leite de vaca ou soja - E não me refiro só ao que se encontra no escritório, até porque esse até nós temos no escritório em Londres o que adoro, mas refiro-me sim aos cafés. Em qualquer café onde se vá, é standard que estejam disponível pelo menos estes 3 diferentes tipos de leite. Aqui por Londres ainda é ocasional quando se encontra leite de amêndoa ou aveia disponível e, geralmente só mesmo nas zonas mais trendy e hipster da cidade é que vai encontrar essa oferta.
  • O metro de Nova York quase mete medo - é mais sujo, antigo, os assentos são desconfortáveis e é muito comum depararem-se com pessoas que, infelizmente chegaram a estados de loucura e que aparecem no metro a gritar. Isto nota-se ainda mais quando se torna mais tarde no dia e rapidamente me apercebi de que viajar sozinha no metro de Nova York depois das 22h não é muito boa ideia.
  • O capitão da equipa de Hockey no Gelo dos New York Islanders é Português (ou de origem Portuguesa) - com o nome Tavares foi fácil identificar quando estive a ver o jogo dos Islanders contra Montreal na Quinta-feira, e nada que uma pequena pesquisa no Wikipedia não desvenda-se acerca das origens do jogador prodígio - John Tavares, que é neto de Portugueses emigrados para Toronto.

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  • É preciso saber onde se quer ir antes de se sair para as ruas de Nova York - a maior parte das zonas não têm uma rua comercial, mas sim os ocasionais bares, restaurantes e lojas espalhados pelas ruas muito compridas. Pelo que não é propriamente fácil (a não ser que estejamos mesmo na zona do centro) encontrar o tipo de restaurante ou loja que se quer se não soubermos antecipadamente o local específico onde pretendemos ir. De qualquer forma ontem descobri que as ruas de Christopher Street e Bleecker Street em Greenwich Village (que apesar de já ter passado na Bleecker Street antes, devo ter ido a outras partes da rua longe e portanto não tinha encontrado esta zona) estão cheínhas de lojas, bares e restaurantes agradáveis. 

Um memorial diferente

Como já tinha mencionado neste post, nos dias seguintes ao Natal recebi a má notícia de que um dos nossos amigos tinha falecido enquanto estava de férias em Bali. Ontem decorreu um memorial em sua honra, que foi totalmente diferente do que aquilo que esperaria de um memorial. [Quando escrevi o título fiquei na dúvida se esta palavra tem o mesmo sentido em Português? Geralmente antes de um funeral em Portugal decorre o velório, mas num velório geralmente está em presença o caixão. Pelo que não sei se o termo 'memorial' também se usa em Portugal quando o corpo não está presente?]

 

A família dele sabia que ele gostava muito de ir a festas, festivais, etc., e que se gostava de mascarar para tais eventos. Como tal, pediram aos convidados para virem vestidos de forma colorida, tal como se estivessemos num festival, em memória dele. Assim o fizemos. Senti que o início da noite estava um bocadinho mais pesada, ao chegarmos e vermos fotos dele por todo o lado que representavam muitos momentos da sua vida - os seus imensos amigos, muitas actividades e viagens, por exemplo. Houveram também uns pequenos discursos que sem dúvida trouxeram lágrimas a muita gente naquele momento. Mas ao acabarem os discursos, um dos amigos dele já tinha a mesa de DJ preparada e colocou música para o resto da noite. Outra amiga, passou a noite a pintar as caras dos convidados com brilhantes, tal como se de um festival se tratasse, e com o decorrer da noite estavam todos a dançar como se estivessemos num festival. Desrespeito pelo momento? - Não, de modo algum. Tudo foi pensado para fazer daquela noite uma comemoração à vida do Tom, tal como ele gostaria de fazer ele próprio. 

 

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Um gesto que achei muito bonito, foi que a família decorou o local com pequenas plantas com o intuito de que os convidados levassem com eles para casa as plantinhas e cuidassem delas em memória do Tom. 

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Um processo de aplicação sem fim

Dediquei-me a preencher a papelada para a tal aplicação para residência permanente este fim-de-semana e basicamente foi isso que fiz este fim-de-semana. Demorei 4 horas à volta daquilo no sábado e 7 horas no domingo! Impressionante o tempo que tudo me demorou e, mesmo assim, ainda näo está tudo acabao. Agora ainda tenho que ir tirar fotos passe, comprar uma ordem postal para pagamento, imprimir as cartas que tive que escrever para explicar mais detalhes, tirar fotocópias de tudo e ainda tratar de outros detalhes antes de poder enviar tudo. Impressionante! Eles concerteza não precisavam de tanta coisa como comprovativo, mas o que querem é tornar o processo o mais complicado possível para que as pessoas desistam a meio ou não possam apresentar todos os papéis necessários. 

