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Tuga em Londres

A vida de uma Lisboeta recentemente Londrina.

Secret Garden Festival

Este foi o meu último festival do ano,... ou pelo menos dentro dos que tinha planeado. Nunca se sabe o que poderá eventualmente surgir entretanto. Dos 4 festivais a que já fui este ano, Secret Garden Party foi, sem dúvida, o melhor. Acho que o meu optimismo deve-se ao facto de todo o ambiente ter estado combinado tao bem para trazer um optimo ambiente festivaleiro:
  • O local é excelente - situado a 10 minutos de Huntington, perto de Cambridge, o local faz parte de uma quinta gigantesca privada, e toda a área está bem conservada, com a paisagem bem cuidada com zonas de flores, relvinha, lagos onde podiamos tomar banho e espaco o suficiente para campismo sem ninguém ter que ficar em cima um dos outros.
  • Música era variada - nao haviam os grandes cabecas de cartaz. Os mais reconhecidos eram Bastille e Faithless, mas isso nao foi nem um pouco um problema porque adorei ver algumas pequenas bandas que já tinha visto em tempos tocar em bares e adorei descobrir aquelas que ainda nao conhecia. Para além do mais no Secret Garden Party colocam música para todos os gostos, desde DJs a Indie Rock bands, Swing, Folk, Gipsy, houve para música para satisfazer muitos gostos.
  • A arte e animacao rodeia-nos - onde quer que se passe no festival há coisas muito aleatórias para fazer, tais como fazer de figurante numa peca de teatro; ver uma corrida de porcos; participar numa aula de danca; fazer yoga; decorar utensilios; etc.
  • As pessoas sao extremamente simpáticas - foi muito fácil conhecer novas pessoas. Todos sao tao simpáticos e, como o festival recebeu cerca de 30,000 pessoas ainda é pequeno o suficiente para ser possível encontrar as mesmas pessoas novamente o que é agradável.

 

Em resumo, gostei muito, e aconselho para quem quiser experiementar um bom festival para o próximo ano. Ficam algumas fotos:

 

Aula de exercício

 


 

 

 
 
Nadar no lago
 
 

 

 

 

Conversas de mulheres

Acabei de vir de uma noite de conversa feminina num bar. E entre as várias conversas passou pela mesa a conversa dos bebés. Nós as 4 estamos naquela idade em que muitos dos nossos amigos já andam a ter bébés. Nenhuma de nós demonstrou qualquer tipo de interesse em ter um em nenhum momento próximo, nem mesmo aquela que já tem casamento marcado para o ano que vem. Talvez estejamos a ser um pouco do contra, mas a nossa conclusão geral é que é pena que hoje em dia quando queremos ter uma conversa com uma amiga próxima que já é mãe, já não é bem o mesmo tipo de conversa que teriamos há pouco tempo atrás. Além de outros temas, falar sobre a criança é um tópico inevitável, isto se a criança não estiver perto de nós, porque aí, sem dúvida que não vai haver espaço para falar sobre o que quer outra coisa seja. Parece que a mudança da vida de uma pessoa a partir do momento em que se decide a ter uma criança é inevitável, e possívelmente se alguma vez alguma de nós decidir ter uma, até talvez a nossa maneira de ver as coisas mude também. Ao menos espero que sim, e que aquele instinto maternal surja para que o dar dedicação e tempo à criança seja uma coisa feita com prazer e não como um frete como agora nos parece. 

 

De qualquer forma, após toda esta conversa de crianças e, ah e tal ainda bem que não estamos nessa situação, e que venha o mais longe possível, se alguma vez vier, chego a casa, ligo o meu Facebook, e quais são os alertas que vejo:

1 - Fotos do meu bébé que faz hoje 1 ano com um chapéu com a bandeira do Reino unido para lembrar o tempo em que vivemos em Londres (postado por uma amiga Americana).

 

2 - Foto da mãe e bebé recém-nascido também já de há um ano atrás em celebração do seu primeiro ano de vida.

 

3 - Uma ex-colega Portuguesa que também colocou um post sobre o seu bebé que faz hoje um ano de vida. 

 

Irónico, não é?

 

Os 3 posts apareceram assim no topo da página seguidinhos. Porra! Mas isto é tudo do contra? Porque nós dizemos que não queremos bébés, de repente aparecem-me fotos de amigas contentes a falar do seu bebé de 1 ano - as 3 no mesmo dia é impressionante! Há um ano e 9 meses era inverno, estava frio e tal, toca de fazer bébés. 