 

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Entre tudo, a maior parte do que fiz no sábado foi andar à procura de comprovativos de todas as minhas viagens fora do país nos últimos 6 anos. Fiquei a saber que existem sem dúvida países onde viajo mais frequentemente, e que ainda há muito país na Europa por onde não tenho passado recentemente ou nunca passei. Ora nos últimos 6 anos foram estas as viagens que fiz:

  • Fui 14 vezes a Portugal
  • Fui 3 vezes à Itália, Estados Unidos e Alemanha
  • Fui 2 vezes à Espanha, Austria, Grécia e França
  • Fui 1 vez à Croácia, Suécia, Holanda, Camboja, China e Canadá

Ao menos com estas horas todas de burocracia fiquei a saber algo interessante. 

 

Li nuns comentários que precisaram também de enviar o comprovativo de nascimento e eu não estava a contar enviar isso. Agora estou na dúvida se será preciso também. Tenho que ir voltar a ler novamente. 

O processo de aplicação para residência permanente no Reino Unido

Em Julho já tinha indicado que pretendia efectuar a minha aplicação para o passaporte Britânico face aos resultados do referendo em que a população votou na saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Depois de ter publicado esse post vocês informaram-me que antes de poder pedir o passaporte, tinha que efectuar uma aplicação ao cartão de residência permanente no Reino Unido. Quando comecei a informar-me sobre o assunto verifiquei que um dos requerimentos dessa aplicação era que tinha que enviar o meu passaporte ou Cartão do Cidadão com a minha aplicação, que só me seria devolvido entre 4 a 6 meses, que é o tempo que o processo demora. Ao menos é uma da vantagem de em Portugal termos os dois documentos porque assim poderia enviar o meu Cartão de Cidadão e ficar à mesma com o meu Passaporte para viagens. No entanto, nessa mesma altura estava o meu cartão a expirar, logo tinha que o renovar antes. Lá de vez em quando eu ía tentando marcar a renovação do meu Cartão de Cidadão no Consulado que tem que ser efectuado através da página online de agendamento de atos consulares, mas a porcaria do site deles nunca tinha vagas nenhumas disponíveis, ou simplesmente não funcionava. Ao fim de várias tentativas sem sucesso, enviei-lhes um email a reclamar ao que, passado mais de uma semana responderam a dizer que todos os dias às 16h abrem novas vagas para marcações, pelo que tinha que ir ao site a essa hora antes que as novas vagas esgotassem. Infelizmente parece que todos sabem do mesmo porque não conseguia que o site funcionasse por volta dessa hora, provavelmente devido à grande quantidade de pessoas a tentar  ao mesmo tempo. Eventualmente em Outubro consegui apanhar o site com vagas disponíveis, mas o mais cedo para marcações seria em finais de Janeiro! Resultado, fui a Portugal no Natal e tirei lá o meu Cartão do Cidadão de um dia para o outro facilmente. 

 

Resumindo, agora tenho o cartão do cidadão por isso finalmente posso fazer a minha aplicação para residência no Reino Unido. E, principalmente depois das notícias recentes de que uma cidadã Holandesa que vive no Reino Unido à 24 anos e tem marido e filhos Britânicos, foi recusada a sua aplicação de residência permanente e informada de que devia fazer preparações para sair do Reino Unido assim que o país deixar de ser membro da União Europeia, isso assustou-me. 

 

Sinto necessidade de fazer esta aplicação para residência permanente o mais rapidamente possível, mas agora que acabei de ler a documentação necessária para providenciar juntamente com o preenchimento do formulário de aplicação de 85 páginas, até me fiquei a sentir mal. Eu já sabia que ía ter que procurar informação de todas as datas em que estive fora do Reino Unido durante os últimos 5 anos, mas existe tanta mas tanta mais informação necessária além disso - comprovativos de todos os empregos incluíndo cartas dessas empresas, recibos de salários, formas P60; comprovativos de qualquer tipo de self-assessment de impostos; comprovativos de todas as casas em que morei incluíndo uma variedade de diferentes provas de residência; comprovativos de quaisquer pedidos de ajuda financeira ao Estado e tudo e tudo e tudo. Pendem tantos detalhes e tantos comprovativos, todos eles originais, que até dói pensar nas horas e horas que vai demorar a conseguir descobrir os detalhes de toda a informação que pedem. 

 

Para já comecei a pedir a ex-colegas que ainda trabalham nas minhas antigas empresas para me darem os contactos dos seus recursos humanos para ver se consigo ter as tais cartas requeridas. 

 

Dá-me nauseas só de pensar no tempo que vou perder com isto, mas dá-me náuseas ainda maiores da possibilidade do Estado Britânico não conseguir fazer uma acordo favorável com a UE que permita aos actuais residentes Europeus no Reino Unido de permanecerem no país sem outras burocraciais que poderão ser ainda mais difíceis de ultrapassar.

 

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