 

Uma das coisas mencionadas na conversa de hoje é que, quando estamos em grupo, principalmente com amigos de infância que optaram por ter a vida pacata e ficar-se pela zona onde crescemos, casar e ter filhos por ali mesmo, e eles perguntam-nos como estamos de maridos, crianças e afins, e lhes dizemos que não temos nada disso, eles olham para nós com pena e dizem - "ah, não te preocupes, que um dia há-de acontecer". - Ahh, para vossa informação nós não estamos preocupadas! Não percebem? Eu odiava ter essa vida neste momento, e o mesmo sei que não seria desejado pelas amigas com quem estive hoje. Eu é que nao consigo compreender o pessoal que trocou os anos de juventude para começar família cedo. OK, são escolhas, mas não me olhem com piedade, porque não queria nada estar nessa situação de momento. Não poderia ir aos meus festivais, às minhas festas, sair com amigas, conhecer pessoas novas, viajar, sair de casa de manhã e passear sem destino sem dar justificações a ninguém, dedicar tanto tempo à minha pós graduação como tenho dedicado,... Sei lá, são tantas coisas que não poderia fazer se estivesse numa situação de criar família. Escolhas são escolhas. Cada um faz aquelas que prefere mas eu mantenho-me muito contente com as que fiz até agora. 

A rainha do DIY

Era sábado de manha e estava farta de ter aquelas madeiras do roupeiro ali encostadas 'as paredes do meu quarto. Os meus flatmates não se levantavam e eu também não queria ter que esperar por eles. Voltei a pegar naquelas instruções quase incompreensíveis e tentei fazer algo com elas. Comecei por separar tudo o que era parafuso e afins para conseguir identifica-los pela foto consoante as quantidades. Pelo final da manha já tinha a estrutura de baixo montada e no domingo passei o dia a fazer o resto.

 

Sem dúvida que me de morou mais do que se tivesse um daqueles manuais passo a passo do IKEA já que houve muito tempo a tentar identificar o que é que era suposto enfiar onde, mas como já tinha montado outra mobília antes acho que isso também ajudou para conseguir identificar como aquilo se faz. A qualidade também não é das melhores mas é OK. Portanto, apesar das instruções reduzidas, até que aconselho quem esteja num budget para comprar mobília recorrer a estas empresas que anunciam no Gumtree. Para quem estiver interessado fico o número de telefone do meu contacto desta empresa - 078 2636 4509 e chama-se Billy.

 

Fica o resultado final:

 

Novo roupeiro

Falar em Portugues com emigrantes

Ontem houve uma festa de celebração do nosso novo escritório na empresa. Convidamos clientes, potenciais clientes e parceiros a marcar presença e contamos com mais de 100 pessoas. Foi uma boa forma de apresentar o novo escritório, estabelecer melhor relação com essas pessoas e foi também uma noite divertida.

 

A certa altura a minha chefe apresenta-me uma rapariga que era Portuguesa e faz-nos falar um bocadinho de Português enquanto nos apresentamos. Ela já cá vive desde criança por isso tinha um sotaque totalmente Inglês, mas o que achei estranho é que, depois quando nos estávamos a despedir e já estávamos só as duas, ele pareceu recusar-se a falar Português. Claro, estamos num ambiente em Inglês por isso tem lógica manter a conversa em Inglês durante a noite, mas exactamente na parte do adeus, eu mudei para o Português já que acho que é mais simpático e ajuda a criar um pouco a relação quando falamos com alguém que sabemos que é fluente na nossa língua. Ela respondeu em inglês. Voltei a falar em Português (algo do género - foi um prazer em conhecer-te. Vamos manter em contacto, bla bla) ao que ela responde afirmativamente mas em Inglês novamente.

 

Tudo bem que podia não querer falar em Português, mas achei que não deixou de ser até um pouco falta de educação ela não me responder na língua que eu tinha escolhido falar no final da conversa. Será que sou eu que estou a exagerar? Ela está cá há anos mas tinha um Português perfeito por isso nao percebi o facto de ter ignorado a minha tentativa de me despedir na nossa língua.

 

Enfim,.. se calhar sou só eu. Se calhar é porque ela é emigrante quase a vida toda e não quer mais estar relacionada com o Português, mas achei antipático de qualquer forma.

O guarda-roupa

Já era quase 1h da tarde e o motorista ainda não me tinha dito nada. Supostamente devia vir entregar-me o guarda-roupa ainda antes das 14h. Telefonei para o vendedor e pedi-lhe justificações. Disse que me voltava a ligar quando soubesse e o motorista efectivamente ligou-me. Disse que vinha lá pelas 16h-18h ao que eu fiquei toda chateada porque obviamente com um dia bonito como estava não queria ficar todo o dia fechada em casa à espera de uma entrega. Apesar de tudo, passado um pouco ligou-me novamente e estava a 20minutos de distância (faltavam pouco para as 14h). Achei que foi muito simpático da parte dele afinal ter vindo fazer a entrega a mim primeiro. 

 

O motorista e o assistente foram muito simpáticos, ajudaram a descarregar o móvel e tudo mais por isso sem dúvida que fiquei com uma boa primeira impressão. 

 

No dia seguinte quando comecei a tirar as tábuas e materias da caixa, vi que de facto as madeiras tinham bom aspecto o que também era positivo. Nao tinha quem me ajudasse a montar (e o meu novo flatmate estava em casa no momento em que andei a carregar as tábuas da sala para o meu quarto no andar superior e nem se preocupou em me oferecer ajuda o que achei um pouco antipático. Tudo bem que ajudar a montar o guarda-roupa é pedir um bocado demais por isso não esperava que oferecesse ajuda para isso, mas para acartar as tábuas grandalhonas, acho que era apenas uma questão de simpatia, cavalheirismo, sei lá, chamem-lhe o que quiserem, mas que fiquei desapontada, fiquei. Eu teria oferecido ajuda se fosse ao contrário de certeza! E ele viu-me a acartar com aquilo tudo enquanto estava a tomar o seu café nas calmas e nem aí nem úi. Enfim,...)

 

Ao retirar as últimas caixas da caixa eu perguntei-me - mas espera lá - então onde é que estão as instruções? Tal como é costume, e que me foi muito útil na última vez que montei um guarda-roupas sozinha, aquele manual de instruções do IKEA é essencial para eu saber o que fazer. Mas desta vez, com este guarda-roupa made in Malaysia e vendido por um indivíduo que anuncia no gumtree não havia nada disso. Encontrei antes uma folha de papel A5 e num dos lados estavam estava isto:

 

wardrobe instructions
Como montar um guarda-roupa em 5 passos. Este pessoal só pode estar a gozar comigo!!! É que no meio de tanta tábua e prego com tamanhos semelhantes não faço a mínima ideia de como é que hei-de decifrar a construção deste guarda-roupa. Bem sabia que devia haver uma boa razão pela qual eu devia ter voltado a comprá-lo no IKEA. Enfim, não foi o caso e neste momento ainda me encontro com as tábuas no quarto. Estou à espera que o meu flatmate volte de férias para ver se ele é capaz de decifrar este enigma que eu, infelizmente não faço mesmo ideia do que fazer ou por onde começar. Bem lá tenho que continuar a viver de caixas por mais uns tempos.

Comprar mobília pelo Gumtree

Estou urgentemente a precisar de um guarda-roupa. O meu quarto ainda está uma desgraça já que tenho imensa tralha que, enquanto não tiver um roupeiro, não consigo enfiar em lado nenhum, tal como podem ver:

 

Quarto desarrumado

 

 

 

O primeiro sítio óbvio onde encontrar um foi o IKEA, mas após passear-me pelo website deles, verifiquei que não havia nenhum com as características que queria em termos de tamanho e arrumação e que fosse dentro do meu budget que estava a manter ao máximo de £180 (o que é quase nada por um guarda-roupa).

 

A segunda hipótese foi o Argos. É conhecido por ser mais barato mas também pela falta de qualidade dos seus produtos. De qualquer forma, nada como dar uma olhadela, mas infelizmente também não havia o que estava 'a procura.

 

As hipóteses passaram ainda pelo site do Homebase, B&Q, Tesco Furniture, M&S Furniture (caríssimo!) Asda Furniture, Debenhams (caro), eBay, Amazon. Nada! Quer dizer, na eBay e na Amazon até que encontrei alguns, mas o problema é que eram guarda-roupas já construídos que as pessoas estavam a tentar vender e eu não teria forma de como transportá-los a não ser que pagasse por uma carrinha e, para isso, mais valia comprar um mais caro novo, noutro sítio qualquer. Mesmo assim, estava tentada por um no Homebase que era um pouco mais caro do que queria pagar, e não tinha todo o espaço que eu queria, mas ao menos era muito bonito.

 

Antes de me decidir, lembrei-me de ir ao Gumtree. Maioritariamente o Gumtree iria ter o mesmo problema que o eBay e Amazon, de guarda-roupas vendidos por pessoas que se queriam livrar deles, em vez de empresas, mas, tal como nesses dois sites, também haviam lá algumas empresas a anunciar móveis. Encontrei este aqui que tem o tamanho e arrumação que eu queria e a um preço excelente - £119! A única desvantagem aparente é que tem portas de correr, e eu preferia as portas normais, mas dado a minha pesquisa, eu sabia que não dava para ser muito esquisita nestas coisas.

 

Telefonei para o número anunciado e o senhor que me atendeu o telefone disse que os guarda-roupas que vendem são baratos porque são feitos na Malásia. Vem empacotados para montar em casa e podia-me fazer a entrega ao domicílio já neste sábado, cobrando apenas 10 pela entrega (se eu mandasse vir por uma loja reconhecida teria que esperar mais dias e muitos não faziam entregas ao fim-de-semana, além de muitas entregas serem mais caras (tal como o IKEA que me cobrava £35). Pediu-me foi para fazer o pagamento em dinheiro no próprio dia. Hummm,... "dodgy!"

 

De qualquer forma resolvi marcar com ele para a compra do guarda-roupa, mas sinceramente estou um bocado apreensiva. Que garantias é que eu tenho da qualidade do guarda-roupa? Nenhumas. Portanto é sem dúvida um risco dar assim £130 para a mão de um desconhecido que me vem entregar um armário que, obviamente, eu só irei saber se está tudo OK quando ele se for embora e eu começar a montá-lo.

 

Depois digo como a coisa correu.

O meu date do Independence Day

Como trabalho para uma empresa Americana e, muitos dos meus colegas são dos EUA, no passado dia 4 de Julho fui com eles celebrar o Independence Day. O local escolhido foi o Blues Kitchen em Camden onde ía decorrer uma Hot Dog eating competition, ou seja um dos concursos típicos dos Americanos para ver quem consegue enfardar mais cachorros quentes num limite de tempo específico.

 

A competição já estava cheia 'a muito tempo mas acontece que duas pessoas desistiram e, como tal haviam dois lugares extra para participantes. Claro que conseguimos convencer os meus dois colegas Americanos a participar. 

 

Mesmo antes da competição ter início, o apresentador disse que precisava de pessoas voluntárias para fazer de júris da competição, ao que eu claro que me ofereci. Como outra minha colega se tinha oferecido antes, ela é que ficou a jurar os nossos dois colegas e eu fiquei a jurar outro dos participantes que não conhecia.

 

Ao fim dos primeiros 5 hot dogs, o rapaz já não estava a achar piada nenhuma 'a competição, e foi num momento em que aquilo lhe estava a dar voltas 'a barriga que o apresentador veio falar com ele e de alguma forma arranjou meio de marcar para ele ir a um "date" comigo. Hehe! Achei um piadão. Ainda mais como eu nesse momento estava a filmar ficou tudo gravado em vídeo:

 

O vencedor da competição conseguiu comer 14 cachorros quentes em 30 minutos.

 

Mais uma vez a viver de caixas

Já voltei de Glastonbury. Vim um dia mais cedo para ter a segunda-feira inteira para tratar das mudanças na nova casa. A parte positiva é que já lá estou a morar {#emotions_dlg.happy} Tornou-se uma realidade ao fim de tudo e para já, estou muito mais contente.

 

Nunca pensei que a casa onde se vive fizesse assim tanta diferença ao meu bem-estar de forma geral - mas faz. Quer dizer, claro que se fosse tivesse poucas condições claro que faria diferença a qualquer um. Mas no caso do apartamento onde estava, até que não era má. Apenas tinha algumas desvantagens que me faziam ficar meio triste. Agora ao menos saio e vou para a casa com um sorriso. Pago mais por isso o que era algo que não queria nada fazer, mas o bem estar geral é muito mais importante que as £70 extra que agora vou ter que pagar, por isso vale a pena.

 

O problema é que, claro, a casa ainda está um pandemónio. E assim vai estar durante todo o mes de Julho porque a minha amiga que saiu de lá só vai mudar para o novo apartamento em Agosto, por isso teve que deixar muitas das coisas dela (e ela tem mesmo muitas coisas).

 

Outra desvantagem é que eles não tinham cuidado muito bem da casa em termos de limpeza por isso já passei horas e horas a lavar a casa de banho, cozinha e paredes com lixívia para desinfectar aquilo tudo e livrar-me do bolor, etc. Ainda há tantas limpezas por fazer!!! Geralmente quando se vai para uma nova residencia a agencia faz uma limpeza geral antes que os novos inquilinos se mudem, mas como um dos inquilinos continua lá (agora somos 3), a agencia não considera esta nossa mudança como completamente novos inquilinos e por isso não nos fazem a limpeza. {#emotions_dlg.sad} Mas enfim, é mais trabalho, mas como desta vez estou num sítio de que gosto até que dá mais prazer fazer todas estas arrumações.

 

Entretanto, como ainda estou a viver de caixas não faço ideia de onde tenho os cabos da máquina fotográfica por isso para já ainda nao vou poder partilhar fotos do festival de Glastonbury, mas acho que tirei umas bem giras que vai valer a pena partilhar.